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A Bahia ou Baía[2][3][9][10] é uma das 27 unidades federativas do Brasil. É o sexto estado com maior PIB do país. Está situada ao sul da Região Nordeste do Brasil e é o maior estado da região, fazendo limites com oito outros estados federados brasileiros, a saber: SergipeAlagoasPernambuco e Piauí (N); Tocantins e Goiás (O); Minas Gerais e Espírito Santo (S). A leste, é banhada pelo Oceano Atlântico e tem, com novecentos km, a mais extensa costa de todos os estados do Brasil com acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 567 295,669 km², sendo pouco maior que a França. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a maior extensão territorial, a maior população, o maior produto interno bruto, além de ser o estado que mais recebe turistas na região[11].
A capital estadual é Salvador. Além dela, há outras cidades influentes na rede urbana baiana, como as capitais regionais Feira de SantanaVitória da Conquista, o bipolo Itabuna-Ilhéus,Barreiras e o bipolo Juazeiro-Petrolina,[12] esta última é um município pernambucano e núcleo, junto com Juazeiro, da RIDE Polo Petrolina e Juazeiro. A essas, somam-se, por sua população e importância econômica, três municípios integrantes da Grande SalvadorCamaçariLauro de Freitas e Simões Filho; e os municípios interioranos de AlagoinhasEunápolisJequiéTeixeira de FreitasPorto Seguro e Paulo Afonso.
Parte mais antiga e primeiro núcleo de riqueza açucareira da América Portuguesa, recebeu a Bahia imenso contingente e enorme influência de trabalhadores compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para seus engenhos e fazendas, em especial do Golfo da Guiné, das antigamente chamadas costas dos escravosda pimentado marfim e do ouro, no oeste africano, com destaque para o país iorubá e o antigo reino de Daomé. Diferentemente disso, muito depois, o Rio de Janeiro recebeu escravos de Angola e Moçambique. Assim, a influência dacultura africana na Bahia permaneceu alta na música, na culinária, na religião, no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e Recôncavo baiano, mas, principalmente, em toda a costa baiana. Um dos símbolos mais importantes do estado é a da negra com o tabuleiro de acarajé, vestida de turbante, colares e brincos dourados, pulseira, saias compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano da costa, a típica baiana.
Foi na Bahia, entre Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro, que a frota de Pedro Álvares Cabral ancorou, no ano de 1500, marcando o descobrimento do Brasil pelos europeus. Em 1º de novembro de 1501, o navegante florentino Américo Vespúcio, a serviço da Coroa portuguesa, descobriu e batizou a Baía de Todos-os-Santos, maior reentrância de mar no litoral desde a foz doRio Amazonas até o estuário do Rio da Prata. A povoação formada nessas margens tornou-se a primeira sede do governo-geral em março de 1549 com a chegada do fidalgo Tomé de Sousa, a mando do rei D. João III de Portugal para fundar a que seria, pelos próximos 214 anos, a cidade-capital da América Portuguesa.
É conhecida como Terra da Felicidade por causa de sua população alegre e festiva[13]. Possui um alto potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o maior do Brasil, da Chapada Diamantina, do Recôncavo e de outras belezas naturais e de valor histórico e cultural.
Apesar de ser a sexta maior economia do Brasil, com o produto interno bruto superior a 100 000 000 000 de reais, são pouco mais de 9 000 reais de PIB per capita. Isso gera um quadro em que a renda é mal distribuída, se refletindo no Índice de Desenvolvimento Humano: 0,742 em 2005, o nono menor do Brasil, equivalente ao Índice de Desenvolvimento Humano de 2005 do Sri Lanca.
Topônimo
Os topônimos "Bahia" e "Baía" são uma referência à Baía de Todos os Santos, a qual deu o nome, originalmente, à Capitania da Baía de Todos os Santos. A capitania foi transformada, em 1821, em Província da Baía. Em 1889, a Província da Baía tornou-se o atual Estado da Baía. "Bahia" é grafia portuguesa antiga para "baía", a qual se conservou, no Brasil, por uma questão de tradição. Em Portugal, no entanto, se utiliza, preferencialmente, o termo moderno "Baía".
Subdivisões
A Bahia, assim como todos os outros estados brasileiros, está politicamente dividida em municípios. Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia o quarto maior estado segundo a quantidade de municípios.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide as unidades federativas do Brasil em meso e microrregiões para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos socioeconômicos. Deste modo, há sete mesorregiões e 32 microrregiões no estado.
Uma outra divisão, desta vez para fins de coordenação de ações de promoção turística, o Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) subdividiu o território baiano em zonas turísticas, as quais são Baía de Todos os SantosCosta dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do CacauCosta das BaleiasCosta do Descobrimento, Caminhos do Oeste, Chapada Diamantina e Lagos do São Francisco.
Até meados da década de 2000, o Governo da Bahia agrupava os municípios baianos segundo características econômicas, formando as regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste, Serra Geral, Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco, Baixo-médio São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte da Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi substituída pelos 26 Territórios de Identidade, a saber: Irecê, Velho Chico, Chapada Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Itapetinga, Vale do Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano, Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte, Portal do Sertão, Vitória da Conquista, Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente, Itaparica, Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador[17].
A Bahia também é repartida em 26 partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que, para gestão das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, criou as 26 regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA)[18].
Geografia
A Bahia é o quinto estado do país em extensão territorial e equivale a 36,3% da área total do Nordeste brasileiro e 6,64% do território nacional. Da área de 567 295,67 km², cerca de setenta por cento encontram-se na região do semiárido. O seu litoral é o maior entre os estados brasileiros, com 1 183 quilômetros. Possui famosas praias, como a Praia de Itapuã, diversas vezes homenageada em músicas e poesias.
Hidrografia
O principal rio é o São Francisco, que corta o estado na direção sul-norte. Com importância análoga, os rios Paraguaçu - maior rio genuinamente baiano - e o de Contas - maior bacia situada apenas no estado -, que se somam aos rios JequitinhonhaItapicuruCapivariRio Grande, entre outros, compõem um total de dezesseis bacias hidrográficas.
O estado encontra-se com 57,19% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[20]
Em março de 2009, através da resolução número 43 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) o estado foi dividido em 26 regiões, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA).[18]
Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA):
§  RPGA do Riacho Doce (Região I)
§  RPGA do Rio Mucuri (Região II)
§  RPGA do Rio Jequitinhonha (Região V)
§  RPGA do Rio Pardo (Região VI)
§  RPGA do Leste (Região VII)
§  RPGA do Rio de Contas (Região VIII)
§  RPGA do Recôncavo Sul (Região IX)
§  RPGA do Rio Paraguaçu (Região X)
§  RPGA do Recôncavo Norte (Região XI)
§  RPGA do Rio Itapicuru (Região XII)
§  RPGA do Rio Real (Região XIII)
§  RPGA do Rio Vaza-Barris (Região XIV)
§  RPGA do Riacho do Tara (Região XV)
§  RPGA do Rio Salitre (Região XVII)
§  RPGA dos Rios Verde e Jacaré (Região XVIII)
§  RPGA do Lago de Sobradinho (Região XIX)
§  RPGA do Rio Carnaíba de Dentro (Região XXII)
§  RPGA do Rio Grande (Região XXIII)
§  RPGA do Rio Corrente (Região XXIV)
§  RPGA do Rio Carinhanha (Região XXV)
§  RPGA do Rio Verde Grande (Região XXVI)
Relevo
Seu território está situado na fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracterizado pela presença de planíciesplanaltos, e depressões e as formas tabulares e planas (chapadaschapadõestabuleiros). As altitudes da Bahia são modestas, de modo geral: o território baiano possui uma elevação relativa, já que 90% de sua área está acima de duzentos metros em relação ao nível do mar. Os pontos mais elevados na Bahia são o Pico do Barbado, com 2 033,3 metros, localizado na Serra dos Barbados, entre os municípios de Abaíra e Rio do Pires e o Pico das Almas, com 1 836 metros, localizado entre os municípios de Érico CardosoLivramento de Nossa Senhora e Rio de Contas, na Serra das Almas.
O planalto e a baixada são as suas duas grandes unidades morfológicas bastante caracterizadas.
Os chapadões e as chapadas presentes no relevo mostram que a erosão trabalhou em busca de formas tabulares. Um conjunto de chapadões situados a oeste recebe, na altura do estado, o nome deEspigão Mestre.
Os planaltos ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam rios vindos da Chapada Diamantina, da serra do Espinhaço, que nasce no centro de Minas Gerais, indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de formato tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto semi-árido, localizado no sertão brasileiro, caracterizado por baixas altitudes.
relevo que predomina o estado baiano é a depressão.
As planícies estão situadas na região litorânea, onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali, surgem praiasdunasrestingas e até pântanos. Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos relativamente férteis, onde aparecem colinas que se estendem até o oceano. As planícies aluviais se formam a partir dos rios ParaguaçuJequitinhonhaItapicuri, de Contas, e Mucuri, que descem da região de planalto, enquanto o rio São Francisco atua na formação do vale do São Francisco, onde o solo apresenta formação calcária.
Um único recorte no litoral baiano, determina o surgimento do Recôncavo baiano, cuja superfície apresenta solo variado, sendo muito pouco fértil em algumas áreas, enquanto em outras a fertilidade é favorecida pela presença do solo massapê, formado por terras de origem argilosa.
Ao norte, o limite é o Rio São Francisco, no município de Curaçá, divisa com Pernambuco. Sendo a latitude 8º 32' 00" e a longitude 39º 22' 49". Ao sul, o limite extremo é a barra do Riacho Doce, no município de Mucuri, na divisa com o Espírito Santo. Sendo a latitude 18º 20' 07" e a longitude 39º 39' 48". No leste, o ponto extremo é a barra do Rio Real, no município de Jandaíra, na divisa com oOceano Atlântico. Sendo a latitude 11º 27' 07" e a longitude 37º 20' 37". O ponto extremo do oeste é o divisor de águas, no município de Formosa do Rio Preto, divisa com o Tocantins. Sendo a latitude 11º 17' 21" e a longitude 46º 36' 59". O centro geográfico do Estado fica na cidade de Seabra, na Praça Luiz Acosta, defronte ao prédio dos Correios. Coordenadas 12º 25.098 S e 41º48.105 W (informação Google Earth).
Clima
Devido à sua latitude, o clima tropical predomina em toda a Bahia, apresentando temperaturas elevadas, em que as médias de temperatura anuais, em geral ultrapassam os 30 °C, entretanto na serra do Espinhaço as temperaturas são mais amenas e agradáveis. Também se encontra o clima tropical de atitude em cidades da Chapada Diamantina (Piatã 1268 m) e no sudoeste do estado (Vitória da Conquista 923 m até 1100 m). Contudo, no sertão, o clima é o semiárido, em que os índices pluviométricos são bastantes baixos, sendo comuns os longos períodos de seca.
Há distinções apenas quanto aos índices de precipitação em cada uma das diferentes regiões. Enquanto que no litoral e na região de Ilhéus, a umidade é maior, e os índices de chuvas podem ultrapassar os 1 500 mm anuais, no sertão pode não chegar aos quinhentos mm anuais.
A estação das chuvas é irregular, consequentemente podendo falhar totalmente em certos anos, desencadeando a seca, que é mais marcante no interior, com exceção para região do vale do rio São Francisco.
Vegetação
Fitogeograficamente, possui três grandes formações vegetais: a caatinga, a vegetação predominante, a floresta tropical úmida e cerrado. A caatinga se localiza em toda a região norte, na área da depressão do São Francisco, e na serra do Espinhaço, deixando para o cerrado apenas a parte ocidental e para a floresta tropical úmida, o sudeste.
A floresta tropical úmida sofreu forte impacto da exploração antrópica, em que se devastou madeiras de lei. Nesses locais, vem ocorrendo o reflorestamento com o eucalipto.
Ecologia
Foram criadas 36 áreas de proteção ambiental (APAs), totalizando 128 unidades de conservação cadastradas no estado, instituídas por decretos e portarias federais, estaduais e municipais. A incidência das APAs se deve a sua adequação e orientação às atividades humanas sendo mais flexíveis. Considerando os diferentes biomascerradocaatinga e floresta (Mata Atlântica), constata-se que com maior percentual de unidades de conservação encontra-se em áreas de florestas devido à sua fragmentação e estado de degradação. As Reservas Particulares (RPPN) surgem como opção de preservaçãototalizando 46 unidades.
Além dessas formas de estabelecer áreas protegidas, há os parques estaduais e nacionais, também protegidas por lei. São sete nacionais (Marinho dos AbrolhosChapada DiamantinaDescobrimento,Grande Sertão Veredas - também localizado em Minas Gerais -, Monte Pascoal e Nascentes do Rio Parnaíba - também localizado no PiauíMaranhão e Tocantins - e Pau Brasil) e três estaduais (Serra do ConduruMorro do Chapéu e Sete Passagens).
Entretanto, nem sempre o meio ambiente está livre de poluição na Bahia. Acidentes e crimes ambientais como queimadas, contaminação por metais pesados e derramamento de petróleo e de outros derivados de combustíveis fósseis são alguns dos principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia de Caípe, no município de São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5metros cúbicos de óleo provenientes da Refinaria Landulpho Alves, provocando não só impactos ambientais como econômicos.[21]
Demografia
De acordo com estimativas de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Bahia é o quarto estado brasileiro mais populoso e o 15º mais povoado, com uma população de 14 080 654 habitantes distribuída em 567 295,7 km² resultando em 24,93 hab./km². Se fosse um país, a Bahia seria o 65º em população, entre o Camboja (64º: 14 132 398 hab.) e o Equador (65º: 13 752 593 hab.) e149º em densidade demográfica, entre a República Democrática do Congo (148º: 25 hab./km²) e o Moçambique (149º: 24 hab./km²) e à frente do Brasil (150º: 21 hab./km²).
Em relação aos ciganos, a Bahia é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo pesquisa inédita do IBGE.[22]
Etnias
A Bahia é o centro da cultura afro-brasileira e boa parte da sua população é de origem africana, com uma maior porcentagem de pardos, seguidos por brancos, pretos e ameríndios.
Um estudo genético realizado no Recôncavo Baiano confirmou o alto grau de ancestralidade africana na região. Foram analisadas pessoas da área urbana dos municípios de Cachoeira e Maragojipe, além de quilombolas da área rural de Cachoeira. A ancestralidade africana foi de 80,4%, a europeia 10,8% e a indígena 8,8%.[24]
Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%). O estudo também concluiu que indivíduos que possuem sobrenome com conotação religiosa tendem a ter maior grau de ancestralidade africana (54,9%) e a pertencer a classes sociais menos favorecidas.[25]
Populações indígenas
As populações indígenas localizados na Bahia pertencem, em grande maioria, ao tronco linguístico macro-jê. Dentre elas, estão os grupos indígenas PataxóPataxó-hã-hã-hãeQuiriri e o extinto Camacã. Grande parte dos índios vem perdendo o hábito do idioma materno, passando a falar a língua portuguesa. As tribos e aldeias indígenas estão bastante distribuídas pela Bahia em terras e reservas indígenas
De acordo com informações da ANAÍ-Bahia e da FUNAI, os pataxós vivem, principalmente, na costa do Atlântico Sul, no municípios de Porto SeguroSanta Cruz de CabráliaPrado e Itamaraju; os pataxós-hã-hã-hães vivem no sudeste baiano nas Áreas Indígenas Fazenda Baiana e Caramuru/Paraguassu; os ribeirinhos tuxás vivem nas margens do rio São Francisco no norte de Bahia, nas Áreas Indígenas Ibotirama (município de Ibotirama), Rodelas e Nova Rodelas (município de Rodelas), e também em Pernambuco; os pancararés (Pankararé) que vivem nas Áreas Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, localizadas ao norte da Estação Ecológica Raso da Catarina, nos municípios de Nova Glória e Glória; os índios quiriris (Kiriri) moram na Terra Indígena Kiriri, entre os municípios de Ribeira do Pombal eBanzaê, e na Área Indígena Barra à margem esquerda do São Francisco, no município de Muquém de São Francisco; vizinhos a estes, os caimbés (Kaimbé) estão espalhados pela Área Indígena Massacará e pelas localidades de Muriti e Tocas, todas dentro do município de Euclides da Cunha; já os índios tumbalalás vivem no antigo aldeamento do Pambu, também às margens do São Francisco entre os municípios de Abaré e Curaçá; os cantarurés (Kantaruré) habitando a Terra Indígena Kantaruré da Batida, no município de Glória; a pequena etnia dos pancarus (Pankaru) que habitam a Reserva Indígena Vargem Alegre, localizada ao norte da serra do Ramalho, no município de Bom Jesus da Lapa.[27]
Há também a presença dos tupinambás de Olivença em IlhéusUna e Bueraremagerénstrucás (Truká ou Tur-Ká), aticuns-umãs (Aticum ou Atikim-Umã) e Xukuru-Kariris. O território baiano foi habitado ainda pelos sapuiás e camacãs.
É no sul da Bahia que está localizada a Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia o índio Galdino, que foi queimado vivo por jovens de classe média-alta num ponto de ônibus de Brasília, em 1997.
Cidades mais populosas
A cidade mais populosa do estado é Salvador (capital do estado, com 2 998 056 habitantes), que também é a terceira cidade brasileira mais populosa, sendo seguida por Feira de SantanaVitória da ConquistaJuazeiroIlhéusItabunaCamaçariBarreirasJequiéLauro de FreitasTeixeira de Freitas e Porto Seguro.
Pontos turísticos
Outra principal indústria é o turismo, ao longo da costa da Bahia, que é o estado brasileiro com o maior litoral, as bonitas praias e os tesouros culturais fazem-lhe um dos principais destinos turísticos do Brasil. Além da ilha de Itaparica e Morro de São Paulo, há um grande número de praias entre Ilhéus e Porto Seguro, na costa sudeste, o norte litoral da área de Salvador, esticando para a beira comSergipe, transformou-se um destino turístico importante, o qual ficou conhecido como Linha Verde. A Costa do Sauípe contém um dos maiores hotéis-resorts do Brasil.
No ecoturismo, se destaca a Chapada Diamantina. Região apontada por entidades turísticas, brasileiras e estrangeiras, como melhor destino do País.
Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros,[59] já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais, Pernambuco, com 11,9%, e São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas.
Religião
catolicismo é a religião dominante no estado, e também a primeira forma organizada de culto que se introduziu no país, desde a celebração da primeira missa no Brasil. Em Salvador foi erguida a primeira igreja em solo brasileiro, graças à Catarina Paraguaçu, onde hoje é o bairro da Graça. A capital baiana possui centenas de templos católicos, sendo a cidade a sede do governo católico no país, morada doArcebispo Primaz. A padroeira do estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia, cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso é o culto ao Senhor do Bonfim, sendo considerado popularmente como padroeiro.[60] Possui ainda centro de peregrinação de Bom Jesus da Lapa, alvo de romarias anuais, além das igrejas seculares do Recôncavo com suas novenas. Possui a Arquidiocese de Vitória da Conquista,Arquidiocese de Feira de Santana entre outras. Ressalta dentro do catolicismo as figuras das freiras Joana AngélicaIrmã Dulce e Irmã Lindalva.
sincretismo, entretanto, com as religiões de origem africana, que na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a misturar o candomblé com o catolicismo (como aIrmandade da Boa Morte e a Irmandade dos Homens Pretos) e outras variantes cristãs. Surgiu ali, então, religiões mistas, como o Cabula e a Umbanda. Sobressai, neste campo, a figura cultuada de Mãe Menininha do Gantois, e os terreiros como o Opo Afonjá, além de toda uma cultura que permeia as crenças do povo baiano.
Desde o início do século XX, a Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na fundação do Colégio Dois de Julho e na presença de missionários como Henry John McCall. Hoje, todo o estado testemunha o crescimento das múltiplas denominações cristãs.
Personalidades
A Bahia é o berço de personalidades nacionais e internacionais, tais como:
§  O diplomata e advogado Ruy Barbosa, importante jurista brasileiro;
§  O jurista Augusto Teixeira de Freitas, responsável por um dos esboços do código civil brasileiro que influenciou os códigos civis da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.
§  O escritor Jorge Amado, que é um dos escritores com mais livros traduzidos no mundo.
§  O poeta abolicionista Castro Alves, autor do poema O Navio Negreiro.
§  O educador Anísio Teixeira, difusor dos pressupostos do movimento da Escola Nova.
§  O cantor e compositor Dorival Caymmi.
Na pintura, destaca-se o famoso Mário Cravo com obras espalhadas pelo Brasil, além de CarybéSante ScaldaferriLucília FragaPrisciliano Silva e Mendonça Filho.
Na música, os exemplos mais conhecidos são João Gilberto (criador da Bossa Nova)[61]Gilberto GilCaetano VelosoMaria BethâniaGal CostaTom ZéAssis ValenteSimone, na MPBMargareth MenezesDaniela MercuryIvete Sangalo no axéRaul SeixasPitty,Pepeu GomesMarcelo Nova e Dinho, do Mamonas Assassinas, no rock; no bregaAnísio Silva e Waldick Soriano; era baiano Xisto Bahia, o primeiro cantor a ter sua obra gravada em disco no país, como também é da Bahia um dos maiores estudiosos de nossa música popular, Ricardo Cravo Albin.
Nos esportes, destacam-se Tony Kanaan (campeão da Fórmula Indy), Dida, o ex-goleiro da Seleção de Futebol, jogador de futebol da seleção brasileira e atualmente no Barcelona Daniel AlvesPopópugilistacampeão mundial em duas categorias do boxe, o lutador de MMA Antônio Rodrigo Nogueira e seu irmão gemeo também lutador de MMA Rogério NogueiraRicardo, formando dupla com Emanuel, conquistaram a inédita medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas-2004 no vôlei de praia[62] e o ex-jogador de futebol da seleção brasileira tetra campão Bebeto.
Dentre modelos, pode-se citar Adriana LimaIngra Liberato, esta última também atriz, e a eterna Miss Brasil Martha Rocha e a miss Universo 1968 Martha Vasconcellos.
Na política, desde os tempos do Império, diversos baianos se destacaram no cenário nacional, como o Marquês de Abrantes,Visconde do Rio BrancoLuís VianaCezar ZamaHermes LimaAntônio Carlos Magalhães,Antônio Carlos Magalhães NetoNewton Cardoso e o ex-presidente Itamar Franco, dentre outros tantos.
Na literatura, é grande a contribuição cultural baiana, desde os inícios das letras no país, com Gregório de Matos e Frei Vicente do SalvadorCastro AlvesJorge Amado,Afrânio PeixotoDias GomesLuís GamaAdonias FilhoJoão Ubaldo RibeiroEmídio Brasileiro e muitos outros.
Na geografiaTeodoro Sampaio e Milton Santos são expoentes do estado.
Ligações externas
§  Bahiatursa (em português) órgão oficial de turismo da Bahia.
§  Atlas digital da Bahia (PDF) (em português) dados sobre municípios baianos, inclusive com mapas detalhados.
Wikitravel newlogo.png Guia de viagens sobre Bahia no Wikitravel.


Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil.[5] e tem como limites os estados do Mato Grosso do Sul (noroeste), São Paulo (a norte e leste) e Santa Catarina (sul), além da Argentina(sudoeste), do Paraguai (oeste) e do oceano Atlântico (leste).[6] Está situado na região Sul do país[5]. Ocupa uma área de 199 880 km²,[7] pouco menor que a Romênia, país ao qual o estado brasileiro tem um formato semelhante.[8] Sua capital é Curitiba[9]. Dispõe de 399 municípios, organizados em 39 microrregiões e 10 mesorregiões.[10] Suas cidades mais populosas são Curitiba,LondrinaMaringáPonta GrossaCascavelSão José dos PinhaisFoz do Iguaçu e Toledo.[11]
O Paraná, cujo território abrange toda a extensão da antiga República do Guairá à época do Império Espanhol, era a província mais nova do Império do Brasil, desmembrada da de São Paulo em1853,[12] tendo como primeiro presidente o senhor Zacarias de Góis e Vasconcelos.[12] Foi criada como punição pela participação dos paulistas na Revolta Liberal de 1842.[12] É também o mais novo estado da Região Sul do Brasil,[12] logo depois do Rio Grande do Sul (1807) e Santa Catarina (1738). O estado é historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheiraisespalhados pela porção sul planáltica,[13] onde o clima é subtropical úmido, como nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul[14] enquanto o resto do Brasil é tropical.[14] A espécie predominante na vegetação é a Araucaria angustifolia.[15] Os ramos dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos adotados em 1947.[16] Atualmente, esse ecossistema encontra-se muito destruído devido à ocupação humana.[17]
Seu relevo é dos mais expressivos do Brasil: 52% do território ficam acima dos 600 m e apenas 3% abaixo dos 300 m. ParanáIguaçuIvaíTibagiParanapanemaItararé e Piquiri são os rios mais importantes. O clima é temperado.[14][18] A economia do estado se baseia na agricultura (cana-de-açúcarmilhosojatrigocafétomatemandioca), na indústria (agroindústriaindústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).[19] De acordo com o PIB, o Paraná é o quinto estado mais rico do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro,Minas Gerais e Rio Grande do Sul.[20] O Paraná tem um setor agropecuário bastante diversificado e altamente produtivo, além de um setor industrial crescente.[21][22] É o maior estado produtor nacional de milho e de soja e o segundo de cana-de-açúcar.[23]
O nome do estado é derivado do rio que delimita a fronteira oeste de seu território, onde ficava o salto de Sete Quedas (hoje submerso pela represa da Usina Hidrelétrica de Itaipu) na divisa com Mato Grosso do Sul, já na Região Centro-Oeste,[24] e com o Paraguai. O rio Paraná nasce da confluência dos rios Paranaíba e Grande, quase no extremo oeste de Minas Gerais.[25]
Etimologia
O nome do estado é derivado do nome indígena dado ao rio em tupi: pa'ra = "mar" mais nã = "semelhante, parecido". Paraná é, portanto, "semelhante ao mar, rio grande, parecido com o mar"; naturalmente pelo seu tamanho. O potamônimo[26] passou a designar a região, que se tornou província autônoma em 1853 e estado em 1889. A pronúncia Paranã era encontrada até há pouco tempo.[27][28]
Os habitantes naturais do Estado do Paraná são denominados paranaenses.[29] Não existe o gentílico no feminino do plural nem do singular, portanto é neutro nas duas flexões gramaticais de gênero e número, por exemplo: "o paranaense e a paranaense; os paranaenses e as paranaenses".[30]
Geografia
O Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado a norte da região Sul, tendo como limites fazendo fronteiras com os estados de São PauloSanta CatarinaMato Grosso do Sul e dois países: Paraguai e Argentina.[49] A área do estado é de 199 314,850 km²[50] (algumas fontes indicam 199 709,1 km²), equivalente a 2,34% do território brasileiro, onde 1 603,770 km² estão em perímetro urbano.[51]
Cerca de 52% do território do Paraná encontram-se acima de 600m e 89% acima de 300 m; somente três por cento ficam abaixo de 200 m. O quadro morfológico é dominado por superfícies planas dispostas a grande altitude, compondo planaltos que formam as serras do Mar e Geral. Cinco unidades de relevo sucedem-se de leste para oeste, na seguinte ordem: baixada litorâneaserra do Mar,planalto cristalinoplanalto paleozóico e planalto basáltico.[52]
Solos
40% do território, no norte paranaense, está coberto pela terra roxa, o solo mais fértil do Brasil. Ela foi a responsável pela expansão da cultura do café, no estado, a partir de 1920. Tanto os solos das matascomo os dos campos são pobres. Nestes últimos, entretanto, estão sendo usadas técnicas modernas para seu melhor aproveitamento.[53]
Clima
Três tipos climáticos caracterizam o estado do Paraná: os climas Cfa, Cfb e Cwa da classificação de Köppen.[54] O clima Cfasubtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano[55] e verões quentes,[56][57] ocorre em duas partes distintas do estado, na planície litorânea e nas porções mais baixas do planalto, isto é, em sua porção ocidental.[54] Registra temperaturas médias anuais de 19 °C epluviosidade de 1.500mm anuais,[58][59] algo mais elevada na costa que no interior.[54]verão costuma ser quente e chuvoso em todo o estado. As áreas baixas do oeste e a Baixada Litorânea têm verões extremamente quentes, registrando facilmente temperaturas levemente acima de 35 °C. Os termômetros chegam comumente a valores superiores a 40 °C no vale do Rio Paraná, acima dos 35 °C no oeste e noroeste e acima dos 30 °C no sudoeste. Até mesmo Curitiba pode registrar temperaturas em torno dos 30 °C.[60]
No inverno a maritimidade evita o frio excessivo no leste. Por isso temperaturas negativas são muito mais comuns no lado ocidental do estado, até mesmo em municípios de baixa altitude como Foz do Iguaçu. As geadas são frequentes, principalmente nas áreas elevadas nos arredores de GuarapuavaPalmas e União da Vitória. Pequenas nevadas ocorrem uma ou outra vez. Em eventos extremos (como julho de 1975) pode nevar em praticamente todo a área meridional do estado. Todavia o inverno não é frio sempre e até mesmo tende a ter mais períodos amenos que frios propriamente dito, intercalados por alguns dias de, aí sim, frio intenso, principalmente após as frentes frias que são massas de ar vindas do Polo Sul. As menores temperaturas do estado costumam ocorrer no interior do município de Palmas, que além de ser o ponto mais ao sul do estado (26°S), é uma das áreas mais elevadas também (entre 1200m e 1400m).[61] Nesta região as temperaturas são estimadas para já terem alcançado patamares inferiores a até -12 °C, visto que a estação do INMET na cidade (que fica a 1100 m de altitude) registrou -11,5 °C em julho de 1975 no município de Palmas e o recorde de temperatura mínima do estado.[62]
Vegetação
Dois tipos de vegetação ocorrem no Paraná: florestas e campos. As florestas subdividem-se em tropicais e subtropicais. Os campos, em limpos e cerrados. A floresta tropical é parte da mata atlântica, que recobria toda a fachada oriental do país com suas formações latifoliadas. No Paraná, ocupava primitivamente uma área equivalente a 46% do estado, aí incluídas as porções mais baixas (baixada litorânea, encostas da serra do Mar, vales do Paraná, Iguaçu, Piquiri e Ivaí) ou de menor latitude (toda a parte setentrional do estado).[63]
floresta subtropical é uma floresta mista, composta por formações de latifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que não aparece em agrupamentos puros. A floresta mista ou mata dos pinheiros recobria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto cristalino, a porção mais oriental do planalto basáltico e pequena parte do planalto paleozóico. Essa formação ocupava 44% do território paranaense e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente, das florestas do país é a que sofre maior exploração econômica, por ser a única que apresenta grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir fácil extração.[63]
Os campos limpos ocorrem sob a forma de manchas esparsas através dos planaltos paranaenses. A mais extensa dessas manchas é a dos chamados campos gerais, que recobrem toda a porção oriental do planalto paleozóico e descrevem imensa meia-lua no mapa de vegetação do estado. Outras manchas de campo limpo são as de Curitiba e Castro, no planalto cristalino, as de Guarapuava, Palmas e outras, menores, no planalto basáltico. Os campos limpos ocupam cerca de nove por cento do território paranaense. Os campos cerrados têm pouca expressão no Paraná, onde ocupam área muito reduzida — menos de um por cento da superfície estadual. Formam pequenas manchas no planalto paleozóico e no planalto basáltico.[63]
Hidrografia
A rede de drenagem compreende rios que correm diretamente para o litoral e rios que correm para oeste, tributários do Paraná. Os primeiros têm cursos pouco extensos, pois nascem a pequena distância da costa. Os mais longos são os que se dirigem para o estado de São Paulo, onde vão engrossar as águas do rio Ribeira de Iguape. A maior parte da superfície estadual fica, assim, sob domínio dos tributários do rio Paraná, dos quais os mais extensos são o Paranapanema, que faz o limite com São Paulo, e o Iguaçu, que faz, em parte, o limite com Santa Catarina e Argentina. O rio Paraná assinala os limites ocidentais do estado, a separá-lo de Mato Grosso do Sul e do Paraguai. Mais ao sul, o rio Iguaçu desce também do planalto basáltico em direção à mesma garganta. Forma então os saltos do Iguaçu, que não foram afetados pela construção da barragem, por situar-se Itaipu a montante da confluência dos dois rios.[64]
Ecologia
Quinze das vinte e nove unidades de conservação administradas pelo governo brasileiro, através do IBAMA, órgão vinculado pelo Ministério do Meio Ambiente, são oParque Nacional do Iguaçu, (em Foz do IguaçuSão Miguel do IguaçuSerranópolis do IguaçuMatelândia e Céu Azul),[66] o Parque Nacional de Ilha Grande (em Altônia,São Jorge do PatrocínioVila Alta e Icaraíma),[67] o Parque Nacional do Superagui (em GuaraqueçabaParanaguá e Antonina),[68] o Parque Nacional dos Campos Gerais(em Ponta GrossaCastro e Carambeí),[69] o Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange (em MatinhosGuaratuba, Paranaguá e Morretes),[70] a Floresta Nacional de Açungui(em Campo Largo),[71] a Floresta Nacional de Irati, (em Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro),[72] a Floresta Nacional de Piraí do Sul (em Piraí do Sul),[73] a Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba (em GuaraqueçabaAntonina e Paranaguá),[74] a Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, (em Diamante do NorteMarilenaNova LondrinaPorto RicoQuerência do Norte e São Pedro do Paraná),[75] a Estação Ecológica de Guaraqueçaba (em Guaraqueçaba),[76] a Estação Ecológica da Mata Preta (em Clevelândia e Palmas)[77] a Reserva Biológica das Perobas (em Tuneiras do Oeste e Cianorte),[78] a Reserva Biológica das Araucárias (emImbituvaIpiranga e Teixeira Soares)[79] e o Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas (em Palmas e General Carneiro).[80]
Fauna
De acordo com o ambiente geográfico distingue-se, na fauna paranaense, animais de vida:[81][82]
§  Terrestre: Dos animais que vivem nas matas e nos campos destacam-se: anta ou tapir, guaráguaraxaimcaititubugioonçagato-do-matojaguatiricatatupacaveadoquaticobras (jararaca,cascaveljararacuçu e urutu), etc. Das aves, umas destacam-se pela beleza de suas plumagens: papagaiotucanogralhapica-paubem-te-vi, etc. Outras são conhecidas pelo canto: canário-da-terra,pintassilgo e sabiá. Outras, ainda destacam-se pelo porte: jacujacutingapomba silvestreperdizcodornainhambucurucacasocógarça e tantas mais. A gralha-azul, desconhecida por muitos paranaenses, foi declarada ave-símbolo do Paraná, pela Lei Estadual nº 7.957, de 21 de novembro de 1984.[81]
§  Anfíbia: Muitos dos animais vivem tanto em terra como na água, entre os quais: capivaracágadotartaruga-marinhalontraariranha e o próprio jacaré, este encontrado no rio Paraná e alguns rios do litoral.[82][81]
§  Aquática: Da fauna fluvial destacam-se os peixes: jaú, dourado, pintado e o surubim, encontrados no Rio Paraná e seus afluentes. Da fauna marinha temos: pescadatainharobalolinguado e tantos outros peixes, bem como o boto, que é um mamífero.[81][83]

Demografia
Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, o Paraná contava 10 439 601 habitantes, sendo o sexto estado mais populoso do Brasil, representando 5,47% da população brasileira.[2][85]Segundo o mesmo censo, 5 128 503 habitantes eram homens e 5 311 098 habitantes eram mulheres.[2] Ainda segundo o mesmo censo, 8 906 442 habitantes viviam na zona urbana e 1 533 159 na zona rural.[2] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 9,27%.[86]
Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 8 443 299,[87] esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 1,4%, inferior a do Brasil como um todo (1,6% para o ano de 2000).[88] Segundo o censo de 2000, o Paraná é o sexto estado mais populoso do Brasil e concentrava 5,63% da população brasileira.[88] Do total da população do estado, 4 826 038 habitantes são mulheres e 4 737 420 habitantes são homens.[89] Para 2000, a estimativa é de 9 558 454 habitantes.[90] Cerca de 85,3% dos habitantes do estado moram nas cidades.[91]
Esse crescimento é explicado não só pelo aumento natural da população paranaense, mas também pela entrada de colonos vindos principalmente de São PauloRio Grande do SulSanta Catarina e Minas Gerais, atraídos, pelos solos férteis de matas ainda virgens.[92]
densidade demográfica no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de 52,37 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a décima segunda maior do Brasil e com uma densidade comparada à do país africano Burkina Faso.[93] A maior parte da população do estado se concentra na Mesorregião Metropolitana de Curitiba, que corresponde à região leste paranaense, com mais de 30% da população paranaense.[94]
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,820, sendo osexto maior do Brasil e o menor da Região Sul.[95] Considerando apenas a educação, o índice é 0,913 (o brasileiro é 0,849); o índice de longevidade é 0,809 (o brasileiro é 0,638) e o índice de renda é 0,739.[95] A renda per capita é de 16 928 reais.[96] Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na educação, longevidade e renda, critérios utilizados para calcular o índice.[97] A educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,778 em 1991 para 0,879 em 2000, e em 2005 o valor passou a ser 0,913.[97] Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,678, passando para 0,747 em 2000 e 0,809 em 2005.[95][97] E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991 (0,678) e 2000 (0,736),[97] subindo para 0,739 em 2005.[95]Quanto ao IDH-M, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi significativa, passando de 0,711 em 1991 para 0,787 em 2000, e em 2005 o valor passou para 0,820, saindo da categoria de médio IDH e atingindo o patamar de Índice de Desenvolvimento Humano elevado.[97][95] O município com o maior IDH é Curitiba, capital do estado, com um valor de 0,856, enquantoOrtigueira, situado na Mesorregião do Centro Oriental Paranaense, tem o menor valor (0,620).[98]
coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,47, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[99] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 39,07%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 35,86% o superior é 42,27% e a subjetiva é 25 47%.[99]
A imigração europeia imprimiu à fisionomia étnica do Paraná uma notável variedade de idiomas e em alguns lugares do Paraná, como no município de Castro e arredores, se fala somente o neerlandêse em algumas outras regiões do estado se fala somente o alemãoitalianoucranianopolonês e até o japonês, sem contar as línguas nativas de tribos indígenas.[100]
Subdivisões
O Paraná é dividido em dez mesorregiões, 39 microrregiões e 399 municípios, segundo o IBGE.[128] Surgiu como unidade administrativa em 1853 com duas cidades, sete vilas, seis freguesias e quatro capelas curadas, sendo o município mais antigo, Paranaguá, fundado em 1648, e o último desse período foi Araucária, criado em 1890.[129] Com a Independência do Brasil as províncias foram organizadas em 1823 e nesse ano o território já pertencia à Capitania de São Paulo.[130] Durante todo o período republicano do Brasil o estado passou de dezenove localidades para 399 municípios que a partir da constituição de 1988 passaram a serem unidades constitutivas da união em patamar igual aos estados.[131]
Mesorregiões, microrregiões e municípios
Uma mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. Oficialmente, as dez mesorregiões do estado são: Centro Ocidental ParanaenseCentro Oriental ParanaenseCentro-Sul ParanaenseMetropolitana de CuritibaNoroeste ParanaenseNorte Central ParanaenseNorte Pioneiro ParanaenseOeste ParanaenseSudeste ParanaenseSudoeste Paranaense.[132]
Já uma microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual. O Paraná é dividido em 39 microrregiões. ApucaranaAssaíAstorgaCampo MourãoCapanemaCascavel,Cerro AzulCianorteCornélio ProcópioCuritibaFaxinalFloraíIbaitiFoz do IguaçuFrancisco BeltrãoGoioerêGuarapuavaIvaiporãIratiJacarezinhoJaguariaívaLapaLondrina,MaringáPalmasParanaguáParanavaíPitangaPato BrancoPonta GrossaPorecatuPrudentópolisRio NegroSão Mateus do SulTelêmaco BorbaToledoUnião da VitóriaUmuaramaWenceslau Braz.[133] Ao todo, o Paraná é dividido em 399 municípios.[134]
Regiões administrativas e metropolitanas
Durante a década de 2010, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e microrregiões do Paraná.[135] As vinte e duas regiões administrativas do estado são: Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Jacarezinho, Cornélio Procópio, Londrina, Apucarana, Maringá, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Francisco Beltrão, Pato Branco, Guarapuava, União da Vitória, Irati, Toledo, Ivaiporã, Laranjeiras do Sul, Cianorte e Pitanga.[135]
Uma região metropolitana ou área metropolitana é um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às vezes, duas ou até mais) grande cidade central (uma metrópole), e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, formando uma conurbação, a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si, formando uma imensametrópole, que na qual o centro está localizado na cidade central, normalmente aquela que dá nome à região metropolitana. Oficialmente, existem três regiões metropolitanas no Paraná: CuritibaLondrina e Maringá.[136]
Cultura
Instituições e patrimônio cultural
Universidade Federal do Paraná foi fundada em 1912,[246] e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em 1959.[247] Dos museus existentes no estado, o mais importante é o Museu Paranaense, emCuritiba, fundado em 1876 pelo historiador Agostinho Ermelino de Leão, com coleções históricas, etnográficas e arqueológicas, além de biblioteca.[248]
Outra instituição importante é o Museu Coronel Davi Antônio da Silva Carneiro, também na capital.[249] Suas coleções, como as do Paranaense, foram tombadas pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[250] Seu acervo possui peças arqueológicas, etnográficas e numismáticas.[249] Em Paranaguá, dois museus atraem os visitantes: o Museu de Arqueologia e Artes Populares, mantido pela Universidade Federal do Paraná e que funciona no antigo Colégio dos Jesuítas, e o Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.[251]
O Patrimônio Histórico também tombou, no estado, diversos monumentos de valor arquitetônico e histórico, como a igreja matriz de São Luís, em Guaratuba,[252] a igreja matriz de Santo Antônio, a casa histórica da praça Coronel Lacerda, a casa onde morreu o general Carneiro, na rua Francisco Cunha, o pavimento superior da Casa da Cadeia, em Lapa,[253] a antiga residência jesuítica, na rua Quinze de Novembro, e a fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres (ou da Barra), na ilha do Mel, em Paranaguá.[253]
Bibliotecas
As mais completas bibliotecas estão em Curitiba: a Biblioteca Pública do Paraná,[254] a Biblioteca do Museu Paranaense,[255] as bibliotecas dos setores de Ciências Jurídicas e Ciências da Saúde daUniversidade Federal do Paraná[256] e a Biblioteca Central do Campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba.[257] Há também bibliotecas especializadas, como a do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, que possui um grande acervo relacionado com tecnologias agrícolas,[258] e a do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, especializada em assuntos relacionados com o cooperativismo.[259]
Festivais
Entre as festas religiosas, são especialmente representativas a de Nossa Senhora da Luz, em Curitiba,[260] e a de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, acompanhada de grande procissão.[261] Entre as festas populares, sobressai a Congada da Lapa, de origem africana e em homenagem a São Benedito, na cidade de Lapa.[262] Várias danças populares subsistem em localidades do interior: ocuritibano, dança de roda aos pares, o quebra-mana, dança sapateada, a valsada, e o nhô-chico, no litoral.[263] As várias comunidades de origem europeia conservam danças, cantos e trajes de seus países, sobretudo as de origem alemã.[253]
Pontos turísticos
Cortado de boas estradas e pontilhado de bons restaurantes, o Paraná é um estado muito atraente para o turismo.[253][264] Merecem a atenção do visitante a capital, com seus museus, jardins e universidades, o teatro Guaíra, o Passeio Público (com o jardim zoológico),[265] os monumentos históricos de Guaratuba, Lapa e Paranaguá, e principalmente a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, uma das obras mais notáveis da engenharia brasileira. Dos trens que a atravessam, descortina-se magnífico panorama que envolve ao mesmo tempo paisagens da serra e do litoral.[264]
A ferrovia foi projetada, no segundo reinado, por Antônio Rebouças, irmão (prematuramente falecido) do engenheiro, monarquista e abolicionista André Rebouças.[266] Contra a opinião de especialistas estrangeiros que o governo convidara a opinar, a estrada, aberta ao tráfego em 1885,[267] foi construída num traçado em linha de simples aderência.[264] Tem 111 km de extensão, 41 pontes e treze túneis,[267] doze dos quais escavados na rocha viva, além do arrojado viaduto Vicente de Carvalho, com 84m de extensão.[267] Muitas dessas obras de arte, concebidas para vencer as passagens mais difíceis, ainda são consideradas de grande audácia, para a topografia da região.[264]
São numerosos os acidentes naturais de interesse turístico no Paraná, como as formações rochosas de arenito vermelho de Vila Velha, que parecem dólmens, nos arredores de Ponta Grossa; as grutas calcárias de Campinhos, em Tunas do Paraná, gruta da Lancinha (maior em biodiversidade do sul do Brasil em Rio Branco do Sul, e do Monge, em Lapa; as cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu; oParque Nacional do Iguaçu, com sua reserva florestal; a ilha do Mel, com sua bela praia, o farol, a gruta e a fortaleza histórica da Barra, em Paranaguá; os balneários de Pontal do SulPraia de Leste,MatinhosCaiobá e Guaratuba.[264]
Esportes
No setor esportivo, a secretaria responsável por atuar nessa área é a Secretaria do Esporte,[268] que tem como secretário Evandro Rogério Roman,[269] gaúcho de Erval Grande e formado em educação física.[270]
O estado é sede de diversos clubes de futebol conhecidos nacionalmente, como, por exemplo, o Clube Atlético Paranaense, o Coritiba Foot Ball Club e o Paraná Clube.[271] O Campeonato Paranaense de Futebol é organizado pela Federação Paranaense de Futebol e realizado ininterruptamente desde 1915, sendo um dos mais antigos torneios de futebol organizados no Brasil.[272] O estado possui diversos estádios de futebol, como o Joaquim Américo Guimarães, o Couto Pereira e o Durival Britto e Silva (todos em Curitiba), o do Café (em Londrina), o Germano Krüger (em Ponta Grossa), o Willie Davids (emMaringá), o Estádio Olímpico Regional Arnaldo Busatto (em Cascavel), entre muitos outros.[273] Curitiba é uma das doze capitais brasileiras que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014.[274] Em 2010, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o estado aparece na quinta colocação no ranking nacional das federações estaduais.[275]
Atualmente, o Paraná é sede de eventos esportivos, seja de importância nacional e/ou internacional. Exemplos são a a Fórmula Truck, a Stock Car Brasil, e o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, eventos que são realizados no Autódromo Internacional de Curitiba.[276][277][278]
Outros esportes também têm popularidade no estado. No vôlei, o órgão responsável pela atuação no esporte é a Federação Paranaense de Voleibol, que possui diversos clubes filiados e organiza todos os torneios oficiais que envolvam as equipes do estado.[279] No basquete, a federação responsável é a Federação Paranaense de Basketball.[280] Todos os anos, o estado realiza os Jogos Escolares do Paraná, evento da secretaria de esportes do governo estadual, que reúne diversas modalidades esportivas.[281]
Culinária
cozinha paranaense testemunha as diversidades da origem de sua população.[282] O prato mais típico do estado é o barreado, apreciado em toda a região litorânea e feito à base de carne cozida, por muito tempo, em panela de barro, até desmanchar-se.[283][282] O churrasco é, como em todo o sul, um dos pratos mais característicos do interior, juntamente com os das comunidades de tradição alemã, polonesa e italiana.[282]
Personalidades
Entre os principais paranaenses ilustres podemos destacar: David Carneiro, um dos mais renomados historiadores brasileiros[284] e pai do historiador David Carneiro Júnior;[285] Moysés Paciornikmédico curitibano;[286] Michel Telómedianeirense, ex-integrante do Grupo Tradição;[287] Tony Ramosaraponguense, ator da Rede Globo;[288] Dalton Trevisan, escritor curitibano e autor de O Vampiro de Curitiba;[289] Sônia Bragamaringaense, atriz da Rede Globo;[290] a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororóastorguense;[291] Jaime Lernerpolíticoarquiteto e urbanista curitibano, autor da ideia do Ligeirinho;[292] Anízio Alves da Silva, inventor do supletivo (atualmente conhecido como Educação de Jovens e Adultos);[293] Deivid Willian da Silva,londrinense, jogador do Clube Atlético Paranaense;[294] Dirceu José Guimarães, jogador da Confederação Brasileira de Futebol entre as décadas de 1970 e 1980;[295] Fábio Campanaiguaçuensejornalista;[296] Aramis Millarch, curitibano, editor do jornal O Estado do Paraná;[297] os ex-governadores Roberto Requião de Mello e Silva[298] e Moysés Lupion;[299] Laurentino Gomes, maringaense, escritorjornalista e autor dos livros 1808 e 1822;[300] Grazi Massaferaatriz e modelo;[301] dentre vários outros de menor expressão.
Feriados
No Paraná só há um feriado estadual que é o Dia da Emancipação Política, no dia 19 de dezembro, em comemoração ao nascimento da Província do Paraná, desmembrada da Província de São Paulo.[302] As repartições particulares, incluindo a Ocepar, não têm direito a férias, por isso trabalham no feriado.[303] Ponto facultativo em Curitiba.[303]
Ligações externas
§  Parque Nacional do Iguaçu  (em português) Página do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN



São Paulo

São Paulo (pronuncia-se AFI: [sɐ̃w̃ ˈpawlu] link=. ouça) é um município brasileirocapital do estado de São Paulo e principal centro financeirocorporativo e mercantil da América Latina.[9] É a cidade mais populosa do Brasildo continente americano e de todo o hemisfério sul do mundo,[5] e a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizadado planeta,[9] recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC).[10] O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é constituído pela frase em latim "Non ducor, duco", cujo significado em português é "Não sou conduzido, conduzo".[11]
Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista culturaleconômico ou político. Conta com importantes monumentosparques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.
O município possui o 10º maior PIB do mundo,[12] representando, isoladamente, 12,26% de todo o PIB brasileiro[13] e 36% de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil,[14] além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005.[15] A cidade também é a sede da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado.[16] São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do ValeItáliaAltino Arantes, a Torre Norte, entre outros.
São Paulo é a sexta cidade mais populosa do planeta e sua região metropolitana, com 19 223 897 habitantes,[17] é a quarta maior aglomeração urbana do mundo.[18] Regiões muito próximas a São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como CampinasBaixada Santista e Vale do Paraíba; outras cidades próximas compreendem aglomerações urbanas em processo deconurbação, como Sorocaba e Jundiaí. A população total dessas áreas somada à da capital – o chamado Complexo Metropolitano Expandido – ultrapassa 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.[19]
Geografia
São Paulo é a capital do estado mais populoso do Brasil, São Paulo, situando-se próximo ao paralelo 23º32'52'' sul e do meridiano 46º38'09'' oeste. A área total do município é de 1 522,986 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão territorial.[4] De toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas, sendo a maior área urbana do país.[6]
São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê, tendo as sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua configuração. São Paulo tem a altitude média de 760 metros.[6] O ponto culminante do município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros,[42] localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.[43][44]
O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande São Paulo tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região, criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge municípios, como por exemplo, Santo AndréSão Bernardo do CampoSão Caetano do SulDiadema (a chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos, entre várias outros. ARegião Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39 municípios, sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a terceira maior das Américas,[18] com 19 822 572 habitantes.[5] Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2008 cerca de 572 bilhões de reais.[8]
Clima
clima de São Paulo é considerado subtropical (tipo Cfa segundo Köppen), com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 19,25 °C, tendo invernos brandos e verões comtemperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de edifícios. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 22,5°C e o mês mais frio, julho, de 16 °C.[45]
A precipitação anual média é de 1 376,2 mm, concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município. Também ocorrem frequentemente nos municípios vizinhos.[46]
Apesar da maritimidade que evita maiores variações de temperatura, a altitude de São Paulo faz com que nos meses mais quentes sejam poucas as noites e madrugadas quentes na cidade, sendo que as temperaturas mínimas raramente são superiores a 23 °C num período de 24 horas. No inverno, porém, o ingresso de fortes massas de ar polar acompanhadas de excessiva nebulosidade às vezes fazem com que as temperaturas permaneçam muito baixas, mesmo durante a tarde. Tardes com temperaturas máximas que variam entre 14 °C e 16 °C são comuns até mesmo durante o outono e o início da primavera. Durante o inverno, já houve vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos 10 °C, como em 15 de agosto de 1999.[47]
Poluição ambiental
poluição do ar na cidade é intensa,[50] devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente na cidade.
Além da poluição atmosférica a cidade sofre também com a poluição hídrica, concentrada em seus dois principais rios, o rio Tietê e o rio Pinheiros, que estão altamente poluídos. Atualmente o rio Tietê passa por um programa de despoluição que dura alguns anos. Como já ressaltado nos itens anteriores, o processo de expansão urbana nas últimas décadas aliou especulação imobiliária, esvaziamento das áreas centrais e precariedade nos novos loteamentos; desta forma, devido à dificuldade de aceder à terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de famílias viram-se obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as de mananciais. Com isto, também ocorre uma sobrevalorização do transporte individual sobre o transporte coletivo - levando à atual taxa de mais de um veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da poluição ambiental.[51]
O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão preocupante: São Paulo possui poucas fontes de água em seu próprio perímetro, tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes. O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela supracitada expansão urbana impulsionada pela dificuldade de acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da população de baixa renda.[52]
Parques e espaços públicos
Com 21% da área do município coberta por área verde[53] (incluindo reservas ecológicas), São Paulo possui 40 parques municipais e estaduais,[54], como o Parque Estadual Turístico da Cantareira, que abriga uma das maiores florestas urbanas do planeta com 7 900 hectares,[55] o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidadepela Unesco em 1994, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros. Apesar disso, a cidade de São Paulo possui apenas entre 5 e 6 m² de área verde por habitante, abaixo dos 12 m² por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).[56]
Demografia
A população de São Paulo estimada pelo IBGE em 2011 foi de 11 316 149 habitantes, sendo o mais populoso do Brasil e com uma densidade demográfica de 7 430,24 habitantes por quilômetro quadrado.[5] Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 244 369 habitantes, sendo o município mais populoso do estado e do Brasil e apresentando uma densidade populacional de 7 383,11 habitantes por km².[58] Segundo o censo de 2010, 5 323 385 habitantes eram homens e 5 920 984 habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 99,1% da população era urbana (11 125 243 habitantes viviam na zona urbana e 19 126 na zona rural).[59][58] Segundo o censo de 2010 do IBGE, a população paulistana é formada por: brancos (60,64%), pardos (30,51%),negros (6,54%), amarelos (2,19%) e indígenas (0,12%).[60]
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de São Paulo (ano 2000), considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,841, sendo o 18° maior de todo estado de São Paulo. Considerando apenas a educação o índice é de 0,919 (muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849; o índice da longevidade é de 0,761 (o brasileiro é 0,638); e o de renda é de 0,843 (o do país é 0,723).[7] A renda per capita é de 32 493,96 reais.[8]
coeficiente de Gini do município, que mede a desigualdade social, é de 0,45 (2003), sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[61] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 28,09%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 26,16%, o superior é de 30,02% e a incidência da pobreza subjetiva é de 10,60%.[61]
Habitação e uso do espaço urbano
Segundo dados do censo de 2000 do IBGE, da fundação SEADE e de pesquisas feitas pela prefeitura de São Paulo no período 2000-2004,[82] o município apresentava até aquele momento um déficit de aproximadamente 800 mil unidades habitacionais. Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a aproximadamente três milhões de cidadãos sem acesso à habitação formal ou em habitações precárias: nestes números constam a população de loteamentos clandestinos e irregulares, a população moradora de favelas e a população moradora de cortiços.[83] Tal déficit equivaleria, segundo alguns autores, a aproximadamente um décimo de todo o déficit habitacional nacional (estimado em aproximadamente oito milhões de unidades[84]). Em 2006, dos 1 522,986 km² do município de São Paulo, 31 km² eram ocupados por mais de duas mil favelas.[85]
Aliado ao problema do déficit habitacional está o fato de que, ainda segundo dados das pesquisas em distritos censitários do IBGE e da fundação SEADE, a cada ano as áreas centrais da cidade - correspondentes às regiões centrais tradicionais e àquelas ligadas ao já citado vetor sudoeste - apresentam uma taxa negativa de crescimento demográfico (de -5% entre 2000 e 2008).[86]
Subdivisões
O município de São Paulo está, administrativamente, dividido em trinta e uma subprefeituras, cada uma delas, por sua vez, divididas em distritos, sendo estes últimos, eventualmente, subdivididos em subdistritos (a designação "bairro", porém, não existe oficialmente, embora seja usualmente aplicada pela população). As subprefeituras foram criadas pela lei municipal n° 13 339, de 1º de agosto de 2002, e os atuais distritos pela lei municipal nº 11 220 de 20 de maio de 1992.[121][122] As subprefeituras estão oficialmente agrupadas em nove regiões (ou "zonas"), levando em conta a posição geográfica ehistória de ocupação. Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.[109] Cabem às subprefeituras os serviços ordinários à população, dessa forma, descentralizando alguns serviços rotineiros.[109]
A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos diferentes bairros de São Paulo como fatores de ordem prática (como a divisão de duas subprefeituras em umaavenida importante). Porém, muitas vezes tal divisão não reflete a percepção socioespacial que a população local tem dos lugares: há regiões da cidade que não são oficialmente reconhecidas pela prefeitura, de forma que sua delimitação seja informal e abranja diferentes distritos e subprefeituras, mantendo o nome por tradição, contiguidade física ou facilidade de localização. O fenômeno tende a se repetir na cidade inteira e considerado de forma ampla, pode levar a uma não identificação dos moradores com as instâncias políticas locais.[109]
Além da divisão política, há também uma divisão em nove zonas geográficas, cada uma delas representada por cores diferentes nas placas de ruas e na cor dos ônibus que circulam na região. Essas regiões são estabelecidas radialmente, usando apenas critérios topográficos, e, salvo algumas exceções, não têm uma homogeneidade urbana, nem qualquer distinção administrativa, com exceção do centro histórico e do centro expandido, onde vigora o rodízio municipal.[123]
Cultura
ão Paulo é considerada polo cultural no Brasil, tendo-se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo da história do século XX. Apesar de tradicionalmente rivalizar com o Rio de Janeiro o status de sede das principais instituições culturais do país, é em São Paulo que existe o maior mercado para a cultura, tendo hoje se consolidado como uma das principais capitais culturais do Brasil e da América Latina.[203]
A cultura da cidade de São Paulo foi largamente influencidada pelos diversos grupos de imigrantes que ali se estabeleceram, principalmente italianos. São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculo, bares e grandes eventos culturais como a Bienal de São Paulo e a Virada Cultural. Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, a maior universidade pública do país - a Universidade de São Paulo - a maior universidade privada - a Universidade Paulista - e a maior casa de espetáculos do país, oCredicard Hall).[204]
Na cidade, são celebrados festivais relacionados aos grupos de imigrantes, com os Matsuri (festivais de cultura japonesa). Destes, destacam-se: o Tanabata Matsuri[205] (七夕祭り, "Festival do Tanabata"), relacionado à comemoração do Tanabata, e realizado desde 1979[206], o Nikkey Matsuri[207] (ニッケイ祭り, "Festival do Nikkey"), o Mochitsuki Matsuri[208] (餅つき祭り, "Festa do Mochi Batido") e o Bunka Matsuri[209] (文化祭り, "Festival da Cultura").
Artes cênicas e museus
Episódios relevantes na história das artes cênicas no Brasil aconteceram na cidade de São Paulo. Verifica-se na cidade tanto um cenário de teatro de vanguarda como de um teatro tradicional. Três instituições revelaram-se importantes na cidade, ao longo do século XX: primeiramente o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC),[210] depois o Teatro de Arena[211] e finalmente o Teatro Oficina.[212]
Por ter feito parte da história política e econômica do Brasil, São Paulo é praticamente um museu a céu aberto, com bairros e edifícios de incalculável valor histórico. A cidade possui uma enorme variedade de museus e galerias de arte, que possuem acervos dos mais variados estilos, da arte sacra a moderna, além de curiosidades sobre ciênciapolíticareligião, entre outros temas. Entre os museus mais famosos da cidade estão Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu do Ipiranga, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras instituições de renome. Também abriga um dos cinco maiores parques zoológicos do mundo, o Parque Zoológico de São Paulo.[213]
Literatura
A literatura na cidade de São Paulo começa com a chegada dos missionários da Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como jesuítas, no início do século XVI. Eles escreveram relatórios àcoroa portuguesa sobre as terras recém-encontradas e sobre os povos nativos, compondo poesias e músicas para o catecismo. Os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta são considerados os fundadores da capital paulista.[214] Durante o século XIX a cidade teve grandes nomes da literatura como o escritor Álvares de Azevedo, representante da fase ultrarromântica do Romantismo. Porém, os escritores paulistanos só atingem independência cultural e projeção nacional no início do século XX, com o movimento modernista brasileiro, principalmente após a realização da Semana de Arte Moderna em 1922.[215]
Durante o período modernista surgiram importantes escritores da literatura brasileira como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, responsáveis pela introdução do modernismo no Brasil e produtores de uma extensa e importante obra literáriadramatúrgica e crítica para a cultura brasileira.[216] Com o poema urbano "Pauliceia desvairada", Mário de Andrade estabeleceu o movimento modernista no Brasil.[217] O romance Macunaíma, com a sua abundância de folclore brasileiro, representa o ápice da prosa nacionalista no modernismo através da criação de um anti-herói nacional. A poesia experimental de Oswald de Andrade, a prosa de vanguarda, em especial o romance "Serafim Ponte Grande" (1933), e manifestos provocativos que exemplificavam a quebrar do movimento com a tradição.[218] Artistas e escritores modernistas escolheram o Teatro Municipal de São Paulo para lançar seu manifesto modernista. O local passou a ser um bastião da cultura europeia com a Ópera e apresentações de música clássica trazidas da AlemanhaFrançaÁustria e Itália. Foi importante para eles escolher o Teatro Municipal como ponto de partida, porque a alta sociedade que frequentava o local negavam suas raízes brasileiras por falar línguas como o francês apenas na casa de ópera. Além disso, os frequentadores se comportavam como se o resto do Brasil, e a própria cultura brasileira, não importasse ou não existisse. Ambos os autores foram influentes escritores da escola modernista: Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
Música
A cidade tem uma cena musical fervilhante, com diversas vertentes musicais sendo representadas. No samba, a cidade possui nomes de renome como Adoniran Barbosa, cujos sucessos mais lembrados são Saudosa Maloca e Trem das Onze, e os Demônios da Garoa, grupo de samba da década de 1940 ainda em atividade considerado o "Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade".[219]
O município foi o berço de várias bandas de rock nas décadas de 19601970 e 1980, como os Os Mutantes, uma banda de rock psicodélico que liderou o caminho no cenário musical da música experimental, cujo sucesso é por vezes relacionado com o de outros músicos da Tropicália, mas com um estilo musical e ideias próprias.[220] No final do governo militar no início dos anos 1980 a bandaUltraje a Rigor surgiu na cidade. Eles jogaram um estilo simples e irreverente do rock. As letras representavam as mudanças na sociedade e na cultura que não apenas São Paulo, mas em toda a sociedade brasileira.[221]
As cenas pós-punk e garagem tornaram-se fortes na década de 1980, talvez associada com o cenário sombrio de desemprego e de poucas perspectivas reais do ponto de vista da juventude da época. Exemplos de bandas provenientes deste movimento incluem Ira!TitãsRatos de Porão e Innocentes. Na década de 1990drum & bass tornou-se um outro movimento musical em São Paulo, com artistas como DJ MarkyDJ PatifeXRS, Drumagick e Fernanda Porto.[222] Muitas bandas de heavy metal também se originaram na cidade, como AngraTorture SquadKorzus e Dr. Sin. Muitas culturas "alternativas" de São Paulo se misturam em um pequeno shopping apelidado de Galeria do Rock, que inclui lojas que atendem a uma ampla gama de nichos alternativos. Em 2011, foi confirmada a versãobrasileira do festival Lollapalooza, que será sediada no Jockey Club paulistano nos dias 7 e 8 de abril de 2012.[223][224]
Por seu aspecto urbano, a cidade cada vez mais se renova musicalmente, aceitando os diversos ritmos musicais oriundos de todas as partes do país. São Paulo também é um dos principais centros demúsica erudita do Brasil, sendo local de nascimento de compositores internacionalmente reconhecidos como Osvaldo Lacerda e Amaral Vieira, e palco durante o ano todo de apresentações de concertos eóperas em suas diversas salas, como a Sala São Paulo, o Teatro Municipal de São Paulo (palco da Semana de Arte Moderna de 1922, considerada marco de início da arte moderna no Brasil), o Teatro São Pedro e o Teatro Alfa. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) é considerada o melhor conjunto sinfônico da América Latina.[225]
A cidade também é muito influente no movimento hip-hop (breakgrafite e rap), sendo que, no Brasil, os maiores expoentes dessa vertente cultural estão em São Paulo e seu entorno. Também é forte a presença da música eletrônica, com diversas raves e festas, como o Skol Beats,[226] Nokia Trends,[227] Spirit of London, entre outras.[228]
Mídia
São Paulo é um dos principais centros de comunicação do Brasil e da América Latina, por reunir em seu território a sede de vários grandes grupos de comunicação. Dois dos jornais mais influentes do país[229] são publicados na cidade, ambos com reputação internacional: a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo (o jornal mais antigo da cidade ainda em circulação).[230] A Folha de S. Paulo é um dos jornais mais lidos e reconhecidos no país, sendo o segundo maior jornal de circulação do Brasil, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), com uma circulação média diária de 294 498 exemplares, em 2010.[231] Outros importantes jornais são o Diário de São PauloAgora São Paulo e o Jornal da Tarde.
No campo da televisão, a cidade foi pioneira com a criação da primeira emissora do país, a TV Tupi, pelo empresário Assis Chateaubriand, em setembro de 1950.[232] Desde então, várias outras emissoras desenvolveram-se na cidade e ganharam projeção nacional, como foi o caso do SBT,[233] da Rede Bandeirantes (pertencente ao Grupo Bandeirantes),[234] Rede Record,[235] Rede Gazeta,[236] RedeTV![237]e a TV Globo São Paulo (antiga TV Paulista),[238] todas com sede na região metropolitana de São Paulo.
A cidade também foi pioneira em publicidade, sendo que nela foi instalada a primeira agência de publicidade do país, chamada "A Eclética", em 1914. Atualmente, o município é um grande centro publicitário nacional e internacional.[239] São Paulo também concentra um grande número de editoras que produzem algumas das principais publicações do Brasil. Entre elas destaca-se a Editora Abril, que publica atualmente 54 títulos, com circulação de 188,5 milhões de exemplares, em um universo de quase 28 milhões de leitores e 4,1 milhões de assinaturas, sendo a maior do segmento na América Latina.[240] Entre as principais publicações da editora está a Revista Veja, a revista com maior tiragem do país.[241]
Esportes
A cidade sedia eventos esportivos de importância nacional e internacional, como o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, realizado no Autódromo de Interlagos, o São Paulo Indy 300, evento que faz parte da IndyCar Series e é realizado no Circuito Anhembi,[242][243] e o Aberto de São Paulo de Tênis, realizado no Complexo de Tênis do Parque Villa-Lobos. Também realiza-se na cidade a tradicional Corrida de São Silvestre, prova pedestre disputada desde 1925, todo dia 31 de dezembro, pelas ruas do centro. Entre as corridas de rua tradicionais, destacam-se, também, as provas São Paulo Classic, com cerca de 12 mil participantes[244] e Run Américas com 25 mil participantes em São Paulo num evento que acontece simultaneamente em diversas cidades da América Latina: São Paulo, LimaCaracas,BogotáCidade do MéxicoSantiago e Buenos Aires num evento que no total reúne 120 mil pessoas nessas 9 cidades.[245]
São Paulo recebeu jogos da Copa do Mundo FIFA de 1950,[246] foi sede de Jogos Pan-Americanos de 1963[247] e foi uma das sedes do Mundial Interclubes de 2000.[248] Também foi sede do Campeonato Mundial de Basquetebol Feminino de 1983 e 2006, de Vôlei Feminino em 1994, de uma das etapas do Concurso Mundial de Saltos da FEI (Federação Equestre Internacional) em 2007 e será cidade-sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014.[249]
A cidade conta também com um Jockey Club, onde a primeira corrida aconteceu em 29 de outubro de 1876, no Hipódromo da Mooca, na rua Bresser. Com dois cavalos inscritos na primeira corrida, Macaco e Republicano, inauguraram as raias instaladas nas colinas da Mooca. Republicano era o favorito, mas Macaco levou o Primeiro Prêmio da Província.[250]
O município é sede de três grandes clubes brasileiros de futebol: CorinthiansPalmeiras (fundado por italianos) e São Paulo FC. Além do chamado "Trio de Ferro", ainda conta com outras agremiações futebolísticas, como a Portuguesa de Desportos, o Juventus e o Nacional.[251]
A cidade conta com cinco grandes estádios:
§  Morumbi, do São Paulo FC, o maior estádio de futebol de São Paulo, com capacidade para 73 501 pessoas;[252]
§  Pacaembu, estádio municipal, onde jogam todos times paulistas, com destaque para o Corinthians, com capacidade para cerca de 37 mil pessoas;[252]
§  Estádio Universitário, da USP, com capacidade para cerca de 30 mil pessoas;[252]
§  Estádio Palestra Itália, da S.E. Palmeiras com capacidade para 28 599 pessoas e que passa atualmente por reforma para ampliação;[252]
§  Estádio do Canindé, da Portuguesa de Desportos, à beira do rio Tietê, com capacidade para 19 717 pessoas.[252]
§  Novo estádio do Sport Club Corinthians Paulista (em construção) do Corinthians Paulista, localizado em Itaquera, zona leste da cidade, com capacidade planejada para 48 mil pessoas.[253]
Além destes, conta com estádio menores como o Estádio Conde Rodolfo Crespi - popularmente conhecido como Estádio da Rua Javari - (do Clube Atlético Juventus), o Estádio Nicolau Alayon (do Nacional) e o Parque São Jorge (do Corinthians). Conta também com diversos ginásios de vôlei e basquete (Ibirapuera, Esporte Clube Pinheiros, Clube Hebraica e Paulistano), quadras de tênis, e muitas outras arenas esportivas, como o Estádio do Ibirapuera, destinado principalmente aoatletismo.[254]
Ligações externas



Amazonas

O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo o maior estado brasileiro [5], com uma área de 1.570.745,680 km², se constitui na nona maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da AlemanhaFrançaReino Unido e Japão somadas. Seria o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco superior à Mongólia, com seus 1,564,116 km². É maior que a área da Região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²).
Pertencente à Região Norte do Brasil, é a segunda unidade federativa mais populosa desta macrorregião, com seus 3,5 milhões de habitantes em 2010, sendo superado apenas pelo Pará[6]. No entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital e sua maior cidade com 1,8 milhão de habitantes em 2011 (e efetivamente, asétima maior do país), que concentra cerca de 60% da população do estado, e Parintins[2][7], com pouco mais de 102 mil habitantes. O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 4 mesorregiões.[8] Faz limite com o Pará (leste); Mato Grosso (sudeste); Rondônia e Acre (sul e sudoeste); Roraima (norte); além da VenezuelaColômbia e Peru.[9]
A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 25.335 km², superior à área do estado brasileiro de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.[10] O Amazonas é ainda o 2º estado mais rico da região Norte, responsável por 32% do PIB da região. Em âmbito nacional, ocupa a 15ª posição. Possui o maiorÍndice de Desenvolvimento Humano (empatado com o Amapá), o maior PIB per capita, a 4ª menor taxa de mortalidade infantil, além 3ª menor taxa de analfabetismo entre todos os estados do Norte do Brasil.
Abriga a maior e mais populosa cidade da Amazônia, Manaus, com seus 1 832 423 habitantes.[11] A capital amazonense congratula-se ainda como a maior Região metropolitana da região, com população superior aos 2,2 milhões de habitantes. O Pico da Neblina, ponto culminante do Brasil, também se situa em território amazonense.[12]
Etimologia
O nome Amazonas foi originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado, e associando-as às Amazonas da mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome.[13] Segundo etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba".[14]
Geografia
estado do Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de 1.570.745 km².[37] Grande parte dele é ocupado por reserva florística e pela água.[38]O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. O clima é equatorial úmido e a temperatura média é de 26,7 °C.[38] O menor clima já registrado no estado foi de 17°C. Apenas o inverno e o verãosão bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80%, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.[38] Seu fuso horário é de menos quatro horas (-4) em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da Região Norte, fazendo fronteira com os estados de Mato GrossoRondônia e Acre ao sulPará a leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do PeruColômbia eVenezuela ao sudoesteoeste e norte, respectivamente.[37]
Relevo
Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 3.014 metros, e o pico 31 de Março, com 2.992 metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro. Há uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados doBrasil.[39]
AmazonasNegroSolimõesPurusMadeiraJuruáIçáUaupés e Japurá são seus rios principais.
O estado está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de largura média. Isso faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.[39]
Geologia
Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Entretanto verifica-se, principalmente no interior do estado, uma região propícia a exploração de minerais, como o nióbiocaulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no estado econtra-se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo.[40]
O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva superior à 400 mil toneladas - nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.[40]
Clima
No estado do Amazonas o clima é bem quente. No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta, variando de 28 °C no litoral do Pará até 40 °C no oeste amazonense. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro mas podem-se encontrar também características de tropicalidade no Sul do estado.
Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do Sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no inverno, asfrentes frias são geralmente seguidas de massas de ar vindas da Linha do Equador e que trazem um vento quente.
Vegetação
Sobressaem matas de terra firmevárzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a Hileia Amazônica. Os solos são de terra firme - do tipo lateríticos: solos vermelhos das zonas úmidas e quentes, cujos elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura. Solos de várzea são os mais férteis da região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andirobacopaíba e aroeira. São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaranáaçaí,cupuaçucastanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camupupunhatucumãburiti e taperebá.
O Amazonas tem 98% da sua área florestal intacta, pois sua vocação econômica foi desviada para outras atividades a partir da reorganização e ampliação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do legado ecológico. Existe um esforço para manter os projetos agropecuários dentro dos limites da preservação ambiental, enquanto que a valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
]Hidrografia
O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica. Os principais rios são: rio Negro (que banha a cidade de Manaus), rio Amazonasrio Solimõesrio Madeirario Juruário PurusIçáUaupés e Japurá todos integrantes da bacia hidrográfica.
No estado encontram-se os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo em quantidade de ilhas, Mariuá, com 1200, e Anavilhanas,[41] com 400, situados no rio Negro.
rio Amazonas está entre os 14 finalistas de uma votação global feita pela internet que pretende eleger as sete maravilhas naturais do mundo. No Brasil, além do rio Amazonas, concorrem também as Cataratas do Iguaçu.[42]
Encontro das águas
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas, que é uma das principais atrações turísticas das cidades de Manaus e Parintins.
Há dezenas de agências de turismo que oferecem passeios regionais, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos igarapés da região. Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além de cores, os rios têm temperaturas diferentes.
Em Manaus, em frente ao Encontro das Águas, está em construção uma estrutura turística projetada por Oscar Niemeyer, que contém mirantes destinados à contemplação desse magnífico fenômeno natural.
Ecologia
O Amazonas possui uma grande Reserva Biológica inundada, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.[43]
A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivarasavesrépteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.
Das milhares de espécies de peixes da Amazônia, com algumas ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais exploradas são: tambaqui, jaraqui, curimatã, pacutucunarépescadadouradosurubimsardinha e pirarucu (bacalhau da Amazônia).
Parques nacionais
§  Parque Nacional da Amazônia - Criado pelo decreto 73.683 (19 de fevereiro de 1974), com 994.000 ha. Localiza-se dentro dos estados do Amazonas e Pará.
§  Parque nacional do Jaú - Criado pelo decreto 85.200 (24 de setembro de 1980), com 2.272.000 ha. Localiza-se em Novo Airão.
§  Parque Nacional do Pico da Neblina - Criado pelo decreto 83.550 (5 de junho de 1979), com 2.200.000 ha. Localiza-se em São Gabriel da Cachoeira e abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3.014 m.
Parques estaduais
§  Parque Estadual Serra do Aracá - Criado em 1990, pelo Decreto 12.836, de 9 de março. Fica em Barcelos, ocupando uma área de 1.818.700 ha (18.187 km²), ou 15 % dos 122.475,728 km² de área do município.
§  Parque Estadual Nhamundá - Criado pelo Decreto 12.836, de 9 de março de 1990. Possui uma área de 195.900 hectares.
§  Parque Estadual Rio Negro Setor Norte - Possui uma área de 178.620 ha. Foi estabelecido pelo Decreto 16.497, de 2 de abril de 1995. O parque engloba 5 % da área do município de Novo Airão, que é de 37.771,246 km².
§  Parque Estadual Rio Negro Setor Sul - Fica dentro dos municípios de Manaus e Novo Airão. O Decreto 16.497, de 2 de abril de 1995, estabeleceu a criação do parque. Ocupa uma área de 257.422 ha, ou cerca de 5 % da área destes municípios (11.401,058 km² e 37.771,246 km²).
§  Parque Estadual Samaúma - É o menor parque estadual no estado, com 51 hectares, criado em 2003 e localiza-se em Manaus, no bairro Cidade Nova.
§  Parque Estadual Sucunduri - Com 808.312,179 hectares, criado em 2005, em Apuí.
§  Parque Estadual Cuieiras - Possui 55.800 hectares.
§  Parque Estadual Guariba - Com 72.296,331 hectares, criado em 2005, em Manicoré.
Demografia
De acordo com o Censo brasileiro de 2010, o Amazonas era habitado por 3 483 985 habitantes, sendo que haviam 2 755 490 habitantes em área urbana e 728 495 habitantes em área rural. Quanto à questão de gênero, haviam 1 753 179 homens e1 730 806 mulheres. Foram identificados 902 780 domicílios, sendo que apenas 801 640 deles eram ocupados, gerando um déficit habitacional de 101 140 domicílios. A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas.[44]
Em 2011, de acordo com estimativas do mesmo orgão, a população do estado atingiu 3 538 387 habitantes.[45] No estado, quase 30 000 habitantes não são naturais da unidade federativa.[46]
Na questão de alfabetização, habitantes do estado com mais de 5 anos de idade alfabetizados totalizavam 2 670 173 pessoas.[47] Pelo menos 791 162 habitantes afirmaram serem portadores de algum tipo de deficiência permanente, destacando-se a deficiência motora, com 38 509 deficientes declarados. 2 728 pessoas afirmaram serem brasileiros naturalizados e 6 964 afirmaram serem estrangeiros. Haviam ainda, 883 278 pessoas não-naturais do estado do Amazonas, sendo que destas219 085 afirmaram viver no estado há mais de 10 anos. Destacando a questão do estado civil, haviam 1 948 604 pessoas com mais de 10 anos de idade solteiras, 640 437 pessoas com mais de 10 anos de idade casadas, 74 287 pessoas viúvas,41 698 divorciadas e 23 116 pessoas desquitadas ou separadas judicialmente. Há de se destacar que 699 439 pessoas declararam viver em união consensual.[48]
Ainda de acordo com o censo de 2010, 791 162 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência.[49] A deficiência mental ou intelectual apresentou-se em 38 509 habitantes, enquanto outros 149 796 habitantes declararam possuir alguma deficiência motora. 124 737 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência auditiva, enquanto outros 530 296 habitantes possuem deficiência visual. Os habitantes que declararam não possuir nenhum tipo de deficiência somam-se2 692 764 habitantes.[49]
O estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do século XX, devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo Industrial de Manaus, na década de 1960. O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu 2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%.
De acordo com o censo de 2000, dos 3,3 milhões de habitantes do estado 78,4% vivem em cidades, enquanto 17,3% da população vivem no campo. A composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina.
A capital, Manaus, é a maior cidade da Região Norte, com cerca de 1,8 milhão de habitantes,[11] seguida por Belém com 1,3 milhão de habitantes. Manaus, uma das que mais recebem migrantes no Brasil, cresce desordenadamente com muitas áreas ocupadas de forma ilegal por invasões.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o Amazonas é o segundo maior colégio eleitoral do norte brasileiro, com 2 030 549 eleitores,[50]
Economia
PIB do Amazonas é o 15º maior do país, destacando-se na área industrial. De acordo com dados relativos a 2009, o PIB amazonense era de 49 614 mil, enquanto o PIB per capita era de 14 620 reais.[62]
O estado possui uma economia baseada na indústria e no extrativismo. Destaca-se as indústrias de eletroeletrônicos, petróleo e gás natural e automobilístico; os setores de serviços e financeiro; e a mineração e pesca, que formam a base de uma economia que responde por cerca de 70 % da economia nortista, juntamente com o estado vizinho do Pará. O estado oferece ainda a segunda melhor infraestrutura do país para investimentos em novos empreendimentos ficando atrás apenas do Distrito Federal.[63] Foi ainda, o estado que mais cresceu econômicamente no primeiro trimestre de 2010.[64] Atualmente, o Amazonas lidera o crescimento e a alta industrial no Brasil.[65]
Ao lado do Pará, é o estado que mais influencia na economia da Região Norte brasileira. Entretanto, alcançou em 2009 seu pior desempenho econômico, sendo influenciado pelo baixo desempenho da indústria de transformação, registrando -0,3% de crescimento anual, o mesmo patamar da média brasileira à época. Apenas o Pará registrou índice pior em âmbito regional (-3,2%), enquanto os outros estados da região registraram crescimento econômico acima da média nacional.[66]
Dados do Censo brasileiro de 2010 indicaram a existência de 1 466 464 pessoas economicamente ativas no estado, sendo que destas, 1 323 402 exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e 143 058 encontravam-se desocupadas. Em contrapartida, 1 261 576 pessoas declararam não serem economicamente ativas.[48] Entre os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está na faixa etária dos 25 a 29 anos, onde 226 703 habitantes são ativos na economia, em um total de 323 533 que vivem no estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde 87 960 habitantes dos 125 349 que vivem no estado são ativos na economia. É notável ainda, o número de crianças e adolescentes que exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: 43 233 em um total de 400 422 habitantes entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou estar em idade ativa na economia também é notório: 16 338 em um total de 88 949 habitantes nesta faixa etária que vivem no estado.[48]
Em 2010, aproximadamente 774 357 habitantes exerciam a função de empregados no setor público ou privado. Destes, 419 804 empregados exerciam atividades profissionais com carteira de trabalho assinada e 259 972 profissionais não possuiam carteira de trabalho assinada.[48] 374 116 habitantes eram autônomos e 94 582 habitantes eram funcionários públicos estatutários ou militares. Destaca-se também, o número de pessoas que trabalhavam na produção para o próprio consumo, cerca de 128 130 pessoas e 33 141 que declararam não receber remuneração por suas atividades profissionais.[48] Na questão salarial, 444 398 pessoas declararam receber até um salário mínimo,360 494 pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, 86,546 pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários mínimos e 7 928 declararam receber mais de 20 salários mínimos.[48]
O estado também possui a menor porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de origem. Apenas 1,4% dos habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o seu domiciliar.[67]
Turismo
O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em2009.[80] Em 2010, em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.[81]
A capital do estado, Manaus é o maior destino de turistas da Amazônia, oferecendo uma ampla rede hoteleira, assim como restaurantes variados.[7] Conta também com diversos hotéis de selva em sua região metropolitana.[7] Um dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896, sendo o principal Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas e a obra mais significativa da época áurea da borracha.[82]
Subdivisões
O Amazonas possui em sua divisão política sessenta e dois municípios, agrupados geograficamente pelo IBGE em seis mesorregiões e treze microrregiões. O Governo do Amazonas divide o estado economicamente em seis regiões: Região Metropolitana de ManausBaixo AmazonasAlto SolimõesAlto Rio NegroCalha do Juruá e Purus.Os municípios,são os seguintes:
Os municípios do Amazonas são as subdivisões oficiais do estado brasileiro do Amazonas, localizado na região Norte do país. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o estado possui 62 municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.[97] O Amazonas é a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com seus 3,4 milhões de habitantes, sendo superado pelo Pará.[6] No entanto, apenas duas de suas cidades possuem acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital, e Parintins.[2][7]O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 6 mesorregiões.[8] Faz fronteiras com o Pará (Leste); Rondônia e Mato Grosso (Sul); Acre (Sudoeste); Roraima (Norte); além da VenezuelaColômbia e Peru.[9]
Possui uma área de 1.570.745 km², sendo a mais extensa do país.[5] Se constitui na 9ª maior subdivisão mundial – é maior que as áreas somadas de França (547.030,0 km²), Espanha(504.782,0 km²), Suécia (357.021,0 km²) e Grécia (131.940,0 km²); seria o 18º maior país do mundo em área territorial, pouco maior que a Mongólia, com seus 1,564,116 km²; é maior que a área da região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²), segundo maior estado americano. O município com a maior área éBarcelos, localizado na mesorregião do Norte Amazonense e microrregião de Rio Negro, com 122.476 km² de extensão[98] sendo o segundo maior município brasileiro em área geográfica, atrás apenas de Altamira (PA).[98] O menor é Iranduba, com 2.215 km², localizado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de Manaus.[99] Grande parte dos municípios do Amazonas possuem grandes àreas territoriais. Em média, um município do estado possui 22.050 km² de área territorial, o equivalente a àrea do estado de Sergipe.[100]
Em São Gabriel da Cachoeira, município no norte do estado e no extremo norte do país, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude, o ponto mais elevado do Brasil, situado na fronteira brasileira com a Venezuela. Ainda neste município está situado o Pico 31 de Março, o segundo ponto mais elevado do território federal com 2.992 metros de altitude. São Gabriel da Cachoeira também é o único município brasileiro a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucanonhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município[nota 1] São Gabriel da Cachoeira também se destaca por sua população: 99 % dos habitantes do município são indígenas, representando 9 % da população ameríndia do Brasil.[101]
Cultura
Artes
Teatro Amazonas, mandado construir pelo governador Eduardo Ribeirocafuzo natural do Maranhão, é um perfeito exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borrachaManaus e Parintins possuem fortes traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.
Artesanato
O artesanato do Amazonas é variado e de destaque, com muita influência da cultura indígena. Em geral usam-se elementos da floresta como contas, sementes e cipós. Atualmente o artesanato da região vem se aprimorando com vários elementos da floresta sendo incorporados a jóias, as chamadas biojóias.
Saúde
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SUSAM), quase 90 % dos médicos que trabalham no estado residem em Manaus.[102]
Culinária
Tem sua base na mandioca, influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e cultivo.
A mandioca acaba transformando-se em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus.
Outros pratos típicos amazonenses são:
§  tacacá
§  peixe moqueado
§  pirarucu de sol
§  açaí
§  piquiá
§  pupunha
§  Calderada de Tambaqui
§  Matrinxã na Brasa
Frutas
O Amazonas apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. É no Amazonas que se encontra a maior diversidade de frutas do mundo.[carece de fontes] O Araçá-boi, fruta nativa do Amazonas e da Amazônia Legal, tornou-se bastante apreciada pelo mercado internacional, servindo para se transformar em um alimento probiótico chamado de Streptococcus salivares subsp. Thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus.[103]
A seguir, algumas das frutas nativas:
§  Açaí
§  Cupuaçu
§  Graviola
§  Pupunha
§  Taperebá
§  Piquiá
§  Tucumã
§  Bacaba
§  patauá
§  biribá
§  bacuri
§  murici
§  marimari

Ligações externas



Minas Gerais

Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a quarta maior em extensão territorial — que é de 586.528 km², superior à da França — e a segunda em população. Localizado na Região Sudeste do Brasil e limitado ao sul e sudoeste com São Paulo, a oeste com o Mato Grosso do Sul e a noroeste com Goiás, incluindo uma pequena divisa com o Distrito Federal, a leste com o Espírito Santo, a sudeste com o Rio de Janeiro e a norte e nordeste com a Bahia. O atual governador do estado é Antônio Anastasia. Linguisticamente, o nome Minas Gerais dentro de frases não é acompanhado de artigo definido, como acontece com os estados de Goiás, de Roraima e de Mato Grosso do Sul.
O estado é o segundo mais populoso do Brasil, com quase 20 milhões de habitantes.[6] Sua capital e maior cidade, Belo Horizonte, reúne em sua região metropolitana cerca de 5,5 milhões de habitantes, sendo, assim, a terceira maior aglomeração urbana do Brasil.
Minas Gerais possui o terceiro maior Produto Interno Bruto do Brasil, superado apenas pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, embora em um importante indicador de capacidade econômica, a arrecadação de ICMS, Minas supere Rio de Janeiro na classificação nacional.
Também é muito importante sob o aspecto histórico: cidades erguidas durante o ciclo do ouro no século XVIII consolidaram a colonização do interior do país e estão espalhadas por todo o estado. Alguns eventos marcantes da história brasileira, como a Inconfidência Mineira, a Revolução de 1930, o Golpe Militar de 1964 e a campanha pela abertura política em meados da década de 1980 mais conhecida como Diretas Já, foram arquitetados em Minas Gerais.
Geografia
Relevo, clima e vegetação
O estado de Minas Gerais está localizado entre os paralelos de 14º13'58' ' e 22º54'00' ' de latitude sul e os meridianos de 39º51'32' ' e 51º02'35' ' a oeste de Greenwich. As terras mineiras estão situadas num planalto cuja altitude varia de 100 a 1500 metros, possuindo um território inteiramente planáltico, não apresentando planícies. Mais da metade do estado localiza-se no Planalto Atlântico, com relevos de "mares de morros", enquanto que, na sua porção noroeste, o estado apresenta os platôs do Planalto Central.
As maiores altitudes estão nas serras da Mantiqueira, do Espinhaço, da Canastra e do Caparaó, nas quais há terrenos localizados acima dos 1700 metros. O ponto culminante do estado é o Pico da Bandeira, com 2.891,9 metros de altitude, situado na divisa com o estado do Espírito Santo. A mais baixa altitude do estado está na cidade de Aimorés, leste de Minas, situada a 76 metros do nível do mar, sendo esta também considerada a cidade mais quente, com temperaturas perto da casa dos 40°C.
Os climas predominantes em Minas são o Tropical e o Tropical de Altitude. As regiões mais altas e o sul do estado apresentam as temperaturas mais baixas, chegando a atingir marcações próximas de 0°C. Nas regiões sul, sudeste, leste e central do estado são registrados os maiores índices pluviométricos. Em outro extremo, nas porções norte e nordeste, as chuvas escassas e as altas temperaturas tornam essas regiões muito suscetíveis à seca.
Originalmente, a cobertura vegetal de Minas Gerais era constituída por quatro biomas principais: CerradoMata AtlânticaCampos rupestres e a Mata seca. O Cerrado ocupava praticamente metade do território do estado, ocorrendo nas regiões central, oeste, noroeste e norte. A segunda maior área de cobertura era representada pela Mata Atlântica, nas porções sul, sudeste, central e leste mineiras, tendo sido severamente desmatada e atualmente reduzida a pequenas áreas.
§  O município de Camanducaia possui um dos distritos mais altos do Brasil, a chamada vila Monte Verde, com seus 1554 metros de altitude, onde também é o logradouro do aeroporto mais alto do país com 1560 metros de altitude.
§  O município de Virgínia possui um dos povoados mais altos do estado: a vila do Morangal, com 1515 metros de altitude, com uma paisagem exuberante no meio da Serra da Mantiqueira.
Regiões hidrográficas
Minas Gerais abriga em seu território as nascentes de importantes rios brasileiros. O território do estado está inserido nas seguintes regiões hidrográficas brasileirasSão FranciscoParanáAtlântico LesteAtlântico Sudeste. O estado encontra-se com 9,84% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[14]
rio São Francisco é o principal rio de Minas Gerais e um dos mais importantes do Brasil. Nasce na Serra da Canastra e drena quase metade da área do estado, incluindo as regiões central, oeste, noroeste e norte.
A porção de Minas Gerais inserida na região hidrográfica do Paraná é a responsável pela maior parte da energia elétrica gerada no estado através de usinas hidrelétricas. O rio Grande e o rio Paranaíba, formadores do rio Paraná, nascem em Minas Gerais, e suas áreas de drenagem abrangem as regiões oeste e sul do estado.
Na bacia do Rio Grande, no sul do estado, se formou o Lago de Furnas, também conhecido como mar de Minas devido a sua extensão. Cidades às margens do lago como Boa Esperança guardam muitas historias e é um local de raríssima beleza. Além do lago, há inúmeras cachoeiras como a do Paredão na cidade de Guapé.
Outras importantes bacias hidrográficas de Minas Gerais são as dos rios DoceParaíba do SulJequitinhonha e Mucuri.
Sítios paleontológicos
Na região do Triângulo Mineiro localizam-se dois importantes sítios paleontológicos nos municípios de Prata, e Uberaba (distrito de Peirópolis). No município de Prata, foram descobertos fósseis do maior dinossauro encontrado no Brasil, que viveu há mais de oitenta milhões de anos na região da Serra da Boa Vista, distante cerca de quarenta quilômetros daquela localidade, cujo nome científico foi denominado de Maxakalisaurus topai, e após votação popular passou a ser chamado de Dinoprata, valendo destacar que a réplica do titanossauro (montada em resina), com cerca de treze metros de comprimento, está exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro, desde 28 de agosto de 2006, quando foi apresentada à comunidade científica do Brasil e do Mundo, pelo líder das pesquisas, o professor e paleontólogo Alexander Kellner.[15]
Demografia
Minas Gerais é o segundo estado mais populoso do país, com quase 20 milhões habitantes,[6] que se distribuem por 853 municípios, sendo a unidade da federação brasileira com o maior número de municípios. Os municípios mineiros representam 51,2% dos existentes na região Sudeste e 15,5% dos existentes no Brasil. O estado possui 13.175.268[17] eleitores, o segundo maior colégio eleitoral do país, superado apenas por São Paulo.
Como todos os demais estados da região Sudeste do Brasil, Minas Gerais apresenta alta taxa de urbanização, que se acelerou em um crescimento explosivo entre os anos 1960 e 1980. Esse fenômeno causou distorções com relação ao acesso universal à infraestrutura urbana. As regiões mais densamente povoadas são a Metalúrgica (Central), Campo das VertentesTriângulo MineiroAlto ParanaíbaZona da Mata e Sul. As menores taxas de ocupação populacional encontram-se no Norte do estado.
A forte religiosidade católica dos colonos portugueses ainda predomina entre a população mineira, que tem uma das maiores porcentagens de seguidores do catolicismo no Brasil. As religiões evangélicas estão em forte crescimento, ao lado de minorias como ateus e espíritas. De acordo com dados obtidos durante o censo de 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população mineira era composta por 78,70% de católicos, 13,61% de protestantes, 4,60%sem religião e 1,59% de espíritas.[18]
A capital do estado de Minas Gerais é Belo Horizonte, concebida e planejada para substituir a colonial Ouro Preto ao final do século XIX, então saturada e esgotada em sua capacidade de infra-estrutura para sediar o governo. Dentre os inúmeros fatores que pesaram na criação de Belo Horizonte, a localização privilegiada foi determinante, por estar a capital quase centralizada no estado. Sua construção foi marcada pela formulação de planejamento urbano específico, espelhado no exemplo de Boston (Estados Unidos). Foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897 com o nome de Cidade de Minas.
Belo Horizonte é também o município mais populoso do estado, com pouco mais de 2,4 milhões de habitantes, e outras 3 com mais de meio milhão de habitantes,Uberlândia, a segunda do estado com mais de 604 mil habitantes no Triângulo MineiroContagem com mais de 603 mil habitantes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Juiz de Fora, com 517 mil habitantes na Zona da Mata.[6] Em relação às demais capitais brasileiras, sua distância máxima (até Boa Vista) não passa de 3.118 km, e em relação aos municípios mineiros não vai além de 865 km (Formoso). Sua localização faz com que por meio dela ou em suas cercanias passem rodovias federais muito importantes para a interligação nacional, como as rodovias BR-040BR-262BR-381, dentre outras.
Subdivisões
Pelo critério do IBGE, o estado de Minas Gerais pode ser dividido geograficamente em doze mesorregiões, as quais são formadas por 66 microrregiões.
O governo estadual, entretanto, utiliza desde 1985 outra segmentação territorial para fins administrativos, dividindo Minas Gerais em Regiões de Planejamento (RP) nem sempre coincidentes com as mesorregiões do IBGE. Diferentemente da divisão em mesorregiões do IBGE, as Regiões de Planejamento são em número de dez:[38]
§  RP Noroeste de Minas: formada pela Mesorregião do Noroeste de Minas
§  RP Norte de Minas: formada pela Mesorregião do Norte de Minas
§  RP Rio Doce: formada pela Mesorregião do Vale do Rio Doce
§  RP Mata: formada pela Mesorregião da Zona da Mata
§  RP Sul de Minas: formada pela Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas e pela Microrregião de Lavras
§  RP Triângulo: formada pelas microrregiões de FrutalItuiutabaUberaba e Uberlândia
§  RP Alto Paranaíba: formada pelas microrregiões de AraxáPatos de Minas e Patrocínio
§  RP Centro-Oeste de Minas: formada pela Mesorregião do Oeste de Minas e a Microrregião de Divinópolis
§  RP Jequitinhonha/Mucuri: formada pela Mesorregião do Vale do Mucuri e pelas microrregiões de AlmenaraAraçuaíCapelinha e Pedra Azul
Infraestrutura
Educação
A rede de ensino no estado conta com escolas privadas e públicas em todos os níveis de ensino. O português é o idioma oficial das escolas, mas o inglês e o espanhol são parte do currículo de escola secundária oficial.
No nível superior, o estado possui 25 instituições públicas [46] respeitadas como a UFMG e a UFLA.
Transportes
Minas Gerais é o estado brasileiro que abriga a maior quilometragem de rodovias. A malha rodoviária no estado é de 269.545 quilômetros, dos quais apenas 11.396 em rodovias federais e 21.472 em rodovias estaduais e estaduais coincidentes, correspondendo todo o restante a estradas municipais. As principais rodovias federais que cortam Minas Gerais sãoBR-040BR-116BR-262BR-381BR-050 dentre outras.[47]
Também importantes ferrovias cruzam o estado de Minas Gerais, como a Estrada de Ferro Vitória-Minas, operada pela CVRD, e as antigas Estrada de Ferro Central do BrasilEstrada de Ferro Leopoldina e a Ferrovia do Aço, atualmente administradas pelas concessionárias MRS Logística e Ferrovia Centro Atlântica.
Minas Gerais conta com 146 aeroportos, localizados em 142 municípios. O mais importante é o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, que serve à Região Metropolitana de Belo Horizonte e outras cidades próximas como Itabira eJoão Monlevade.
Energia
A capacidade instalada de geração de energia elétrica de Minas Gerais em 2000 era de 11.435 MW, representando cerca de 17% do total do Brasil. Até 2005 mais 2.300 MW foram incorporados ao sistema energético do Estado.
A inauguração recente das usinas hidrelétricas de Irapé, Capim Branco I e Capim Branco II em 2006 ampliou essa capacidade. A Usina Hidrelétrica de Furnas localizada no sul do estado também é de grande referência no setor energético nacional.
Além da capacidade de geração instalada, Minas Gerais é importante no campo energético do Brasil pelo fato dos rios de maior potencial hidroelétrico do país nascerem no estado, inclusive os rios que abastecem a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A principal concessionária de energia elétrica do Estado - distribui eletricidade para 97% do Estado - é a Companhia Energética de Minas Gerais S/A (CEMIG), que tem como maior acionista o Governo de Minas Gerais. A área de concessão da CEMIG compreende 774 das 853 municipalidades mineiras. Estão interligados ao seu sistema 5.415 localidades e 5,3 milhões de usuários. A rede de distribuição da Companhia é a maior da América Latina, estendendo-se por mais de 315.000 quilômetros. A CEMIG possui ações de várias outras empresas de energia espalhadas pelo Brasil, dentre elas a Light, do Rio de Janeiro, e suas ações são negociadas em São Paulo e Nova Iorque.
Os demais 79 municípios do Estado são atendidos por outras quatro concessionárias, sendo a maior delas a Energisa, qua atende a 67 municípios da Zona da Mata do estado.
Cultura
Arquitetura e artes
Um dos mais importantes acervos artísticos e arquitetônicos do Brasil colonial está abrigado nas cidades mineiras, destacando-se Ouro PretoMarianaDiamantinaCongonhasTiradentesSabará e São João del-Rei.
O arquiteto e escultor Antônio Francisco Lisboa, conhecido por Aleijadinho, é o nome mais importante do barroco mineiro, tanto por esculturas avulsas quanto por realizações de maior vulto, como os profetas em pedra sabão e os passos da Paixão em Congonhas e a concepção arquitetônica de igrejas como a de São Francisco de Assis em Ouro Preto. Suas obras estão presentes em diversas cidades da região do ouro.
Também no século XVIII, o pintor Manuel da Costa Ataíde destacou-se pela ornamentação em estilo rococó de forros das igrejas da região do ouro. Sua obra mais importante é a pintura em perspectiva Glorificação da Virgem, na igreja São Francisco de Assis em Ouro Preto.E também as artes são demais.
Minas Gerais é um dos estados com maior número de museus do país, dedicados não apenas à história mineira, mas também às artes e às ciências. Destacam-se oMuseu Mariano Procópio, o primeiro fundado no estado, Museu da Inconfidência, com importante acervo do século XVIIIMuseu de Arte da PampulhaMuseu do Escravoem Belo Vale, o único museu dedicado à cultura negra no Brasil, Museu de Arte Sacra, em Mariana, com um dos maiores acervos do país, Museu da Música de Mariana, com acervo de documentos musicais sacros e profanos dos séculos XVIII ao XX e o Centro Cultural Amilcar de Castro, em Paraisópolis.[48]
Artes cênicas
Desde o final dos anos 1970 até os dias atuais, Minas Gerais passou a se destacar na cultura nacional através da formação de diferentes grupos teatrais, de dança e de teatro de bonecos. No cenário da dança, ganharam grande projeção o Grupo Corpo, que todos os anos excurssiona a sua temporada por diferentes países, a Cia de Dança do Palácio das Artes e o 1º Ato, além de ser berço de importantes grupo de danças árabes, nas cidades de Belo Horizonte e Uberaba, ambos com projeção nacional. Grupos de teatro como o Grupo Galpão e o Espanca! também são referências do teatro nacional, além do Grupo Giramundo e Armatrux, estes atuam no teatro de bonecos.
Regularmente, acontece em Belo Horizonte grandes eventos que têm o objetivo de difundir as artes-cênicas produzidas no estado, bem como trazer grandes atrações para apresentações nos palcos locais. Dessa forma destacam-se a "Campanha de Popularização do Teatro e da Dança", o "Festiva Mundial de Circo", "FID - Fórum Internacional da Dança", "FIT - Festival Internacional de Teatro", "FAN - Festival de Arte Negra" e o "Verão Arte-Contemporânea".
Literatura
literatura floresce em Minas Gerais já na época do ouro, através principalmente de poetas árcades como Tomás Antônio GonzagaAlvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa.
Modernamente, Minas Gerais deu sua contribuição à literatura brasileira através de escritores famosos, dentre eles Autran Dourado, autor de Uma Vida em SegredoJoão Guimarães Rosa, autor de clássicos comoGrande Sertão: Veredas e SagaranaFernando Sabino, autor de O Encontro Marcado e o O Grande MentecaptoCarlos Drummond de Andrade, um dos principais nomes do modernismo brasileiroAdélia Prado, autora de O coração disparado e O homem da mão seca; Murilo Rubião, autor de contos fantásticos, como O Pirotécnico Zacarias e O Ex-Mágico; Rubem Fonseca, autor de Agosto, Bufo & Spalanzani; Ziraldo, humorista e criador do Menino MaluquinhoPedro Nava, autor de Baú de Ossos, Chão de Ferro, Beira-mar; Murilo Mendes, poeta e autor de importantes obras do modernismo no país; Darcy Ribeiro, autor de romances como MaíraMigo e de diversas obras voltadas à Educação, Antropologia e Etnologia; Roberto Drummond, autor de Hilda Furacão, O Cheiro de Deus, Hitler manda lembranças; Mário Palmério, autor deVila dos Confins e Chapadão do BugreMaxs Portes, autor de coleções infantis; Luiz Ruffato, autor de Eles eram muitos cavalos, As máscaras singulares, (os sobreviventes); Stella Libânio, autora de Fogão de lenha, Quentes e frios; Zuenir Ventura, autora de 1968: o Ano que Não Terminou,; Frei Beto, autor de Hotel BrasilEntre todos os homensBatismo de sangueFernando Morais, autor de A Ilha, 'OlgaChatô e O Rei do Brasil; Fernando Gabeira, autor de O Que É Isso, Companheiro?Affonso Romano de Sant'Anna, autor de A grande fala do índio guarani, O Canibalismo Amoroso, Agosto 1991: Estávamos em Moscou;Afonso Arinos de Melo Franco, autor de Pelo sertão, Lendas e Tradições Brasileiras; Afonso Arinos de Melo Franco (sobrinho), autor de O índio brasileiro e a Revolução Francesa, História das ideias políticas no Brasil; Paulo Mendes Campos, poeta; Mário Prata, autor de Sem lenço, sem documentoEstúpido cupido, entre outros; Abgar Renault, escreveu Sonetos antigos, A lápide sob a lua, Sofotulafai e A outra face da lua; Ruy Castro, autor de Chega de SaudadeO Anjo PornográficoEstrela Solitária, além de outras importantes biografias e adaptações de obras estrangeiras.
Música
Minas Gerais tem uma rica tradição musical. No século XVIII se destaca a obra barroca de Lobo de Mesquita. A partir do século XIX, as bandas de música se desenvolvem a ponto de serem hoje um dos marcos de identidade cultural do Estado. Na primeira metade do século XX se destacam o samba, o chorinho e as marchinhas com os compositores Ary BarrosoAtaulfo Alves e Rômulo Pais.
Nos anos 1970, surge em Belo Horizonte o movimento Clube da Esquina, cujas maiores influências eram a bossa novaBeatles. Também nessa época, Clara Nunes firma-se como intérprete de grande sucesso principalmente de samba, Nelson Ned com sua potência vocal se torna o maior brasileiro vendedor de discos no mercado estadunidense.
Nos anos 1980, a banda de heavy metal Sepultura tornou-se a primeira banda brasileira a fazer sucesso no exterior, a banda de heavy metal Sarcófago foi uma das mais influentes bandas de Black Metalmundial, compositores como Celso Adolfo ocorre também uma revalorização da cultura dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri com Tadeu Franco Paulinho Pedra AzulSaulo Laranjeira e Rubinho do Vale. A banda instrumental Uakti liderada pelo intrumentista Marco Antônio Guimarães, inovam ao fabricar seus próprios instrumentos, encantam o mundo todo.
Nos anos 1990, surgiram diversas bandas de pop rock em Minas, como SkankJota QuestOddiePato Fu e Tianastácia. E também na MPB como Beto GuedesLô BorgesFernando BrantWagner Tiso,Milton Nascimento. O estado também é conhecido por cativar públicos específicos e fiéis como o da música eletrônica e do Rock Progressivo. Esse último gênero ficou marcado pela criação de bandas que se tornaram expoentes nacionais na década de 1970 e 80, como o Sagrado Coração da Terra, de Marcus VianaO Terço e 14 Bis de Flávio Venturini.
Cinema
Os nomes de Humberto Mauro e João Carriço se destacam na história do cinema mineiro, sendo pioneiros do cinema nacional. Humberto Mauro inicia suas primeiras filmagens em 1925, fundando a Phebo Sul América. Após suas primeiras filmagens em Cataguases, vai em 1929 trabalhar no Rio de Janeiro. Seu contemporâneo João Carriço, com o lema "Cinema para o povo", lançou a Carriço Filmes, em Juiz de Fora, produzindo cinejornais e documentários no início do século XX. Fundou em 1927 o Cine Teatro Popular, com 500 lugares, com exibições a preços populares.[49]
No período do Cinema Novo e do Cinema Marginal, desponta o nome de Carlos Alberto Prates Correia, um dos principais realizadores da história do estado, autor de filmes evocadores da paisagem, da cultura e do povo mineiro, como os inventivos PerdidaCabaret MineiroNoites do Sertão e Minas Texas. Recentemente, dirigiu Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais, um balanço da trajetória do cinema mineiro, de Humberto Mauro ao período da ditadura militar.
Sem ainda deixar de citar Grande Otelo, no cinema contemporâneo se destacam os cineastas Cao Guimarães produtor de curtas premiados no mundo inteiro e Helvécio Ratton, diretor de entre outros filmes Menino Maluquinho, Uma Onda no Ar, Batismo de Sangue e Pequenas Histórias; E o premiado ator Selton Mello após atuar em filmes como: Lavoura ArcaicaO Que É Isso, Companheiro?Guerra de CanudosO Auto da CompadecidaO Cheiro do RaloMeu Nome Não é Johnny e, Os Desafinados; Em 2008, estreou como diretor com o filme Feliz Natal.
Folclore
A religiosidade tem influência marcante nas principais manifestações culturais do povo mineiro, principalmente nas festas folclóricas. Além das tradicionais festas juninas e da folia de reis, destacam-se a Festa do Divino, o congado e a cavalhada.
Artesanato
O artesanato está presente em diversas regiões de Minas Gerais, com produção baseada em pedra-sabão, cerâmica, madeira e fibras vegetais. De Diamantina são famosos os tapetes arraiolos, de Tiradentes destacam-se os objetos em prata, e da região do Vale do Jequitinhonha as peças em madeira e principalmente cerâmica.
Culinária
Na cozinha mineira a carne de porco é muito presente, sendo famosos o tutu com lombo de porco, a costelinha de porco e o leitão a pururuca. Também são apreciados a vaca atolada, o feijão tropeiro com torresmo, linguiça e couve, o frango ao molho pardo com angu de fubá e o frango com quiabo ensopado e arroz com pequi. São famosos os doces mineiros, especialmente o doce de leite, como o produzido em Viçosa, a goiabada, a ambrosia. O pão-de-queijo é uma das principais referências da cozinha mineira.[50]
Esportes
§  No futebol Minas Gerais tem equipes de importância para o esporte, em âmbito estadual, o Boa, o IpatingaTupi e o Uberlândia, além dos campeões nacionais Atlético MineiroCruzeiroAmérica-MG e o Villa Nova Atlético Clube.
§  O Estádio Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo Horizonte, com capacidade para 75.000 pessoas.
§  O Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, com capacidade para 50.000 pessoas.
§  O Estádio Helenão, em Juiz de Fora, com capacidade para 40.000 pessoas.
§  Há pelo menos quatro grandes ginásios em Minas Gerais: o Mineirinho, a Arena da Rua da Bahia (de propriedade do MTC), a Arena Sabiazinho, em Uberlândia e o Ginásio Divino Braga, em Betim.
§  O Minas Tênis Clube, com sede em BH, tem times competitivos em vôleibasquetefutsal e abrange grande número de nadadores.
§  O time de Basquete do Colégio Arnaldo em Belo Horizonte é campeão nacional intercolegial e representou o Brasil no mundial da Turquia em 2009.
§  Minas como outros estados do país também tem times para prática do Rugby como o BH Rugby(Belo Horizonte), Varginha Rugby, UFLA Rugby Team, e o CBRF(Campo Belo Rugby Football).

Ligações externas
§  IBGEContas Regionais do Brasil 2004-2008 : Tabela 1 - Conta de produção por operações e saldos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2004-2008. Acessado em 17 de novembro de 2010


Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se na porção leste da região Sudeste, tendo como limites os estados de Minas Gerais (norte e noroeste), Espírito Santo(nordeste) e São Paulo (sudoeste), como também o Oceano Atlântico (leste e sul). Ocupa uma área de 43 696,054 km², sendo pouco maior que a Dinamarca. Apesar de ser, efetivamente, o 3º menor Estado do Brasil (ficando à frente apenas dos estados de Alagoas e Sergipe, respectivamente, em segundo e primeiro lugar), concentra 8,4% da população do país, figurando, consequentemente, como o estado com maior densidade demografica do Brasil.
Sua capital e maior cidade é a cidade homônima, a segunda cidade mais populosa do Brasil e principal centro cultural do país. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados defluminenses (do latim flumen, literalmente "rio"). Carioca é o gentílico da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo dados do Censo 2010 o Rio de Janeiro é o terceiro estado mais populoso do Brasil. Os municípios mais populosos são: Rio de JaneiroSão GonçaloDuque de CaxiasNova Iguaçu,Belford RoxoNiteróiSão João de MeritiCampos dos GoytacazesPetrópolisVolta RedondaMagéItaboraíMacaéMesquitaCabo FrioNova FriburgoBarra Mansa e Angra dos Reis.
Muitas cidades destacam-se devido à forte vocação turística, como: AraruamaAngra dos ReisArmação dos BúziosArraial do CaboCabo FrioSão Pedro da AldeiaNova FriburgoPenedo(distrito de Itatiaia), ParatyPetrópolisRio das OstrasSaquaremaTeresópolisSerra de Macaé (conjunto de distritos na região serrana de Macaé), SumidouroCarmo, entre outras.
O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a baixada e o planalto, que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do SulMacaéGuandu,PiraíMuriaé e Carangola são os principais rios. O clima é tropical.
É representado na bandeira da Federação brasileira pela estrela Beta do Cruzeiro do Sul (β = Mimosa).
Geografia
O estado do Rio faz parte do bioma da Mata Atlântica brasileira, tendo em seu relevo montanhas e baixadas localizadas entre a Serra da Mantiqueira e Oceano Atlântico, destacando-se pelas paisagens diversificadas, com escarpas elevadas à beira-mar, restingasbaíaslagunas e florestas tropicais. Fazendo divisa com os estados de Espírito SantoSão Paulo e Minas Gerais, o Rio de Janeiro é um dos menores estados do país e o menor da região Sudeste. O município mais setentrional do estado é Varre-Sai e o mais meridional é a cidade de Paraty.
Possui uma costa com 635 quilômetros de extensão, banhados pelo Oceano Atlântico, sendo superada em tamanho apenas pelas costas da Bahia e Maranhão.
Clima
Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropical (baixadas) e tropical de altitude (planalto). Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, domina o climatropical semi-úmido, com chuvas abundantes no verão, que é muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A temperatura média anual é de 22°C a 24°C e o índice pluviométrico fica entre 1.000 a 1 500 milímetros anuais. Nos pontos mais elevados da região serrana, limite entre a Baixada Fluminense e a Serra Fluminense, observa-se o clima tropical de altitude, mas com verões um pouco quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual é de 16°C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se aproximando dos 2 500 mm anuais em alguns pontos. Nas Baixadas Litorâneas, a famosa Região dos Lagos, o clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24°C com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos.Também é devido ao vento frio trazido pela Corrente das Malvinas vindo do mar que esta região é uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750mm em cidades como Arraial do CaboArmação dos Búzios e São Pedro da Aldeia, e não passando de cerca de 1.100 mm nas cidades mais chuvosas da região, Maricá e Saquarema.
Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de neve nas partes altas do Parque Nacional de Itatiaia, onde está situado o Pico das Agulhas Negras. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada nas proximidades deste pico, com acumulações de um metro em certos pontos.[5]
Vegetação
Devido à ocupação agropastoril, o desmatamento modificou sensivelmente a vegetação original do estado. Atualmente, as florestas ocupam um décimo do território fluminense, concentrando-se principalmente nas partes mais altas das serras. Há grandes extensões de campos produzidos pela destruição, próprios para a pecuária, e, no litoral e no fundo das baías, registra-se a presença demanguezais (conjunto de árvores chamadas mangues, que crescem em terrenos lamacentos).
Hidrografia
Rio Paraíba do Sul é o principal rio do estado. Nasce em Taubaté e desemboca no Oceano Atlântico — como a maior parte dos rios fluminenses —, na altura de São João da Barra. Seus principais afluentes, no estado, são o ParaibunaPomba e o Muriaé que possui um importante afluente, o Carangola, subafluente do rio Paraíba do Sul, pela margem esquerda, o Piabinha e o Piraí pela margem direita. Além do Paraíba do Sul, destacam-se. de norte para sul, os rios Itabapoana, que marca fronteira com o Espírito Santo, o Macabu, que deságua na lagoa Feia, o Macaé, o São João, o rio Macacu, o Majé e o Guandu.
litoral fluminense é pontilhado por numerosas lagoas, antigas baías fechadas por cordões de areia. As mais importantes são as lagoas Feia, a maior do estado,SaquaremaMaricáMarapendiJacarepaguá e Rodrigo de Freitas, as três últimas no município do Rio de Janeiro.
O Estado ainda conta com a maior laguna hipersalina do mundo, a Laguna Araruama, que é chamada de lagoa pelos leigos por um erro, pois além de ser salobra tem ligação com o mar através do Canal do Itajuru.
Litoral
litoral do Rio de Janeiro é extremamente recortado. Os principais acidentes são a Baía da Ilha Grande, a Ilha Grande, a Restinga da Marambaia, a baía de Sepetiba e a baía de Guanabara, onde se destaca na paisagem a Enseada de Botafogo. Há um total de 365 ilhas espalhadas pela costa somente na cidade de Angra dos Reis e 65 na baía de Paraty.
Solos e relevo
De um modo geral, os solos fluminenses são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-se em Campos dos Goytacazes,CantagaloCordeiro e em alguns municípios do vale do rio Paraíba do Sul.
Existem no estado duas unidades de relevo: a Baixada Fluminense, que corresponde às terras situadas em geral abaixo de duzentos metros de altitude e oPlanalto ou Serra Fluminense, acima de trezentos metros.
 Baixada Fluminense acompanha todo o litoral e ocupa cerca de metade da superfície do estado. Apresenta largura variável, bastante estreita entre as baías daIlha Grande e de Sepetiba, alargando-se progressivamente no sentido leste, até o rio Macacu. Nesse trecho, na capital, erguem-se os maciços da Tijuca e daPedra Branca, que atingem altitudes um pouco superiores a mil metros. Da baía da Guanabara até Cabo Frio, a baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de duzentos a quinhentos metros de altura, os chamados maciços litorâneos fluminenses. A partir de Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta do Rio Paraíba do Sul.
O Planalto ou Serra Fluminense ocupa o interior do estado, por isso está localizado entre a Baixada Fluminense, ao sul e o vale do Rio Paraíba do Sul. A elevação da Serra do Mar, ao norte da baixada, forma o seu rebordo. A Serra do Mar recebe diversas denominações locais: serra dos Órgãos, com o Pico Maior de Friburgo(2 316 metros), a Pedra do Sino (2 263 metros) e Pedra-Açu (2 232 metros), das Araras, da Estrela e do Rio Preto. A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do rio Paraíba do Sul, onde é paralela à Serra do Mar. O ponto mais alto do Rio de Janeiro, pico das Agulhas Negras (2 791 metros) localiza-se no maciço de Itatiaia, que se ergue da serra da Mantiqueira. Para o interior, oplanalto vai diminuindo de altitude, até chegar ao vale do rio Paraíba do Sul, onde a média cai para 250 metros. A nordeste, observa-se uma série de morros e colinas de baixas altitudes.
Subdivisões
Mesorregiões, microrregiões e municípios
Uma mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. Oficialmente, as seis mesorregiões do estado são: BaixadasCentro FluminenseMetropolitana do Rio de JaneiroNoroeste FluminenseNorte Fluminense e Sul Fluminense.[8]
Já uma microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual. O Rio de Janeiro é dividido em dezoito microrregiões. São elas: Bacia de São JoãoBaía da Ilha GrandeBarra do PiraíCampos dos GoytacazesCantagalo-CordeiroItaguaíItaperunaLagosMacacu-CaceribuMacaé,Nova FriburgoRio de JaneiroSanta Maria MadalenaSanto Antônio de PáduaSerranaTrês RiosVale do Paraíba Fluminense e Vassouras.[9] Ao todo, o Rio de Janeiro é dividido em 92 municípios.
Economia
Grande parte da economia do estado do Rio de Janeiro se baseia na prestação de serviços, tendo ainda uma parte significativa de indústria e pouca influência no setor de agropecuária.
62,1% em representação do seu produto interno bruto representam a prestação de serviços em áreas como telecomunicações, audiovisual, tecnologia da informação - TI, turismo, turismo de negócios,ecoturismo, seguros e comércio. A cidade do Rio de Janeiro é sede da maior parte das operadoras de telefonia do país, como TIM, Oi, Telemar (Oi e Telemar são do mesmo grupo), Embratel, Vésper (a Embratel e Vésper também são do mesmo grupo) e Intelig (recentemente adquirida pelo grupo TIM). O estado também ocupa posição de destaque no setor de vendas a varejo, sendo sede de grandes cadeias de lojas, como Lojas AmericanasPonto Frio e Casa & Vídeo.
Em seguida, com 37,5% do produto interno bruto vem a indústria - metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilistica, audiovisual, cimenteira, salineira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de petróleo. A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck, Glaxo, Roche, Arrow, Barrenne, Casa Granado, Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no bairro de Manguinhos, é o maior laboratório público da América Latina e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de inúmeros produtos de limpeza e desinfetantes também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se localiza um importante parque industrial, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional, (maior complexo siderúrgico da América Latina) instalada em Volta RedondaPSA Peugeot Citroën, Volksvagen Caminhões e Ônibus (maior fábrica de caminhões do Brasil), Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), Guardian do Brasil, Galvasud, Indústrias Nucleares do Brasil, Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados, Companhia Estanífera Brasileira, Usinas Nucleares Angra 1, 2 e 3, entre outras. A Nissan também irá construir uma nova fábrica no município deResende no sul do estado.[10]
No que diz respeito à indústria do sal, a Região dos Lagos é a segunda maior região produtora do Brasil, perdendo apenas para a região do Pólo Costa Branca, localizado no estado do Rio Grande do Norte. No município de Cabo Frio está sediada a Refinaria Nacional de Sal, que é uma das principais indústrias salineiras do país.
No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as maiores empresas do país, incluindo a maior companhia brasileira, a Petrobras. Além dela, ShellEsso,Petróleo Ipiranga e El Paso Corporation mantêm suas sedes e centros de pesquisa no estado. Juntas, todas estas empresas produzem mais de quatro quintos dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do país. O governo do estado monitora a produção de petróleo e gás através do Centro de Informações sobre o Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro.
Finalmente, respondendo por apenas 0,4% do produto interno bruto fluminense, a agropecuária é apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e do Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o café, já tiveram considerável impacto na economia fluminense.
O estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil, perdendo apenas para São Paulo, e a quarta da América do Sul, tendo um Produto Interno Bruto superior ao do Chile, com uma participação no produto interno bruto nacional de 15,8% (2005 – Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sua capital é frequentemente associada à produção audio-visual. Segundo dados do Ministério da Cultura, cerca de oitenta por cento das produtoras cinematográficas do país têm sede no Rio de Janeiro e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional. O Rio é sede da Herbert Richers, maior empresa de tradução e dublagem do Brasil e berço e quartel-general das Organizações Globo, maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da América Latina. Nominalmente, estão na cidade as sedes da Rede Globo de Televisão, da Globosat, maior empresa de televisão geradora de conteúdo por assinatura do país, da Rádio Globo e do jornal O Globo, primeira empresa da holding. Além da sede das organizações Globo, no estado está presente o RecNov, complexo de estúdios e dramaturgia da Rede Record. Também se sediou no Rio de Janeiro a Rede Manchete, fundada em 1983 e extinta em 1999. O estado (e especificamente a cidade do Rio de Janeiro),ultimamente tem se destacado como cenário para filmes estrangeiros, principalmente Norte-Americanos.
Recentemente, por determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade do Rio foi escolhida como cabeça de rede da TV Brasil, emissora estatal resultante da fusão da Radiobrás, de Brasília, com a Rede Brasil (TVE Brasil), já sediada na capital fluminense.
Cultura
A pujança cultural do estado está espelhada principalmente na capital, a cidade do Rio de Janeiro. O município de Niterói, nos últimos anos começou uma grande revolução nesse setor quando houve a inauguração do Museu de Arte Contemporânea da Cidade (Obra de Oscar Niemeyer) e em breve a inauguração do Caminho Niemeyer, projeto do mesmo arquiteto do Museu de Arte Contemporânea, que contará com teatro, cinemas, museu, igrejas e um centro de memória.
Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada por produtoras sediadas na capital fluminense,[15] que possui, também, cerca de 180 salas de cinema, maior proporção do país entre as capitais, e a maior proporção também de museus, (80 no total e 43 teatros).[carece de fontes]
Também está em construção na capital fluminense, na Barra da Tijuca, a Cidade da Música Roberto Marinho, um complexo que abrigará a maior sala de concertos da América Latina.[16
Ligações externas



Pernambuco

Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98 311 km² (pouco menor que a Coreia do Sul). Também fazem parte do seu território os arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo. Sua capital é a cidade do Recife e a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas. O atual governador é Eduardo Campos (PSB).[6][7][8][9]
O maior aglomerado urbano de Pernambuco é a Região Metropolitana do Recife (RMR), um dos principais polos industriais do Brasil. Os municípios mais populosos da metrópole pernambucana são RecifeJaboatão dos GuararapesOlindaPaulista e Cabo de Santo Agostinho.[10] E as cidades mais importantes fora da RMR são: Vitória de Santo AntãoGoianaCarpinaEscada ePalmares, na Zona da MataCaruaruGaranhunsSanta Cruz do CapibaribeGravatá e Belo Jardim, no Agreste; e PetrolinaSerra TalhadaAraripinaArcoverde e Salgueiro no Sertão.
Uma das primeiras regiões do Brasil a ser ocupada pelos portugueses, Pernambuco foi também o mais importante núcleo econômico e um dos principais núcleos políticos do período colonial.[11] O estado teve ativa participação em diversos episódios da história brasileira: foi palco das Batalhas dos Guararapes, decisivas na Insurreição Pernambucana e consideradas a origem do Exército Brasileiro; e serviu de berço a movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, como a Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolta Praieira.[12]
Pernambuco é atualmente o décimo estado mais rico do Brasil; e Recife a cidade com o maior PIB per capita entre as capitais da Região Nordeste.[13] O estado abriga o maior parque tecnológico do Brasil, o Porto Digital, localizado no bairro do Recife Antigo na capital pernambucana; e o maior estaleiro do Hemisfério Sul, o Estaleiro Atlântico Sul, situado no Complexo Industrial de Suape, Região Metropolitana do Recife. Em Pernambuco nasceram nomes de destaque da indústria brasileira, como Norberto OdebrechtJosé Ermírio de MoraisEdson Mororó Moura e Antônio de Queiroz Galvão. O nível de desenvolvimento social pernambucano é superior ao dos países menos avançados, mas ainda está abaixo da média brasileira. Não obstante, Pernambuco detém o melhor serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e Sul brasileiro segundo o IBGE, e apresenta a terceira melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste segundo aFIRJAN.[14][15][15]
Conhecido por sua ativa e rica cultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o frevo e o maracatu, bem como detentor de um vasto patrimônio histórico,artístico e arquitetônico, sobretudo no que se refere ao período colonial. Na década de 1990, surgiu em Pernambuco o manguebeat, amálgama do rock, do pop, do rap e do funk com os ritmos locais. Nasceram no estado nomes de peso no cenário internacional: Paulo Freire, um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial e brasileiro mais homenageado de todos os tempos; Gilberto Freyre, um dos maiores sociólogos do século XX; Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República Federativa do Brasil; entre outros. O estado também deu origem a grandes literatos brasileiros, como Manuel BandeiraNelson RodriguesJoão Cabral de Melo NetoJoaquim Nabuco, entre muitos outros,[9] bem como a nomes de destaque das artes visuais edesign, como Cícero DiasRomero BrittoAbelardo da Hora e Andree Guittcis. Pernambuco deu origem ainda a grandes nomes das ciências exatas e biológicas, como Mário Schenberg,Leopoldo NachbinPaulo RibenboimCorreia Picanço, entre outros tantos.
O estado é representado na bandeira do Brasil pela estrela Mµ de Escorpião.[16]
Etimologia
A origem do nome Pernambuco é controversa. Alguns estudiosos afirmam que vem do nome tupi: pa'ra'nã = "mar" mais buka = ("furo de mar"), referência dada aos índios no canal de Santa Cruz que cerca a toda a Ilha de Itamaracá.[17] Segundo outros afirmam, era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para o pau-brasil. Pode se originar, ainda, da palavra tupiparanãbuku, que significa "mar comprido", através da junção dos termos paranã ("mar") e puku ("comprido, alto").[18].
Os habitantes naturais do estado do Pernambuco são denominados pernambucanos.[19]
Quanto à pronúncia do gentílico per.nam.bu.ca.no (top. Pernambuco mais ano – que significa pessoa nascida ou que vive em Pernambuco), as pronúncias aceitas, de acordo com as flexões gramaticais, seguem os exemplos: "o pernambucano e a pernambucana; os pernambucanos e as pernambucanas".[20]
Geografia
Pernambuco é um dos menores estados do país. Apesar disso, possui paisagens variadas: serrasplanaltosbrejos, semi-aridez no sertão e diversificadas praias na costa. O estado tem altitude crescente do litoral ao sertão. As planícies litorâneas têm altitude de até 200m, apresentando relevo peneplano (mamelonar), e alguns pontos do planalto da Borborema ultrapassam os 1.000m de altitude. Na margem oeste da mesorregião Agreste, há a Depressão Sertaneja, uma depressão relativa com altitude média de 400m que se estende até a margem oriental da Chapada do Araripe. Faz divisa com Paraíba e Ceará ao norte, Alagoas e Bahia ao sul, Piauí ao oeste e o oceano Atlântico ao leste. Tem 187 km de costa, excluindo a costa do arquipélago de Fernando de Noronha.
Mais da metade do estado é localizado no Sertão, exclusivamente no oeste e região central do estado. É um lugar onde há escassez de chuvas, e o clima é semi-desértico (semi-árido), devido à retenção de parte das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar seco provenientes do sul da África. Está no domínio da caatinga, com período chuvoso restrito a cerca de quatro meses do ano, sendo que em anos periódicos as chuvas podem ficar abaixo da média ou até mesmo acima da média. As médias de precipitações pluviométricas variam entre 600 mm e 800 mm sendo que em trechos da região, podem ser menor que 500 mm, mas também podem se aproximar de 1.000 mm, como em áreas do alto pajeú e chapada do arapipe. No Agreste as precipitações são entre 600 mm e 900 mm, principalmente em áreas consideradas como Brejos de Altitude. A Zona da Mata do estado tem precipitações médias entre 1.500 e 2.000 mm anuais.[41]
Geologia e Relevo
O relevo é moderado: 76% do território estão abaixo dos 600m. É formado basicamente por três tipos: (Baixada litorânea), (Planalto da Borborema) e (Depressão Sertaneja). O litoral é uma grande planície sedimentar (Baixadas Litorâneas do Nordeste), quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível do mar, nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes.
A baixada litorânea no litoral trata-se de uma grande planície costeira de origem sedimentar e altitude que oscila entre 0 a 10 metros, apresenta feiçoes onde sobressaem praias e restingas. A altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa, junto a Zona da Mata tem como traço característico de sua paisagem um relevo marcado pela predominância de morros e colinas. A Zona da Mata é marcada por formações onduladas ou melonizadas, características denominadas pelo geógrafo francês Pierre Deffontaines e consagrada pelo geógrafo brasileiro Aziz Ab'Saber, como domínio de "Mares-de-Morros", expressão para designar o relevo das colinas.
Planalto da Borborema é a principal formação geológica na faixa de transição da Zona da Mata para o Agreste é conhecido popularmente como Serra das Russas, tem altitude média de 600m, . Há picos com 1000 m de altitude, e os planaltos tem cerca de 800 m de altitude, com destaque para o maciço dômico de Garanhuns, com altitude média de 800m. Na Microrregião do Pajeú, próximo ao município de Triunfo, localiza-se o Pico do Papagaiocom 1.260 metros, no limite com o sudoeste da Paraíba.
O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos).
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. A Chapada do Araripe tem altitude média de 800m.[43]
Baixada Litorânea
Distinguem-se, de leste para oeste: praias protegidas pelos recifes; uma faixa de tabuleiros areníticos, com 40 a 60m de altura; e a faixa de terrenos cristalinos talhados em colinas, que se alteiam suavemente para oeste até alcançarem 200m no sopé da escarpa da Borborema. Tanto a faixa de tabuleiros como a de colinas são cortadas transversalmente por vales largos onde se abrigam amplas várzeas, chamadas planícies aluviais.
Fortes contrastes observam-se entre os solos pobres dos tabuleiros e os solos mais ricos das colinas e várzeas. Nos dois últimos repousa a aptidão do litoral pernambucano para o cultivo da cana-de-açúcar, base de sua economia agrícola.
Planalto da Borborema Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o que lhe confere ao topo uma altitude de 500m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600m junto ao rebordo ocidental. Há picos com 1000 m de altitude como é o caso do Pico da Boa Vista 1 196 m e do Pico do Papagaio 1 260 m, o primeiro localiza-se no agreste e o último no sertão. Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental.
A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de leste para oeste, separadas por vales, que configuram parcos relevos de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto eleva-se o maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude de 1.000m.
Depressão sertaneja
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema, uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. A Chapada do Araripe tem altitude média de 800m.[43]
Clima
O estado está inserido na zona intertropical, logo apresenta predominantemente temperaturas altas, todavia o quadro climático é bem diversificado devido à interferência do relevo e das massas de ar.
Na Zona da Mata o clima é predominantemente pseudotropical, com fortes chuvas no outono e inverno. Já no Agreste as condições climáticas são diversificadas por ser uma região de ecótone, apresentando áreas mais úmidas e outras mais secas, onde predomina o clima semi-árido. No Sertão, o clima é semi-árido quente, devido à retenção das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar seco provenientes do sul da África (tépida caalariana ou TK), entre outros fatores menos importantes.
O estado encontra-se com 89,01% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[47], que se estende do extremo norte de Minas Gerais, até o Piauí e está sujeita a secas periódicas. Essa área corresponde a 87.317 km², ocupando as regiões do agreste e sertão. É a região com as menores e mais irregulares precipitações pluviométricas. Com período chuvoso restrito a cerca de quatro meses do ano, com precipitaçoes pluviométricas entre 600mm a 800mm.
No agreste e sertão aparecem áreas de exceções - principalmente cidades com microclima de altitude, com temperaturas que podem chegar a 8 °C durante o inverno,[48] como TriunfoGaranhuns e Taquaritinga do Norte, que são considerados Brejos de Altitude. Outra exceção é a mesorregião do São Francisco, mais úmida que as circundantes por conta do Rio São Francisco e a irrigação proveniente dele.
Municípios como Triunfo, PoçãoCapoeirasCaetésJupi, Garanhuns, Lajedo e Saloá são classificados como Cw'a ou Cs'a (temperatura média do mês mais frio abaixo de 18 °C[43]). Curiosamente, tais classificações são de clima mediterrânico, incomuns na região.
Por influência das massas de ar úmido com ação no inverno, a Zona da Mata e o Agreste tem chuvas concentradas durante a estação mais fria.
Vegetação e Hidrografia
A cobertura vegetal do estado é composta por vegetação Litorâneafloresta Tropical e Caatinga. A vegetação Litorânea predomina em áreas muito próximas ao oceanos, por isso apresenta, matas,manguezais e cerrados, que recebem a denominação de (tabuleiro). Apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural, formado por gramíneas e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras.
floresta Tropical originalmente conhecida como floresta Atlântica, é encontrada apenas na faixa leste do estado, cujo espécies se misturam com a caatinga na denominada Áreas de Tensão ecológica(Contatos entre tipos de vegetação), na faixa de transição entre a zona da mata e agreste. Na floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a (peroba) e a(sucupira).
caatinga, vegetação típica do Sertão, o Agreste apresenta uma vegetação de transição e suas características se misturam com a da Mata Atlântica, na parte mais oriental e com a da Caatinga, na parte mais ocidental. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a (baraúna), ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo (xique-xique) e o (mandacaru).
É característica do litoral norte suas formações geográficas mais variadas - ilhas fluviais como Itamaracá, diversos rios e suas desembocaduras, bancos de areia, entre outros. A fauna é variada, destacando-se as aves migratórias que periódicamente chegam à ilha Coroa do Avião e Fernando de Noronha. Ambas as ilhas têm estações de pesquisa ambiental.
Quanto à hidrografia, as grandes bacias hidrográficas de Pernambuco possuem duas vertentes: Faz parte da bacia do Atlântico Nordeste Oriental e da Bacia do rio São Francisco. Os rios que escoam para o rio São Francisco formam os chamados rios interiores, cujo todos os rios nascem em municípios limítrofes na divisa de estados da Região nordeste, os rios que escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados rios litorâneos, fazem parte da bacia hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental, cujo quase todos nascem no planalto da borborema.[49]
Os três maiores reservatórios de água de pernambuco são: Reservatório Eng. Francisco Sabóia em Ibimirim no sertão, na bacia hidrográfica do rio Moxotó, o Reservatório de Jucazinho, localizado na mesorregião Agreste, próximo ao município de Surubim, na bacia do rio capibaribe, e a represa de Itaparica, inserida sobre o rio São Francisco, mediante o represamento das águas do Rio São Francisco, com vistas ao aproveitamento hidroelétrico do rio através da Usina Hidrelétrica de Itaparica, sendo uma das maiores usinas hidrelétricas do Brasil, além desses, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o estado.
Na Região Metropolitana do Recife há poucos lagos e reservatórios, destaque para os reservatórios de Tapacurá e Pirapama. Na periferia do município do Recife encontram-se dois belos cartões postais do município, a Lagoa do Araçá de Apipucos e a da Prata, sendo o último pertencente ao Parque Dois Irmãos. Osmanguezais são abundantes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à urbanização (com a exceção do maior mangue urbano do Brasil, cercado por bairros da zona sul do município do Recife, como Boa Viagem). Porém, nos anos 90, houve um programa de re-implantação do mangue nas margens doRio Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de volta a vegetação ao rio por todo o município.
Rio São FranciscoCapibaribeIpojucaUnaPajeú e Jaboatão são os rios principais. O São Francisco é de importância vital para o interior do estado, principalmente para distribuição de umidade através de irrigação. Veja lista de rios de Pernambuco
Ecologia
Em Pernambuco, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade administra 11 unidades de conservação: dois parques nacionais, uma estação ecológica, uma floresta nacional, três áreas de proteção ambiental, uma reserva extrativista e três reservas biológicas.[50] A lei estadual 13.787/09, de 8 de junho de 2009, instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), sob o qual o estado mantém 66 Unidades de Conservação Estaduais, das quais 25 são de Proteção Integral e 41 de Uso Sustentável. Vinte e uma das unidades estaduais pertencem às categorias descritas pelo SEUC; trinta e três aguardam a recategorização e implantação; e treze foram criadas para proteger os estuários pernambucanos.
As unidades de conservação administradas pelo governo brasileiro em Pernambuco são o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (em Fernando de Noronha), o Parque Nacional do Catimbau (em BuíqueIbimirimSertânia e Tupanatinga), a Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha (em Fernando de Noronha), a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (em BarreirosRio FormosoSão José da Coroa Grande e Tamandaré), a Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe (em AraripinaBodocóCedroExuIpubiSerritaMoreilândia e Trindade), a Reserva Extrativista Acaú-Goiana (em Goiana), a Floresta Nacional de Negreiros (em Serrita), a Estação Ecológica de Tapacurá (em São Lourenço da Mata), a Reserva Biológica da Serra Negra (em FlorestaInajá eTacaratu), a Reserva Biológica de Pedra Talhada (em Lagoa do ouro) e a Reserva Biológica de Saltinho (em Rio Formoso e Tamandaré).
Demografia
Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, a população do estado de Pernambuco possuía 8 796 032 habitantes, sendo o sétimo estado mais populoso do Brasil, representando 4,7% da população brasileira.[52] Segundo o censo de 2010, 4 230 681 habitantes eram homens e 4 565 767 habitantes eram mulheres.[52] Ainda segundo o mesmo censo, 7 052 210 habitantes viviam na zona urbana e 1 744 238 na zona rural.[52] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 11,2%. Em relação ao censo de 2000, a população do estado naquele ano era de 7 911 397 habitantes, onde 6 058 249 habitantes viviam nazona urbana e 1 860 095 na zona rural. Em relação ao ano de 1991, a população foi contada em 7 127 855 habitantes.[52]
O maior aglomerado urbano de Pernambuco é a Região Metropolitana do Recife, que além da capital possui mais 13 municípios. Com 3.688.428 habitantes no ano de 2010, é a 5ª mais populosa região metropolitana do Brasil e a mais populosa do Norte-Nordeste.[53]
densidade demográfica no estado é de 89,47 hab./km², a sexta maior do Brasil. Esse indicador, entretanto, apresenta contrastes pronunciados de acordo com a região analisada, variando de 1 342,86 hab./km² na Região Metropolitana de Recife, até o valor mínimo de 23.2 hab./km² na Região do São Francisco Pernambucano.[54] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), era de 0,718 em 2005. Considerando apenas a educação, o índice é 0,811; o índice de longevidade é 0,710 e o índice de renda é 0,632.[55] O município com o maior IDH é Vila dos Remédios, com um valor de 0,862; enquanto Manari, situado no extremo Sertão do Moxotó, tem o menor valor (0,482), segundo dados do (PNUD) 2000.[55]
Economia
No início da dominação portuguesa Pernambuco foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. O estado foi, à época do Brasil colônia, responsável por mais da metade das exportações brasileiras de açúcar. Sua riqueza foi alvo do interesse de outras nações e, no Século XVII, os holandeses se estabelecem no estado. A cana-de-açúcar continua sendo o principal produto agrícola da Zona da Mata pernambucana, embora o estado não mais seja o maior produtor do país.
Atualmente a economia de Pernambuco tem como base a agricultura, a indústria e os serviços. O setor de serviços é predominante, seguido pela indústria (alimentíciaquímicametalúrgicaeletroeletrônicacomunicaçãominerais não-metálicostêxtil e naval).
Após ter ficado estagnada durante a chamada "década perdida" (1985 a 1995), a economia pernambucana vem crescendo rapidamente desde o final doséculo XX. No final da década de 2000 a construção civil liderou o crescimento econômico de Pernambuco, seguida pelo setor industrial e pelo deserviços.[119]
O estado assiste a uma importante mudança em seu perfil econômico com os recentes investimentos nos setores petroquímicobiotecnológico,farmacêutico, de informáticanaval e automotivo, que estão dando novo impulso à economia do estado, que vem crescendo acima da média nacional.[120][121] Além da importância crescente do setor de informática (o Porto Digital é o maior parque tecnológico do Brasil), do setor terciário – sobretudo das atividades turísticas –, e do setor industrial em torno do Porto de Suape, merecem destaque a produção irrigada de frutas ao longo do Rio São Francisco, quase que totalmente voltada para exportação, concentrada no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional com grande capacidade para aviões cargueiros do município; e a floricultura, que começa a ganhar espaço, com plantações de rosasgladiolus, ecrisântemos. Outros polos dinâmicos de desenvolvimento são: o polo gesseiro no Araripe; o mármore, a pecuária leiteira e a indústria têxtil no Agreste; e a cana-de-açúcar e a biomassa na Zona da Mata.
A capacidade energética instalada é de 5.740 GWh GWh.[122]
Cultura
A cultura pernambucana é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenasafricanos e europeus.
Tendo sido uma das primeiras áreas efetivamente colonizadas por portugueses, ainda no século XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, Pernambuco tem uma cultura bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas e ameríndias.
Produção do conhecimento
No estado de Pernambuco nasceram personalidades de grande destaque em todas as áreas do conhecimento.
O pernambucano Paulo Freire é considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial. A pedagogia crítica foi fortemente influenciada pelos trabalhos deste intelectual, o mais aclamado educador crítico. Foi o brasileiro mais homenageado de todos os tempos: ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como HarvardCambridge e Oxford.[194][195][196][197]
Gilberto Freyre, um dos mais importantes sociólogos do século XX, representa um marco na história do Brasil devido ao seu livro Casa-Grande & Senzala, que demonstra a importância dos escravos para a formação do país e que brancos e negros são absolutamente iguais.
Pernambucanos também alcançaram grande destaque nas ciências exatas e biológicasMário Schenberg, considerado o físico teórico mais importante do Brasil, instaurou os primeiros cursos de computação da USPLeopoldo Nachbin, considerado o mais importante matemático brasileiro, foi cofundador do IMPA e doCBPF; e Correia Picanço fundou a primeira escola de medicina do Brasil. Outros pernambucanos de grande notoriedade nas ciências exatas e biológicas são:Paulo RibenboimNorberto OdebrechtIsrael VainsencherAntonio Mário Antunes SetteJosé Leite LopesCristovam BuarqueFernando de Souza BarrosJosé Tibúrcio Pereira MagalhãesEdson Mororó MouraFernando Antonio Figueiredo Cardoso da SilvaAntônio de Queiroz GalvãoJoão Santos, entre outros.
Música e dança
Vários gêneros musicais e danças surgiram no estado de Pernambuco ao longo dos anos.
Frevo, um dos principais gêneros musicais e danças do estado e símbolo do Carnaval Recife/Olinda, se caracteriza pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira. Esse gênero já revelou e influenciou grandes músicos, como Alceu ValençaElba RamalhoGeraldo AzevedoMoraes MoreiraZé RamalhoArmandinhoPepeu GomesAntônio NóbregaHermeto Pascoal, entre muitos outros. Antes da criação da axé music na década de 1980 o frevo era utilizado também no Carnaval de Salvador.
Nos anos 90 surgia em Pernambuco o Manguebeat, movimento da contracultura que mistura ritmos regionais, como o maracatu, com rockhip hopfunk e música eletrônica.[198][199] O movimento tem como principais críticas o abandono econômico-social do mangue, a desigualdade de Recife (não apenas desta, sendo apenas um reflexo do descaso do Estado fora do eixo Rio-São Paulo). Apesar de ter sido inventado já na década de 1970 pelo guitarrista Robertinho do Recife com os álbuns"Jardim da Infância" (1977), "Robertinho no Passo" (1978) e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979), tem como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, idealizador do rótulo mangue e principal divulgador das ideias, ritmos e contestações do manguebeat. Outro grande responsável pelo crescimento desse movimento foi Fred Zero Quatro, vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de1992, intitulado "Caranguejos com cérebro".
Maracatu Nação é uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana afro-brasileira. É formada por uma percussão que acompanha um cortejo real. Como a maioria das manifestações populares do Brasil, é uma mistura das culturas indígenaafricana e europeia. Surgiu em meados do século XVIII. Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife nasceram da tradição do Rei do Congo. A notícia mais remota até há pouco conhecida sobre a instituição do Rei do Congo, em Pernambuco, data de 1711, em Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatromúsica e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do Rei do Congo.
Maracatu Rural é outra manifestação cultural de Pernambuco, na qual figuram os conhecidos caboclos de lança. É conhecido também como Maracatu de Baque Solto. Distingue-se do Maracatu Nação ou Maracatu de Baque Virado em organização, personagens e ritmo. O Maracatu Rural mais antigo é o Cambinda Brasileira. O grupo foi fundado em 1898 e a sede permanece no mesmo lugar, no Engenho do Cumbe, Nazaré da MataZona da Mata de Pernambuco. O Maracatu Rural significa para seus integrantes algo a mais que uma brincadeira: é uma herança secular, motivo de muito orgulho e admiração. É formado por pessoas simples, principalmente por trabalhadores rurais que com as mesmas mãos que cortam cana, lavram a terra e carregam peso, também bordam golas de caboclo, cortam fantasias, enfeitam guiadas, relhos e chapéus; dedicando-se ao bem mais valioso que possuem: a cultura. O cortejo do Maracatu Rural diferencia-se dos outros maracatus por suas características musicais próprias e pela essência de sua origem refletida no sincretismo de seus personagens. A orquestra é formada por instrumentos de percussão e sopro transmitindo sonoras simbologias. Uma apresentação deste se constitui em um ritual magnífico. É todo um conjunto espetacular de criatividade e beleza, que formam uma representação simbólica notável, deixando a todos encantados.
Baião teve como precursor o pernambucano Luiz Gonzaga. O ritmo, ao lado de outros como xotexaxado e côco, faz parte do chamado forró. Vários artistas deram continuidade ao legado de Luiz Gonzaga, como é o caso de Dominguinhos, entre muitos outros. O baião é uma dança muito popular no interior do Nordeste brasileiro; denomina, também, o gênero de música tocada nessas festas e um pequeno trecho musical executado pelos cantadores de viola nos intervalos dos improvisos de uma cantoria. O conjunto típico exigido pelo baião (baile e música) inclui sanfona, triângulo e zabumba.
Xaxado é uma das principais danças típicas do sertão/agreste pernambucano. Exclusivamente masculina, originária do sertão de Pernambuco e, segundo Luís da Câmara Cascudo (Dicionário do Folclore Brasileiro), divulgada até regiões da Bahia pelo cangaceiro Lampião e pelos integrantes do seu bando. Segundo o poeta Jayme Griz, Lampião não foi o inventor da dança (que já era conhecida no sertão e agreste pernambucanos desde 1922), mas apenas seu divulgador. A dança é um rápido e deslizado sapateado. Originalmente, não tinha acompanhamento instrumental, os dançarinos apenas repetiam, em uníssono, a quadra e o refrão. No caso dos cangaceiros, justificava-se a ausência da figura feminina "porque o rifle era a dama". Posteriormente, o xaxado ganhou acompanhamento musical - zabumba, pífano, triângulo, sanfona- e passou a aceitar a participação de mulheres.[201]
Muito comuns em Pernambuco são as Bandas de Pífanos, além de outras músicas e danças oriundas do estado, como a Ciranda. Também são comuns o Pastoril, o Coco, a Embolada, entre outras manifestações.
Turismo
turismo no estado de Pernambuco oferece diversas atrações históricas, naturais e culturais. As principais localidades turísticas do estado de Pernambuco são: Fernando de NoronhaPorto de Galinhas,Cabo de Santo AgostinhoOlindaRecifeIgarassuItamaracáGravatáTriunfoGaranhuns e Caruaru. A igreja católica mais antiga do país fica localizada em Igarassu e foi construída em 1535. O Galo da Madrugada é considerado o maior bloco carnavalesco do mundo, reunindo quase 2 milhões de pessoas.
Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pela Vox Populi, Pernambuco foi o segundo destino turístico preferido dos brasileiros, já que 11,9% dos turistas optaram pelo estado nas categorias pesquisadas;[224] e segundo a International Congress And Convention Association (ICCA), Pernambuco é o terceiro melhor polo de eventos internacionais do Brasil.[225]
O litoral é o principal atrativo. Milhões de turistas desembarcam todos os anos no aeroporto do Recife. Há alguns anos o estado vem investindo intensamente na melhora da infraestrutura e em projetos de interiorização do turismo, como no desenvolvimento do ecoturismo.
litoral do estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados. Faz divisa ao norte com a Paraíba e ao sul com Alagoas. Além das praias, possui o arquipélago de Fernando de NoronhaPatrimônio Natural da Humanidade, e suas 16 praias.
Pernambuco oferece dez rotas de turismo que vão do litoral ao interior criadas pela EMPETUR, que visam explorar os principais pontos turísticos de cada região do estado de acordo com suas potencialidades, que vão do turismo de sol e mar e ecoturismo ao turismo serrano e religioso.
Litoral Sul do estado, que tem cerca de 110 km de praias, é totalmente protegido por corais, que formam irresistíveis piscinas naturais de águas mornas. É famoso por diversas praias conhecidas nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas. Turistas de todo o país se hospedam nos luxuosos hotéis eresorts do litoral sul do estado.
Litoral Norte do estado é mais densamente habitado que o litoral sul, quase urbanizado por completo desde a Região Metropolitana do Recife até a divisa com aParaíba. Tem alguns dos sítios históricos mais importantes do Brasil, como os dos municípios de OlindaIgarassuItamaracá e Goiana. Construções do brasil-colônia, como o Forte Orange na ilha de Itamaracá e a Igreja dos Santos Cosme e Damião em Igarassu (a mais antiga igreja do Brasil em funcionamento), são muito visitadas por turistas que passam pela região. As praias também são muito procuradas. O litoral norte pernambucano também é conhecido por abrigar oVeneza Water Park, um dos maiores parques aquáticos do Brasil, situado na praia de Maria Farinha em Paulista.
Circuito do Frio é uma opção para os que procuram um clima ameno. Trata-se de um evento multicultural, realizado no mês de julho e começo de agosto em cinco cidades serranas do interior pernambucano: GaranhunsTriunfoGravatáPesqueira e Taquaritinga do Norte. O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), criado há 15 anos, foi o primeiro evento, que deu início ao costume de seguir para o interior de Pernambuco na época mais fria do ano. O FIG apresenta uma maratona de atrações nacionalmente conhecidas nas praças e parques. São 12 polos, espalhados por toda a cidade de Garanhuns, num evento que mistura diversos estilos musicais –rockMPBbluesjazzforró e música instrumental, para citar alguns –, teatrocinemacircogastronomia, folguedos populares e outras formas de manifestação cultural. Já se apresentaram no Festival de Inverno de Garanhuns nomes como SkankPaulinho da ViolaGal CostaPittyMV BillNeguinho da Beija-FlorMarcelo D2DominguinhosZélia DuncanAlcioneErasmo CarlosLenineJorge Ben Jor, entre muitos outros. Triunfo, por sua vez, é um dos destinos mais concorridos do circuito. Poucos municípios têm o privilégio de reunir tantos atrativos quanto Triunfo: o clima (a cidade está a 1.004 metros de altitude) que propicia o cultivo de flores, o casario singelo, as antigas construções, os seculares conventos, o Cine-Teatro Guarany, os engenhos de cana-de-açúcar e a Lagoa João Barbosa. Gravatá, localizada a 85 quilômetros do Recife, é um dos locais mais acessíveis do evento. Andar pela cidade, tomar chocolate quente, parar nos restaurantes tradicionais de culinária típica para comer galinha à cabidela ou buchada de bode são programas imperdíveis. Em Gravatá, o Circuito do Frio recebe o nome de Festa da Estação. Cidade de larga tradição rendeira, Pesqueira realiza há cinco anos a Festa da Renascença, justamente o nome da renda feita na região. Já a cidade das praças e das flores, Taguaritinga do Norte, comanda a Festa das Dálias.[228][229]
Ligações externas



Espírito Santo

Espírito Santo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Sudeste e tem como limites o oceano Atlântico a leste, a Bahia a norteMinas Gerais a oeste e noroestee o estado do Rio de Janeiro a sul, ocupando uma área de 46 077,519 km². É o quarto menor Estado do Brasil, ficando à frente apenas dos estados do RJ (3º), AL (2º) e SE (1º).[5]
Sua capital é o município de Vitória. Outros importantes municípios são AracruzCariacicaCachoeiro de ItapemirimColatinaGuarapariLinharesSão MateusSerraViana e Vila Velha. Ogentílico do estado é capixaba ou espírito-santense.[5]
Em 1535, quando os colonizadores portugueses chegaram na Capitania do Espírito Santo e desembarcaram na região da Prainha, iniciou-se o primeiro núcleo populacional, denominado Vila do Espírito Santo. Devido aos ataques indígenas, o líder Vasco Fernandes Coutinho resolveu fundar outra vila, desta vez em uma das ilhas, que foi chamada de Vila Nova do Espírito Santo (Vitória), enquanto a antiga passou a ser chamada de Vila Velha. Houve um tempo, conhecido por poucos, em que o Espírito Santo foi anexado à Bahia, tendo portanto Salvador como capital.[6]
Atualmente, a capital Vitória é um importante porto de exportação de minério de ferro. Na agricultura, destaque para o caféarrozcacaucana-de-açúcarfeijãofrutas e milho. Na pecuária,gado de corte e leiteiro. Na indústriaprodutos alimentíciosmadeiracelulosetêxteis, móveis e siderurgia.[6]
estado também possui festas famosas, como a Festa da Polenta em Venda Nova do Imigrante e o Festival de Arte e Música de Alegre. O Vital (carnaval fora de época, em novembro) foi extinto.[6]
O nome do estado é uma denominação dada pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho que ali desembarcou em 1535, num domingo dedicado ao Espírito Santo.[7] Como curiosidade dessa etimologia, merece destaque o Convento de Nossa Senhora da Penha, símbolo da religiosidade capixaba que abriga em seu acervo a tela mais antiga da América Latina, a imagem de Nossa Senhora das Alegrias.[8]
Etimologia
Data de junho de 1534 a concessão das cinquenta léguas de costa entre os rios Mucuri e Itapemirim, feita por Dom João III ao veterano das ÍndiasVasco Fernandes Coutinho, que, ao desembarcar em terras da capitania, a 23 de maio de 1535domingo do Espírito Santo, dá início a fundação de uma vila, por ele denominada Vila do Espírito Santo (hoje cidade de Vila Velha), em lembrança do dia.[9] O nome, ainda em 1535, passa da vila à capitania, designando posteriormente a província (1822) e o estado (1889).[10] Tal fato ocorreu 35 anos após o Descobrimento do Brasil, conforme tenha sido explicado que a capitania hereditária foi um dos estados mais antigos do Brasil.[9]
Capixaba (ou espírito-santense) é o gentílico referente ao estado do Espírito Santo. O termo deriva das roças de milho localizadas na ilha de Vitória, que pertenciam aos índios que originalmente habitavam a região quando da chegada dos portugueses. Tudo leva a crer que a referida assertiva intelectual ajuda a evitar a confusão do nome da unidade federativa brasileira com o nome da terceira pessoa da Santíssima Trindade.[11]
Relevo
A maior parte do estado caracteriza-se como um planalto, parte do maciço Atlântico.[38] A altitude média é de seiscentos a setecentos metros, com topografia bastante acidentada e terrenos arqueozoicos, onde são comuns os picos isolados, denominados pontões e os pães-de-açúcar. Na região fronteiriça com Minas Gerais, transforma-se em área serrana, com altitudes superiores a mil metros, na região onde se eleva a Serra do Caparaó[38] ou da Chibata. Aí, se ergue um dos pontos culminantes do Brasil, o Pico da Bandeira, com 2 890m.[35]
De forma mais esquemática, pode-se compor um quadro morfológico do relevo em cinco unidades:
§  a baixada litorânea,[38] formada por extensos areaispraias e restingas;[39]
§  os tabuleiros areníticos, faixa de terras planas com cerca de cinqüenta metros de altura, que se ergue ao longo da baixada e a domina com uma escarpa abrupta, voltada para leste;[40]
§  os morros e maciços isolados, que despontam no litoral e, em alguns locais, dão origem a costas rochosas, cujas reentrâncias formam portos naturais, como a Baía de Vitória;[40]
§  as planícies aluviais (várzeas), ao longo dos rios, que às vezes terminam em formações deltaicas, de que é exemplo a embocadura do Rio Doce;[40]
§  a serra, rebordo oriental do Planalto Brasileiro, com uma altura geral de setecentos metros,[38] coroada aqui e ali por maciços montanhosos, entre os quais a referida Serra do Caparaó.[40]
Ao contrário do que ocorre nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde constitui um escarpamento quase contínuo, no Espírito Santo o rebordo do planalto apresenta-se como zona montanhosamuito recortada pelo trabalho dos rios, que, nela, abriram profundos vales. A partir do centro do estado para norte, esses terrenos perdem altura e a transição entre as terras baixas do litoral e as terras altas do interior vai se fazendo mais lenta, até alcançar o topo do planalto no estado de Minas Gerais. Dessa forma, ao norte do Rio Doce, a serra é substituída por uma faixa de terrenos acidentados, mas de altura reduzida, em meio aos quais despontam picos que formam alinhamentos impropriamente denominados serras.[41]
Clima
Ocorrem no Espírito Santo dois tipos principais de climas, o tropical chuvoso e o mesotérmico úmido. O primeiro domina nas terras baixas e caracterizam-se por temperaturas elevadas durante todo o ano e médias térmicas superiores a 22 °C.[38] O tipo Am, das florestas pluviais, com mais de 1.250mm anuais de chuvas[38] e com uma estação seca pouco pronunciada, ocorre no litoral norte, no sopé da serrae na região de Vitória; o tipo Aw, com cerca de 1.000mm de chuva[38] e estação seca bem marcada, ocorre no resto das terras baixas.[41]
clima mesotérmico úmido, sem estação seca, surge na região serrana do sul do estado. Caracteriza-se por temperaturas baixas no inverno (média do mês mais frio abaixo de 18 °C).[38] Observam-se, entretanto, bruscas alterações climáticas.[42]
Vegetação e hidrografia
Na vegetação, a floresta tropical revestiu outrora todo o território estadual.[38] Com as sucessivas devastações que sofreu, extinguiu-se quase completamente na parte sul do estado, área de ocupação mais antiga. Aí, a busca de solos virgens por parte dos agricultores e a extração de lenha e de madeira de lei determinaram a proliferação de campos de cultura, pastagens artificiais e capoeiras. Apenas no nortedo estado, onde ainda se desenvolve o processo de ocupação humana, podem ser encontradas algumas reservas florestais. A serra do Caparaó, local outrora revestido pela mata atlântica, hoje está totalmente devastada, e só apresenta vegetação campestre acima dos mil metros de altitude.[41]
Os principais rios do estado são, de norte para o sul,[38] o Itaúnas,[38] o São Mateus,[38] o Doce[38] e o Itapemirim,[38] que correm de oeste para leste, isto é, da serra para o litoral. O mais importante deles é o Doce,[38] que nasce em Minas Gerais[38] e divide o território espírito-santense em duas partes quase iguais.[40] Em seu delta formam-se numerosas lagoas, das quais a mais importante é a de Juparanã.[40]
Litoral
O litoral capixaba é rochoso ao sul, com falésias de arenito, e também na parte central, com grandes morros e afloramentos graníticos a beira mar, o litoral sul-central é muito recortado com muitas enseadas e baias protegidas por rochas e afloramentos rochosos a beira mar, é arenoso ao norte, com praias cobertas por uma vegetação rasteira e extensas dunas, principalmente em Itaúnas e Conceição da Barra. A 1.140 quilômetros da costa, em pleno Oceano Atlântico, encontram-se a Ilha da Trindade (12,5 km²) e as Ilha de Martim Vaz, situadas a 30 quilômetros de Trindade. Essas ilhas estão sob a administração do Espírito Santo.[43]
O estado possui um litoral mais recortado no centro-sul, e mais mar aberto no norte, o que faz a maior parte das ilhas se concentrarem na parte central do estado, porém o estado possui várias ilhas. Ao todo, são 73 ilhas localizadas na costa do estado, sendo 50 localizadas na capital Vitória.[43]
Ecologia
No Espírito Santo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) administra dezessete unidades de conservação: dois parques nacionais, seis reservas biológicas, três reservas particulares do patrimônio natural, duas áreas de proteção ambiental, uma estação ecológica e três florestas nacionais.[44]
O estado também é conhecido por possuir diversos locais que servem para armazenamento dos ovos de Tartarugas-marinhas (Cheloniidae). No estado, o TAMAR, um projeto conservacionista brasileiro dedicado à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção, mantém sete bases do projeto no estado: ItaúnasGuriri, Pontal do Ipiranga, Povoação, Vila de RegênciaIlha da Trindade e Anchieta. Os trabalhos de monitoramento das praias realizados pelas equipes do TAMAR normalmente são realizados entre os meses de setembro e março, no fim do período reprodutivo. As tartarugas marinhas demoram até 20 anos para chegar à idade reprodutiva e de cada mil filhotes que nascem apenas um chega à fase adulta. Ou seja, das 100 mil tartarugas nascidas no último ano, daqui a vinte anos, provavelmente, estima-se que apenas 100 retornem para desovar.[45]
Demografia
Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, o estado do Espírito Santo possuía 3 512 672 habitantes, sendo o décimo quarto estado mais populoso do Brasil, representando 1,8% da população brasileira.[2][47] Segundo o mesmo censo, 1 729 670 habitantes eram homens e 1 783 002 habitantes eram mulheres.[2] Ainda segundo o mesmo censo, 2 928 993 habitantes viviam na zona urbana e 583 679 na zona rural.[2] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 13,59%.[48]
Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 2 598 231,[49] esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 2% ao ano, inferior a do Brasil como um todo (1,6%) para o mesmo período (1991-2000).[50] Ainda segundo o censo demográfico de 2000, o Espírito Santo é o décimo quarto estado mais populoso do Brasil e concentra 1,82% da população brasileira.[50] Do total da população do estado em2000, 1 562 426 habitantes são mulheres e 1 534 806 habitantes são homens.[51] Para 2006, a estimativa é de 3 464 285 habitantes.[50]
Nos últimos anos, o crescimento da população urbana intensificou muito, ultrapassando o total da população rural. Segundo a estimativa de 2000, 67,78 dos habitantes viviam em cidades.[51] Dois municípios capixabas mantêm o pomerano como segunda língua oficial (além do português): Vila Pavão[52] e Santa Maria de Jetibá.[53][54] Também foi aprovada em agosto de 2011 a PEC 11/2009, emenda constitucional que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana, junto com a língua alemã, como patrimônios culturais do Estado.[55][56][57][58]
densidade demográfica no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de 76,23 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a sétima segunda maior do Brasil e com uma densidade comparada à do país asiático Malásia.[59] A distribuição da população estadual é desigual, apresentando maior concentração na região serrana, no interior. Nessa área, a densidade demográfica atinge a média de 50 hab./km² e a ultrapassa no extremo sudoeste. A Baixada Litorânea, faixa que acompanha o litoral, apresenta quase sempre densidades inferiores à média estadual. Apenas nas proximidades de Vitória observa-se uma pequena área com mais de 50 hab./km². A parte norte da baixada litorânea é a menos povoada do estado. Seis municípios (Vila Velha, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Linhares) concentram mais de 45% dapopulação do Espírito Santo (1975).[60]
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,802, sendo o sétimo maior do Brasil e o terceiro maior da Região Sudeste.[61] Considerando apenas a educação, o índice é 0,887 (o brasileiro é 0,849); o índice de longevidade é 0,802 (o brasileiro é 0,638) e o índice de renda é 0,715.[61] A renda per capita é de 20 231 reais.[62] Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na educaçãolongevidade e renda, critérios utilizados para calcular o índice.[63] A educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,763 em 1991 para 0,855 em 2000, e em 2005 o valor passou a ser 0,887.[63] Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,653, passando para 0,721 em 2000 e 0,802 em 2005.[61][63] E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991 (0,653) e 2000 (0,719),[63] descendo para 0,715 em 2005.[61]Quanto ao IDH-M, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi significativa, passando de 0,690 em 1991 para 0,765 em 2000, e em 2005 o valor passou para 0,802, saindo da categoria de médio IDH e atingindo o patamar de Índice de Desenvolvimento Humano elevado.[63][61] O município com o maior IDH é Vitória, capital do estado, com um valor de 0,797, enquanto Água Doce do Norte, situado na Mesorregião do Noroeste Espírito-Santense, tem o menor valor (0,563).[64]
coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,50, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[65] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 30,88%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 29,04%, o superior é 32,73% e a subjetiva é 28,51%.[65]
Principais municípios
§  Vitória, a capital do estado, tem o terceiro melhor IDH entre as capitais do Brasil.[106] Foi construída numa ilha montanhosa, o que também dificultou seu crescimento, mas foi fundamental para sua fundação de 105 km². É ligada ao continente pela Ponte Florentino Avidos,[107] pela Ponte do Príncipe (Segunda Ponte)[107] e Terceira Ponte ao sul,[107] e pelas pontes da Passagem,[107] Ayrton Senna[107] e de Camburi ao norte.[107] Vitória é a capital e o mais importante município capixaba. Centro comercial e cultural, destaca-se também pelos importantes portos de Tubarão[107] e Vitória.[107]A capital forma com os municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila Velha a Região Metropolitana de Vitória,[108] conhecida como Grande Vitória, que abriga 1.627.651 habitantes (2005),[109] sendo Vila Velha o município de maior população.[110]
§  Serra é o segundo município mais populoso do estado, localizado na Grande Vitória. Nele ficam localizados o Porto de Tubarão e vários balneários importantes, como Jacaraípe e Nova Almeida. A cidade possui o maior polo industrial do estado, tendo em seu território os centros industriais Civit I, Civit II e o TIMS. A ArcelorMittal Tubarão também se faz presente no município, sendo a maior siderúrgica do estado e uma das maiores do país.[111]
§  Vila Velha é a cidade mais antiga e mais populosa do estado, com quase 500 mil habitantes, localizada na Grande Vitória; tem o segundo melhor IDH do estado. A cidade vem experimentando rápido desenvolvimento e progresso; nela fica também a principal rodovia estadual, a Rodovia do Sol. Possuí muitas fábricas, inclusive a Chocolates Garoto, maior fábrica de chocolate do Brasil, e dois portos, o de Capuaba e o de Vila Velha.[112]
§  Cariacica, localizado na Grande Vitória, é mais populosa que a capital Vitória, porém possui o menor IDH da região, sendo uma grande periferia da capital. A maior atividade econômica e geradora de empregos é a fábrica da Coca-Cola, a maior da empresa no Brasil. A cidade é cortada por duas das mais importantes rodovias do Brasil, a BR-101 e a BR-262.[113]
§  Cachoeiro de Itapemirim é o principal centro urbano do sul do estado.[110] Além de centralizar grande parte da produção agrícola e pecuária desta região,[114] o município destaca-se ainda pelo seu parque industrial.[114]
§  Linhares, na foz do rio Doce, é o maior e principal município da região norte do estado.[115] Apresenta notável crescimento após o início da exploração de petróleo e gás[116] e se destaca nas áreas industrial e agrícola,[116] principalmente por causa da fábrica da Coca-Cola e pelas plantações de eucalipto.[116]
§  Colatina, centro econômico da Região Noroeste capixaba,[117] com influências até o leste mineiro juntamente com EcoporangaSão Gabriel da Palha, Nova Venécia e Barra de São Francisco.[118]
§  São Mateus é uma das cidades do extremo norte, sendo a segunda cidade mais antiga do estado. Seu crescimento econômico está focado na extração de petróleo e gás natural. Na cidade está localizada o CEUNES, campus Norte da UFES. Possui forte apelo turístico, principalmente de temporada. Sua principal praia, Guriri, chega a ser conhecida nacionalmente.[119]
§  Guarapari: cidade com um pouco mais de 100.000 habitantes, com forte vocação para o turismo, atrai muitos turistas de todo o Brasil, por causa de suas praias e ilhas.[120]
§  Itapemirim, município do sul do estado, vem obtendo crescimento econômico com a produção, manipulação e beneficiamento de pescados,[121] e também petróleo na bacia do Espírito Santo juntamente com seus vizinhos; com os municípios de Presidente KennedyMarataízesPiúma e Anchieta a região metropolitana expandida sul se consolida como uma força de crescimento para o estado.[122]
§  Afonso Cláudio é a mais importante e o maior município da região serrana. Com a maior população da região, se torna o maior centro econômico e industrial da região serrana.[123]
§  Venda Nova do Imigrante é a capital nacional do agroturismo.[124] Segunda maior cidade da região serrana, perdendo apenas para Afonso Cláudio,[110] abriga os imigrantes italianos, e tem um ótimo padrão de vida.[125] O agroturismo é muito forte e encontram-se várias fábricas de produtos do campo.[126]

Subdivisões
Uma mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. Oficialmente, as quatro mesorregiões do estado são:
§  Central Espírito-Santense: é uma mesorregião formada pela união de vinte e quatro municípios agrupados em quatro microrregiões. Pelo fato de nela estar localizada a capital do estado, é a mais populosa, reunindo a maioria da população capixaba. Municípios importantes dessa mesorregião são VitóriaVila VelhaGuarapariDomingos MartinsSerra e Santa Maria de Jetibá. É a única mesorregião limítrofe com todas as demais mesorregiões do Espírito Santo.[144]
§  Norte Espírito-Santense: é a terceira mais populosa do estado, formada pela união de três microrregiões que compartilham quinze municípios. Municípios importantes da mesorregião são Aracruz,Linhares e São Mateus;[145]
§  Noroeste Espírito-Santense: é a menos populosa do estado, formada pela união de dezessete municípios agrupados em três microrregiões, além de ser a única do estado onde nenhum de seus municípios tem litoral. Municípios importantes dessa mesorregião são São Gabriel da PalhaNova Venécia e Barra de São Francisco.[146]
§  Sul Espírito-Santense: é a segunda mais populosa do estado, formada pela união de 22 municípios agrupados em três microrregiões. Municípios importantes dessa mesorregião são Marataízes,Cachoeiro do Itapemirim e Castelo.[147]
Microrregiões e municípios
Além da mesorregião, existe a microrregião, que é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual. O Espírito Santo é dividido em treze microrregiões. São elas: VitóriaAfonso CláudioGuarapariSanta TeresaLinharesMontanhaSão MateusBarra de São FranciscoColatinaNova VenéciaAlegreCachoeiro do Itapemirim e Itapemirim.[148]
Por último, existem os municípios (as menores unidades autônomas da federação), que são circunscrições territoriais dotadas de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa.[149] Em geral, o Espírito Santo está dividido em 78 municípios, sendo a vigésima unidade de federação com o maior número de municípios e a quarta e última do Sudeste (atrás de Minas GeraisSão Paulo e Rio de Janeiro).[150] São eles (em ordem alfabética): Afonso CláudioÁgua Doce do Norte,Águia BrancaAlegreAlfredo ChavesAlto Rio NovoAnchietaApiacáAracruzAtilio VivacquaBaixo GuanduBarra de São FranciscoBoa EsperançaBom Jesus do NorteBrejetubaCachoeiro de ItapemirimCariacicaCasteloColatina,Conceição da BarraConceição do CasteloDivino de São LourençoDomingos MartinsDores do Rio PretoEcoporangaFundãoGovernador LindenbergGuaçuíGuarapariIbatibaIbiraçuIbitiramaIconhaIrupiItaguaçuItapemirimItarana,IúnaJaguaréJerônimo MonteiroJoão NeivaLaranja da TerraLinharesMantenópolisMarataízesMarechal FlorianoMarilândiaMimoso do SulMontanhaMucuriciMuniz FreireMuquiNova VenéciaPancasPedro CanárioPinheirosPiúma,Ponto BeloPresidente KennedyRio BananalRio Novo do SulSanta LeopoldinaSanta Maria de JetibáSanta TeresaSão Domingos do NorteSão Gabriel da PalhaSão José do CalçadoSão MateusSão Roque do CanaãSerraSooretama,Vargem AltaVenda Nova do ImigranteVianaVila PavãoVila ValérioVila Velha e Vitória.[151]
Regiões administrativas
Durante a década de 2000, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e microrregiões do Espírito Santo.[152] As onze regiões administrativas do estado são: Metropolitana (Grande Vitória), Pólo Linhares, Litoral Sul, Pólo Afonso Cláudio (Sudoeste Serrana), Litoral Norte, Extremo Norte, Pólo Colatina, Noroeste 1, Noroeste 2, Pólo Cachoeiro de Itapemirim, Caparaó (Microrregião de Alegre).[152]

Ligações externas



Santa Catarina

Santa Catarina é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada no centro da região Sul do país[5]. É o vigésimo estado brasileiro com maior extensão territorial e o décimo primeiro mais populoso[6] além de ser o nono mais povoado com 293 municípios.[7] O catolicismo é a religião predominante.[8] O idioma oficial, assim como nas demais unidades federativas, é a língua portuguesa.[9]
As dimensões territoriais abrangem uma área de 95.346,181 km²,[10] sendo maior do que Portugal ou a soma dos estados brasileiros do Rio de Janeiro e Espírito Santo com o Distrito Federal,[11] limitadas aos estados do Paraná (ao norte) e Rio Grande do Sul (ao sul), ao Oceano Atlântico (a leste) e à Argentina (a oeste).[12] A costa oceânica tem cerca de 450 km, ou seja, aproximadamente metade da costa continental de Portugal (943 km).[13] Sua capital e sede de governo é a cidade de Florianópolis,[14] localizada na Ilha de Santa Catarina.[15] Inteiramente ao sul do trópico de Capricórnio, localizado na zona temperada meridional do planeta, o estado possui clima subtropical.[16] Estas condições variam de acordo com o relevo regional, sendo que nooeste e planalto serrano é relativamente comum a ocorrência de geadas e neve, enquanto no litoral o clima é mais quente podendo atingir altas temperaturas durante a temporada de verão.[17]
Em termos históricos, sua colonização foi largamente efetuada por imigrantes europeus: os portugueses açorianos colonizaram o litoral no século XVIII; os alemães colonizaram o Vale do Itajaí, parte da região sul e o norte catarinense em meados do século XIX; e os italianos colonizaram o sul do estado no final do mesmo século.[18] O oeste catarinense foi colonizado por gaúchos de origem italiana e alemã na primeira metade do século XX.[19]
Os índices sociais do estado situam-se entre os melhores do país. Santa Catarina é o sexto estado mais rico da Federação, com uma economia diversificada e industrializada. Importante polo exportador e consumidor, o estado é um dos responsáveis pela expansão econômica nacional, respondendo por 4% do produto interno bruto do país.[20]
História
A região costeira do território que constitui hoje o estado de Santa Catarina foi, desde a época do descobrimento, visitada por navegantes de várias nacionalidades. Afora a discutida versão da presença do francês Binot Paulmier de Gonneville, que ali teria estado durante seis meses, em 1504, não existe dúvida quanto à viagem dos portugueses Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, que por lá passaram, em 1514, e deram o nome de ilha dos Patos à atual ilha de Santa Catarina. No ano seguinte, Juan Díaz de Solís passou em direção ao Prata. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e a eles se integraram. Esses aborígines viviam de caça e pesca, eram exímios tecelões de redes, esteiras e cestos, e trabalhavam objetos em pedra.
Várias expedições espanholas detiveram-se no litoral catarinense a caminho do rio da Prata: Don Rodrigo de Acuña, em 1525, deixou dezessete tripulantes na ilha, onde se fixaram voluntariamente. Sebastião Caboto, entre 1526 e 1527, ali se abasteceu, seguiu para o Prata e retornou. Após Caboto, nela aportaram Diego García e, em 1535, Gonzalo de Mendoza. Em 1541, Álvar Núñez Cabeza de Vaca partiu da ilha de Santa Catarina para transpor a serra do Mar e atingir por terra o Paraguai. Mantendo sempre o propósito de tomar posse do Brasil meridional, o governo espanhol nomeou Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o rio da Prata e povoar também o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Com a morte de Juan Sanabria, tomou posse seu filho Diogo. Alguns navios da expedição lograram chegar à ilha de Santa Catarina, onde os espanhóis permaneceram dois anos. Dividiram-se em dois grupos: um deles rumou para Assunção; o outro, chefiado pelo piloto-mor Hernando Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco do Sul, de onde, após as maiores privações e sempre sob a ameaça de ataque pelos silvícolas, seguiu para Assunção.
Os aborígines da região foram catequizados, a partir de 1549, por jesuítas que viajaram em companhia do governador-geral Tomé de Sousa, sob a chefia do padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas empenharam-se com ardor nessa missão, colocando-se como obstáculo às tentativas dos colonizadores portugueses de escravizarem os índios. Não conseguiram, contudo, levar a bom termo sua tarefa e, já em meados do século XVII, desistiram da catequese no sul. O paulista Francisco Dias Velho, que chegou à ilha atualmente chamada de Santa Catarina por volta de 1675, teria dado esse nome ao lugar, onde edificou uma ermida em invocação a Santa Catarina de Alexandria, de quem, ao que consta, uma filha dele tinha o nome. Outros atribuem a autoria a Sebastião Caboto, que teria consagrado a ilha, quando por lá passou entre 1526 e 1527, a santa Catarina ou, antes, prestara uma homenagem à sua mulher, Catarina Medrano. O nome do estado é um empréstimo ao da ilha.
Capitania colonial
Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, a costa catarinense até a altura de Laguna, e mais tarde dois terços da do Paraná, formaram a capitania de Santana, o último quinhão do sul, doado aPero Lopes de Sousa. Nem o donatário nem seus herdeiros providenciaram a colonização. O território, após um litígio de dois séculos entre os herdeiros de Pero Lopes e os de seu irmão Martim Afonso de Sousa, foi, no começo do século XVIII, comprado pela coroa, juntamente com as terras do Paraná e grande parte de São Paulo. Ao mesmo tempo, a Espanha considerava indiscutível seu direito a esses territórios e recomendava aos adelantados a conquista e povoamento não só da ilha como do litoral. Na década de 1650, Manuel Lourenço de Andrade, um português que vivia em São Vicente, fundou uma povoação no rio de São Francisco, para onde se mudou com a família. Mais tarde foi designado capitão-mor dessa povoação, que em 1660 foi elevada a vila com o nome de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, constituindo a primeira fundação estável da costa catarinense. Pouco depois estabeleceu-se na ilha de Santa Catarina o paulista Francisco Dias Velho, que ergueu uma igreja em louvor de Nossa Senhora do Desterro. A ele se atribui a mudança do nome da Ilha dos Patos para Ilha de Santa Catarina.
Laguna foi outro ponto do litoral povoado na mesma época. Domingos de Brito Peixoto, também paulista, organizou uma bandeira para tomar conta de terras desabitadas ao sul e, em 1676, fundou Santo Antônio dos Anjos da Laguna. A povoação teve vida incerta e o bandeirante despendeu nela toda sua fortuna, com o objetivo de dar-lhe estabilidade. Buscou recursos no aprisionamento do gado nativo e na caça ao gentio e, só em 1696, deu início à construção da matriz local. No início do século XVIII, Laguna, pequena e pouco habitada, vivendo de uma agricultura rudimentar e da exportação de peixe seco para Santos e Rio de Janeiro, era o mais importante núcleo da costa catarinense. O interior não era explorado nem povoado, essa seria mais tarde a missão de Don Luís António de Sousa Botelho Mourão,governador da capitania de São Paulo, interessado em garantir o domínio português sobre a região e o escoamento do gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. Com tal finalidade, encarregou um abastado paulista, Antônio Correia Pinto, de estabelecer povoação na paragem denominada Lages. Em 1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a Santa Catarina uma configuração aproximada da atual e retirando da alçada de São Paulo toda a região chamada da serra, ou seja, o planalto.
Província imperial
Devido à precariedade das comunicações, a notícia da independência do Brasil só chegou a Desterro nos primeiros dias de outubro de 1822. O juiz de fora e presidente da Câmara, Francisco José Nunes, no dia 11, fez a aclamação do imperador.
Durante o império, a província sofreu, como outras, os prejuízos da descontinuidade administrativa. Teve no período mais de setenta presidentes, entre titulares e substitutos. Sob o governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, em 1829, iniciou-se a colonização de Santa Catarina com imigrantes alemães. Em 1831, após a abdicação de Dom Pedro I, o presidente da província, Miguel de Sousa Melo e Alvim, português de nascimento, foi forçado a renunciar em consequência de um levante da tropa. Nesse mesmo ano, em 28 de julho, foi lançado o primeiro jornal publicado na província, com o título de "O Catharinense", dirigido pelo capitão Jerônimo Francisco Coelho.
O movimento farroupilha teve considerável repercussão em Santa Catarina, sobretudo na região mais próxima ao Rio Grande do Sul. De 22 de julho a 15 de novembro de 1839, Laguna foi ocupada pelos revolucionários, que ali proclamaram a República Juliana, aliada à de Piratini. Nessa ocasião, Ana de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, uniu sua vida à de Giuseppe Garibaldi. No planalto, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840. Em 1845, a província, já inteiramente pacificada, recebeu a visita de Dom Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina. De 1850 a 1859, Santa Catarina foi governada por João José Coutinho, que demonstrou grande zelo administrativo e particular interesse pela instrução e a cultura, esforçando-se também no incentivo à atividade das colônias de imigrantes. Em 1850 foi fundada Blumenau; no ano seguinte, Joinville; e, em 1860, Brusque.
Unidade federal
A partir de 1870 as ideias republicanas ganharam impulso em Santa Catarina. Criaram-se clubes e jornais de propaganda, mas os republicanos não chegaram a conseguir representação na assembleia. Entretanto, a cidade de São Bento do Sul elegeu em 1889 a primeira câmara de vereadores no país formada somente de elementos republicanos. A república tomou a província de surpresa, pois em geral se esperava apenas a queda do ministério. Confirmada a proclamação do novo regime, em 17 de novembro, comemorou-se o acontecimento, e um triunvirato assumiu o governo. O primeiro governador do estado de Santa Catarina, nomeado por Deodoro da Fonseca, foi o tenente Lauro Severiano Müller. Mais tarde confirmado pela constituinte de 1891, foi logo deposto com a saída de Deodoro. Uma vez deflagrada, a revolução federalista do Rio Grande do Sul teve pronto reflexo em Santa Catarina.
Seguiu-se uma época de instabilidade política, com sérios entrechoques provocados por motivos locais ou mesmo municipais, e agravados pelos acontecimentos no resto do país. Após a revolta da armada, Santa Catarina foi palco de numerosos episódios da revolução federalista, sendo Desterro proclamada capital provisória da república. Em 17 de abril de 1894, a esquadra ali aportava e ocupava a cidade. Pouco depois, o coronel Antônio Moreira César assumia o governo do estado para exercê-lo com mão de ferro. Entre as incontáveis vítimas desse período de violenta repressão, destaca-se o chefe do governo revolucionário, almirante Frederico Guilherme de Lorena, fuzilado por ordem de Moreira César. Serenados os ânimos, elegeu-se governador Hercílio Luz. Nessa ocasião, a capital do estado passou a chamar-se Florianópolis. O domínio político, então, não era mais exercido exclusivamente pelas famílias tradicionais do litoral, mas dividido com figuras influentes do planalto e descendentes de imigrantes. Durante este período ocorreu um dos conflitos mais importantes do país, devido às suas proporções, a chamada Guerra do Contestado.
Geografia
Santa Catarina situa-se no sul do Brasil, em uma posição estratégica na Unasul. O estado faz fronteira com a Argentina na região Oeste. Florianópolis, a capital, está a 1.539 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 do Rio de Janeiro e 1.673 de Brasília. Situa-se entre os paralelos 25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude Oeste. Ao longo dolitoral, aparecem planíciesterrenos baixos, enseadas e ilhas. Essa porção do relevo recebe o nome de planaltos e serras de Leste-Sudeste. No centro-leste de Santa Catarina, surge a depressão periférica. No oestesudeste e centro do estado, onde as serras são mais comuns, o compartimento de relevo são os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.
Relevo
Com 77% de seu território acima de 300m de altitude e 52% acima de 600m, Santa Catarina figura entre os estados brasileiros de mais forte relevo. Quatro unidades, que se sucedem de leste para oeste, compõem o quadro morfológico: a baixada litorânea, a serra do Mar, o planalto paleozoico e o planalto basáltico. A baixada litorânea compreende as terras situadas abaixo de 200m de altitude. Ao norte, alarga-se bastante, penetrando no interior ao longo dos vales dos rios que descem da serra do Mar. Para o sul, estreita-se progressivamente. A serra do Mar domina a baixada litorânea a oeste. Salvo no norte do estado, onde forma o rebordo escarpado de um planalto mais ou menos regular, a serra tem caráter muito diverso do que apresenta em outros estados, como Paraná e São Paulo. Em Santa Catarina, forma uma faixa montanhosa, de aproximadamente mil metros de altitude, constituída por um conjunto de maciços isolados pelos vales profundos dos rios que drenam para o oceano Atlântico.
Por trás da serra do Mar estende-se principalmente o planalto paleozoico, cuja superfície plana encontra-se fragmentada em compartimentos isolados pelos rios que correm para leste. O planalto paleozoico perde altura de norte para sul; na parte meridional do estado confunde-se com a planície litorânea, uma vez que a serra do Mar não chega até essa parte de Santa Catarina. O planalto basáltico ocupa a maior parte do estado. Formado por camadas de basalto (derrames de lavas), intercaladas com camadas de arenito, é limitado a leste por um rebordo escarpado a que se dá o nome de serra Geral. No norte do estado, o rebordo do planalto basáltico se encontra no interior; para o sul vai-se aproximando gradativamente do litoral até que, no limite com o Rio Grande do Sul, passa a cair diretamente sobre o mar. A superfície do planalto é regular e se inclina suavemente para oeste. Os rios que correm para o rio Paraná abriram neste planalto profundos vales.
O ponto mais alto do estado de Santa Catarina é o Morro da Boa Vista, situado entre os municípios de Urubici e Bom Retiro, com uma altitude de 1.827 m. O segundo ponto mais elevado do estado é o Morro da Igreja, situado em Urubici, com 1.822 m, sendo considerado o ponto habitado mais alto da Região Sul do Brasil.
Clima
O clima de Santa Catarina é subtropical úmido. As temperaturas médias variam bastante de acordo com o local: são mais baixas nas regiões serranas e mais elevadas no litoral, no sudeste e no oeste catarinense. As chuvas são bem distribuídas durante o ano, atingindo, em média, 1.500 mm anuais. Ao contrário do que é observado na maior parte do território brasileiro, em Santa Catarina as quatro estações são bem definidas. O clima do estado é úmido mesotérmico, apresentando duas variações, Cfa e Cfb. A variação Cfa é encontrada em praticamente todo o estado nas áreas abaixo de 800 metros de altitude. Já o Cfb encontra-se nas áreas mais altas, acima de 800 metros. As chuvas costumam ser bem distribuídas ao longo do ano com uma pequena diminuição nos meses do inverno. Entretanto, o clima não é igual em todo o estado. Existem diferenças significativas entre as regiões. Nas zonas mais elevadas do planalto norte, o verão é fresco e o inverno frio. No litoral (devido à baixa altitude) e no Oeste (devido à continentalidade), o verão é mais quente e prolongado. No litoral, principalmente em Florianópolis, é comum ocorrer o vento sul, que traz para a atmosfera a umidade oceânica, tornando oinverno úmido. No planalto sul, devido às altitudes que variam de cerca de 800 a até 1828 metros, o frio é mais forte e dura mais tempo. Ali, é frequente a ocorrência de geadas e neve, com temperaturas que podem atingir menos -15 °C. Bom Jardim da SerraSão JoaquimUrubici e Urupema são os municípios mais frios do estado e estão entre os mais frios do Brasil. A menor temperatura já registrada no país foi de -17,8 °C. no Morro da Igreja, em 29 de junho de 1996.
No final de novembro de 2008 algumas regiões do estado, principalmente o Vale do Itajaí, sofreram enchentes após um intenso período de chuvas. Várias cidades ficaram isoladas e algumas foram destruídas.
Vegetação
A cobertura vegetal original do estado compreende dois tipos de formação: florestas e campos. As florestas, que ocupavam 65% do território catarinense, foram bastante reduzidas por efeito de devastação. Contudo, o plantio de árvores tem crescido, graças aos incentivos governamentais e ao desenvolvimento da indústria madeireira. No planalto, apresentam-se sob a forma de florestas mistas de coníferas(araucárias) e latifoliadas e, na baixada e encostas da serra do Mar, apenas como floresta latifoliada. Os campos ocorrem como manchas dispersas no interior da floresta mista. Os mais importantes são os de São JoaquimLagesCuritibanos e Campos Novos.
Demografia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Santa Catarina possui uma população de 5.866.487 de habitantes e uma densidade populacional de 61,53 hab./km², de acordo com acontagem populacional e estimativas realizadas em 2007. As cidades mais populosas de Santa Catarina são: JoinvilleFlorianópolisBlumenauSão JoséChapecóCriciúmaLagesItajaíJaraguá do Sul ePalhoça. De acordo com o censo de 2000, o estado de Santa Catarina contava com 5.356.360 habitantes. Desse total, 40.63% moram no campo, enquanto 59.37% residem nas áreas urbanas. Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 4.536.433 habitantes, esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 1,6%, inferior à do Brasil como um todo (1,9% para o ano de 2000). Ainda segundo o censo 2000, Santa Catarina é o décimo primeiro estado mais populoso da nação e concentra 3,15% da população brasileira. Do total da população estadual, 2.687.049 de habitantes são mulheres e 2.669.311 de habitantes são homens.
Em 2005, a densidade demográfica chegou a 61,53 hab./km². As maiores densidades estão localizadas na zona de mais intenso desenvolvimento industrial (Blumenau, Joinville e Brusque), onde colonos instalaram grandes empresas, e no sul catarinense, área de exploração de carvão mineral. Nessas regiões a densidade atingiu de 62,6 a 77,8 hab./km². No oeste do estado, onde se registram as mais elevadas taxas decrescimento populacional, a densidade varia de 25 a 70 hab./km². Nas zonas de criação de bovinos, os campos de criação do planalto, a densidade demográfica baixa para menos de 20 hab./km². Em Lages a densidade demográfica chega a 63,7 hab./km² e em São Joaquim, a 12,3 hab./km². Santa Catarina é, ao lado do Espírito Santo, o único estado brasileiro em qual a capital estadual não é o município mais populoso.
Histórico
Desde 1823 a capital de Santa Catarina é a cidade de Florianópolis. Originalmente, a cidade tinha o nome de Nossa Senhora do Desterro, em referência a sua padroeira. A mudança de nome seguiu-se ao fim da Revolução Federalista, em 1894, e ainda é considerada controvertida por parte dos habitantes da cidade. O nome Florianópolis refere-se a Floriano Peixoto, ex-presidente da República. Deste nome deriva o apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida. Com o movimento revolucionário de 1930, iniciado no Rio Grande do Sul, Santa Catarina foi o primeiro estado a ser invadido pelas forças que conduziram Getúlio Vargas ao poder. Muito embora fossem sendo vencidas as forças legais, Florianópolis resistiu ao avanço gaúcho, até que a revolução viesse a triunfar em todo o território nacional. De 1930 a 1945, o estado foi governado por interventores federais. Ao longo desses quinze anos, houve um breve período, de 1935 a 1937, em que o poder executivo estadual esteve entregue a um governador eleito, Nereu Ramos, mantido como interventor pelo Estado Novo, em 1937. Na década de 1940, uma grande área do estado, que vivia semimarginalizada e escassamente povoada, o meio e o extremo oeste, passou a ter importância cada vez maior. Essas glebas foram sendo ocupadas por gente vinda do Rio Grande do Sul, colonos estrangeiros e seus descendentes, que nelas vislumbraram um novo eldorado. Em 1966, tomou posse o governador Ivo Silveira, eleito por voto direto. Depois, dois governadores foram escolhidos pela Assembleia Legislativa do estado, Colombo Sales e Antônio Carlos Konder Reis; e um por um colégio eleitoral, Jorge Bornhausen.
Subdivisões
Santa Catarina está separada em subdivisões geográficas denominadas mesorregiões e microrregiões, e em subdivisões administrativas denominadas municípios. As mesorregiões compreendem as grandes regiões do estado, unidas por laços geográficos, demográficos e culturais. Atualmente existem seis mesorregiões em Santa Catarina, sendo elas a Grande FlorianópolisNorte CatarinenseOeste CatarinenseSerranaSul CatarinenseVale do Itajaí. As microrregiões são formadas pelo conjunto de cidades que se engloba a uma cidade pólo. As cidades polo estão distribuídas por todo o estado de forma descentralizada, e cada uma possui uma Secretária de Desenvolvimento Regional. Há atualmente vinte microrregiões, são elas a deAraranguáBlumenauCampos de LagesCanoinhasChapecóConcórdiaCriciúmaCuritibanosFlorianópolisItajaíItuporangaJoaçabaJoinvilleRio do SulSão Bento do SulSão Miguel do OesteTabuleiroBrusqueTubarãoXanxerê. Já os 293 municípios presentes no estado são divisões administrativas que possuem relativa autonomia e concentram um poder político local. O sistema local também funciona com três poderes, sendo o executivo a Prefeitura, o legislativo a Câmara de Vereadores e o judiciário o Fórum Municipal. O maior deles é Joinville, também sendo o mais populoso e de maior PIB do estado; sua região metropolitana possui aproximadamente 1,1 milhão de habitantes. Alguns destes municípios formam uma conurbação chamada deregião metropolitana, existindo oito delas em Santa Catarina: Região Metropolitana Carbonífera, de Chapecó, de Florianópolis, de Lages, da Foz do Rio Itajaí, do Norte/Nordeste Catarinense, do Vale do Rio Itajaí e de Tubarão.
Regiões
Litoral
Os 500 quilômetros de litoral são um atrativo para quem busca belas praias e o contato com a natureza. Esta região, colonizada por açorianos no século XVIII, tem um relevo recortado, com baías, enseadas, manguezais, lagunas e mais de quinhentas praias. É ainda uma das mais importantes áreas de biodiversidade marinha do Brasil. As principais cidades são FlorianópolisSão JoséPalhoça,LagunaItajaíNavegantesBalneário CamboriúItapemaBombinhas e Porto Belo. A pesca e o turismo são atividades econômicas marcantes.
Florianópolis, capital e centro administrativo do estado, tem o seu território situado parte em uma ilha oceânica com 523 quilômetros quadrados, a Ilha de Santa Catarina, e parte no continente. É a capital brasileira que oferece melhor qualidade de vida e o terceiro município brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo. A porção continental do município é ligada à parte insular por três pontes. Seus mais de 400 mil habitantes convivem com o ritmo ágil de um centro urbano cosmopolita e com a tranquilidade dos vilarejos construídos pelos colonizadores açorianos. As 100 praias da cidade são em sua maioria limpas e próprias para banho.
Vale do Itajaí
Um "pedacinho da Alemanha" encravado em Santa Catarina. Assim é o Vale do Itajaí, situado entre a Capital e o Nordeste do estado. A herança dos pioneiros germânicos deixou marcas na arquitetura em estilo enxaimel, na culinária e nas festas típicas, nos jardins bem cuidados e na força da indústria têxtil. Sua paisagem de morros, matas, rios e cachoeiras é um forte atrativo para os ecoturistas. Os principais municípios são ItajaíBlumenauGasparPomerodeIndaialBrusqueGuabiruba e Rio do Sul.
Nordeste
Com forte tradição germânica, o Nordeste do estado concilia uma economia dinâmica com o respeito à natureza exuberante. Indústrias do ramo eletro-metal-mecânico dividem espaço com as densas florestas da Serra do Mar e as águas da Baía de Babitonga na cidade de São Francisco do Sul. A região tem alto poder aquisitivo e excelente qualidade de vida. Suas principais cidades são JoinvilleJaraguá do SulSão Bento do Sul e São Francisco do Sul.
Planalto Norte
Nesta região, rica em florestas nativas e provenientes de reflorestamento, concentra-se o polo florestal catarinense - o mais expressivo da América Latina, abrangendo indústrias madeireiras, moveleiras, de papel e de papelão. Os principais municípios são São Bento do SulRio NegrinhoCanoinhasCorupáMafraTrês Barras e Porto União.
O frio e o turismo rural são os grandes atrativos desta região, que tem como atividades econômicas a pecuária e a indústria florestal. Por conta das paisagens bucólicas e da neve que se precipita em algumas cidades, todos os anos o Planalto recebe milhares de visitantes no inverno. A estrada da Serra do Rio do Rastro, que desce em curvas sinuosas de uma altitude de 1.467 metros até o nível do mar, é uma atração à parte. Os principais municípios são LagesCuritibanosSão JoaquimUrubici e Bom Jardim da Serra.
Sul
A presença dos descendentes de imigrantes italianos é uma característica marcante da região. Quem a visita pode conhecer de perto as vinícolas e apreciar a cultura italiana em festas típicas, além da colonização alemã, existente em menor escala. Extrativismo mineral, indústria cerâmica (Eliane, Portinari) e de derivados do plástico (Grupo Incoplast/Copobras, Copaza, Canguru, etc) são as principais atividades econômicas. O sul do estado tem estações hidrotermais(Gravatal e Santa Rosa de Lima) e cânions (Lauro Müller e Urubici), além dos famosos cânions Itaimbézinho e Malacara que fazem parte da cidade de Praia Grande e o cânion fortaleza que faz parte da cidade de Jacinto Machado, que são mundialmente conhecidos por suas belezas naturais, como piscinas naturais, ricos em biodiversidade. Suas principais cidades são CriciúmaIçaraTubarãoLagunaImbitubaAraranguáUrussanga e Braço do Norte. O sul de Santa Catarina também tem um grande potencial turístico, pois sedia o Circuito Mundial de Surfe (WCT) em Imbituba, capital nacional da baleia franca. O Sul catarinense, devido a sua beleza litorânea, recebe visitação principalmente de argentinos, paranaenses e gaúchos.
Meio-Oeste
Nesta região de morros ondulados localizada no centro do estado situam-se comunidades de pequeno e médio porte, colonizadas por imigrantes italianos, alemães, austríacos e japoneses. Sua atividade econômica está baseada na agroindústria, criação de bovinos e produção de maçã. Também há indústrias expressivas do polo metalomecânico e madeireiro. As principais cidades são JoaçabaCaçadorVideiraFraiburgo e Campos Novos, com destaque para Treze Tílias e Piratuba, cidades com grande atividade turística em função de fontes hidrominerais termais.
Oeste/Extremo-Oeste
Os campos do Oeste são o "celeiro" de Santa Catarina, de onde sai boa parte da produção brasileira de grãos, aves e suínos. Frigoríficos de grande e médio porte estão associados aos produtores rurais em um modelo bem sucedido de integração: as empresas fornecem insumos e tecnologia e compram a produção de animais. A região também começa a explorar o potencial turístico de suas fontes hidrotermais. Os principais municípios são ChapecóXaximXanxerêConcórdiaSão Miguel do Oeste e Itapiranga.
Comunicações
Imprensa
Os principais jornais do estado são A Notícia (Joinville), o Jornal Folha do Oeste (São Miguel do Oeste), A Tribuna (Criciúma), o Correio Lageano (Lages), a Gazeta de Joinville, o Diário Catarinense (Florianópolis), o Diário do Iguaçu, o Diário do Litoral (Itajaí), o Diário do Sul (Tubarão), a Hora de Santa Catarina (Florianópolis), a Jornal da Manhã (Criciúma), o Jornal de Santa Catarina (Blumenau), O Barriga Verde (Taió), o Notisul (Tubarão), Estado (Florianópolis), O Município (Sul Brasil), aEspinheira (Palhoça), o Expresso da História (Tubarão), o Jornal Floripa (Florianópolis), o Jornal Tribuna Catarinense (Balneário Camboriú), o Jornal Pomeroder Zeitung (Pomerode), o Jornal Notícias do Dia de Joinville (Joinville), o O Correio do Povo(Jaraguá do Sul), o Jornal FolhaSC (Jaraguá do Sul),Folha da Cidade (Caçador) o Jornal do Vale (Jaraguá do Sul), o Jornal Cidadela (Joaçaba), o Jornal Evolução (São Bento do Sul), o Jornal de Bairro (Tubarão) e a Tribuna da Fronteira (Mafra/Rio Negro).
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Rádio
As principais emissoras de rádio do estado são: Rádio Caçanjurê (Caçador); Rádio Eldorado (Criciúma); Rádio Sociedade Guarujá; Rádio Anita Garibaldi e Rádio Santa Catarina (Florianópolis); Rádio Difusora e Rádio Cultura (Joinville); Rádio Catarinense (Joaçaba); Rádio Clube, Sociedade Rádio Difusora Vale do Itajaí (Itajaí); Rádio Clube Lages (Lages); Rádio Mirador e Radio Amanda (Rio do Sul); Rádio Nereu Ramos (Blumenau); Rede Peperi de comunicação(São Miguel do Oeste).
Televisão
A Televisão Catarinense começou em 1969, quando surge a TV Coligadas Canal 3 de Blumenau logo depois em 1970 surge a TV Cultura Florianópolis canal 6 da TV Tupi. Hoje já grupos e mais redes sendo formadas por exemplo: RBS TV, RIC TV, CBV e outros.
As principais estações e emissoras de televisão da capital são a TV Cultura Florianópolis (Canal 02), a RIC TV Florianópolis (Canal 04), a Record News Florianópolis (Canal 06), a Band SC (Canal 09), a RBS TV Florianópolis (Canal 12) e a TV Canção Nova Florianópolis (Canal 23); mas também existem emissoras distribuídas por cidades do interior, como BlumenauChapecóJoaçabaLagesMaravilha, e Xanxerê.
No interior destacam-se a RBS TV Blumenau, a RBS TV Centro-Oeste (Joaçaba), a RBS TV Chapecó, a RBS TV Criciúma, e a RBS TV Joinville, todas afiliadas à Rede Globo de Televisão. Em Lages Grupo de Radios e TV do SBT.
Pontos turísticos
O estado de Santa Catarina possui um território cheio de contrastes: as serras se contrapõem ao litoral de belas praiasbaíasenseadas e dezenas de ilhas; na arquitetura, vários municípios mantêm as construções típicas da época da colonização; enquanto a capital, Florianópolis, é uma cidade de edificações modernas e sofisticadas, marcada pela forte presença dos jovens, dos esportes náuticos e dos campeonatos de surfe. Dentre as praias podemos destacar Bombinhas, que é considerada a capital do mergulho brasileira, e Balneário Camboriú, uma das praias mais populares.
Hoje, conhecer o estado de Santa Catarina é uma oportunidade de conhecer uma peculiar combinação de nacionalidades, que se reflete não apenas na cultura, mas também no patrimônio histórico. Ademais, existem no estado outros grandes atrativos, como as altas temperaturas do verão, que atraem inúmeros visitantes para suas lindas praias, espalhadas por destinos como Balneário Camboriú,BombinhasItapemaGaropabaJoaquinaPraia Mole e praia da vila em Imbituba onde acontece etapa do mais importante campeonato de surf do mundo, o WCT; e o rigoroso frio do inverno da Serra Catarinense com fortes geadas – às vezes acompanhado pela neve –, garantindo aconchegantes e românticos roteiros. Os mais visitados da serra são Lages e São Joaquim. Faça frio ou faça sol, existem incontáveis opções de passeios para o ano inteiro.
No Vale do Itajaí - destacando-se Penha, onde há o Beto Carrero World, e Blumenau – estão concentrados destinos onde o forte é o turismo de negócios. Já no município de Timbó, o destaque fica por conta dos ótimos locais para a prática de esportes radicais como o raftingcanyoning e práticas verticais. No município de Fraiburgo, pertencente a Rota da Amizade, o destaque está para o cultivo da maçã, podendo ser visitadas as diversas etapas desta cultura, como a florada da maçã, a colheita dos frutos, além de desfrutar da estrutura existente na Terra da Maçã para a recepção dos turistas.
Conhecido como um pedaço da Europa encravado no Sul do país, o estado de Santa Catarina tem um dos maiores índices de desenvolvimento econômico do Brasil, baseado numa produção industrial bastante diversificada. Uma grande atração turística é o Farol de Santa Marta, o maior das Américas e o terceiro maior do mundo.
Tem aumentado constantemente o fluxo turístico para o estado, procedente sobretudo de São Paulo e dos países do Prata. O principal foco de atração dos visitantes são as belas praias da ilha de Santa Catarina, bem como os balneários de LagunaCamboriúPorto Belo e Itajaí. Também é fator de atração a zona de colonização alemã, com centro em Blumenau, mas estendendo-se, nos arredores, aPomerode e Timbó e incluindo, mais para o norteJoinville. Os municípios da região estimulam a construção das tradicionais casas de enxaimel (caibros cruzados de maneira a sustentar o barro que dá forma às paredes).
Ligações externas
Wikitravel newlogo.png Guia de viagens sobre Santa Catarina no Wikitravel.



Distrito Federal

O Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Em seu território está localizada a capital federal, Brasília. Foi fundado em 21 de abril de 1960. O atual Distrito Federal foi construído em três anos e dez meses, através de um projeto do presidente Juscelino Kubitschek de mudança da capital nacional do município do Rio de Janeiro para o centro do país. Até a criação de Brasília, a capital federal localizava-se na cidade do Rio de Janeiro, antecedida por Salvador.[5]
No período colonial brasileiro a área fazia parte da Capitania de São Jorge dos Ilhéus, sob comando do donatário Jorge Figueiredo Corrêia. Porém, com o fim das Capitanias no Brasil, surgiram diversas cidades na Região, incluíndo Ilhéus e, mais tarde, a própria Brasília, construída por iniciativa do Presidente Juscelino K. de Oliveira.[6]
Durante o Império, o equivalente ao Distrito Federal atual era o município neutro, onde se situava a corte, no Rio de Janeiro. Depois da Proclamação da República o Rio de Janeiro tornou-se a capital federal, que somente no início da década de 1960 foi transferida para o centro do Brasil, no leste do estado de Goiás. Quando de sua transferência, o território onde se localizava a capital foi provisoriamente o estado da Guanabara (de 1960 a 1975). O Distrito Federal manteve inicialmente sua estrutura político-administrativa, permanecendo até hoje com o prestígio de instituições centenárias e uma capital com menos de meio século.[5]
Com a reordenação republicana do território brasileiro, as províncias passaram a estados e cada um deles passou a ser uma unidade da Federação. Quase todos os estados surgiram das províncias de mesmos nomes, exceto o Distrito Federal e outros estados criados pela divisão territorial, como por exemplo a divisão de Goiás, em que o território norte passou a ser o estado doTocantins e o sul permaneceu Goiás.[5]
Etimologia
O topônimo Distrito Federal é uma comparação brasileira em relação ao Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos. No Brasil Império, a cidade do Rio de Janeiro denominava-se Município Neutro da Corte a partir de 1834.[7] Após a Proclamação da República, em 1891, quando da promulgação da Constituição Federal de 1891, passou a se chamar Distrito Federal, mantendo a antiga capital imperial como sede do novo regime político.[8] Com a mudança dos três poderes do Sudeste para o Centro-Oeste do Brasil, Brasília passou a sediar o novo Distrito Federal propriamente dito, de acordo com a Constituição de 1946.[8]
O gentílico tanto do Distrito Federal como de Brasília é denominado brasiliense ou candango. Este último foi originalmente usado para se referir aos trabalhadores que, em sua maioria proveniente do Nordeste, migravam à futura capital para sua construção. Uma das vertentes diz que o termo "candango" era usado pelos africanos para designar os portugueses. A denominação é derivada de uma língua africana e significa "ordinário, ruim",[9] embora alguns dicionários apontem como de origem duvidosa.[10]
Geografia
O Distrito Federal é uma unidade federativa diferente das demais, pois não é um estado, nem um município. É, na realidade, um território autônomo dividido em regiões administrativas. Com exceção deBrasília, Capital Federal, as outras regiões administrativas são conhecidas como cidades-satélites e possuem uma certa autonomia em suas administrações, pois para cada uma delas é nomeado um administrador.[17]
Brasília, Capital Federal, é uma cidade planejada que foi projetada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, possui o formato de um avião, o que engloba as asas sul e norte, os lagos sul e norte, o cruzeiro novovelho; e o sudoeste/octogonal são organizados de forma que empresas de mesmo segmento econômico fiquem na mesma área da cidade. Em sua grande maioria, os órgãos do governo federalencontram-se localizados na asa sul, na norte e no lago sul.[17]
Relevo e hidrografia
O seu relevo é constituído por planaltosplanícies e várzeas, características típicas do cerrado, que possui terreno bem plano ou com suaves ondulações. Sua altitude varia de 600 m a 1.100 m acima donível do mar, e o ponto mais alto é o Pico do Roncador com 1 341 m, localizado na serra do Sobradinho.[17]
Em sua localização, o Distrito Federal ocupa uma posição privilegiada, pois divide as principais bacias hidrográficas do país, que são: a bacia do Paraná, a bacia do Tocantins-Araguaia e a bacia do rio São Francisco.[17]
Clima
clima predominantemente é o tropical sazonal, com uma estação chuvosa e quente (verão), normalmente compreendida entre outubro e março, e outra fria e seca (inverno), compreendida entre abril esetembro. Os índices de umidade giram em torno de 25% no inverno e 68% no verão, o que culmina em um clima típico do cerrado. A temperatura média é muito agradável, na maior parte do ano, com variações que vão de 13°C até 27°C, constituindo uma temperatura média anual que gira em torno de 20°C. A média das precipitações anuais ficam entre 1.200 mm e 1.800 mm.[17]
Vegetação
vegetação do Distrito Federal, caracterizada pelo cerrado, é o resultado de um longo processo de evolução, no qual as plantas buscaram adaptar-se às difíceis condições ambientais como: pouca água, falta de umidade no ar e acidez no solo. Em virtude disso, as principais vegetações do Distrito Federal são o cerrado, vegetação composta por árvores de galhos e caules grossos e retorcidos, distribuídos de uma forma esparsa, onde também existem gramíneas, várias espécies de capins, que se desenvolvem embaixo das árvores e umas espécies semi-arbustivas; a mata ciliar composta por florestas estreitas e densas, formadas ao longo do leito dos rios e riachos, por encontrarem solos mais férteis e com boa umidade, o que proporcionam o bom desenvolvimento dessas espécies, e os brejos, que são localizados nas nascentes de água onde desenvolve-se em grandes proporções o buriti. Entre as espécies de plantas que ficam mais em evidência, podemos destacar osipês amarelo e roxo, a pindaíba e o óleo vermelho, o pau-santo, a gabiroba, o araçá e a sucupira.[17]
Diferentemente de outras regiões brasileiras, durante o período dos meses de verão, o Distrito Federal adquire uma paisagem muito verde, porém, durante os meses de inverno, o capim seca e praticamente todas as árvores mudam suas folhagens, cada árvore ao seu tempo, de modo que não acontece de todas as árvores de uma mesma espécie trocarem de folhas, todas ao mesmo tempo.[17]
Ecologia e fauna
Durante a elaboração do projeto para a Construção de Brasília houve uma grande preocupação e cuidado com a relaçâo ao trinômio cidade-natureza-homem, para que nessa cidade houvesse equilíbrio ambiental entre esses três elementos, objetivando o mantimento de um alto padrão na qualidade de vida dos seus habitantes Isto é evidente quando observamos que a relação área verde por habitante ê a maior do país. Desde sua construção até os dias de hoje, há uma série de medidas adotadas para que seja mantido equilíbrio ambiental e para que sejam preservados os recursos naturais existentes na região. Essas medidas resultaram na criação de várias unidades de conservação ambiental, bem como em áreas protegidas arnblentalmente e reservas ecológicas, além da criação do Parque Nacional de Brasília. Chega a apresentar uma fauna com mais de 60 000 espécies diferentes, destacando-se a onça-pintadasuçuaranaveado-campeirolobo-guarátamanduá-bandeira e tatu-canastra.[17]
Demografia
crescimento demográfico se situa em 2,82% anual. A densidade média é de 410,8 hab./km e a taxa de urbanização, uma das mais altas do país, alcança 94,7% Relativamente ao desenvolvimentosocioeconômico são significativos os valores dos seguintes indicadores: a mortalidade infantil é de 17,8‰; a taxa de analfabetismo alcança 4,7% entre as pessoas maiores de 15 anos e o número de leitoshospitalares é de 3 777. Além disso quase a totalidade da população tem acesso à água corrente e à rede de esgoto.[17]
Etnias
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), a população brasiliense está composta por brancos (49,15%), negros (4,80%), pardos (44,77%), asiáticos (0,39%) e indígenas(0,35%).[18]
Religião
Tal qual a variedade cultural verificável no Distrito Federal, são diversas as manifestações religiosas presentes[18]. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos brasilienses declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, doislamismoespiritismo, entre outras.[18]
De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Distrito Federal está composta por: católicos (66,16%), protestantes (19,50%), pessoas sem religião (8,64%), espíritas(2,69%), budistas (0,14%), muçulmanos (0,03%), umbandistas (0,15%) e judeus (0,03%).[18]
Política
A política e a administração do Distrito Federal distinguem-se das demais unidades da federação, em alguns pontos particulares, conforme definido na Constituição do Brasil de 1988:[19]
§  O Distrito Federal rege-se por lei orgânica, típica de municípios, e não por uma constituição estadual. Acumula as competências legislativas reservadas aos estados federados e municípios, não vedadas pela Constituição.
§  O Poder legislativo do Distrito Federal é exercido pela câmara legislativa, com 24 deputados distritais eleitos;
§  O caráter híbrido do Distrito Federal é observável por sua Câmara Legislativa, mistura de Câmara Municipal (Poder Legislativo Municipal) e Assembleia Legislativa (Poder Legislativo Estadual), sendo que o chefe do Poder Executivo é um governador, em vez de um prefeito.
O Distrito Federal possui autonomia para instituir e arrecadar tributos próprios aos estados, como o imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS), imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), Imposto sobre Transmissões Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito (ITCMD); e aos municípios, como o imposto predial e territorial urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS ou ISSQN) e Imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI).
Subdivisões
A Constituição de 1988, em seu Art. 32, veda expressamente a divisão do Distrito Federal em municípios.[19] O Distrito Federal é dividido em 31 regiões administrativas, das quais apenas dezenove são reconhecidas pelo IBGE,[20] pelo fato de as fronteiras das regiões restantes ainda não terem passado por aprovação na Câmara Legislativa do Distrito Federal[21] A principal é a região administrativa de Brasília.
As regiões administrativas foram, no passado, chamadas de cidades-satélite (atualmente, alguns ainda consideram este termo pejorativo). No Brasil, a ideia de cidade está intimamente ligada à de sede demunicípio. Porém, no Distrito Federal, são chamados de "cidades" os diversos núcleos urbanos sedes das regiões administrativas. Alguns destes núcleos são mais antigos do que a própria Brasília, comoPlanaltina, que era município de Goiás antes de ser incorporado ao Distrito Federal, e Brazlândia, fundada na década de 1930.
Economia
Infraestrutura
Transportes
O Distrito Federal é atendido principalmente por transporte coletivo de ônibus. O principal ponto de saída e chegada de ônibus urbanos no DF é a Rodoviária do Plano Piloto, que liga Brasília a todas as outras regiões administrativas e ao entorno.
Um novo terminal rodoviário interestadual foi inaugurado em julho de 2010, às margens da BR-450 (também conhecida como EPIA, Estrada Parque Indústria e Abastecimento).
Outras regiões administrativas possuem terminais rodoviários interurbanos, como Taguatinga e Gama. A maioria, entretanto, possui apenas terminais urbanos, que normalmente funcionam como pontos finais de linhas urbanas, com alguma linha direta para a rodoviária do Plano Piloto.
Inaugurado em 2001, o Metrô de Brasília atende apenas algumas localidades do Distrito Federal (Asa SulGuaráÁguas ClarasTaguatingaCeilândia e Samambaia). Sua demanda vem crescendo a cada ano.
O Distrito Federal é servido pelas seguintes rodovias federais:
§  BR-010
§  BR-020
§  BR-040
§  BR-050
§  BR-060
§  BR-070
§  BR-080
§  BR-251
§  BR-450
Cultura
Em função da construção de Brasília e em busca de melhores condições de vida, muitas pessoas vieram de todas as regiões do país. Por conta disso, a cidade possui diferentes costumes, sotaques e culturas. Brasília não possui uma cultura de características próprias, porém dessa mistura, e com o passar do tempo surgiu sua identidade cultural. Muitas pessoas acreditam que Brasília possui atributos misticos. Os religiosos, por exemplo, acreditam que a capital federal é resultado de uma profecia, mostrada a Dom Bosco em 30 de agosto de 1883, através de um sonho, no qual ele relata que entre os paralelos 15° e 20° havia uma depressão bastante larga e comprida, partindo de um ponto onde se formava um lago. Então, repetidamente, uma voz assim falou que quando vierem escavar as minas ocultas, no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel. A segurança pública de Brasília é a que possui maior efetivo e é mais moderna do país. Nessa cidade, o metro quadrado de área residencial é o mais caro do país. Como foi uma cidade planejada, Brasília possuí um vasto patrimônio arquitetônico que compreende desde a própria estrutura da cidade até seus prédios públicos emonumentos. Brasília possui outros destaques, como a torre de TV com vista panorâmica, a Catedral, o Catetinho, as feiras de artesanato, o Jardim Botânico e o Autódromo Internacional Nelson Piquet.[25]
Particularidades
O Distrito Federal é uma unidade atípica da Federação, com as seguintes particularidades:
§  O Distrito Federal não é nem estado nem município, nem se divide como tal, mas possui administração autônoma.
§  As aglomerações urbanas fora do Plano Piloto são denominadas de regiões administrativas (ou cidades-satélites), e sua administração é exercida através de administradores regionais, que são nomeados pelo governador do Distrito Federal, após serem indicados pela população local de cada região administrativa, através de um processo seletivo dos candidatos indicados pelas entidades representativas dos diversos segmentos da sociedade.
§  É o menor território autônomo do Brasil – com apenas 5.783 km², que equivale a 26% da área de Sergipe, o menor estado brasileiro.
§  O Distrito Federal não tem capital, tendo Brasília como local da sede de governo
§  O Palácio do Buriti é a sede do governo.
§  As áreas de educaçãosaúde e segurança pública (polícias civil e militar e o corpo de bombeiros militar) são mantidas pela União, por meio de fundo específico, conforme art. 20, inciso XIV, da constituição[19], denominado de Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), o qual é regulado por legislação específica[26] infraconstitucional.
§  Apesar do Distrito Federal ser subdividido em regiões administrativas, todo e qualquer cidadão que seja nascido dentro dos limites distritais é Brasiliense.

Ligações externas
§  Página do Governo Distrital: Regiões Administrativas, Datas Importantes e Legislação 

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Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil.[5] Localizado na Região Sul,[6] possui como limites o estado de Santa Catarina ao norte, o oceano Atlântico ao leste, oUruguai ao sul e a Argentina a oeste.[7] Sua capital é o município de Porto Alegre.[8] As cidades mais populosas são: Porto AlegreCaxias do SulPelotasCanoas e Santa Maria.[9] O relevo é constituído por uma extensa baixada, dominada ao norte por um planalto.[10] UruguaiTaquariIjuíJacuíIbicuíPelotas e Camacuã são os rios principais.[10] O clima é subtropical[10] e aeconomia do Estado se baseia na agricultura (sojatrigoarroz e milho), na pecuária e na indústria (de couro e calçadosalimentíciatêxtilmadeireirametalúrgica e química).[11]
Em 1627, jesuítas espanhóis criaram missões, próximas ao rio Uruguai, mas foram expulsos pelos portugueses, em 1680, quando a coroa portuguesa resolveu assumir seu domínio, fundando aColônia do Sacramento. Os jesuítas portugueses estabeleceram, em 1687, os Sete Povos das Missões. Em 1737, uma expedição militar portuguesa tomou posse da lagoa Mirim. Em 1742, os colonizadores fundaram a vila de Porto dos Casais, depois chamada Porto Alegre. As lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, teve fim em 1801, quando os próprios gaúchosdominaram os Sete Povos, incorporando-os ao seu território. Em 1807, a área foi elevada à categoria de capitania. Grupos de imigrantes italianos e alemães começaram a chegar a partir de 1824. A sociedade estancieira passou então a coexistir com a pequena propriedade agrícola, diversificando a produção. Durante o século XIX, o Rio Grande do Sul foi palco de revoltas federalistas, como a Guerra dos Farrapos (1835-45), e participou da luta contra Rosas (1852) e da Guerra do Paraguai (1864-70). As disputas políticas locais foram acirradas no início da República e só no governo de Getúlio Vargas (1928) o Estado foi pacificado.[12]
É o estado mais meridional do país, conta com o quarto maior PIB[13] - superado apenas por São PauloRio de Janeiro e Minas Gerais -, o quinto mais populoso[14] e o quinto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado.[4] O estado possui papel marcante na história do Brasil, tendo sido palco da Guerra dos Farrapos, a mais longa guerra civil do país. Sua população é em grande parte formada por descendentes de portuguesesalemãesitalianosafricanos e indígenas. Em pequena parte por espanhóispoloneses e franceses, dentre outros imigrantes.[15]
Em certas regiões do estado, como a Serra Gaúcha e a região rural da metade sul, ainda é possível ouvir dialetos da língua italiana (talian) e do alemão (HunsrückischPlattdeutsch).[15] Esseestado brasileiro originalmente teve sua economia baseada na pecuária bovina que se instalou no Sul do Brasil durante o século XVII com as missões jesuíticas na América, e posteriormente expandiu-se aos setores comercial e industrial, especialmente na metade norte do Estado.[16]
Etimologia
O nome do estado originou-se de uma série de erros e discordâncias cartográficas, quando se acreditava que a Lagoa dos Patos fosse a foz do Rio Grande, que já era demonstrado em mapas neerlandeses, décadas antes da colonização portuguesa na região. Pelo que se sabe até agora, o primeiro cartógrafo dos Países Baixos a registrar a Lagoa dos Patos, ainda considerada o Rio Grande, foi Frederick de Wit, em seu atlas de 1670. Já o primeiro registro cartográfico feito por um neerlandês a mostrar o suposto rio com um formato próximo ao que é conhecido hoje da referida lagoa foi Nikolaus Visscher, em 1698. Apesar de ele não ter sido o primeiro a mencionar os índios Patos que habitavam suas margens e boa parte do litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, foi ele quem associou o nome à lagoa. Por volta de 1720, açorianos vindos de Laguna vieram à região de São José do Norte buscar o gado cimarrón vindo das missões, possibilitando a posterior fundação da cidade de Rio Grande, no ano de 1737. A partir do nome do município, surgiu também o nome do estado do Rio Grande do Sul.[17]
Os habitantes naturais do Rio Grande do Sul são denominados gaúchos, rio-grandenses-do-sul ou sul-rio-grandenses.[18] O gentílico no masculino do singular é gaúcho e no feminino do singular gaúcha.[19] É uma palavra oriunda do espanholgaucho, um adjetivo que, aplicado a pessoas pode signficar "nobre, valente e generosa" ou "camponês experimentado em pecuária tradicional", ou ainda "velhaco, astuto, dissimulado ou ardiloso experiente",[20] mas também pode ter o sentido de "vagabundo, contrabandista, desregrado e desprivilegiado".[21][22]
História
Na época do Descobrimento do Brasil, a região que hoje forma o Rio Grande do Sul era habitada pelos índios minuanoscharruas e caaguaras, que viveram há 12 mil anos a.C.[23][24] Eram bons ceramistase, na caça, usavam as boleadeiras, até hoje um dos instrumentos do peão gaúcho.[25][26]
Essas tribos viveram muito tempo sem contato com os brancos colonizadores.[26] As disputas entre Portugal e Espanha sobre os limites de suas possessões na América fizeram com que a região só fosse ocupada no século XVII.[27] Os padres jesuítas espanhóis foram os primeiros a se estabelecer no local.[26][28]
Ocupação
As peculiaridades geográficas do atual estado do Rio Grande do Sul, dividido em 11 diferentes regiões fisiográficas,[29] influíram para retardar a ocupação da terra, a leste, pelo conquistador europeu.[30][31]Outro fator negativo foi o Tratado de Tordesilhas, de 1494, que dividiu a soberania sobre os descobrimentos entre Portugal e Espanha por um meridiano ideal.[32] No caso do Brasil, o meridiano estendia-se das proximidades da ilha de Marajó até a baía da Laguna, em Santa Catarina.[32][33][33][34]
Ante as dúvidas surgidas sobre o ponto exato em que deveria passar a linha convencionada e achando-se o rio de São Pedro justamente na zona cuja confrontação se discutia, nenhuma daquelas duas nações se apressou a ocupá-lo, pelo temor de novas dificuldades diplomáticas. Contudo, em princípios do século XVII a Espanha penetrava na margem esquerda do Uruguai, por intermédio dos jesuítas que, a partir do Paraguai, estabeleceram suas reduções em vários pontos, chegando mesmo às cercanias da futura cidade de Porto Alegre e, de modo geral, senhoreando-se de todo o oeste rio-grandense.[33][34][35]
Os paulistas, por sua vez, não deixaram de entrar em contato com o indígena da região (tupi-guarani e guaicuru), sobretudo para garantir, através do mu, ou compadrio, o intercâmbio que se baseava no resgate do aborígine escravizado pelas tribos rivais. Daí resultou que habitantes de São VicenteSantos e Piratininga, antes mesmo do aparecimento das bandeiras, fizessem ali freqüentes penetrações.[33][35][34]
A seguir, os bandeirantes destruíram a província do Guairá, desceram à província do Tape, no coração do Rio Grande, e à província do Uruguai, desbaratando as aldeias e aprisionando os índios, que levavam como escravos para suas lavouras.[36] Antônio Raposo Tavares foi um dos maiores chefes dessas expedições predatórias.[36] As aldeias foram arrasadas, seus habitantes mortos ou aprisionados, e os sobreviventes fugiram com os jesuítas, para o sul, onde se fixaram junto à margem direita do rio Uruguai.[33][34]
Ao levar a catequese, o aldeamento, as estâncias e os ervais a uma larga faixa do território, entre 1632 e 1634 os jesuítas estabeleceram reduções no alto Ibicuí (São Tomé, São Miguel, São José, São Cosme e São Damião). Ampliaram a área de penetração, alcançaram a bacia do Jacuí e fixaram outras reduções, inclusive para além da província do Tape (Santa Teresa, Santa Ana, São Joaquim, Natividade, Jesus Maria, São Cristóvão).[33][34][35]
Nessa linha recuada, próxima às bases de socorro do poder espanhol do Paraguai e do Rio da Prata, não encontraram a tranqüilidade esperada.[35] Acossados tenazmente pelos bandeirantes, não puderam consolidar suas conquistas territoriais.[35]A vitória alcançada contra os paulistas na batalha de Mbororé, em 1641, não foi suficiente para permitir a fixação das reduções.[37] O êxodo das populações indígenas -- já iniciado depois do assalto da bandeira de Raposo Tavares, em 1637 -- se intensificou, com a transferência dos jesuítas e dos índios para a margem direita do rio Uruguai, na fértil mesopotâmia do Paraná.[33][34][38]
Concluiu-se, por força de tais acontecimentos, a primeira fase da civilização jesuítica no território do atual Rio Grande do Sul, com o abandono de terras abertas aos que primeiro chegassem para ocupá-las, aventureiros e colonizadores.[39] Somente depois de 1680, com a fundação da Colônia do Sacramento, na margem superior do rio da Prata, a região passou a ser objeto de disputa política por parte de portugueses e espanhóis.[33][40][41]

Geografia
O estado do Rio Grande do Sul ocupa uma área de 281.748,538 km²[58] (cerca de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do Equador)[59] e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT.[60] Todo o seu território está abaixo do Trópico de Capricórnio.[61] No Brasil, o estado faz parte da região Sul,[62] fazendo fronteiras com o estado de Santa Catarina e dois países: Uruguai e Argentina.[63] É banhado pelo oceano Atlântico e possui duas das maiores lagoasdo Brasil: a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira, além de possuir uma das maiores lagunas do mundo: a Lagoa dos Patos, que possui água salobra.[63]
Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país.[59]
Geologia e relevo
estado do Rio Grande do Sul apresenta, em sua maior parte, relevo baixo, com setenta por cento de seu território a menos de 300m de altitude. A única porção elevada, com mais de 600m de altitude, nonordeste, compreende 11% da superfície total. Podem-se descrever quatro unidades morfológicas no estado: a planície litorânea, o planalto dissecado de sudeste, a depressão central e o planaltobasáltico.[64]
Planície costeira
Também conhecida como planície litorânea. Toda a fachada leste do estado é ocupada pela planície litorânea, que consiste em terrenos arenosos com cerca de 500 km de extensão no sentido nordeste-sudoeste e largura muito variável. Os areais se desenvolvem tanto nas margens orientais quanto nas ocidentais das lagoas dos Patos e Mirim. Essas lagoas apresentam um desenho característico, com recorte lobulado, em virtude das pontas de areia que de uma e outra margem se projetam para dentro delas. Ao contrário do que acontece no interior das lagoas, a linha da costa apresenta traçado regular. A planície litorânea é constituída pela justaposição de cordões litorâneos (restingas), que às vezes deixam entre si espaços vazios ocupados por lagoas alongadas ou banhados
Planalto Dissecado de Sudeste
Também denominado impropriamente Serras de Sudeste, o planalto dissecado de sudeste compreende um conjunto de ondulações cujo nível mais alto não ultrapassa 500 m. Trata-se de um planaltoantigo, cuja superfície tabular só foi preservada entre alguns rios. Esses terrenos pré-cambrianos constituem o chamado escudo rio-grandense e ocupam toda a porção sudeste do estado, formando uma área triangular cujos vértices correspondem aproximadamente às cidades de Porto AlegreDom Pedrito e Jaguarão. O conjunto está dividido, pelo vale do rio Camaquã, em duas grandes unidades, uma aonorte e outra ao sul, denominadas serras de Herval e Tapes, respectivamente. É o domínio típico das campinas, cuja melhor expressão é encontrada na campanha gaúcha.[65]
Depressão Central
Constituída por terrenos da era paleozoica, a Depressão Central forma um arco em torno do planalto dissecado de sudeste, envolvendo-o dos lados norte, oeste e sul. Forma um amplo corredor com aproximadamente cinquenta quilômetros de largura média e 770 km de extensão, dos quais 450 no sentido leste-oeste, 120 no sentido norte-sul e 200 no sentido oeste-leste. A topografia suave e a pequena altitude em relação ao nível do mar (menos de cem metros), permitem classificar a depressão central como uma planície suavemente ondulada.[65
Clima
Dois tipos climáticos caracterizam o Rio Grande do Sul: o clima subtropical úmido e o clima oceânico.
clima subtropical úmido possui chuvas bem distribuídas durante o ano e verões quentes (Cfa na escala de Köppen), ocorrendo na maior parte do estado. Registra temperaturas médias anuais de entre 18 °C e 20 °C. O clima clima oceânico (Cfb) também apresenta chuvas bem distribuídas durante o ano, mas os verões são amenos. Ocorre nas porções mais elevadas do território sul-rio-grandense, isto é, na porção mais alta do planalto basáltico, e no Planalto Dissecado de Sudeste, registrando temperaturas médias anuais entre 13 °C e 17 °C.[64]
Quanto ao regime pluviométrico, a zona mais chuvosa do estado é a Serra Gaúcha, com precipitações ao redor de 1.900 mm, enquanto que a parte onde menos chove no estado é o extremo sul, com pluviosidade média anual em torno de 1.100 mm no município de Santa Vitória do Palmar.
Dos ventos que sopram no estado, dois têm denominações locais: o pampeiro, vento tépido, procedente dos pampas argentinos; e o minuano, vento frio e seco, originário dos contrafortes da cordilheira dos Andes.[64]
A temperatura mínima registrada no estado foi de -9,8 °C no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955,[66] enquanto a temperatura máxima registrada foi de 42,6 °C em Jaguarão, no sul do estado, em 1943.[67] Municípios comoUruguaianaLajeado e Campo Bom destacam-se em recordes de temperaturas altas no verão, registrando valores que, por vezes, chegam aos 40 °C.[68] O estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico, que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas para a estação.[68]
Vegetação
Dois tipos de cobertura vegetal ocorrem no Rio Grande do Sul: campos e florestas. Os campos ocupam cerca de 66% da superfície do estado. De modo geral recobrem as áreas de topografia regular, plana ou ligeiramente ondulada, ou seja, a depressão central e a maior parte do planalto basáltico.[70]
As florestas cobrem 29% do território estadual. Aparecem na encosta e nas porções mais acidentadas no planalto basáltico, no planalto dissecado de sudeste e, ainda, na forma de capões e matas ciliares, dispersas pelos campos, que recobrem o resto do estado. Nas áreas de maior altitude, com mais de 400m, domina a chamada mata de pinheiros, uma floresta mista de latifoliadas e coníferas, a chamada mata de pinheiros. Nas demais áreas ocorre a floresta latifoliada.[70]
Nos dois tipos de floresta está presente a erva-mate, objeto de exploração econômica desde o início do povoamento do estado. Em cerca de cinco por cento do território ocorre a vegetação do tipo litorâneo, que se desenvolve nos areais da costa.[70]
Ecologia
As unidades de conservação administradas pelo governo brasileiro são o Parque Nacional da Serra Geral, o Parque Nacional dos Aparados da Serra, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, a Floresta Nacional de Canela, a Floresta Nacional de São Francisco de Paula, a Floresta Nacional de Passo Fundo, a Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã, a Área de Relevante Interesse Ecológico Pontal dos Latinos e Pontal dos Santiagos a Estação Ecológica de Aracuri-Esmeralda, a Estação Ecológica do Taim, e o Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos.[71][72]
O estado, que foi pioneiro do movimento ecológico no Brasil,[73] hoje enfrenta uma série de problemas ambientais graves[74][75][76][77] e uma crônica carência de recursos materiais e humanos para a área,[78] e ostenta uma longa lista de espécies ameaçadas.[79][80] Por outro lado, muitos projetos do governo e iniciativas privadas estão tentando reverter este quadro sombrio e difundir a conscientização ecológica entre a população,[81][82][83][84][85] e já existe expressiva legislação ambiental.
Demografia
De acordo com o Censo 2010 o Rio Grande do Sul tinha uma polulação de 10.693.929 em 2010[87] , sendo mais populoso que Portugal) .
Dez anos antes , segundo o censo demográfico de 2000, o Rio Grande do Sul tinha uma população de 10.187.798 hab. Em 1991, o estado contava com 9.127.611 hab. Esses números mostram que a taxa decrescimento demográfico na última década foi de 1,2% ao ano, abaixo portanto da média do país como um todo (1,33% anuais). Em 2010, segundo cálculos do IBGE, era 5º estado mais populoso do país, e efetivamente, o mais populosa da Região Sul — abrigando cerca de 6% da população brasileira. Do total da população do estado, 5.488.872 habitantes pertencem ao sexo feminino e 5.205.057 habitantes ao sexo masculino (dados de 2010).
O Rio Grande do Sul é um estado em que a população urbana supera a rural. Segundo o censo demográfico de 2000, 80,8% da população moram em cidades. Nesse mesmo ano a densidade demográfica do estado chegou a 36,14 hab./km², mais de duas vezes superior à do Brasil como um todo (19,92 hab./km²).
A área mais densamente povoada do Rio Grande do Sul é a de Porto Alegre e municípios vizinhos, onde se registram densidades acima de 2.000 hab./km². Seguem-se o litoral norte e a encosta do planalto, a leste da serra Geral e o Vale do Taquari com densidades próximas de 50 hab./km². A zona do alto Uruguai, a noroeste, e as áreas centralizadas por Passo Fundo e Iraí, apresentam densidades entre 30 e 40 hab./km². No sul do estado, as densidades raramente ultrapassam 10 hab./km². Somente em torno de Pelotas a população aparece mais concentrada, chegando a mais de 20 hab./km². A capital do estado, é a décimacidade brasileira em população. Situada à margem do rio Guaíba, Porto Alegre tem um movimentado porto fluvial e é o mais importante centro industrialcomercial e cultural do Rio Grande do Sul. Forma com mais 30 municípios, área metropolitana da Região Metropolitana de Porto Alegre, que, com cerca de 4 milhões de habitantes, é a quarta maior aglomeração urbana do país.
Composição étnica
Os principais imigrantes em número foram os portugueses (em grande parte, açorianos), seguidos dos alemães e italianos, que vieram somar-se aos ameríndios e escravos africanos. Também podem-se citar entre os grupos de imigrantes minoritários: espanhóispolonesesaustríacosrussosjudeusárabesjaponesesargentinosuruguaios, entre outros. Atualmente, a população autodeclara-se da seguinte maneira quanto à raça: 82,3% como brancos, 11,4% como pardos, 5,9% como pretos e 0,4% como amarelos ou indígenas.[89]
No estado existiu a presença de três grandes grupos indígenas: guaranispampeanos e gês. Antes e mesmo depois da chegada dos europeus, esses grupos indígenas empreenderam movimentos migratórios característicos de seu modo de vida seminômade. Os guaranis ocupavam as margens da Lagoa dos Patos, o litoral norte do Rio Grande do Sul, as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, incluindo a região dos Sete Povos das Missões. Apesar da variedade de dialetos, o tupi-guarani era o tronco linguístico comum a esses grupos indígenas. Os pampeanos constituíram um conjunto de tribos que ocupavam o sul e o sudoeste do estado. Os gês possivelmente eram os mais antigos habitantes da banda oriental do rio Uruguai. É provável que essas tribos começaram a se instalar na região por volta do século II a.C. Os gês do atual Rio Grande do Sul foram dizimados pelos bandeirantes, guaranis missioneiros, colonizadores portugueses e ítalo-germânicos. Ainda hoje existem pequenos grupos que vivem nas reservas de NonoaiIraí e Tenente Portela, e que lutam para manter suas identidades. São eles os mbyás-guaranis e os caingangues.[carece de fontes]
Africanos e afrodescendentes escravizados foram levados para os territórios do atual Rio Grande do Sul desde os momentos iniciais da ocupação luso-brasileira do litoral, no início do século XVIII. Esse processo se acelerou com a produção de trigoe, a seguir, de charque, a partir de 1780. A produção pastoril e a urbana apoiaram-se também fortemente no trabalho do negro escravizado. Inicialmente, os africanos escravizados no Rio Grande do Sul foram trazidos, em grande número, da costa da atual Angola, em geral desde o porto do Rio de Janeiro.[90] O Rio Grande permaneceu sempre como capitania e província com forte população escravizada, tendo conhecido forte exportação de cativos nascidos no Sul para São Paulo, na segunda metade do século XIX. Fato singular no processo demográfico do Brasil, a população escravizada rio-grandense continuou-se expandindo, mesmo após o fim do tráfico transatlântico de trabalhadores escravizados, em 1850. Foi também muito forte a resistência dos trabalhadores escravizados no Rio Grande do Sul, através de fugas sistemáticas, com destaque para o período da Guerra dos Farrapos, formação de pequenos quilombos, resistência ao trabalho, organização de insurreições.[91]
Economia
ntre os principais produtos agrícolas gaúchos, destacam-se o arroz (5,2 milhões de toneladas), a soja (7 milhões de toneladas), o milho (6 milhões de toneladas), a mandioca (1,3 milhão de toneladas), a cana-de-açúcar (1 milhão de toneladas), a laranja (2 bilhões de frutos) e o alho (24 mil toneladas).
No Rio Grande do Sul, destacam-se os rebanhos bovino (13,6 milhões de cabeças), ovino (4,9 milhões de cabeças) e suíno (4,2 milhões de cabeças). Além disso, a criação de galináceos chega a 112 milhões de aves.
O estado abriga grandes reservas de carvão mineral e de calcário. A extração de água mineral é também importante (aproximadamente 92 milhões de litros anuais).
parque industrial gaúcho, em franca expansão, dedica-se principalmente aos ramos petroquímicotabagista, de calçados, de construção, de alimentos e automobilístico.
Graças às paisagens diversificadas, o Rio Grande do Sul atrai turistas por diversos propósitos. Há, no extremo norte, as praias de Torres, vizinhas ao Parque Nacional de Aparados da Serra, que tem se destacado como importante destino de ecoturismo. Os turismos gastronômico (na região de Bento Gonçalves, produtora de vinho) e histórico (na região das missões jesuíticas de São Borja e São Miguel) também são dignos de menção. A capital, Porto Alegre, além de centro cultural de relevância nacional, tem servido de sede de grandes encontros internacionais, especialmente para assuntos relacionados ao Mercosul.
O Rio Grande do Sul dispõe de extensa malha ferroviária, que serve todo o seu território. Além disso, destaca-se a rede de estradas federais e estaduais, que soma aproximadamente 152,2 milquilômetros. Porém, apenas 10,3 mil quilômetros são pavimentados.
Indústria
O Rio Grande do Sul é um dos estados com maior grau de industrialização no país. O principal gênero de indústria é o de produtos alimentícios, responsável por substancial parcela do valor da produção fabril. Seguem-se a metalurgia e as indústrias mecânicaquímicafarmacêutica, de vestuário e calçado e de madeira e mobiliário.
A área industrial da região de Porto Alegre é a mais desenvolvida do estado. Os principais produtos são carnes frigorificadascharquesmassas alimentícias e óleo de soja. A indústria de calçados e artefatos de couro destaca-se particularmente em Novo HamburgoSapiranga e Campo Bom, e em praticamente todos os outros municípios do Vale dos Sinos. A indústria mecânica e metalúrgica alcançam também considerável expressão, sobretudo em Porto Alegre, Novo HamburgoSão Leopoldo e Canoas, além de GravataíSapucaia do SulEsteio e Sapiranga que possuem grandes empresas do ramo e que também pertencem a Região Metropolitana de Porto Alegre. A esses centros junta-se São Jerônimo, que abriga a usina siderúrgica de Charqueadas.
Outra área industrial é a chamada região de colonização antiga, na qual se integram os municípios de Caxias do SulGaribaldiBento GonçalvesFlores da CunhaFarroupilha e Santa Cruz do Sul. A atividade fabril é marcada pela produção de vinho e beneficiamento de produtos agropastoris, tais como couro, banhamilhotrigo e fumo.
No restante do estado encontram-se diversos centros industriais dispersos, todos ligados ao processamento de matérias-primas agropastoris. Destacam-se nesse grupo ErechimPasso FundoSanta Maria,Santana do LivramentoRosário do SulPelotasRio Grande e Bagé.
Turismo
O Rio Grande do Sul é um estado com vastas opções de turismo. O estado recebe anualmente cerca de 2,0 milhões de turistas de fora do país. As praias do litoral norte nas cidade de Capão da Canoa,Tramandaí e Torres são as mais conhecidas no estado, esta última apresentando falésias. São três pedras que ficam na beira do mar, sendo que uma delas avança mar adentro em uma altura de 30 metros. No litoral sul destaca-se a praia do Cassino, em Rio Grande, constante no Guiness Book como a maior praia do mundo. Também destacam-se as praias da Laguna dos Patos, principalmente as praias de São Lourenço do SulTapes e Pelotas (Praia do Laranjal).
As serras atraem milhares de turistas todos os anos, no inverno e verão. As cidades de Gramado e Canela são conhecidas na época de Natal pela decoração das cidades, juntamente com os parques natalinos. No inverno, os turistas visitam essas cidades juntamente com Caxias do SulSão José dos Ausentes e Cambará do Sul, devido às temperaturas baixas, muitas vezes negativas e com a possibilidade de queda de neve, para a felicidade dos turistas.
Nas mesmas se encontram os cânions de Itaimbezinho e da Fortaleza, os quais são dos maiores do Brasil. Em Gramado acontece o Festival de Cinema. Na conhecida como "Pequena Itália", em que se localizam as cidades de Caxias do SulBento Gonçalves e Garibaldi, pode-se encontrar as melhores vinícolas do Brasil. Ainda a oeste, se encontram as Missões Jesuíticas, nas cidade de São Miguel das Missões e arredores.
Embora com menor destaque turístico, a região de Pelotas, reconhecida por ser o município brasileiro do doce e por possuir grandes monumentos e prédios tradicionais e seculares, vem alcançando destaque com a festa anual denominada Fenadoce.
Outro destaque do turismo rio-grandense é a Oktoberfest, uma festa de cultura alemã, realizada em várias cidades gaúchas, e a Festa da Uva, realizada de 2 em 2 anos pela cidade de Caxias do Sul.
Pontos turísticos
Além dos monumentos históricos e das festas religiosas e populares, destacam-se na capital o palácio Piratini (sede do governo estadual), a catedral metropolitana, aigreja Nossa Senhora das Dores, o parque Farroupilha, o auditório Araújo Viana, a ponte móvel da travessia Getúlio Vargas, o morro Santa Teresa (cujo belvedere proporciona uma visão panorâmica da cidade), o Theatro São Pedro, e o hipódromo do Cristal.
No litoral contam-se alguns balneários conhecidos. Os principais são os de Torres, com as praias Grande, da Guarita, da Cal e a Prainha; e os de Rio Grande, com a praia do Cassino, os molhes da barra, o Navio Altair, entre outros, sem esquecer da praia da Capilha, na Lagoa Mirim. Em Capão da Canoa, estão localizadas as praias de AraçáArco-ÍrisGuarani, Zona Nova, Noiva do Mar, Rainha do Mar eCapão Novo; em Tramandaí, as praias Jardim AtlânticoOásis do Sul e Jardim do Éden.
Entre os pontos de interesse turístico da zona serrana, destacam-se as cidades de CanelaGramado e São Francisco de Paula, com parques e cascatas. Também na região serrana se encontram as cidades de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, centros de produção vinícola.
Ligações externas