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A Bahia ou Baía[2][3][9][10] é uma das
27 unidades federativas do Brasil. É o sexto estado com maior PIB do
país. Está situada ao sul da Região Nordeste do Brasil e é o
maior estado da região, fazendo limites com oito outros estados federados
brasileiros, a saber: Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Piauí (N); Tocantins e Goiás (O); Minas
Gerais e Espírito Santo (S). A leste, é banhada
pelo Oceano Atlântico e tem, com
novecentos km, a mais extensa costa de todos os estados do Brasil com
acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 567 295,669 km², sendo pouco
maior que a França. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a
maior extensão territorial, a maior população, o maior produto interno bruto, além de ser o estado
que mais recebe turistas na região[11].
A capital estadual é Salvador. Além dela, há outras cidades influentes
na rede
urbana baiana, como as capitais regionais Feira
de Santana, Vitória da Conquista, o bipolo Itabuna-Ilhéus,Barreiras e
o bipolo Juazeiro-Petrolina,[12] esta
última é um município
pernambucano e núcleo, junto com Juazeiro, da RIDE
Polo Petrolina e Juazeiro. A essas, somam-se, por sua população e
importância econômica, três municípios integrantes da Grande
Salvador: Camaçari, Lauro
de Freitas e Simões
Filho; e os municípios interioranos de Alagoinhas, Eunápolis, Jequié, Teixeira de Freitas, Porto
Seguro e Paulo Afonso.
Parte mais antiga e primeiro
núcleo de riqueza açucareira da América Portuguesa, recebeu a Bahia imenso
contingente e enorme influência de trabalhadores
compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para seus
engenhos e fazendas, em especial do Golfo
da Guiné, das antigamente chamadas costas dos escravos, da pimenta, do
marfim e do ouro, no oeste africano, com destaque para o país iorubá e
o antigo reino de Daomé. Diferentemente disso, muito depois,
o Rio de Janeiro recebeu escravos de Angola e Moçambique.
Assim, a influência dacultura africana na Bahia permaneceu alta na música, na culinária,
na religião,
no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e Recôncavo baiano, mas, principalmente, em toda a
costa baiana. Um dos símbolos mais importantes do estado é a da negra com o
tabuleiro de acarajé, vestida de turbante, colares e brincos dourados,
pulseira, saias compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano da
costa, a típica baiana.
Foi na Bahia, entre Santa Cruz de Cabrália e Porto
Seguro, que a frota de Pedro Álvares Cabral ancorou, no ano de 1500, marcando o descobrimento do Brasil pelos europeus. Em 1º
de novembro de 1501, o navegante florentino Américo Vespúcio, a serviço da Coroa
portuguesa, descobriu e batizou a Baía de Todos-os-Santos, maior reentrância de mar no
litoral desde a foz doRio
Amazonas até o estuário do Rio da Prata. A povoação formada nessas
margens tornou-se a primeira sede do governo-geral em
março de 1549 com
a chegada do fidalgo Tomé
de Sousa, a mando do rei D. João III de Portugal para fundar a que seria,
pelos próximos 214 anos, a cidade-capital da América Portuguesa.
É conhecida como Terra da
Felicidade por causa de sua população alegre e festiva[13]. Possui um alto
potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o
maior do Brasil, da Chapada Diamantina, do Recôncavo e de outras belezas naturais e
de valor histórico e cultural.
Apesar de ser a sexta maior economia do Brasil, com o produto interno bruto superior a 100 000
000 000 de reais, são pouco mais de 9 000 reais de PIB per
capita. Isso gera um quadro em que a renda é mal
distribuída, se refletindo no Índice de Desenvolvimento Humano:
0,742 em 2005, o nono menor do Brasil, equivalente ao Índice de Desenvolvimento
Humano de 2005 do Sri Lanca.
Topônimo
Os topônimos "Bahia" e
"Baía" são uma referência à Baía de Todos os Santos, a qual deu o nome,
originalmente, à Capitania da Baía de Todos os
Santos. A capitania foi transformada, em 1821, em Província da Baía. Em
1889, a Província da Baía tornou-se o atual Estado da Baía. "Bahia" é
grafia portuguesa antiga para "baía", a qual se conservou, no Brasil,
por uma questão de tradição. Em Portugal, no entanto, se utiliza,
preferencialmente, o termo moderno "Baía".
Subdivisões
A Bahia, assim como todos os
outros estados brasileiros, está politicamente dividida em municípios.
Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia o quarto
maior estado segundo a quantidade de municípios.
O Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) divide as unidades federativas do Brasil em meso e microrregiões para
fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos
socioeconômicos. Deste modo, há sete mesorregiões e 32 microrregiões no estado.
Uma outra divisão, desta vez para
fins de coordenação de ações de promoção turística, o Programa de Desenvolvimento do
Turismo (PRODETUR) subdividiu o território baiano em zonas turísticas,
as quais são Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do
Dendê, Costa do Cacau, Costa das Baleias, Costa do Descobrimento,
Caminhos do Oeste, Chapada Diamantina e Lagos do São
Francisco.
Até meados da década de 2000, o
Governo da Bahia agrupava os municípios baianos segundo características
econômicas, formando as regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste,
Serra Geral, Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco,
Baixo-médio São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte
da Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi substituída
pelos 26 Territórios de Identidade, a saber: Irecê, Velho Chico, Chapada
Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Itapetinga, Vale do
Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano, Bacia do Paramirim, Sertão
Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Piemonte da Diamantina,
Semiárido Nordeste II, Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte, Portal do Sertão,
Vitória da Conquista, Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente,
Itaparica, Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador[17].
A Bahia também é repartida em 26
partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que, para gestão
das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, criou as 26 regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de
Planejamento e Gestão das Águas (RPGA)[18].
Geografia
A Bahia é o quinto estado do país em extensão
territorial e equivale a 36,3% da área total do Nordeste brasileiro e 6,64% do
território nacional. Da área de 567 295,67 km², cerca de setenta por cento encontram-se na
região do semiárido. O seu litoral é o maior entre os estados
brasileiros, com 1 183 quilômetros. Possui famosas praias, como a Praia
de Itapuã, diversas vezes homenageada em músicas e poesias.
Hidrografia
O principal rio é o São Francisco, que corta o estado na direção
sul-norte. Com importância análoga, os rios
Paraguaçu - maior rio genuinamente baiano - e o de Contas - maior bacia situada apenas no estado -, que se
somam aos rios Jequitinhonha, Itapicuru, Capivari, Rio Grande, entre outros, compõem um total de
dezesseis bacias hidrográficas.
O estado encontra-se com 57,19%
de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[20]
Em março de 2009, através da
resolução número 43 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) o estado
foi dividido em 26 regiões, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das
Águas (RPGA).[18]
Regiões de Planejamento e Gestão
das Águas (RPGA):
Relevo
Seu território está situado na
fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracterizado pela presença de planícies, planaltos, e depressões e as formas tabulares e
planas (chapadas, chapadões, tabuleiros). As altitudes da Bahia são modestas,
de modo geral: o território baiano possui uma elevação relativa, já que 90% de
sua área está acima de duzentos metros em relação ao nível
do mar. Os pontos mais elevados na Bahia são o Pico
do Barbado, com 2 033,3 metros, localizado na Serra dos Barbados, entre os
municípios de Abaíra e Rio do
Pires e o Pico das Almas, com 1 836 metros, localizado entre
os municípios de Érico Cardoso, Livramento de Nossa Senhora e Rio de
Contas, na Serra das Almas.
O planalto e a baixada são
as suas duas grandes unidades morfológicas bastante caracterizadas.
Os chapadões e as chapadas
presentes no relevo mostram que a erosão trabalhou
em busca de formas tabulares. Um conjunto de chapadões situados a oeste recebe,
na altura do estado, o nome deEspigão
Mestre.
Os planaltos ocupam
quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam rios vindos da Chapada Diamantina, da serra do Espinhaço, que nasce no centro de Minas
Gerais, indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de
formato tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto semi-árido,
localizado no sertão brasileiro, caracterizado por baixas altitudes.
As planícies estão situadas na região litorânea,
onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali, surgem praias, dunas, restingas e
até pântanos.
Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos
relativamente férteis, onde aparecem colinas que se
estendem até o oceano.
As planícies aluviais se formam a partir dos rios
Paraguaçu, Jequitinhonha, Itapicuri, de Contas, e Mucuri,
que descem da região de planalto, enquanto o rio São Francisco atua na formação do vale do São Francisco, onde o solo apresenta
formação calcária.
Um único recorte no litoral
baiano, determina o surgimento do Recôncavo baiano, cuja superfície apresenta solo
variado, sendo muito pouco fértil em algumas áreas, enquanto em outras a
fertilidade é favorecida pela presença do solo massapê,
formado por terras de origem argilosa.
Ao norte, o limite é o Rio São Francisco, no município de Curaçá,
divisa com Pernambuco. Sendo a latitude 8º
32' 00" e a longitude 39º 22' 49". Ao sul, o limite extremo é a barra do Riacho Doce, no município
de Mucuri,
na divisa com o Espírito Santo. Sendo a latitude 18º 20'
07" e a longitude 39º 39' 48". No leste, o ponto extremo
é a barra do Rio Real, no município de Jandaíra,
na divisa com oOceano Atlântico. Sendo a latitude 11º 27'
07" e a longitude 37º 20' 37". O ponto extremo do oeste é o divisor
de águas, no município de Formosa do Rio Preto, divisa com o Tocantins.
Sendo a latitude 11º 17' 21" e a longitude 46º 36' 59". O centro
geográfico do Estado fica na cidade de Seabra, na Praça Luiz Acosta, defronte
ao prédio dos Correios. Coordenadas 12º 25.098 S e 41º48.105 W (informação
Google Earth).
Clima
Devido à sua latitude, o clima
tropical predomina em toda a Bahia, apresentando temperaturas
elevadas, em que as médias de temperatura anuais,
em geral ultrapassam os 30 °C, entretanto na serra do Espinhaço as temperaturas são mais
amenas e agradáveis. Também se encontra o clima tropical de atitude em cidades
da Chapada Diamantina (Piatã 1268
m) e no sudoeste do estado (Vitória da Conquista 923 m até 1100 m).
Contudo, no sertão, o clima é o semiárido, em que os índices pluviométricos são
bastantes baixos, sendo comuns os longos períodos de seca.
Há distinções apenas quanto aos
índices de precipitação em cada uma das
diferentes regiões. Enquanto que no litoral e na região de Ilhéus, a umidade é
maior, e os índices de chuvas podem ultrapassar os 1 500 mm anuais,
no sertão pode não chegar aos quinhentos mm anuais.
A estação das chuvas é
irregular, consequentemente podendo falhar totalmente em certos anos,
desencadeando a seca, que é mais marcante no interior, com exceção para região
do vale do
rio São Francisco.
Vegetação
Fitogeograficamente, possui três
grandes formações vegetais: a caatinga, a vegetação predominante,
a floresta tropical úmida e cerrado. A caatinga se localiza em toda a região norte, na
área da depressão do São Francisco, e na serra do Espinhaço, deixando para o cerrado
apenas a parte ocidental e para a floresta tropical úmida, o sudeste.
A floresta tropical úmida sofreu
forte impacto da exploração antrópica, em que se devastou madeiras
de lei. Nesses locais, vem ocorrendo o reflorestamento com
o eucalipto.
Ecologia
Foram criadas 36 áreas de proteção ambiental (APAs),
totalizando 128 unidades de conservação cadastradas no
estado, instituídas por decretos e portarias federais, estaduais e municipais.
A incidência das APAs se deve a sua adequação e orientação às atividades
humanas sendo mais flexíveis. Considerando os diferentes biomas, cerrado, caatinga e floresta (Mata
Atlântica), constata-se que com maior percentual de unidades de conservação
encontra-se em áreas de florestas devido à sua fragmentação e estado de degradação. As Reservas Particulares (RPPN)
surgem como opção de preservaçãototalizando 46 unidades.
Além dessas formas de estabelecer áreas protegidas, há os parques
estaduais e nacionais, também protegidas por lei. São sete nacionais (Marinho dos Abrolhos, Chapada Diamantina, Descobrimento,Grande Sertão Veredas -
também localizado em Minas Gerais -, Monte Pascoal e Nascentes do Rio Parnaíba -
também localizado no Piauí, Maranhão e Tocantins -
e Pau Brasil) e três
estaduais (Serra do Conduru, Morro do Chapéu e Sete Passagens).
Entretanto, nem sempre o meio
ambiente está livre de poluição na
Bahia. Acidentes e crimes
ambientais como queimadas, contaminação por metais pesados e derramamento
de petróleo e de outros derivados de combustíveis fósseis são alguns dos
principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia
de Caípe, no município de São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5metros
cúbicos de óleo provenientes da Refinaria Landulpho Alves, provocando não
só impactos ambientais como econômicos.[21]
Demografia
De acordo com estimativas de 2007
do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, a Bahia é o quarto estado brasileiro mais
populoso e o 15º mais
povoado, com uma população de 14 080 654 habitantes distribuída em 567
295,7 km² resultando em 24,93 hab./km². Se fosse um país, a Bahia seria o 65º em população, entre o Camboja (64º:
14 132 398 hab.) e o Equador (65º: 13 752 593 hab.) e149º em densidade demográfica, entre a República Democrática do Congo (148º:
25 hab./km²) e o Moçambique (149º: 24 hab./km²) e à frente do Brasil
(150º: 21 hab./km²).
Em relação aos ciganos, a Bahia
é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo
pesquisa inédita do IBGE.[22]
Etnias
A Bahia é o centro da cultura afro-brasileira e
boa parte da sua população é de origem africana, com
uma maior porcentagem de pardos, seguidos por brancos, pretos e ameríndios.
Um estudo genético realizado no Recôncavo Baiano confirmou o alto grau de
ancestralidade africana na região. Foram analisadas pessoas da área urbana dos
municípios de Cachoeira e Maragojipe,
além de quilombolas da área rural de Cachoeira. A
ancestralidade africana foi de 80,4%, a europeia 10,8% e a indígena 8,8%.[24]
Um estudo genético realizado na
população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a
africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%). O estudo
também concluiu que indivíduos que possuem sobrenome com conotação religiosa
tendem a ter maior grau de ancestralidade africana (54,9%) e a pertencer a
classes sociais menos favorecidas.[25]
Populações indígenas
As populações indígenas localizados na
Bahia pertencem, em grande maioria, ao tronco
linguístico macro-jê. Dentre elas, estão os grupos indígenas Pataxó, Pataxó-hã-hã-hãe, Quiriri e o
extinto Camacã.
Grande parte dos índios vem perdendo o hábito do idioma materno, passando a falar a língua portuguesa. As tribos e aldeias indígenas
estão bastante distribuídas pela Bahia em terras e reservas indígenas
De acordo com informações da
ANAÍ-Bahia e da FUNAI,
os pataxós vivem,
principalmente, na costa do Atlântico
Sul, no municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Prado e Itamaraju; os pataxós-hã-hã-hães vivem no sudeste baiano
nas Áreas Indígenas Fazenda Baiana e Caramuru/Paraguassu; os ribeirinhos tuxás vivem
nas margens do rio São Francisco no norte de Bahia, nas
Áreas Indígenas Ibotirama (município de Ibotirama),
Rodelas e Nova Rodelas (município de Rodelas), e
também em Pernambuco; os pancararés (Pankararé)
que vivem nas Áreas Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, localizadas ao norte
da Estação Ecológica Raso da Catarina,
nos municípios de Nova Glória e Glória; os índios quiriris (Kiriri)
moram na Terra Indígena Kiriri, entre os municípios de Ribeira
do Pombal eBanzaê, e na Área Indígena Barra à margem esquerda do São
Francisco, no município de Muquém de São Francisco; vizinhos a estes,
os caimbés (Kaimbé)
estão espalhados pela Área Indígena Massacará e pelas localidades de Muriti e Tocas, todas dentro do município de Euclides da Cunha; já os índios
tumbalalás vivem no antigo aldeamento do Pambu, também às margens do
São Francisco entre os municípios de Abaré e Curaçá;
os cantarurés (Kantaruré) habitando a Terra Indígena
Kantaruré da Batida, no município de Glória; a pequena etnia dos pancarus (Pankaru)
que habitam a Reserva Indígena Vargem Alegre, localizada ao norte da serra
do Ramalho, no município de Bom
Jesus da Lapa.[27]
Há também a presença dos tupinambás de Olivença em Ilhéus, Una e Buerarema, geréns, trucás (Truká ou Tur-Ká), aticuns-umãs (Aticum ou Atikim-Umã)
e Xukuru-Kariris. O território baiano foi habitado ainda
pelos sapuiás e camacãs.
É no sul da Bahia que está
localizada a Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia o índio
Galdino, que foi queimado vivo por jovens de classe média-alta num
ponto de ônibus de Brasília, em 1997.
Cidades mais populosas
A cidade mais populosa do estado
é Salvador (capital do estado, com
2 998 056 habitantes), que também é a terceira cidade brasileira mais
populosa, sendo seguida por Feira
de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro, Ilhéus, Itabuna, Camaçari, Barreiras, Jequié, Lauro
de Freitas, Teixeira de Freitas e Porto
Seguro.
Pontos turísticos
Outra principal indústria é o
turismo, ao longo da costa da Bahia, que é o estado brasileiro com o maior
litoral, as bonitas praias e os tesouros culturais fazem-lhe um dos principais
destinos turísticos do Brasil. Além da ilha
de Itaparica e Morro de São Paulo, há um grande número de
praias entre Ilhéus e Porto
Seguro, na costa sudeste, o norte litoral da área de Salvador, esticando para a beira comSergipe,
transformou-se um destino turístico importante, o qual ficou conhecido como Linha Verde. A Costa
do Sauípe contém um dos maiores hotéis-resorts do Brasil.
No ecoturismo, se destaca a Chapada Diamantina. Região apontada por
entidades turísticas, brasileiras e estrangeiras, como melhor destino do País.
Segundo a pesquisa Hábitos de
Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo Vox Populi em
novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros,[59] já que
21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo
estado. A vantagem é grande para os demais, Pernambuco,
com 11,9%, e São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em
segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas.
Religião
O catolicismo é
a religião dominante no estado, e também a primeira forma organizada de culto
que se introduziu no país, desde a celebração da primeira missa no Brasil.
Em Salvador foi erguida a primeira igreja em solo brasileiro, graças à Catarina Paraguaçu, onde hoje é o bairro da Graça. A capital baiana possui centenas de templos
católicos, sendo a cidade a sede do governo católico no país, morada doArcebispo Primaz. A padroeira do
estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia,
cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso é o culto ao Senhor do
Bonfim, sendo considerado popularmente como padroeiro.[60] Possui
ainda centro de peregrinação de Bom
Jesus da Lapa, alvo de romarias anuais, além das igrejas seculares do Recôncavo
com suas novenas. Possui a Arquidiocese de Vitória da
Conquista,Arquidiocese de Feira de Santana entre
outras. Ressalta dentro do catolicismo as figuras das freiras Joana
Angélica, Irmã Dulce e Irmã Lindalva.
O sincretismo,
entretanto, com as religiões de origem africana, que
na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a
misturar o candomblé com o catolicismo (como aIrmandade da Boa Morte e a Irmandade dos Homens Pretos) e outras
variantes cristãs. Surgiu ali, então, religiões mistas, como o Cabula e a Umbanda.
Sobressai, neste campo, a figura cultuada de Mãe Menininha do Gantois, e os terreiros como o Opo Afonjá, além de toda uma cultura que permeia
as crenças do povo baiano.
Desde o início do século XX, a
Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na
fundação do Colégio Dois de Julho e na presença de
missionários como Henry John McCall. Hoje, todo o estado testemunha
o crescimento das múltiplas denominações cristãs.
Personalidades
A Bahia é o berço de
personalidades nacionais e internacionais, tais como:
§ O diplomata e advogado Ruy Barbosa,
importante jurista brasileiro;
§ O jurista Augusto Teixeira de Freitas,
responsável por um dos esboços do código civil brasileiro que influenciou os
códigos civis da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.
§ O escritor Jorge Amado,
que é um dos escritores com mais livros traduzidos no mundo.
§ O cantor e compositor Dorival
Caymmi.
Na pintura, destaca-se o famoso Mário
Cravo com obras espalhadas pelo Brasil, além de Carybé, Sante
Scaldaferri, Lucília Fraga, Prisciliano
Silva e Mendonça Filho.
Na música, os
exemplos mais conhecidos são João
Gilberto (criador da Bossa Nova)[61], Gilberto
Gil, Caetano Veloso, Maria
Bethânia, Gal Costa, Tom Zé, Assis
Valente, Simone,
na MPB; Margareth
Menezes, Daniela Mercury, Ivete
Sangalo no axé; Raul Seixas, Pitty,Pepeu Gomes, Marcelo
Nova e Dinho, do Mamonas Assassinas, no rock; no brega, Anísio
Silva e Waldick Soriano; era baiano Xisto Bahia,
o primeiro cantor a ter sua obra gravada em disco no país, como também é da
Bahia um dos maiores estudiosos de nossa música popular, Ricardo Cravo Albin.
Nos esportes,
destacam-se Tony Kanaan (campeão da Fórmula Indy), Dida, o ex-goleiro da Seleção de Futebol, jogador
de futebol da seleção brasileira e atualmente no Barcelona Daniel
Alves, Popó, pugilistacampeão
mundial em duas categorias do boxe, o lutador de MMA Antônio Rodrigo Nogueira e seu irmão
gemeo também lutador de MMA Rogério Nogueira, Ricardo, formando dupla com Emanuel,
conquistaram a inédita medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas-2004 no vôlei
de praia[62] e
o ex-jogador de futebol da seleção brasileira tetra campão Bebeto.
Nas artes
cênicas (teatro, cinema e televisão)
estão importantes atores como Lázaro
Ramos, Priscila Fantin, Wagner
Moura, Regina Dourado, Zéu
Britto, Giovanna Gold, Othon
Bastos, Antonio Pitanga o humorista Claudio
Manoel e o cineasta Glauber
Rocha.
Dentre modelos,
pode-se citar Adriana Lima, Ingra
Liberato, esta última também atriz, e a eterna Miss Brasil Martha
Rocha e a miss Universo 1968 Martha Vasconcellos.
Na política,
desde os tempos do Império,
diversos baianos se destacaram no cenário nacional, como o Marquês de Abrantes,Visconde do Rio Branco, Luís
Viana, Cezar Zama, Hermes Lima, Antônio Carlos Magalhães,Antônio Carlos Magalhães Neto, Newton
Cardoso e o ex-presidente Itamar
Franco, dentre outros tantos.
Na literatura,
é grande a contribuição cultural baiana, desde os inícios das letras no país,
com Gregório de Matos e Frei Vicente do Salvador; Castro
Alves, Jorge Amado,Afrânio
Peixoto, Dias Gomes, Luís Gama, Adonias
Filho, João Ubaldo Ribeiro, Emídio Brasileiro e muitos outros.
Ligações externas
§ Governo da Bahia (em português)
§ Bahia.com.br (em português)
§ Bahiatursa (em português) órgão oficial de turismo da Bahia.
§ Atlas
digital da Bahia (PDF) (em português) dados sobre municípios baianos,
inclusive com mapas detalhados.
§ Dicionário
de Baianês (em português)
Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil.[5] e
tem como limites os estados do Mato Grosso do Sul (noroeste), São Paulo (a
norte e leste) e Santa Catarina (sul), além da Argentina(sudoeste),
do Paraguai (oeste)
e do oceano Atlântico (leste).[6] Está
situado na região Sul do país[5].
Ocupa uma área de 199 880 km²,[7] pouco
menor que a Romênia, país ao qual o estado brasileiro tem um formato
semelhante.[8] Sua
capital é Curitiba[9]. Dispõe de
399 municípios, organizados em 39 microrregiões e 10 mesorregiões.[10] Suas cidades
mais populosas são Curitiba,Londrina, Maringá, Ponta
Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz
do Iguaçu e Toledo.[11]
O Paraná, cujo território abrange
toda a extensão da antiga República do Guairá à época do Império Espanhol, era a província mais nova do Império do Brasil, desmembrada da de São Paulo em1853,[12] tendo
como primeiro presidente o senhor Zacarias de Góis e Vasconcelos.[12] Foi
criada como punição pela participação dos paulistas na Revolta Liberal de 1842.[12] É
também o mais novo estado da Região Sul do Brasil,[12] logo
depois do Rio Grande do Sul (1807) e Santa Catarina
(1738). O estado é historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheiraisespalhados
pela porção sul planáltica,[13] onde
o clima é subtropical úmido, como nos estados de
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul[14] enquanto
o resto do Brasil é tropical.[14] A
espécie predominante na vegetação é a Araucaria angustifolia.[15] Os
ramos dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos adotados em 1947.[16] Atualmente,
esse ecossistema encontra-se
muito destruído devido à ocupação humana.[17]
Seu relevo é dos mais expressivos do Brasil:
52% do território ficam acima dos 600 m e apenas 3% abaixo dos 300 m. Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri são
os rios mais importantes. O clima é temperado.[14][18] A
economia do estado se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, tomate, mandioca), na
indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo
vegetal (madeira e erva-mate).[19] De
acordo com o PIB, o Paraná é o quinto estado mais rico do Brasil, atrás de São
Paulo, Rio de Janeiro,Minas
Gerais e Rio Grande do Sul.[20] O
Paraná tem um setor agropecuário bastante
diversificado e altamente produtivo, além de um setor
industrial crescente.[21][22] É o
maior estado produtor nacional de milho e de soja e o segundo de
cana-de-açúcar.[23]
O nome do estado é derivado do rio
que delimita a fronteira oeste de seu território, onde ficava o salto de Sete Quedas (hoje submerso pela
represa da Usina Hidrelétrica de Itaipu) na
divisa com Mato Grosso do Sul, já na Região Centro-Oeste,[24] e
com o Paraguai.
O rio Paraná nasce da confluência dos rios Paranaíba e Grande, quase no extremo oeste de Minas
Gerais.[25]
Etimologia
O nome do estado é derivado do
nome indígena dado ao rio em tupi: pa'ra =
"mar" mais nã = "semelhante, parecido". Paraná é,
portanto, "semelhante ao mar, rio grande, parecido com o mar";
naturalmente pelo seu tamanho. O potamônimo[26] passou
a designar a região, que se tornou província autônoma em 1853 e estado em 1889. A pronúncia Paranã era
encontrada até há pouco tempo.[27][28]
Os habitantes naturais do Estado
do Paraná são denominados paranaenses.[29] Não
existe o gentílico no feminino do plural nem do singular,
portanto é neutro nas duas flexões gramaticais de gênero e número, por exemplo:
"o paranaense e a paranaense; os paranaenses e as paranaenses".[30]
Geografia
O Paraná é uma das 27 unidades federativas do
Brasil, localizado a norte da região Sul, tendo como limites fazendo
fronteiras com os estados de São Paulo, Santa
Catarina, Mato Grosso do Sul e dois países: Paraguai e Argentina.[49] A
área do estado é de 199 314,850 km²[50] (algumas
fontes indicam 199 709,1 km²), equivalente a 2,34% do território
brasileiro, onde 1 603,770 km² estão em perímetro urbano.[51]
Cerca de 52% do território do
Paraná encontram-se acima de 600m e 89% acima de 300 m; somente três por cento
ficam abaixo de 200 m. O quadro morfológico é
dominado por superfícies planas dispostas a grande altitude,
compondo planaltos que formam as serras do Mar e Geral. Cinco unidades de relevo sucedem-se de
leste para oeste, na seguinte ordem: baixada litorânea, serra do
Mar,planalto cristalino, planalto paleozóico e planalto basáltico.[52]
Solos
40% do território, no norte paranaense,
está coberto pela terra roxa, o solo mais fértil do Brasil. Ela foi a
responsável pela expansão da cultura do
café, no estado, a partir de 1920. Tanto os solos
das matascomo
os dos campos são
pobres. Nestes últimos, entretanto, estão sendo usadas técnicas modernas para
seu melhor aproveitamento.[53]
Clima
Três tipos climáticos
caracterizam o estado do Paraná: os climas Cfa, Cfb e Cwa da classificação de Köppen.[54] O
clima Cfa, subtropical com
chuvas bem distribuídas durante o ano[55] e
verões quentes,[56][57] ocorre
em duas partes distintas do estado, na planície litorânea
e nas porções mais baixas do planalto, isto
é, em sua porção ocidental.[54] Registra temperaturas médias anuais de
19 °C epluviosidade de 1.500mm anuais,[58][59] algo
mais elevada na costa que no interior.[54]
O verão costuma
ser quente e chuvoso em todo o estado. As áreas baixas do oeste e a Baixada Litorânea têm
verões extremamente quentes, registrando facilmente temperaturas levemente
acima de 35 °C. Os termômetros chegam comumente a valores superiores a
40 °C no vale do Rio Paraná, acima dos 35 °C no oeste e noroeste e
acima dos 30 °C no sudoeste. Até mesmo Curitiba pode
registrar temperaturas em torno dos 30 °C.[60]
No inverno a maritimidade evita
o frio excessivo no leste. Por isso temperaturas negativas são muito mais
comuns no lado ocidental do estado, até mesmo em municípios de baixa altitude
como Foz do Iguaçu. As geadas são frequentes,
principalmente nas áreas elevadas nos arredores de Guarapuava, Palmas e União da Vitória. Pequenas nevadas ocorrem uma ou
outra vez. Em eventos extremos (como julho de 1975) pode nevar em praticamente
todo a área meridional do estado. Todavia o inverno não é frio sempre e até
mesmo tende a ter mais períodos amenos que frios propriamente dito,
intercalados por alguns dias de, aí sim, frio intenso, principalmente após as frentes
frias que são massas de ar vindas do Polo Sul. As
menores temperaturas do estado costumam ocorrer no interior do município de
Palmas, que além de ser o ponto mais ao sul do estado (26°S), é uma das áreas
mais elevadas também (entre 1200m e 1400m).[61] Nesta
região as temperaturas são estimadas para já terem alcançado patamares
inferiores a até -12 °C, visto que a estação do INMET na cidade (que fica a
1100 m de altitude) registrou -11,5 °C em julho de 1975 no município de
Palmas e o recorde de temperatura mínima do estado.[62]
Vegetação
Dois tipos de vegetação ocorrem
no Paraná: florestas e campos. As
florestas subdividem-se em tropicais e subtropicais. Os campos, em limpos e
cerrados. A floresta tropical é parte da mata
atlântica, que recobria toda a fachada oriental do país com suas formações latifoliadas.
No Paraná, ocupava primitivamente uma área equivalente a 46% do estado, aí
incluídas as porções mais baixas (baixada litorânea, encostas da serra do Mar,
vales do Paraná, Iguaçu, Piquiri e Ivaí) ou de menor latitude (toda a parte
setentrional do estado).[63]
A floresta subtropical é uma floresta mista,
composta por formações de latifoliadas e de coníferas.
Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que não aparece em
agrupamentos puros. A floresta mista ou mata dos pinheiros recobria as porções
mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto cristalino, a porção
mais oriental do planalto basáltico e pequena parte do planalto paleozóico.
Essa formação ocupava 44% do território paranaense e ainda parte dos estados de
São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente, das florestas do
país é a que sofre maior exploração econômica, por ser a única que apresenta
grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em
agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir fácil
extração.[63]
Os campos limpos ocorrem sob a forma de
manchas esparsas através dos planaltos paranaenses. A mais extensa dessas
manchas é a dos chamados campos gerais, que recobrem toda a porção
oriental do planalto paleozóico e descrevem imensa meia-lua no mapa de
vegetação do estado. Outras manchas de campo limpo são as de Curitiba e Castro, no planalto cristalino, as de Guarapuava, Palmas
e outras, menores, no planalto basáltico. Os campos limpos ocupam cerca de nove
por cento do território paranaense. Os campos
cerrados têm pouca expressão no Paraná, onde ocupam área muito
reduzida — menos de um por cento da superfície estadual. Formam pequenas
manchas no planalto paleozóico e no planalto basáltico.[63]
Hidrografia
A rede de drenagem compreende
rios que correm diretamente para o litoral e rios que correm para oeste,
tributários do Paraná. Os primeiros têm cursos pouco extensos, pois
nascem a pequena distância da costa. Os mais longos são os que se dirigem para
o estado de São Paulo, onde vão engrossar as águas do rio Ribeira de Iguape. A maior parte da
superfície estadual fica, assim, sob domínio dos tributários do
rio Paraná, dos quais os mais extensos são o Paranapanema,
que faz o limite com São Paulo, e o Iguaçu,
que faz, em parte, o limite com Santa Catarina e Argentina. O rio Paraná
assinala os limites ocidentais do estado, a separá-lo de Mato Grosso do Sul e
do Paraguai. Mais ao sul, o rio Iguaçu desce também do planalto basáltico em
direção à mesma garganta. Forma então os saltos do Iguaçu, que não foram afetados pela
construção da barragem, por situar-se Itaipu a montante da confluência dos dois
rios.[64]
Ecologia
No Paraná, segundo o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade existem 29 unidades de conservação, sendo 5 parques
nacionais, 2 estações ecológicas, 3 florestas
nacionais, 2 áreas de proteção ambiental, 1 refúgio de vida silvestre e 14 reservas biológicas, além de 14 reservas particulares do
patrimônio natural.[65]
Quinze das vinte e nove unidades
de conservação administradas pelo governo
brasileiro, através do IBAMA,
órgão vinculado pelo Ministério do Meio Ambiente, são oParque Nacional do Iguaçu, (em Foz
do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia e Céu Azul),[66] o Parque Nacional de Ilha Grande (em Altônia,São Jorge do Patrocínio, Vila Alta e Icaraíma),[67] o Parque Nacional do Superagui (em Guaraqueçaba, Paranaguá e Antonina),[68] o Parque
Nacional dos Campos Gerais(em Ponta
Grossa, Castro e Carambeí),[69] o Parque Nacional de
Saint-Hilaire/Lange (em Matinhos, Guaratuba,
Paranaguá e Morretes),[70] a Floresta
Nacional de Açungui(em Campo Largo),[71] a Floresta
Nacional de Irati, (em Teixeira
Soares e Fernandes Pinheiro),[72] a Floresta Nacional de Piraí do Sul (em Piraí
do Sul),[73] a Área
de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba (em Guaraqueçaba, Antonina e
Paranaguá),[74] a Área
de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, (em Diamante
do Norte, Marilena, Nova
Londrina, Porto Rico, Querência do Norte e São Pedro do Paraná),[75] a Estação
Ecológica de Guaraqueçaba (em Guaraqueçaba),[76] a Estação
Ecológica da Mata Preta (em Clevelândia e Palmas)[77] a Reserva Biológica das Perobas (em Tuneiras
do Oeste e Cianorte),[78] a Reserva
Biológica das Araucárias (emImbituva, Ipiranga e Teixeira
Soares)[79] e
o Refúgio de Vida
Silvestre dos Campos de Palmas (em Palmas e General Carneiro).[80]
Fauna
§ Terrestre: Dos
animais que vivem nas matas e nos campos destacam-se: anta ou tapir, guará, guaraxaim, caititu, bugio, onça, gato-do-mato, jaguatirica, tatu, paca, veado, quati, cobras (jararaca,cascavel, jararacuçu e urutu), etc. Das
aves, umas destacam-se pela beleza de suas plumagens: papagaio, tucano, gralha, pica-pau, bem-te-vi,
etc. Outras são conhecidas pelo canto: canário-da-terra,pintassilgo e sabiá. Outras,
ainda destacam-se pelo porte: jacu, jacutinga, pomba silvestre, perdiz, codorna, inhambu, curucaca, socó, garça e
tantas mais. A gralha-azul, desconhecida por muitos paranaenses, foi
declarada ave-símbolo do Paraná, pela Lei Estadual nº 7.957, de 21 de novembro
de 1984.[81]
§ Anfíbia: Muitos dos
animais vivem tanto em terra como na água, entre os quais: capivara, cágado, tartaruga-marinha, lontra, ariranha e
o próprio jacaré,
este encontrado no rio Paraná e alguns rios do litoral.[82][81]
§ Aquática: Da fauna
fluvial destacam-se os peixes: jaú,
dourado, pintado e
o surubim,
encontrados no Rio Paraná e seus afluentes. Da
fauna marinha temos: pescada, tainha, robalo, linguado e tantos outros peixes, bem como o boto, que é um
mamífero.[81][83]
Demografia
Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, o
Paraná contava 10 439 601 habitantes, sendo o sexto estado mais
populoso do Brasil, representando 5,47% da população brasileira.[2][85]Segundo o
mesmo censo, 5 128 503 habitantes eram homens e 5 311 098 habitantes
eram mulheres.[2] Ainda
segundo o mesmo censo, 8 906 442 habitantes viviam na zona urbana e 1 533 159 na zona rural.[2] Em
dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 9,27%.[86]
Em relação ao ano de 1991, quando
a população era de 8 443 299,[87] esses
números mostram uma taxa de crescimento anual de 1,4%, inferior a do Brasil
como um todo (1,6% para o ano de 2000).[88] Segundo
o censo de 2000, o Paraná é o sexto estado
mais populoso do Brasil e concentrava 5,63% da população brasileira.[88] Do
total da população do estado, 4 826 038 habitantes são
mulheres e 4 737 420 habitantes são homens.[89] Para
2000, a estimativa é de 9 558 454 habitantes.[90] Cerca
de 85,3% dos habitantes do estado moram nas cidades.[91]
Esse crescimento é explicado não
só pelo aumento natural da população paranaense, mas também pela entrada de
colonos vindos principalmente de São Paulo, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Minas
Gerais, atraídos, pelos solos férteis de matas ainda virgens.[92]
A densidade demográfica no estado, que é
uma divisão entre sua população e sua área, é de 52,37 habitantes por
quilômetro quadrado, sendo a décima
segunda maior do Brasil e com uma densidade comparada à do país
africano Burkina Faso.[93] A
maior parte da população do estado se concentra na Mesorregião Metropolitana de
Curitiba, que corresponde à região leste paranaense, com mais de 30% da
população paranaense.[94]
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M)
do estado, considerado médio pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,820, sendo osexto maior do Brasil e
o menor da Região Sul.[95] Considerando
apenas a educação, o índice é 0,913 (o
brasileiro é 0,849); o índice de longevidade é 0,809 (o
brasileiro é 0,638) e o índice de renda é 0,739.[95] A renda
per capita é de 16 928 reais.[96] Entre
1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral
quanto na educação, longevidade e renda, critérios
utilizados para calcular o índice.[97] A
educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,778 em 1991 para
0,879 em 2000, e em 2005 o valor passou a ser 0,913.[97] Depois
da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,678, passando
para 0,747 em 2000 e 0,809 em 2005.[95][97] E,
por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991 (0,678) e 2000
(0,736),[97] subindo
para 0,739 em 2005.[95]Quanto
ao IDH-M, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi
significativa, passando de 0,711 em 1991 para 0,787 em 2000, e em 2005 o valor
passou para 0,820, saindo da categoria de médio IDH e atingindo o patamar de Índice de Desenvolvimento Humano elevado.[97][95] O
município com o maior IDH é Curitiba, capital do estado, com um valor de 0,856, enquantoOrtigueira, situado na Mesorregião do Centro
Oriental Paranaense, tem o menor valor (0,620).[98]
O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,47, sendo que
1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[99] A
incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 39,07%, o limite inferior da
incidência de pobreza é de 35,86% o superior é 42,27% e a
subjetiva é 25 47%.[99]
A imigração europeia imprimiu à
fisionomia étnica do Paraná uma notável variedade de idiomas e em
alguns lugares do Paraná, como no município de Castro e arredores, se fala somente o neerlandêse em algumas outras regiões do estado
se fala somente o alemão, italiano, ucraniano, polonês e
até o japonês, sem contar as línguas nativas de tribos
indígenas.[100]
Subdivisões
O Paraná é dividido em dez mesorregiões, 39 microrregiões e 399 municípios, segundo o IBGE.[128] Surgiu
como unidade administrativa em 1853 com duas cidades, sete vilas, seis
freguesias e quatro capelas curadas, sendo o município mais antigo, Paranaguá,
fundado em 1648, e o último desse período foi Araucária, criado em 1890.[129] Com
a Independência do Brasil as províncias foram organizadas em 1823 e
nesse ano o território já pertencia à Capitania de São Paulo.[130] Durante
todo o período republicano do Brasil o estado passou de dezenove localidades
para 399 municípios que a partir da constituição de 1988 passaram
a serem unidades constitutivas da união em patamar igual aos estados.[131]
Mesorregiões, microrregiões e
municípios
Uma mesorregião é uma subdivisão
dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica
com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para
fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou
administrativa. Oficialmente, as dez mesorregiões do estado são: Centro Ocidental Paranaense, Centro Oriental Paranaense, Centro-Sul Paranaense, Metropolitana de Curitiba, Noroeste Paranaense, Norte Central Paranaense, Norte Pioneiro Paranaense, Oeste Paranaense, Sudeste Paranaensee Sudoeste Paranaense.[132]
Já uma microrregião é, de acordo
com a Constituição brasileira de 1988, um
agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum, definidas por lei
complementar estadual. O Paraná é dividido em 39 microrregiões. Apucarana, Assaí, Astorga, Campo Mourão, Capanema, Cascavel,Cerro Azul, Cianorte, Cornélio Procópio, Curitiba, Faxinal, Floraí, Ibaiti, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Goioerê, Guarapuava, Ivaiporã, Irati, Jacarezinho, Jaguariaíva, Lapa, Londrina,Maringá, Palmas, Paranaguá, Paranavaí, Pitanga, Pato Branco, Ponta Grossa, Porecatu, Prudentópolis, Rio Negro, São Mateus do Sul, Telêmaco Borba, Toledo, União da Vitória, Umuaramae Wenceslau Braz.[133] Ao
todo, o Paraná é dividido em 399 municípios.[134]
Regiões administrativas e
metropolitanas
Durante a década de 2010, por
sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e planejamento,
estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias
estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e microrregiões do Paraná.[135] As
vinte e duas regiões administrativas do estado são: Paranaguá, Curitiba, Ponta
Grossa, Jacarezinho, Cornélio Procópio, Londrina, Apucarana, Maringá,
Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Francisco Beltrão, Pato Branco,
Guarapuava, União da Vitória, Irati, Toledo, Ivaiporã, Laranjeiras do Sul,
Cianorte e Pitanga.[135]
Uma região metropolitana ou área
metropolitana é um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às
vezes, duas ou até mais) grande cidade central (uma metrópole),
e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam
aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e
cidades adjacentes, formando uma conurbação,
a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si, formando
uma imensametrópole, que na qual o centro está localizado na cidade
central, normalmente aquela que dá nome à região metropolitana. Oficialmente,
existem três regiões metropolitanas no Paraná: Curitiba, Londrina e Maringá.[136]
Cultura
Instituições e patrimônio
cultural
A Universidade Federal do Paraná foi
fundada em 1912,[246] e
a Pontifícia Universidade
Católica do Paraná, em 1959.[247] Dos
museus existentes no estado, o mais importante é o Museu
Paranaense, emCuritiba, fundado em 1876 pelo historiador Agostinho Ermelino de Leão, com coleções
históricas, etnográficas e arqueológicas, além de biblioteca.[248]
Outra instituição importante é o
Museu Coronel Davi Antônio da Silva Carneiro, também na capital.[249] Suas
coleções, como as do Paranaense, foram tombadas pelo Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional.[250] Seu
acervo possui peças arqueológicas, etnográficas e numismáticas.[249] Em Paranaguá,
dois museus atraem os visitantes: o Museu de Arqueologia e Artes Populares,
mantido pela Universidade Federal do Paraná e que funciona no antigo Colégio
dos Jesuítas, e o Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.[251]
O Patrimônio Histórico também
tombou, no estado, diversos monumentos de valor arquitetônico e histórico, como
a igreja matriz de São Luís, em Guaratuba,[252] a
igreja matriz de Santo Antônio, a casa histórica da praça Coronel Lacerda, a
casa onde morreu o general Carneiro, na rua Francisco Cunha, o pavimento
superior da Casa da Cadeia, em Lapa,[253] a
antiga residência jesuítica, na rua Quinze de Novembro, e a fortaleza de Nossa
Senhora dos Prazeres (ou da Barra), na ilha do Mel, em Paranaguá.[253]
Bibliotecas
As mais completas bibliotecas
estão em Curitiba: a Biblioteca Pública do Paraná,[254] a Biblioteca do Museu
Paranaense,[255] as
bibliotecas dos setores de Ciências Jurídicas e Ciências da Saúde daUniversidade Federal do Paraná[256] e
a Biblioteca Central do Campus da Pontifícia Universidade
Católica do Paraná em Curitiba.[257] Há
também bibliotecas especializadas,
como a do Instituto
Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, que possui um grande
acervo relacionado com tecnologias agrícolas,[258] e
a do Sindicato
e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, especializada em
assuntos relacionados com o cooperativismo.[259]
Festivais
Entre as festas religiosas, são
especialmente representativas a de Nossa Senhora da Luz, em Curitiba,[260] e
a de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá,
acompanhada de grande procissão.[261] Entre
as festas populares, sobressai a Congada da
Lapa, de origem africana e em homenagem a São
Benedito, na cidade de Lapa.[262] Várias
danças populares subsistem em localidades do interior: ocuritibano,
dança de roda aos pares, o quebra-mana, dança sapateada, a valsada, e o
nhô-chico, no litoral.[263] As
várias comunidades de origem europeia conservam danças, cantos e trajes de seus
países, sobretudo as de origem alemã.[253]
Pontos turísticos
Cortado de boas estradas e
pontilhado de bons restaurantes, o Paraná é um estado muito atraente para o turismo.[253][264] Merecem
a atenção do visitante a capital, com seus museus, jardins e universidades, o teatro Guaíra, o Passeio Público (com
o jardim zoológico),[265] os
monumentos históricos de Guaratuba, Lapa e Paranaguá, e principalmente a Estrada de Ferro
Curitiba-Paranaguá, uma das obras mais notáveis da engenharia brasileira.
Dos trens que a atravessam, descortina-se magnífico panorama que envolve ao
mesmo tempo paisagens da serra e do litoral.[264]
A ferrovia foi projetada, no
segundo reinado, por Antônio Rebouças, irmão
(prematuramente falecido) do engenheiro, monarquista e abolicionista André Rebouças.[266] Contra
a opinião de especialistas estrangeiros que o governo convidara a opinar, a
estrada, aberta ao tráfego em 1885,[267] foi
construída num traçado em linha de simples aderência.[264] Tem
111 km de extensão, 41 pontes e treze túneis,[267] doze
dos quais escavados na rocha viva, além do arrojado viaduto Vicente de
Carvalho, com 84m de extensão.[267] Muitas
dessas obras de arte, concebidas para vencer as passagens mais difíceis, ainda
são consideradas de grande audácia, para a topografia da
região.[264]
São numerosos os acidentes
naturais de interesse turístico no Paraná, como as formações rochosas de
arenito vermelho de Vila Velha, que parecem dólmens, nos
arredores de Ponta Grossa; as grutas calcárias de Campinhos, em Tunas
do Paraná, gruta da Lancinha (maior em biodiversidade do sul do Brasil em Rio
Branco do Sul, e do Monge, em Lapa;
as cataratas do Iguaçu, em Foz
do Iguaçu; oParque Nacional do Iguaçu, com sua
reserva florestal; a ilha do Mel, com sua bela praia, o farol, a
gruta e a fortaleza histórica da Barra, em Paranaguá; os balneários de Pontal do Sul, Praia
de Leste,Matinhos, Caiobá e Guaratuba.[264]
Esportes
No setor esportivo, a secretaria
responsável por atuar nessa área é a Secretaria do Esporte,[268] que
tem como secretário Evandro Rogério Roman,[269] gaúcho
de Erval
Grande e formado em educação física.[270]
O estado é sede de diversos
clubes de futebol conhecidos nacionalmente, como, por exemplo, o Clube Atlético Paranaense, o Coritiba Foot Ball Club e o Paraná
Clube.[271] O Campeonato Paranaense de Futebol é
organizado pela Federação Paranaense de Futebol e
realizado ininterruptamente desde 1915, sendo um dos mais antigos torneios de
futebol organizados no Brasil.[272] O
estado possui diversos estádios de futebol, como o Joaquim Américo Guimarães, o Couto Pereira e o Durival Britto e Silva (todos
em Curitiba),
o do Café (em Londrina), o Germano Krüger (em Ponta
Grossa), o Willie Davids (emMaringá), o Estádio Olímpico Regional
Arnaldo Busatto (em Cascavel), entre muitos outros.[273] Curitiba
é uma das doze capitais brasileiras que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014.[274] Em
2010, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
o estado aparece na quinta colocação no ranking nacional das federações
estaduais.[275]
Atualmente, o Paraná é sede de
eventos esportivos, seja de importância nacional e/ou internacional. Exemplos
são a a Fórmula Truck, a Stock
Car Brasil, e o Campeonato Mundial de Carros de
Turismo, eventos que são realizados no Autódromo Internacional de Curitiba.[276][277][278]
Outros esportes também têm
popularidade no estado. No vôlei, o órgão
responsável pela atuação no esporte é a Federação Paranaense de Voleibol,
que possui diversos clubes filiados e organiza todos os torneios oficiais que
envolvam as equipes do estado.[279] No basquete,
a federação responsável é a Federação Paranaense de Basketball.[280] Todos
os anos, o estado realiza os Jogos Escolares do Paraná, evento da
secretaria de esportes do governo estadual, que reúne diversas modalidades
esportivas.[281]
Culinária
A cozinha paranaense testemunha as
diversidades da origem de sua população.[282] O
prato mais típico do estado é o barreado,
apreciado em toda a região litorânea e feito à base de
carne cozida, por muito tempo, em panela de barro, até
desmanchar-se.[283][282] O churrasco é,
como em todo o sul, um dos pratos mais característicos do interior, juntamente
com os das comunidades de tradição alemã, polonesa e italiana.[282]
Personalidades
Entre os principais paranaenses
ilustres podemos destacar: David Carneiro, um dos mais renomados historiadores brasileiros[284] e
pai do historiador David Carneiro Júnior;[285] Moysés Paciornik, médico curitibano;[286] Michel
Teló, medianeirense, ex-integrante do Grupo Tradição;[287] Tony Ramos, araponguense,
ator da Rede Globo;[288] Dalton
Trevisan, escritor curitibano e autor de O Vampiro de Curitiba;[289] Sônia
Braga, maringaense, atriz da Rede Globo;[290] a
dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, astorguense;[291] Jaime
Lerner, político, arquiteto e urbanista curitibano,
autor da ideia do Ligeirinho;[292] Anízio
Alves da Silva, inventor do supletivo (atualmente
conhecido como Educação de Jovens e Adultos);[293] Deivid Willian da Silva,londrinense,
jogador do Clube Atlético Paranaense;[294] Dirceu José Guimarães, jogador da Confederação Brasileira de Futebol entre
as décadas de 1970 e 1980;[295] Fábio
Campana, iguaçuense, jornalista;[296] Aramis
Millarch, curitibano, editor do jornal O Estado do Paraná;[297] os
ex-governadores Roberto Requião de Mello e Silva[298] e Moysés
Lupion;[299] Laurentino
Gomes, maringaense, escritor, jornalista e
autor dos livros 1808 e 1822;[300] Grazi
Massafera, atriz e modelo;[301] dentre
vários outros de menor expressão.
Feriados
No Paraná só há um feriado
estadual que é o Dia da Emancipação
Política, no dia 19 de dezembro, em comemoração ao nascimento da
Província do Paraná, desmembrada da Província de São Paulo.[302] As
repartições particulares, incluindo a Ocepar, não têm direito a férias, por
isso trabalham no feriado.[303] Ponto
facultativo em Curitiba.[303]
Ligações externas
§ Governo do Paraná (em português)
§ Parque
Nacional do Iguaçu (em português) Página do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional - IPHAN
§ Paraná
no WikiMapia (em português)
§ Paraná no Cola da Web (em português)
São Paulo
São Paulo (pronuncia-se AFI: [sɐ̃w̃ ˈpawlu]
ouça) é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo e
principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América
Latina.[9] É
a cidade mais
populosa do Brasil, do continente
americano e de todo o hemisfério
sul do mundo,[5] e
a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª
cidade mais globalizadado planeta,[9] recebendo
a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization
and World Cities Study Group & Network (GaWC).[10] O lema da cidade,
presente em seu brasão oficial, é constituído
pela frase em latim "Non ducor, duco",
cujo significado em português é "Não sou conduzido,
conduzo".[11]
Fundada em 1554 por padres jesuítas,
a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e
internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político.
Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu
do Ipiranga, o MASP, o Parque
Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida
Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte,
o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.
O município possui o 10º maior PIB do mundo,[12] representando,
isoladamente, 12,26% de todo o PIB
brasileiro[13] e
36% de toda a produção de bens e serviços do
estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas
no Brasil,[14] além
de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005.[15] A
cidade também é a sede da Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa
de valores do mundo em valor de mercado.[16] São
Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil,
como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.
São Paulo é a sexta cidade mais
populosa do planeta e sua região metropolitana, com 19 223 897 habitantes,[17] é
a quarta maior
aglomeração urbana do mundo.[18] Regiões
muito próximas a São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba;
outras cidades próximas compreendem aglomerações urbanas em processo deconurbação,
como Sorocaba e Jundiaí. A população total dessas
áreas somada à da capital – o chamado Complexo Metropolitano Expandido –
ultrapassa 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado
inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já
formam a primeira macrometrópole do hemisfério
sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.[19]
Geografia
São Paulo é a capital do estado
mais populoso do Brasil, São Paulo,
situando-se próximo ao paralelo 23º32'52'' sul e do meridiano 46º38'09'' oeste. A área total
do município é de 1 522,986 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão
territorial.[4] De
toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas, sendo a maior
área urbana do país.[6]
São Paulo está localizada junto à
bacia do rio Tietê, tendo as sub-bacias do rio
Pinheiros e do rio
Tamanduateí papéis importantes em sua configuração. São Paulo tem a altitude
média de 760 metros.[6] O
ponto culminante do município é o Pico
do Jaraguá, com 1 135 metros,[42] localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a
segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.[43][44]
O intenso processo de conurbação atualmente
em curso na Grande São Paulo tem tornado
inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da
região, criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge
municípios, como por exemplo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema (a
chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos,
entre várias outros. ARegião Metropolitana de São Paulo (RMSP)
foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39 municípios,
sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a
terceira maior das Américas,[18] com
19 822 572 habitantes.[5] Seu
Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2008 cerca de 572 bilhões de reais.[8]
Clima
O clima de São
Paulo é considerado subtropical (tipo
Cfa segundo Köppen), com diminuição de chuvas no inverno e
temperatura média anual de 19,25 °C, tendo invernos brandos e verões comtemperaturas moderadamente
altas, aumentadas pelo efeito da poluição e
da altíssima concentração de edifícios.
O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 22,5°C e
o mês mais frio, julho, de 16 °C.[45]
A precipitação anual média é de 1 376,2 mm,
concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem
definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e
chuvoso. Outono e primavera são
estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas
do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município.
Também ocorrem frequentemente nos municípios vizinhos.[46]
Apesar da maritimidade que evita
maiores variações de temperatura, a altitude de
São Paulo faz com que nos meses mais quentes sejam poucas as noites e madrugadas quentes
na cidade,
sendo que as temperaturas mínimas raramente são superiores a 23 °C num
período de 24 horas.
No inverno,
porém, o ingresso de fortes massas de
ar polar acompanhadas de excessiva nebulosidade às
vezes fazem com que as temperaturas permaneçam muito baixas, mesmo durante a tarde. Tardes com
temperaturas máximas que variam entre 14 °C e 16 °C são comuns até
mesmo durante o outono e o início da primavera. Durante o inverno, já houve
vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos
10 °C, como em 15 de agosto de 1999.[47]
Poluição ambiental
A poluição do
ar na cidade é intensa,[50] devido
principalmente à enorme quantidade de automóveis que
circulam diariamente na cidade.
Além da poluição atmosférica a cidade sofre
também com a poluição hídrica, concentrada em seus dois
principais rios, o rio Tietê e o rio
Pinheiros, que estão altamente poluídos. Atualmente o rio Tietê passa por
um programa de despoluição que dura alguns anos. Como já ressaltado nos itens
anteriores, o processo de expansão urbana nas últimas décadas aliou especulação imobiliária, esvaziamento das
áreas centrais e precariedade nos novos loteamentos; desta forma, devido à
dificuldade de aceder à terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de
famílias viram-se obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as
de mananciais. Com isto, também ocorre uma sobrevalorização do transporte
individual sobre o transporte coletivo - levando à atual taxa de mais de um
veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da poluição ambiental.[51]
O problema do abastecimento
equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral
- também se configura como questão preocupante: São Paulo possui poucas fontes
de água em seu próprio perímetro, tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes. O problema
da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de
mananciais, ocasionada pela supracitada expansão urbana impulsionada pela
dificuldade de acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da
população de baixa renda.[52]
Parques e espaços públicos
Com 21% da área do município
coberta por área verde[53] (incluindo reservas ecológicas), São Paulo possui 40 parques
municipais e estaduais,[54],
como o Parque Estadual Turístico da Cantareira, que
abriga uma das maiores florestas
urbanas do planeta com 7 900 hectares,[55] o Parque Estadual das Fontes do
Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidadepela Unesco em
1994, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque
Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros. Apesar
disso, a cidade de São Paulo possui apenas entre 5 e 6 m² de área verde por
habitante, abaixo dos 12 m² por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).[56]
Demografia
A população de São Paulo estimada
pelo IBGE em 2011 foi de 11 316 149 habitantes, sendo o mais populoso
do Brasil e com uma densidade demográfica de 7 430,24 habitantes
por quilômetro quadrado.[5] Em
2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 11 244 369 habitantes,
sendo o município mais
populoso do estado e do Brasil e
apresentando uma densidade populacional de 7 383,11 habitantes
por km².[58] Segundo
o censo de 2010, 5 323 385 habitantes eram homens e 5 920 984 habitantes
eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 99,1% da população era urbana
(11 125 243 habitantes viviam na zona urbana e 19 126 na
zona rural).[59][58] Segundo
o censo de 2010 do IBGE, a população
paulistana é formada por: brancos (60,64%), pardos (30,51%),negros (6,54%), amarelos (2,19%) e indígenas (0,12%).[60]
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDH-M) de São Paulo (ano 2000), considerado elevado pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,841, sendo o 18° maior de todo estado
de São Paulo. Considerando apenas a educação o índice é de 0,919 (muito
elevado), enquanto o do Brasil é 0,849; o índice da longevidade é de 0,761 (o
brasileiro é 0,638); e o de renda é de 0,843 (o do país é 0,723).[7] A renda
per capita é de 32 493,96 reais.[8]
O coeficiente de Gini do município, que mede
a desigualdade social, é de 0,45 (2003), sendo
que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[61] A
incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 28,09%, o limite inferior da
incidência de pobreza é de 26,16%, o superior é de 30,02% e a incidência da
pobreza subjetiva é de 10,60%.[61]
Habitação e uso do espaço urbano
Segundo dados do censo de 2000 do IBGE, da fundação SEADE e de
pesquisas feitas pela prefeitura de São Paulo no período 2000-2004,[82] o município apresentava
até aquele momento um déficit de aproximadamente 800 mil unidades
habitacionais. Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a aproximadamente três
milhões de cidadãos sem acesso à habitação formal ou em habitações
precárias: nestes números constam a população de loteamentos clandestinos
e irregulares, a população moradora de favelas e a
população moradora de cortiços.[83] Tal
déficit equivaleria, segundo alguns autores, a aproximadamente um décimo de
todo o déficit habitacional nacional (estimado
em aproximadamente oito milhões de unidades[84]).
Em 2006, dos 1 522,986 km² do município de São Paulo, 31 km²
eram ocupados por mais de duas mil favelas.[85]
Aliado ao problema do déficit
habitacional está o fato de que, ainda segundo dados das pesquisas em distritos
censitários do IBGE e
da fundação SEADE,
a cada ano as áreas centrais da cidade -
correspondentes às regiões centrais tradicionais e àquelas ligadas ao já citado vetor
sudoeste - apresentam uma taxa negativa de crescimento demográfico (de -5% entre
2000 e 2008).[86]
Subdivisões
O município de São Paulo está,
administrativamente, dividido em trinta e uma subprefeituras,
cada uma delas, por sua vez, divididas em distritos, sendo estes últimos,
eventualmente, subdivididos em subdistritos (a designação "bairro",
porém, não existe oficialmente, embora seja usualmente aplicada pela
população). As subprefeituras foram criadas pela lei municipal n° 13 339, de 1º de
agosto de 2002,
e os atuais distritos pela lei municipal nº 11 220 de 20 de maio de 1992.[121][122] As
subprefeituras estão oficialmente agrupadas em nove regiões (ou
"zonas"), levando em conta a posição geográfica ehistória de
ocupação. Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas,
zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.[109] Cabem
às subprefeituras os serviços ordinários à população, dessa forma,
descentralizando alguns serviços rotineiros.[109]
A divisão política oficial da
cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos
diferentes bairros de São Paulo como fatores de ordem prática (como a divisão
de duas subprefeituras em umaavenida importante). Porém, muitas vezes tal divisão não
reflete a percepção socioespacial que a população local tem dos lugares: há
regiões da cidade que não são oficialmente reconhecidas pela prefeitura, de
forma que sua delimitação seja informal e abranja diferentes distritos e
subprefeituras, mantendo o nome por tradição,
contiguidade física ou facilidade de localização. O fenômeno tende a se repetir
na cidade inteira e considerado de forma ampla, pode levar a uma não
identificação dos moradores com as instâncias políticas locais.[109]
Além da divisão política, há
também uma divisão em nove zonas geográficas, cada uma delas representada por
cores diferentes nas placas de ruas e na cor dos ônibus que circulam na região.
Essas regiões são estabelecidas radialmente, usando apenas critérios
topográficos, e, salvo algumas exceções, não têm uma homogeneidade urbana, nem
qualquer distinção administrativa, com exceção do centro histórico e do centro expandido, onde vigora o rodízio municipal.[123]
Cultura
ão Paulo é considerada polo
cultural no Brasil,
tendo-se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo
da história do século XX.
Apesar de tradicionalmente rivalizar com o Rio de Janeiro o status de
sede das principais instituições culturais do país, é em São Paulo que existe o
maior mercado para a cultura, tendo hoje se consolidado como uma das principais
capitais culturais do Brasil e da América
Latina.[203]
A cultura da cidade de São Paulo
foi largamente influencidada pelos diversos grupos de imigrantes que
ali se estabeleceram, principalmente italianos.
São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de
show e espetáculo, bares e grandes eventos culturais como a Bienal de São Paulo e
a Virada Cultural. Instituições de ensino, museus e galerias
de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por
exemplo, a maior universidade pública do país - a Universidade de São Paulo - a maior
universidade privada - a Universidade Paulista - e a maior casa
de espetáculos do país, oCredicard Hall).[204]
Na cidade, são celebrados
festivais relacionados aos grupos de imigrantes, com os Matsuri (festivais de
cultura japonesa). Destes, destacam-se: o Tanabata Matsuri[205] (七夕祭り,
"Festival do Tanabata"), relacionado à comemoração do Tanabata, e
realizado desde 1979[206],
o Nikkey Matsuri[207] (ニッケイ祭り,
"Festival do Nikkey"), o Mochitsuki Matsuri[208] (餅つき祭り,
"Festa do Mochi Batido")
e o Bunka Matsuri[209] (文化祭り,
"Festival da Cultura").
Artes cênicas e museus
Episódios relevantes na história das artes cênicas no
Brasil aconteceram na cidade de São Paulo. Verifica-se na cidade tanto um
cenário de teatro de vanguarda como de um teatro tradicional. Três instituições
revelaram-se importantes na cidade, ao longo do século XX:
primeiramente o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC),[210] depois
o Teatro de Arena[211] e
finalmente o Teatro Oficina.[212]
Por ter feito parte da história política
e econômica do Brasil,
São Paulo é praticamente um museu a céu aberto, com bairros e edifícios de
incalculável valor histórico. A cidade possui
uma enorme variedade de museus e galerias
de arte, que possuem acervos dos mais variados estilos, da arte sacra a moderna,
além de curiosidades sobre ciência, política, religião,
entre outros temas. Entre os museus mais famosos da cidade estão Museu de Arte de São Paulo (MASP),
o Museu do Ipiranga, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca do Estado de São Paulo,
entre outras instituições de renome. Também abriga um dos cinco maiores parques zoológicos do mundo, o Parque Zoológico de São Paulo.[213]
Literatura
A literatura na cidade de São
Paulo começa com a chegada dos missionários da Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos
como jesuítas,
no início do século XVI. Eles escreveram relatórios àcoroa
portuguesa sobre as terras recém-encontradas e sobre os povos nativos,
compondo poesias e músicas para
o catecismo.
Os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta são considerados os
fundadores da capital paulista.[214]
Durante o século XIX a cidade teve grandes nomes da
literatura como o escritor Álvares de Azevedo, representante da fase
ultrarromântica do Romantismo. Porém, os escritores paulistanos só atingem
independência cultural e projeção nacional no início do século XX,
com o movimento modernista brasileiro, principalmente após a
realização da Semana de Arte Moderna em 1922.[215]
Durante o período modernista
surgiram importantes escritores da literatura brasileira como Mário de Andrade e Oswald
de Andrade, responsáveis pela introdução do modernismo no Brasil e
produtores de uma extensa e importante obra literária, dramatúrgica e
crítica para a cultura brasileira.[216] Com
o poema urbano "Pauliceia desvairada", Mário de Andrade
estabeleceu o movimento modernista no Brasil.[217] O
romance Macunaíma, com a sua abundância de folclore brasileiro, representa o ápice da
prosa nacionalista no modernismo através da criação de um anti-herói nacional.
A poesia experimental de Oswald de Andrade, a prosa de vanguarda, em
especial o romance "Serafim
Ponte Grande" (1933), e manifestos provocativos que exemplificavam a quebrar do
movimento com a tradição.[218] Artistas
e escritores modernistas escolheram o Teatro Municipal de São Paulo para
lançar seu manifesto modernista. O local passou a ser um bastião da cultura
europeia com a Ópera e apresentações de música clássica trazidas da Alemanha, França, Áustria e Itália. Foi
importante para eles escolher o Teatro Municipal como ponto de partida, porque
a alta sociedade que frequentava o local negavam suas raízes brasileiras por
falar línguas como o francês apenas
na casa de ópera. Além disso, os frequentadores se
comportavam como se o resto do Brasil, e a própria cultura brasileira, não importasse ou não
existisse. Ambos os autores foram influentes escritores da
escola modernista: Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
Música
A cidade tem uma cena musical
fervilhante, com diversas vertentes musicais sendo representadas. No samba, a cidade
possui nomes de renome como Adoniran
Barbosa, cujos sucessos mais lembrados são Saudosa
Maloca e Trem das Onze, e os Demônios da Garoa, grupo de samba da década
de 1940 ainda em atividade considerado o "Conjunto Vocal Mais
Antigo do Brasil em Atividade".[219]
O município foi o berço de várias
bandas de rock nas décadas
de 1960, 1970 e 1980,
como os Os Mutantes, uma banda de rock psicodélico que liderou o caminho no
cenário musical da música experimental, cujo sucesso é por vezes
relacionado com o de outros músicos da Tropicália,
mas com um estilo musical e ideias próprias.[220] No
final do governo militar no início
dos anos 1980 a bandaUltraje a Rigor surgiu na cidade. Eles jogaram
um estilo simples e irreverente do rock. As letras representavam as mudanças na sociedade e
na cultura que
não apenas São Paulo, mas em toda a sociedade brasileira.[221]
As cenas pós-punk e garagem tornaram-se
fortes na década de 1980, talvez associada com o cenário sombrio de desemprego
e de poucas perspectivas reais do ponto de vista da juventude da época.
Exemplos de bandas provenientes deste movimento incluem Ira!, Titãs, Ratos
de Porão e Innocentes. Na década
de 1990, drum & bass tornou-se um outro movimento
musical em São Paulo, com artistas como DJ Marky, DJ Patife, XRS, Drumagick e Fernanda
Porto.[222] Muitas
bandas de heavy metal também se originaram na cidade, como Angra, Torture
Squad, Korzus e Dr. Sin. Muitas
culturas "alternativas" de São Paulo se misturam em um pequeno shopping apelidado
de Galeria do Rock, que inclui lojas que atendem a uma
ampla gama de nichos alternativos. Em 2011, foi confirmada a versãobrasileira do
festival Lollapalooza, que será sediada no Jockey Club paulistano nos dias 7 e 8
de abril de 2012.[223][224]
Por seu aspecto urbano, a cidade
cada vez mais se renova musicalmente, aceitando os diversos ritmos musicais
oriundos de todas as partes do país. São Paulo
também é um dos principais centros demúsica
erudita do Brasil, sendo local de nascimento de compositores
internacionalmente reconhecidos como Osvaldo
Lacerda e Amaral Vieira, e palco durante o ano todo de
apresentações de concertos eóperas em
suas diversas salas, como a Sala
São Paulo, o Teatro Municipal de São Paulo (palco
da Semana de Arte Moderna de 1922,
considerada marco de início da arte
moderna no Brasil), o Teatro São Pedro e o Teatro Alfa.
A Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo (Osesp) é considerada o melhor conjunto sinfônico
da América Latina.[225]
A cidade também é muito influente
no movimento hip-hop (break, grafite e rap), sendo que, no
Brasil, os maiores expoentes dessa vertente cultural estão em São Paulo e seu
entorno. Também é forte a presença da música eletrônica, com diversas raves e festas,
como o Skol
Beats,[226] Nokia
Trends,[227] Spirit
of London, entre outras.[228]
Mídia
São Paulo é um dos principais
centros de comunicação do Brasil e da América Latina, por reunir em seu
território a sede de vários grandes grupos de comunicação. Dois dos jornais
mais influentes do país[229] são
publicados na cidade, ambos com reputação internacional: a Folha
de S. Paulo e O Estado de S. Paulo (o jornal mais
antigo da cidade ainda em circulação).[230] A
Folha de S. Paulo é um dos jornais mais lidos e reconhecidos no país, sendo o
segundo maior jornal de circulação do Brasil, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC),
com uma circulação média diária de 294 498 exemplares, em 2010.[231] Outros
importantes jornais são o Diário de São Paulo, Agora
São Paulo e o Jornal da Tarde.
No campo da televisão, a cidade
foi pioneira com a criação da primeira emissora do país, a TV Tupi,
pelo empresário Assis Chateaubriand, em setembro de 1950.[232] Desde
então, várias outras emissoras desenvolveram-se na cidade e ganharam projeção
nacional, como foi o caso do SBT,[233] da Rede
Bandeirantes (pertencente ao Grupo Bandeirantes),[234] Rede Record,[235] Rede Gazeta,[236] RedeTV![237]e
a TV Globo São Paulo (antiga TV Paulista),[238] todas
com sede na região metropolitana de São Paulo.
A cidade também foi pioneira em publicidade,
sendo que nela foi instalada a primeira agência de publicidade do país, chamada
"A Eclética", em 1914. Atualmente, o município é um grande centro
publicitário nacional e internacional.[239] São
Paulo também concentra um grande número de editoras que produzem algumas das
principais publicações do Brasil. Entre elas destaca-se a Editora
Abril, que publica atualmente 54 títulos, com circulação de 188,5 milhões
de exemplares, em um universo de quase 28 milhões de leitores e 4,1 milhões de
assinaturas, sendo a maior do segmento na América Latina.[240] Entre
as principais publicações da editora está a Revista
Veja, a revista com maior tiragem do país.[241]
Esportes
A cidade sedia eventos esportivos
de importância nacional e internacional, como o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1,
realizado no Autódromo de Interlagos, o São Paulo Indy 300, evento que faz parte da IndyCar
Series e é realizado no Circuito
Anhembi,[242][243] e
o Aberto de São Paulo de Tênis,
realizado no Complexo de Tênis do Parque
Villa-Lobos. Também realiza-se na cidade a tradicional Corrida de São Silvestre, prova pedestre
disputada desde 1925,
todo dia 31 de dezembro, pelas ruas do centro. Entre as corridas de rua
tradicionais, destacam-se, também, as provas São Paulo Classic, com cerca de 12
mil participantes[244] e
Run Américas com 25 mil participantes em São Paulo num evento que acontece
simultaneamente em diversas cidades da América
Latina: São Paulo, Lima, Caracas,Bogotá, Cidade do México, Santiago e Buenos
Aires num evento que no total reúne 120 mil pessoas nessas 9 cidades.[245]
São Paulo recebeu jogos da Copa do Mundo FIFA de 1950,[246] foi
sede de Jogos Pan-Americanos de 1963[247] e
foi uma das sedes do Mundial Interclubes de 2000.[248] Também
foi sede do Campeonato Mundial
de Basquetebol Feminino de 1983 e 2006, de Vôlei
Feminino em 1994, de uma das
etapas do Concurso Mundial de Saltos da FEI (Federação Equestre Internacional)
em 2007 e será cidade-sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014.[249]
A cidade conta também com um Jockey Club, onde a primeira corrida
aconteceu em 29 de outubro de 1876, no Hipódromo da Mooca, na rua
Bresser. Com dois cavalos inscritos na primeira corrida, Macaco e
Republicano, inauguraram as raias instaladas nas colinas da Mooca. Republicano
era o favorito, mas Macaco levou o Primeiro Prêmio da Província.[250]
O município é sede de três
grandes clubes brasileiros de futebol: Corinthians, Palmeiras (fundado por
italianos) e São Paulo FC. Além do chamado "Trio de
Ferro", ainda conta com outras agremiações futebolísticas, como a Portuguesa de Desportos, o Juventus e o Nacional.[251]
A cidade conta com cinco grandes
estádios:
§ Morumbi, do São Paulo FC, o maior estádio de futebol de
São Paulo, com capacidade para 73 501 pessoas;[252]
§ Pacaembu, estádio
municipal, onde jogam todos times paulistas, com destaque para o Corinthians, com capacidade para
cerca de 37 mil pessoas;[252]
§ Estádio Palestra Itália, da S.E. Palmeiras com capacidade
para 28 599 pessoas e que passa atualmente por reforma para
ampliação;[252]
§ Estádio do Canindé, da Portuguesa de Desportos, à beira
do rio
Tietê, com capacidade para 19 717 pessoas.[252]
§ Novo estádio do Sport
Club Corinthians Paulista (em construção) do Corinthians Paulista, localizado em
Itaquera, zona leste da cidade, com capacidade planejada para 48 mil pessoas.[253]
Além destes, conta com estádio
menores como o Estádio Conde Rodolfo Crespi -
popularmente conhecido como Estádio da Rua Javari - (do Clube Atlético Juventus), o Estádio Nicolau Alayon (do Nacional) e o Parque São Jorge (do Corinthians). Conta também com
diversos ginásios de vôlei e basquete (Ibirapuera,
Esporte Clube Pinheiros, Clube Hebraica e Paulistano), quadras de tênis, e
muitas outras arenas esportivas, como o Estádio do Ibirapuera, destinado
principalmente aoatletismo.[254]
Ligações externas
§ São
Paulo no WikiMapia (em português)
§ São Paulo 450 anos (em português)
Amazonas
O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo o
maior estado brasileiro [5], com
uma área de 1.570.745,680 km², se constitui na nona maior subdivisão
mundial, sendo maior que as áreas da Alemanha, França, Reino Unido e Japão somadas.
Seria o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco superior à Mongólia,
com seus 1,564,116 km². É maior que a área da Região Nordeste brasileira, com seus nove
estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²).
Pertencente à Região Norte do Brasil, é a segunda unidade
federativa mais populosa desta macrorregião, com seus 3,5 milhões de habitantes
em 2010, sendo superado apenas pelo Pará[6].
No entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil
habitantes: Manaus,
a capital e sua maior cidade com 1,8 milhão de habitantes em 2011 (e
efetivamente, asétima
maior do país), que concentra cerca de 60% da população do estado, e Parintins[2][7], com
pouco mais de 102 mil habitantes. O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 4 mesorregiões.[8] Faz
limite com o Pará (leste); Mato Grosso (sudeste); Rondônia e Acre (sul e
sudoeste); Roraima (norte);
além da Venezuela, Colômbia e Peru.[9]
A área média dos 62 municípios do
estado do Amazonas é de 25.335 km², superior à área do estado brasileiro
de Sergipe.
O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com
2.215 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto
sim, são cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens estão as
localidades, as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.[10] O
Amazonas é ainda o 2º estado mais rico da região Norte, responsável por 32% do PIB da região. Em âmbito nacional, ocupa
a 15ª posição. Possui o maiorÍndice de Desenvolvimento Humano (empatado
com o Amapá),
o maior PIB per capita, a 4ª menor taxa de mortalidade infantil, além 3ª menor taxa de analfabetismo entre
todos os estados do Norte do Brasil.
Abriga a maior e mais populosa
cidade da Amazônia, Manaus, com seus 1 832 423 habitantes.[11] A
capital amazonense congratula-se ainda como a maior Região metropolitana da região, com
população superior aos 2,2 milhões de habitantes. O Pico
da Neblina, ponto culminante do Brasil, também se situa em território
amazonense.[12]
Etimologia
O nome Amazonas foi
originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em
todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo de índias
guerreiras, com a qual teria lutado, e associando-as às Amazonas da mitologia
grega, deu-lhes o mesmo nome.[13] Segundo
etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é
de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de
águas, água que retumba".[14]
Geografia
O estado do Amazonas
caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma
superfície atual de 1.570.745 km².[37] Grande
parte dele é ocupado por reserva florística e pela água.[38]O
acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. O clima é
equatorial úmido e a temperatura média é de 26,7 °C.[38] O
menor clima já registrado no estado foi de 17°C. Apenas o inverno e o verãosão bem
definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80%, tendo em vista que a
região é cortada pela linha
do equador, ao norte.[38] Seu
fuso horário é de menos quatro horas (-4) em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da Região Norte, fazendo fronteira com os
estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e Roraima ao norte, além das
repúblicas do Peru, Colômbia eVenezuela ao sudoeste, oeste e norte,
respectivamente.[37]
Relevo
Apresenta um relevo relativamente baixo, já que
85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem
ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico
da Neblina, seu ponto mais alto, com 3.014 metros, e o pico 31 de Março, com 2.992 metros de altitude,
ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro. Há uma grande
porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados doBrasil.[39]
O estado está situado sobre uma
ampla depressão, com cerca de 600 km de
extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma
estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de
largura média. Isso faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil.
O planalto desce
suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que
formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.[39]
Geologia
Em 30 de maio de 2006 foi lançado
o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal
estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um
modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Entretanto
verifica-se, principalmente no interior do estado, uma região propícia a
exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita.
Ainda de acordo com o estudo, no estado econtra-se as três grandes reservas
minerais inexploradas do mundo.[40]
O solo amazonense detém mais de
450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o
que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais
apontadas pelo estudo são a cassiterita,
com uma reserva superior à 400 mil toneladas - nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará; a bauxita, com
aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil
toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do
gás natural de Coari,
estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa
geológico.[40]
Clima
No estado do Amazonas o clima é
bem quente. No Brasil,
país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial,
predominante na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante
diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta, variando de
28 °C no litoral do Pará até 40 °C no oeste amazonense. As chuvas, em
quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro mas
podem-se encontrar também características de tropicalidade no Sul do estado.
Os ventos também
afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos
alísios vindos do Sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas
temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no inverno, asfrentes
frias são geralmente seguidas de massas de ar vindas da Linha
do Equador e que trazem um vento quente.
Vegetação
Sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda
essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a
Hileia Amazônica. Os solos são de terra firme - do tipo lateríticos: solos
vermelhos das zonas úmidas e quentes, cujos elementos químicos principais são
hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e,
portanto, pobres para agricultura. Solos de várzea são os mais férteis da
região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material
orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado
apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira. São
inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas
estão: guaraná, açaí,cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.
O Amazonas tem 98% da sua área
florestal intacta, pois sua vocação econômica foi desviada para outras
atividades a partir da reorganização e ampliação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos têm
procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a
preservação do legado ecológico. Existe um esforço para manter os projetos
agropecuários dentro dos limites da preservação ambiental, enquanto que a
valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o
Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais - INPE.
]Hidrografia
O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica. Os principais
rios são: rio Negro (que banha a cidade de Manaus), rio
Amazonas, rio Solimões, rio Madeira, rio Juruá, rio Purus, Içá, Uaupés e Japurá todos
integrantes da bacia hidrográfica.
No estado encontram-se os dois
maiores arquipélagos fluviais do mundo em quantidade de ilhas, Mariuá, com
1200, e Anavilhanas,[41] com 400,
situados no rio Negro.
O rio
Amazonas está entre os 14 finalistas de uma votação global feita pela
internet que pretende eleger as sete maravilhas naturais do mundo. No Brasil, além do rio
Amazonas, concorrem também as Cataratas do Iguaçu.[42]
Encontro das águas
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio
Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido
como Encontro das Águas, que é uma das principais
atrações turísticas das cidades de Manaus e Parintins.
Há dezenas de agências de turismo
que oferecem passeios regionais, em roteiros que costumam incluir uma volta
pelos igarapés da região. Se o passeio for feito em um barco pequeno, o
visitante pode pôr a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além de
cores, os rios têm temperaturas diferentes.
Em Manaus, em frente ao Encontro
das Águas, está em construção uma estrutura turística projetada por Oscar
Niemeyer, que contém mirantes destinados à contemplação desse magnífico
fenômeno natural.
Ecologia
O Amazonas possui uma grande
Reserva Biológica inundada, a Reserva de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.[43]
A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes
roedores, como as capivaras, aves, répteis e primatas. O maior
desses animais é a anta e
todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns
encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos
governos.
Das milhares de espécies de
peixes da Amazônia, com algumas ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais
exploradas são: tambaqui, jaraqui, curimatã, pacu, tucunaré, pescada, dourado, surubim, sardinha e pirarucu (bacalhau
da Amazônia).
Parques nacionais
§ Parque Nacional da Amazônia -
Criado pelo decreto 73.683 (19
de fevereiro de 1974), com 994.000 ha. Localiza-se dentro dos estados do
Amazonas e Pará.
§ Parque nacional do Jaú - Criado pelo
decreto 85.200 (24 de setembro de 1980), com 2.272.000
ha. Localiza-se em Novo Airão.
§ Parque Nacional do Pico da Neblina -
Criado pelo decreto 83.550 (5 de junho de 1979), com 2.200.000
ha. Localiza-se em São Gabriel da Cachoeira e abriga o
ponto mais alto do Brasil, o Pico
da Neblina, com 3.014 m.
Parques estaduais
§ Parque Estadual Serra do Aracá -
Criado em 1990,
pelo Decreto 12.836,
de 9 de março. Fica em Barcelos, ocupando uma área de 1.818.700 ha
(18.187 km²), ou 15 % dos 122.475,728 km² de área do município.
§ Parque Estadual Nhamundá - Criado
pelo Decreto 12.836,
de 9 de março de 1990. Possui uma área
de 195.900 hectares.
§ Parque Estadual Rio Negro Setor
Norte - Possui uma área de 178.620 ha. Foi estabelecido pelo Decreto 16.497,
de 2
de abril de 1995. O parque engloba 5 % da área do município de Novo
Airão, que é de 37.771,246 km².
§ Parque Estadual Rio Negro Setor Sul -
Fica dentro dos municípios de Manaus e Novo
Airão. O Decreto 16.497,
de 2
de abril de 1995, estabeleceu a criação do parque. Ocupa uma área de 257.422
ha, ou cerca de 5 % da área destes municípios (11.401,058 km² e
37.771,246 km²).
§ Parque Estadual Samaúma - É o menor
parque estadual no estado, com 51 hectares, criado em 2003 e localiza-se
em Manaus,
no bairro Cidade Nova.
§ Parque Estadual Cuieiras
- Possui 55.800 hectares.
Demografia
De acordo com o Censo brasileiro de 2010, o Amazonas era
habitado por 3 483 985 habitantes, sendo que haviam 2 755 490 habitantes
em área urbana e 728 495 habitantes em área rural. Quanto à
questão de gênero, haviam 1 753 179 homens e1 730 806 mulheres. Foram
identificados 902 780 domicílios, sendo que apenas 801 640 deles
eram ocupados, gerando um déficit habitacional de 101 140 domicílios.
A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas.[44]
Em 2011, de acordo com
estimativas do mesmo orgão, a população do estado atingiu 3 538 387 habitantes.[45] No
estado, quase 30 000 habitantes não são naturais da unidade
federativa.[46]
Na questão de alfabetização,
habitantes do estado com mais de 5 anos de idade alfabetizados totalizavam 2 670 173 pessoas.[47] Pelo
menos 791 162 habitantes afirmaram serem portadores de algum
tipo de deficiência permanente, destacando-se a deficiência motora, com 38 509 deficientes
declarados. 2 728 pessoas afirmaram serem brasileiros
naturalizados e 6 964 afirmaram serem estrangeiros. Haviam
ainda, 883 278 pessoas não-naturais do estado do Amazonas, sendo
que destas219 085 afirmaram viver no estado há mais de 10 anos.
Destacando a questão do estado civil, haviam 1 948 604 pessoas
com mais de 10 anos de idade solteiras, 640 437 pessoas com mais
de 10 anos de idade casadas, 74 287 pessoas viúvas,41 698 divorciadas
e 23 116 pessoas desquitadas ou separadas judicialmente. Há de
se destacar que 699 439 pessoas declararam viver em união
consensual.[48]
Ainda de acordo com o censo de
2010, 791 162 habitantes declararam possuir algum tipo de
deficiência.[49] A
deficiência mental ou intelectual apresentou-se em 38 509 habitantes,
enquanto outros 149 796 habitantes declararam possuir alguma
deficiência motora. 124 737 habitantes declararam possuir algum
tipo de deficiência auditiva, enquanto outros 530 296 habitantes
possuem deficiência visual. Os habitantes que declararam não possuir nenhum
tipo de deficiência somam-se2 692 764 habitantes.[49]
O estado alcançou um grandíssimo
crescimento populacional no início do século XX,
devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação
do Polo Industrial de Manaus, na década
de 1960. O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média
nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento
populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve
um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas
cresceu 2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%.
De acordo com o censo de 2000,
dos 3,3 milhões de habitantes do estado 78,4% vivem em cidades, enquanto
17,3% da população vivem no campo. A
composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres
residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os
dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada
que a dos homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria
masculina.
A capital, Manaus, é a maior
cidade da Região Norte, com cerca de 1,8 milhão de
habitantes,[11] seguida
por Belém com 1,3 milhão de habitantes. Manaus, uma das que mais recebem
migrantes no Brasil, cresce desordenadamente com muitas áreas ocupadas de forma
ilegal por invasões.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o Amazonas
é o segundo maior colégio eleitoral do norte brasileiro, com 2 030 549 eleitores,[50]
Economia
O PIB do Amazonas é o 15º maior do país,
destacando-se na área industrial. De acordo com dados relativos a 2009, o PIB
amazonense era de 49 614 mil, enquanto o PIB
per capita era de 14 620 reais.[62]
O estado possui uma economia
baseada na indústria e no extrativismo. Destaca-se as indústrias de
eletroeletrônicos, petróleo e gás natural e automobilístico; os setores de
serviços e financeiro; e a mineração e pesca, que formam a base de uma economia
que responde por cerca de 70 % da economia nortista, juntamente com o estado vizinho do Pará. O estado
oferece ainda a segunda melhor infraestrutura do país para investimentos em
novos empreendimentos ficando atrás apenas do Distrito Federal.[63] Foi
ainda, o estado que mais cresceu econômicamente no primeiro trimestre de 2010.[64] Atualmente,
o Amazonas lidera o crescimento e a alta industrial no Brasil.[65]
Ao lado do Pará, é o estado que
mais influencia na economia da Região Norte brasileira. Entretanto, alcançou em 2009 seu pior
desempenho econômico, sendo influenciado pelo baixo desempenho da indústria de
transformação, registrando -0,3% de crescimento anual, o mesmo patamar da média
brasileira à época. Apenas o Pará registrou índice pior em âmbito regional
(-3,2%), enquanto os outros estados da região registraram crescimento econômico
acima da média nacional.[66]
Dados do Censo brasileiro de 2010
indicaram a existência de 1 466 464 pessoas economicamente ativas no
estado, sendo que destas, 1 323 402 exerciam alguma
ocupação no período em que ocorreu o censo e 143 058 encontravam-se
desocupadas. Em contrapartida, 1 261 576 pessoas declararam
não serem economicamente ativas.[48] Entre
os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está
na faixa etária dos 25 a 29 anos, onde 226 703 habitantes são
ativos na economia, em um total de 323 533 que vivem no estado.
O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde 87 960 habitantes
dos 125 349 que vivem no estado são ativos na economia. É
notável ainda, o número de crianças e adolescentes que exercem alguma atividade
profissional e movimentam a economia: 43 233 em um total de 400 422 habitantes
entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou
estar em idade ativa na economia também é notório: 16 338 em um
total de 88 949 habitantes nesta faixa etária que vivem no
estado.[48]
Em 2010, aproximadamente 774 357 habitantes
exerciam a função de empregados no setor público ou privado. Destes, 419 804 empregados
exerciam atividades profissionais com carteira de trabalho assinada e 259 972 profissionais
não possuiam carteira de trabalho assinada.[48] 374 116 habitantes
eram autônomos e 94 582 habitantes eram funcionários públicos
estatutários ou militares. Destaca-se também, o número de pessoas que trabalhavam
na produção para o próprio consumo, cerca de 128 130 pessoas e 33 141 que
declararam não receber remuneração por suas atividades profissionais.[48] Na
questão salarial, 444 398 pessoas declararam receber até um
salário mínimo,360 494 pessoas declararam receber entre 1 e 2
salários mínimos, 86,546 pessoas declararam receber entre 3 a 5
salários mínimos e 7 928 declararam receber mais de 20 salários
mínimos.[48]
O estado também possui a menor
porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de
origem. Apenas 1,4% dos habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua
atividade profissional em outro município que não seja o seu domiciliar.[67]
Turismo
O Amazonas recebeu o prêmio de
melhor destino verde da América
Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de
turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em2009.[80] Em 2010, em uma pesquisa
feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4%
entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.[81]
A capital do estado, Manaus é o
maior destino de turistas da Amazônia,
oferecendo uma ampla rede hoteleira, assim como restaurantes variados.[7] Conta
também com diversos hotéis de selva em sua região metropolitana.[7] Um
dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro
Amazonas, inaugurado em 31 de
dezembro de 1896, sendo o principal Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas e a obra
mais significativa da época áurea da borracha.[82]
Subdivisões
O Amazonas possui em sua divisão
política sessenta e dois municípios,
agrupados geograficamente pelo IBGE em
seis mesorregiões e treze microrregiões.
O Governo do Amazonas divide o estado economicamente em seis
regiões: Região Metropolitana de Manaus, Baixo
Amazonas, Alto Solimões, Alto Rio Negro, Calha do Juruá e Purus.Os municípios,são os seguintes:
Os municípios do
Amazonas são as subdivisões oficiais do estado brasileiro do
Amazonas, localizado na região Norte do país. De acordo com o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), o estado possui 62 municípios, desde a
última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.[97] O
Amazonas é a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com seus
3,4 milhões de habitantes, sendo superado pelo Pará.[6] No
entanto, apenas duas de suas cidades possuem acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital,
e Parintins.[2][7]O estado
é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 6 mesorregiões.[8] Faz
fronteiras com o Pará (Leste); Rondônia e Mato Grosso (Sul); Acre (Sudoeste); Roraima (Norte);
além da Venezuela, Colômbia e Peru.[9]
Possui uma área de
1.570.745 km², sendo a mais extensa do país.[5] Se
constitui na 9ª
maior subdivisão mundial – é maior que as áreas somadas de França (547.030,0 km²), Espanha(504.782,0 km²), Suécia (357.021,0 km²)
e Grécia (131.940,0 km²);
seria o 18º maior país do mundo em área territorial, pouco maior que a Mongólia,
com seus 1,564,116 km²; é maior que a área da região Nordeste brasileira,
com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas
(696.200,0 km²), segundo maior estado americano. O município com a maior
área éBarcelos, localizado na mesorregião do Norte Amazonense e microrregião de Rio Negro, com
122.476 km² de extensão[98] sendo
o segundo maior município brasileiro em área geográfica, atrás apenas de Altamira (PA).[98] O
menor é Iranduba,
com 2.215 km², localizado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de Manaus.[99] Grande
parte dos municípios do Amazonas possuem grandes àreas territoriais. Em média,
um município do estado possui 22.050 km² de área territorial, o
equivalente a àrea do estado de Sergipe.[100]
Em São Gabriel da Cachoeira, município no
norte do estado e no extremo norte do
país, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude,
o ponto mais elevado do Brasil, situado na fronteira brasileira com a Venezuela.
Ainda neste município está situado o Pico 31 de Março, o segundo ponto mais elevado do
território federal com 2.992 metros de altitude. São Gabriel da Cachoeira também é o
único município brasileiro a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do
município[nota 1] São
Gabriel da Cachoeira também se destaca por sua população: 99 % dos
habitantes do município são indígenas, representando 9 % da população
ameríndia do Brasil.[101]
Cultura
Artes
O Teatro
Amazonas, mandado construir pelo governador Eduardo
Ribeiro, cafuzo natural
do Maranhão,
é um perfeito exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo
da borracha. Manaus e Parintins possuem
fortes traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins também
é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.
Artesanato
O artesanato do Amazonas é
variado e de destaque, com muita influência da cultura indígena. Em geral
usam-se elementos da floresta como contas, sementes e cipós. Atualmente o
artesanato da região vem se aprimorando com vários elementos da floresta sendo
incorporados a jóias, as chamadas biojóias.
Saúde
De acordo com a Secretaria
Estadual de Saúde do Amazonas (SUSAM), quase 90 % dos médicos que
trabalham no estado residem em Manaus.[102]
Culinária
Tem sua base na mandioca,
influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e cultivo.
A mandioca acaba transformando-se
em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus.
Outros pratos típicos amazonenses
são:
§ tacacá
§ peixe moqueado
§ pirarucu de sol
§ açaí
§ piquiá
§ pupunha
§ Calderada de Tambaqui
§ Matrinxã na Brasa
Frutas
O Amazonas apresenta mais de uma
centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas
vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. É no Amazonas que
se encontra a maior diversidade de frutas do mundo.[carece de fontes] O Araçá-boi,
fruta nativa do Amazonas e da Amazônia
Legal, tornou-se bastante apreciada pelo mercado internacional, servindo
para se transformar em um alimento probiótico chamado de Streptococcus
salivares subsp. Thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus.[103]
A seguir, algumas das frutas
nativas:
§ Açaí
§ Cupuaçu
§ Graviola
§ Pupunha
§ Taperebá
§ Piquiá
§ Tucumã
§ Bacaba
§ patauá
§ biribá
§ bacuri
§ murici
§ marimari
Ligações externas
Minas Gerais
Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a
quarta maior em extensão territorial — que é de 586.528 km², superior à da França —
e a segunda em população.
Localizado na Região Sudeste do Brasil e limitado
ao sul e sudoeste com São Paulo, a oeste com o Mato Grosso do Sul e a noroeste com Goiás, incluindo
uma pequena divisa com o Distrito Federal, a leste com o Espírito Santo, a sudeste com o Rio
de Janeiro e a norte e nordeste com a Bahia. O atual
governador do estado é Antônio Anastasia. Linguisticamente, o nome Minas
Gerais dentro de frases não é acompanhado de artigo definido, como acontece com
os estados de Goiás, de Roraima e de Mato Grosso do Sul.
O estado é o segundo mais populoso
do Brasil, com quase 20 milhões de habitantes.[6] Sua
capital e maior cidade, Belo
Horizonte, reúne em sua região metropolitana cerca
de 5,5 milhões de habitantes, sendo, assim, a terceira maior aglomeração urbana
do Brasil.
Minas Gerais possui o terceiro
maior Produto Interno Bruto do Brasil, superado
apenas pelos estados de São Paulo e Rio
de Janeiro, embora em um importante indicador de capacidade econômica, a
arrecadação de ICMS,
Minas supere Rio de Janeiro na classificação nacional.
Também é muito importante sob o
aspecto histórico: cidades erguidas durante o ciclo
do ouro no século
XVIII consolidaram a colonização do interior do país e estão
espalhadas por todo o estado. Alguns eventos marcantes da história brasileira,
como a Inconfidência Mineira, a Revolução de 1930, o Golpe Militar de 1964 e a campanha pela
abertura política em meados da década
de 1980 mais conhecida como Diretas
Já, foram arquitetados em Minas Gerais.
Geografia
Relevo, clima e vegetação
O estado de Minas Gerais está
localizado entre os paralelos de 14º13'58' ' e 22º54'00' ' de latitude sul
e os meridianos de
39º51'32' ' e 51º02'35' ' a oeste de Greenwich. As terras mineiras estão situadas
num planalto cuja altitude varia de 100 a 1500 metros, possuindo um território
inteiramente planáltico, não apresentando planícies. Mais da metade do estado
localiza-se no Planalto Atlântico, com relevos de "mares
de morros", enquanto que, na sua porção noroeste, o estado apresenta os
platôs do Planalto Central.
As maiores altitudes estão nas
serras da Mantiqueira, do Espinhaço, da Canastra e
do Caparaó, nas quais há terrenos localizados acima
dos 1700 metros. O ponto culminante do estado é o Pico
da Bandeira, com 2.891,9 metros de altitude, situado na divisa com o estado
do Espírito Santo. A mais baixa altitude do
estado está na cidade de Aimorés, leste de Minas, situada a 76 metros
do nível do mar, sendo esta também considerada a cidade mais quente, com
temperaturas perto da casa dos 40°C.
Os climas predominantes em Minas
são o Tropical e
o Tropical de Altitude. As regiões mais altas e
o sul do estado apresentam as temperaturas mais baixas, chegando a atingir
marcações próximas de 0°C. Nas regiões sul, sudeste, leste e central do estado
são registrados os maiores índices pluviométricos. Em outro extremo, nas porções
norte e nordeste, as chuvas escassas e as altas temperaturas tornam essas
regiões muito suscetíveis à seca.
Originalmente, a cobertura
vegetal de Minas Gerais era constituída por quatro biomas principais: Cerrado, Mata
Atlântica, Campos rupestres e a Mata seca.
O Cerrado ocupava praticamente metade do território do estado, ocorrendo nas
regiões central, oeste, noroeste e norte. A segunda maior área de cobertura era
representada pela Mata Atlântica, nas porções sul, sudeste, central e leste
mineiras, tendo sido severamente desmatada e atualmente reduzida a pequenas
áreas.
§ O município de Camanducaia possui
um dos distritos mais altos do Brasil, a chamada
vila Monte
Verde, com seus 1554 metros de altitude, onde também é o logradouro do
aeroporto mais alto do país com 1560 metros de altitude.
§ O município de Virgínia possui um dos povoados mais
altos do estado: a vila do Morangal, com 1515 metros de altitude, com uma paisagem
exuberante no meio da Serra da Mantiqueira.
Regiões hidrográficas
Minas Gerais abriga em seu
território as nascentes de importantes rios brasileiros. O território do estado
está inserido nas seguintes regiões hidrográficas brasileiras: São Francisco, Paraná, Atlântico Lestee Atlântico Sudeste. O estado encontra-se
com 9,84% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[14]
O rio São Francisco é o principal rio de Minas
Gerais e um dos mais importantes do Brasil. Nasce na Serra
da Canastra e drena quase metade da área do estado, incluindo as
regiões central, oeste, noroeste e norte.
A porção de Minas Gerais inserida
na região hidrográfica do Paraná é
a responsável pela maior parte da energia elétrica gerada no estado através de usinas hidrelétricas. O rio Grande e o rio
Paranaíba, formadores do rio Paraná, nascem em Minas Gerais, e suas áreas
de drenagem abrangem as regiões oeste e sul do estado.
Na bacia do Rio Grande, no sul do
estado, se formou o Lago de Furnas, também conhecido como mar de Minas
devido a sua extensão. Cidades às margens do lago como Boa
Esperança guardam muitas historias e é um local de raríssima beleza.
Além do lago, há inúmeras cachoeiras como a do Paredão na cidade de Guapé.
Outras importantes bacias
hidrográficas de Minas Gerais são as dos rios Doce, Paraíba do Sul, Jequitinhonha e Mucuri.
Sítios paleontológicos
Na região do Triângulo Mineiro localizam-se dois
importantes sítios paleontológicos nos municípios de Prata, e Uberaba (distrito
de Peirópolis). No município de Prata, foram descobertos
fósseis do maior dinossauro encontrado no Brasil, que viveu há mais de oitenta
milhões de anos na região da Serra da Boa Vista, distante
cerca de quarenta quilômetros daquela localidade, cujo nome científico foi
denominado de Maxakalisaurus topai, e após votação popular
passou a ser chamado de Dinoprata, valendo destacar que a réplica do
titanossauro (montada em resina), com cerca de treze metros de comprimento,
está exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro, desde 28 de agosto de 2006,
quando foi apresentada à comunidade científica do Brasil e do Mundo, pelo líder
das pesquisas, o professor e paleontólogo Alexander Kellner.[15]
Demografia
Minas Gerais é o segundo estado
mais populoso do país, com quase 20 milhões habitantes,[6] que
se distribuem por 853 municípios, sendo a unidade da federação brasileira com o
maior número de municípios. Os municípios mineiros representam 51,2% dos
existentes na região Sudeste e 15,5% dos existentes no Brasil. O estado possui
13.175.268[17] eleitores,
o segundo maior colégio eleitoral do país, superado apenas por São Paulo.
Como todos os demais estados da
região Sudeste do Brasil, Minas Gerais apresenta alta taxa de urbanização,
que se acelerou em um crescimento explosivo entre os anos 1960 e 1980. Esse
fenômeno causou distorções com relação ao acesso universal à infraestrutura
urbana. As regiões mais densamente povoadas são a Metalúrgica (Central), Campo das Vertentes, Triângulo Mineiro, Alto
Paranaíba, Zona da Mata e Sul. As menores taxas de ocupação
populacional encontram-se no Norte do estado.
A forte religiosidade católica dos
colonos portugueses ainda predomina entre a população
mineira, que tem uma das maiores porcentagens de seguidores do catolicismo no
Brasil. As religiões evangélicas estão em forte crescimento, ao lado de
minorias como ateus e espíritas.
De acordo com dados obtidos durante o censo de 2000 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a população mineira era composta por
78,70% de católicos, 13,61% de protestantes,
4,60%sem religião e 1,59% de espíritas.[18]
A capital do estado de Minas
Gerais é Belo Horizonte, concebida e planejada para
substituir a colonial Ouro Preto ao final do século
XIX, então saturada e esgotada em sua capacidade de infra-estrutura para
sediar o governo. Dentre os inúmeros fatores que pesaram na criação de Belo Horizonte,
a localização privilegiada foi determinante, por estar a capital quase
centralizada no estado. Sua construção foi marcada pela formulação de
planejamento urbano específico, espelhado no exemplo de Boston (Estados
Unidos). Foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897 com o nome de Cidade de
Minas.
Belo Horizonte é também o
município mais populoso do estado, com pouco mais de 2,4 milhões de habitantes,
e outras 3 com mais de meio milhão de habitantes,Uberlândia,
a segunda do estado com mais de 604 mil habitantes no Triângulo Mineiro, Contagem com
mais de 603 mil habitantes na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, e Juiz de Fora, com 517 mil habitantes na Zona da Mata.[6] Em
relação às demais capitais brasileiras, sua distância máxima (até Boa Vista) não passa de 3.118 km, e em
relação aos municípios mineiros não vai além de 865 km (Formoso). Sua localização faz com que por
meio dela ou em suas cercanias passem rodovias federais muito importantes para
a interligação nacional, como as rodovias BR-040, BR-262, BR-381, dentre
outras.
Subdivisões
Pelo critério do IBGE, o estado de Minas
Gerais pode ser dividido geograficamente em doze mesorregiões, as quais
são formadas por 66 microrregiões.
O governo estadual, entretanto,
utiliza desde 1985 outra
segmentação territorial para fins administrativos, dividindo Minas Gerais em
Regiões de Planejamento (RP) nem sempre coincidentes com as mesorregiões do
IBGE. Diferentemente da divisão em mesorregiões do IBGE, as Regiões de Planejamento
são em número de dez:[38]
§ RP Noroeste de Minas:
formada pela Mesorregião do Noroeste de Minas
§ RP Norte de Minas:
formada pela Mesorregião do Norte de Minas
§ RP Rio Doce: formada pela Mesorregião do Vale do Rio Doce
§ RP Mata: formada pela Mesorregião da Zona da Mata
§ RP Sul de Minas: formada
pela Mesorregião do Sul e Sudoeste de
Minas e pela Microrregião de Lavras
§ RP Centro-Oeste de Minas:
formada pela Mesorregião do Oeste de Minas e
a Microrregião de Divinópolis
§ RP Jequitinhonha/Mucuri:
formada pela Mesorregião do Vale do Mucuri e
pelas microrregiões de Almenara, Araçuaí, Capelinha e Pedra Azul
§ RP Central: formada pela Mesorregião Metropolitana
de Belo Horizonte e pelas microrregiões de Barbacena, São João del-Rei, Três Marias, Curvelo, Conselheiro Lafaiete e Diamantin
Infraestrutura
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Educação
A rede de ensino no estado conta
com escolas privadas e públicas em todos os níveis de ensino. O português é o idioma oficial das escolas,
mas o inglês e o espanhol são parte do currículo de escola
secundária oficial.
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Transportes
Minas Gerais é o estado brasileiro
que abriga a maior quilometragem de rodovias. A malha
rodoviária no estado é de 269.545 quilômetros, dos quais apenas 11.396 em
rodovias federais e 21.472 em rodovias estaduais e estaduais coincidentes,
correspondendo todo o restante a estradas municipais. As principais rodovias
federais que cortam Minas Gerais sãoBR-040, BR-116, BR-262, BR-381, BR-050 dentre
outras.[47]
Também importantes ferrovias cruzam
o estado de Minas Gerais, como a Estrada de Ferro Vitória-Minas,
operada pela CVRD, e as antigas Estrada de Ferro Central do Brasil, Estrada de Ferro Leopoldina e a Ferrovia
do Aço, atualmente administradas pelas concessionárias MRS
Logística e Ferrovia Centro Atlântica.
Minas Gerais conta com 146 aeroportos,
localizados em 142 municípios. O mais importante é o Aeroporto Internacional Tancredo
Neves, em Confins, que serve à Região Metropolitana de Belo
Horizonte e outras cidades próximas como Itabira eJoão
Monlevade.
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Energia
A capacidade instalada de geração
de energia elétrica de Minas Gerais em 2000 era
de 11.435 MW, representando cerca de 17% do total do Brasil. Até 2005
mais 2.300 MW foram incorporados ao sistema energético do Estado.
A inauguração recente das usinas hidrelétricas de Irapé, Capim
Branco I e Capim Branco II em 2006 ampliou essa capacidade. A Usina
Hidrelétrica de Furnas localizada no sul do estado também é de grande
referência no setor energético nacional.
Além da capacidade de geração
instalada, Minas Gerais é importante no campo energético do Brasil pelo fato
dos rios de maior potencial hidroelétrico do país nascerem no estado, inclusive
os rios que abastecem a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A principal concessionária de
energia elétrica do Estado - distribui eletricidade para 97% do Estado - é a Companhia Energética de Minas
Gerais S/A (CEMIG), que tem como maior acionista o Governo de Minas
Gerais. A área de concessão da CEMIG compreende 774 das 853 municipalidades
mineiras. Estão interligados ao seu sistema 5.415 localidades e 5,3 milhões de
usuários. A rede de distribuição da Companhia é a maior da América
Latina, estendendo-se por mais de 315.000 quilômetros. A CEMIG possui ações
de várias outras empresas de energia espalhadas pelo Brasil, dentre elas a Light, do Rio de
Janeiro, e suas ações são negociadas em São Paulo e Nova Iorque.
Os demais 79 municípios do Estado
são atendidos por outras quatro concessionárias, sendo a maior delas a Energisa, qua
atende a 67 municípios da Zona da Mata do estado.
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Cultura
Arquitetura e artes
Um dos mais importantes acervos artísticos
e arquitetônicos do Brasil
colonial está abrigado nas cidades mineiras, destacando-se Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Congonhas, Tiradentes, Sabará e São João del-Rei.
O arquiteto e escultor Antônio Francisco Lisboa, conhecido por
Aleijadinho, é o nome mais importante do barroco mineiro,
tanto por esculturas avulsas quanto por realizações de maior vulto, como os
profetas em pedra sabão e os passos da Paixão em Congonhas e a concepção
arquitetônica de igrejas como a de São Francisco de Assis em
Ouro Preto. Suas obras estão presentes em diversas cidades da região do ouro.
Também no século
XVIII, o pintor Manuel da Costa Ataíde destacou-se pela
ornamentação em estilo rococó de forros das igrejas da região do ouro. Sua obra
mais importante é a pintura em perspectiva Glorificação da Virgem, na
igreja São Francisco de Assis em Ouro Preto.E também as artes são demais.
Minas Gerais é um dos estados com
maior número de museus do país, dedicados não apenas à história mineira, mas
também às artes e
às ciências.
Destacam-se oMuseu Mariano Procópio, o primeiro fundado
no estado, Museu da Inconfidência, com importante
acervo do século XVIII, Museu de Arte da Pampulha, Museu
do Escravoem Belo Vale, o único museu dedicado à cultura negra no
Brasil, Museu de Arte Sacra,
em Mariana, com um dos maiores acervos do país, Museu da Música de
Mariana, com acervo de documentos musicais sacros e profanos dos séculos XVIII
ao XX e o Centro Cultural Amilcar de Castro, em Paraisópolis.[48]
Artes cênicas
Desde o final dos anos 1970 até
os dias atuais, Minas Gerais passou a se destacar na cultura nacional através
da formação de diferentes grupos teatrais, de dança e de teatro de bonecos. No
cenário da dança, ganharam grande projeção o Grupo Corpo,
que todos os anos excurssiona a sua temporada por diferentes países, a Cia de
Dança do Palácio das Artes e o 1º Ato, além de ser berço de importantes grupo
de danças árabes, nas cidades de Belo Horizonte e Uberaba, ambos com projeção
nacional. Grupos de teatro como o Grupo
Galpão e o Espanca! também são referências do teatro nacional, além do Grupo
Giramundo e Armatrux, estes atuam no teatro de bonecos.
Regularmente, acontece em Belo
Horizonte grandes eventos que têm o objetivo de difundir as artes-cênicas
produzidas no estado, bem como trazer grandes atrações para apresentações nos
palcos locais. Dessa forma destacam-se a "Campanha de Popularização do
Teatro e da Dança", o "Festiva Mundial de Circo", "FID -
Fórum Internacional da Dança", "FIT - Festival Internacional de
Teatro", "FAN - Festival de Arte Negra" e o "Verão
Arte-Contemporânea".
Literatura
A literatura floresce
em Minas Gerais já na época do ouro, através principalmente de poetas árcades como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga
Peixoto e Cláudio Manoel da Costa.
Modernamente, Minas Gerais deu
sua contribuição à literatura brasileira através de escritores famosos, dentre
eles Autran Dourado, autor de Uma Vida em Segredo; João Guimarães Rosa, autor de clássicos comoGrande Sertão: Veredas e Sagarana; Fernando
Sabino, autor de O Encontro Marcado e o O Grande Mentecapto; Carlos Drummond de Andrade, um dos
principais nomes do modernismo brasileiro; Adélia
Prado, autora de O coração disparado e O homem da mão seca; Murilo
Rubião, autor de contos fantásticos, como O Pirotécnico Zacarias e O
Ex-Mágico; Rubem Fonseca, autor de Agosto, Bufo &
Spalanzani; Ziraldo,
humorista e criador do Menino
Maluquinho; Pedro Nava, autor de Baú de Ossos, Chão de
Ferro, Beira-mar; Murilo Mendes, poeta e autor de importantes obras do
modernismo no país; Darcy Ribeiro, autor de romances como Maíra, Migo e de diversas
obras voltadas à Educação, Antropologia e Etnologia; Roberto
Drummond, autor de Hilda
Furacão, O Cheiro de Deus, Hitler manda lembranças; Mário Palmério, autor deVila dos Confins e Chapadão do Bugre; Maxs Portes,
autor de coleções infantis; Luiz
Ruffato, autor de Eles eram muitos cavalos, As máscaras
singulares, (os sobreviventes); Stella
Libânio, autora de Fogão de lenha, Quentes e frios; Zuenir
Ventura, autora de 1968: o Ano que Não Terminou,; Frei Beto,
autor de Hotel Brasil, Entre todos os homens, Batismo
de sangue; Fernando Morais, autor de A Ilha, 'Olga, Chatô e O
Rei do Brasil; Fernando Gabeira, autor de O Que É Isso, Companheiro?, Affonso Romano de Sant'Anna, autor de A
grande fala do índio guarani, O Canibalismo Amoroso, Agosto 1991:
Estávamos em Moscou;Afonso Arinos de Melo Franco, autor de Pelo
sertão, Lendas e Tradições Brasileiras; Afonso Arinos de Melo Franco
(sobrinho), autor de O índio brasileiro e a Revolução Francesa, História
das ideias políticas no Brasil; Paulo Mendes Campos, poeta; Mário
Prata, autor de Sem lenço, sem documento, Estúpido
cupido, entre outros; Abgar
Renault, escreveu Sonetos antigos, A lápide sob a lua, Sofotulafai e A
outra face da lua; Ruy Castro, autor de Chega
de Saudade, O Anjo Pornográfico, Estrela Solitária, além de outras importantes
biografias e adaptações de obras estrangeiras.
Música
Minas Gerais tem uma rica
tradição musical. No século
XVIII se destaca a obra barroca de Lobo
de Mesquita. A partir do século
XIX, as bandas de música se desenvolvem a ponto de serem hoje um dos marcos
de identidade cultural do Estado. Na primeira metade do século XX se
destacam o samba,
o chorinho e
as marchinhas com
os compositores Ary Barroso, Ataulfo
Alves e Rômulo Pais.
Nos anos
1970, surge em Belo Horizonte o movimento Clube
da Esquina, cujas maiores influências eram a bossa nova, Beatles.
Também nessa época, Clara Nunes firma-se como intérprete de grande
sucesso principalmente de samba, Nelson Ned com
sua potência vocal se torna o maior brasileiro vendedor de discos no mercado
estadunidense.
Nos anos 1980, a banda de heavy
metal Sepultura tornou-se a primeira banda
brasileira a fazer sucesso no exterior, a banda de heavy metal Sarcófago foi uma das mais influentes bandas
de Black
Metalmundial, compositores como Celso
Adolfo ocorre também uma revalorização da cultura dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri com Tadeu Franco Paulinho Pedra Azul, Saulo
Laranjeira e Rubinho
do Vale. A banda instrumental Uakti liderada
pelo intrumentista Marco Antônio Guimarães, inovam ao fabricar
seus próprios instrumentos, encantam o mundo todo.
Nos anos 1990,
surgiram diversas bandas de pop rock em Minas, como Skank, Jota Quest, Oddie, Pato Fu e Tianastácia.
E também na MPB como Beto Guedes, Lô Borges, Fernando
Brant, Wagner Tiso,Milton
Nascimento. O estado também é conhecido por cativar públicos específicos e
fiéis como o da música eletrônica e do Rock
Progressivo. Esse último gênero ficou marcado pela criação de bandas que se
tornaram expoentes nacionais na década de 1970 e 80, como o Sagrado Coração da Terra, de Marcus
Viana, O Terço e 14
Bis de Flávio Venturini.
Cinema
Os nomes de Humberto
Mauro e João
Carriço se destacam na história do cinema mineiro,
sendo pioneiros do cinema nacional. Humberto Mauro inicia suas primeiras
filmagens em 1925,
fundando a Phebo Sul América. Após suas primeiras filmagens em Cataguases,
vai em 1929 trabalhar
no Rio de Janeiro. Seu contemporâneo João Carriço, com
o lema "Cinema para o povo", lançou a Carriço Filmes, em Juiz de
Fora, produzindo cinejornais e documentários no início do século XX. Fundou
em 1927 o
Cine Teatro Popular, com 500 lugares, com exibições a preços populares.[49]
No período do Cinema Novo e
do Cinema Marginal, desponta o nome de Carlos Alberto Prates Correia, um dos
principais realizadores da história do estado, autor de filmes evocadores da
paisagem, da cultura e do povo mineiro, como os inventivos Perdida, Cabaret
Mineiro, Noites do Sertão e Minas Texas. Recentemente, dirigiu Castelar e Nelson Dantas
no País dos Generais, um balanço da trajetória do cinema mineiro, de Humberto
Mauro ao período da ditadura
militar.
Sem ainda deixar de citar Grande
Otelo, no cinema contemporâneo se destacam os cineastas Cao Guimarães produtor de curtas
premiados no mundo inteiro e Helvécio
Ratton, diretor de entre outros filmes Menino
Maluquinho, Uma Onda no Ar, Batismo
de Sangue e Pequenas Histórias; E o premiado ator Selton
Mello após atuar em filmes como: Lavoura
Arcaica, O Que É Isso, Companheiro?, Guerra de Canudos, O Auto da Compadecida, O Cheiro do Ralo, Meu Nome Não é Johnny e, Os
Desafinados; Em 2008, estreou como diretor com o filme Feliz Natal.
Folclore
A religiosidade tem influência
marcante nas principais manifestações culturais do povo mineiro, principalmente
nas festas folclóricas. Além das tradicionais festas
juninas e da folia de reis, destacam-se a Festa do Divino, o congado e a
cavalhada.
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Artesanato
O artesanato está presente em
diversas regiões de Minas Gerais, com produção baseada em pedra-sabão,
cerâmica, madeira e fibras vegetais. De Diamantina são
famosos os tapetes arraiolos, de Tiradentes destacam-se
os objetos em prata, e da região do Vale do Jequitinhonha as peças em
madeira e principalmente cerâmica.
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Culinária
Na cozinha mineira a carne de
porco é muito presente, sendo famosos o tutu com lombo de porco, a costelinha
de porco e o leitão a pururuca. Também são apreciados a vaca atolada, o feijão
tropeiro com torresmo, linguiça e couve, o frango ao molho pardo com angu de
fubá e o frango com quiabo ensopado e arroz com pequi. São famosos os doces
mineiros, especialmente o doce de leite, como o produzido em Viçosa, a
goiabada, a ambrosia. O pão-de-queijo é uma das principais referências da
cozinha mineira.[50]
Esportes
§ No futebol Minas
Gerais tem equipes de importância para o esporte, em âmbito estadual, o Boa,
o Ipatinga, Tupi e o Uberlândia, além dos campeões nacionais Atlético Mineiro, Cruzeiro, América-MG e o Villa Nova Atlético Clube.
§ O Estádio Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo
Horizonte, com capacidade para 75.000 pessoas.
§ O Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia,
com capacidade para 50.000 pessoas.
§ O Estádio Helenão, em Juiz de
Fora, com capacidade para 40.000 pessoas.
§ Há pelo menos quatro
grandes ginásios em Minas Gerais: o Mineirinho,
a Arena
da Rua da Bahia (de propriedade do MTC), a Arena Sabiazinho, em Uberlândia e
o Ginásio Divino Braga, em Betim.
§ O Minas Tênis Clube, com sede em BH, tem times
competitivos em vôlei, basquete, futsal e
abrange grande número de nadadores.
§ O time de Basquete do
Colégio Arnaldo em Belo Horizonte é campeão nacional intercolegial
e representou o Brasil no mundial da Turquia em 2009.
§ Minas como outros estados
do país também tem times para prática do Rugby como o BH Rugby(Belo Horizonte),
Varginha Rugby, UFLA Rugby Team, e o CBRF(Campo Belo Rugby Football).
Ligações externas
§ IBGE. Contas
Regionais do Brasil 2004-2008 : Tabela 1 - Conta de produção por
operações e saldos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação -
2004-2008. Acessado em 17 de novembro de 2010
Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro é uma
das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se na
porção leste da região Sudeste, tendo como limites os
estados de Minas Gerais (norte e noroeste), Espírito Santo(nordeste) e São Paulo (sudoeste),
como também o Oceano Atlântico (leste e sul). Ocupa uma área de 43
696,054 km², sendo pouco maior que a Dinamarca.
Apesar de ser, efetivamente, o 3º menor Estado do Brasil (ficando
à frente apenas dos estados de Alagoas e Sergipe, respectivamente,
em segundo e primeiro lugar), concentra 8,4% da população do país, figurando,
consequentemente, como o estado com maior
densidade demografica do Brasil.
Sua capital e maior cidade é a cidade homônima, a segunda cidade mais
populosa do Brasil e principal centro cultural do país. Os naturais do estado
do Rio de Janeiro são chamados defluminenses (do latim flumen,
literalmente "rio"). Carioca é o gentílico da cidade do Rio de
Janeiro.
Segundo dados do Censo 2010 o Rio
de Janeiro é o terceiro estado mais populoso do Brasil. Os municípios mais
populosos são: Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque
de Caxias, Nova Iguaçu,Belford
Roxo, Niterói, São João de Meriti, Campos dos Goytacazes, Petrópolis, Volta
Redonda, Magé, Itaboraí, Macaé, Mesquita, Cabo Frio, Nova
Friburgo, Barra Mansa e Angra
dos Reis.
Muitas cidades destacam-se
devido à forte vocação turística, como: Araruama, Angra
dos Reis, Armação dos Búzios, Arraial
do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Nova
Friburgo, Penedo(distrito de Itatiaia), Paraty, Petrópolis, Rio
das Ostras, Saquarema, Teresópolis, Serra
de Macaé (conjunto de distritos na região serrana de Macaé), Sumidouro, Carmo, entre outras.
O estado é formado por duas
regiões morfologicamente distintas: a baixada e
o planalto, que se estendem, como faixas
paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do Sul, Macaé, Guandu,Piraí, Muriaé e Carangola são
os principais rios.
O clima é tropical.
É representado na bandeira da Federação brasileira pela
estrela Beta do
Cruzeiro do Sul (β = Mimosa).
Geografia
O estado do Rio faz parte do bioma da Mata
Atlântica brasileira, tendo em seu relevo montanhas e baixadas
localizadas entre a Serra da Mantiqueira e Oceano Atlântico, destacando-se pelas paisagens
diversificadas, com escarpas elevadas à beira-mar, restingas, baías, lagunas e florestas
tropicais. Fazendo divisa com os estados de Espírito Santo, São Paulo e Minas
Gerais, o Rio de Janeiro é um dos menores estados do país e o menor da região
Sudeste. O município mais setentrional do
estado é Varre-Sai e
o mais meridional é
a cidade de Paraty.
Possui uma costa com 635
quilômetros de extensão, banhados pelo Oceano Atlântico, sendo superada em
tamanho apenas pelas costas da Bahia e Maranhão.
Clima
Predominam no estado do Rio de
Janeiro os climas tropical (baixadas) e tropical de altitude (planalto). Na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, domina o climatropical semi-úmido,
com chuvas abundantes
no verão,
que é muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A temperatura média
anual é de 22°C a 24°C e o índice pluviométrico fica entre 1.000 a 1 500 milímetros
anuais. Nos pontos mais elevados da região serrana, limite entre a Baixada
Fluminense e a Serra Fluminense, observa-se o clima tropical de altitude, mas com verões um pouco
quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual é de
16°C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de
altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos e na maioria das
vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se
aproximando dos 2 500 mm anuais em alguns pontos. Nas Baixadas
Litorâneas, a famosa Região dos Lagos, o clima é tropical marítimo, com média
anual de cerca de 24°C com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido
ao vento do mar e invernos amenos.Também é devido ao vento frio trazido pela
Corrente das Malvinas vindo do mar que esta região é uma das mais secas do
Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750mm em cidades como Arraial
do Cabo, Armação dos Búzios e São Pedro da Aldeia, e não passando de cerca de
1.100 mm nas cidades mais chuvosas da região, Maricá e Saquarema.
Ocasionalmente, podem ocorrer
precipitações de neve nas
partes altas do Parque Nacional de Itatiaia, onde está
situado o Pico das Agulhas Negras. Em 1985, foi
registrada uma abundante nevada nas proximidades deste pico, com acumulações de
um metro em certos pontos.[5]
Vegetação
Devido à ocupação agropastoril,
o desmatamento modificou
sensivelmente a vegetação original do estado. Atualmente, as florestas ocupam
um décimo do território fluminense, concentrando-se principalmente nas partes
mais altas das serras.
Há grandes extensões de campos produzidos pela destruição, próprios para a pecuária,
e, no litoral e
no fundo das baías, registra-se a presença demanguezais (conjunto
de árvores chamadas mangues, que crescem em terrenos lamacentos).
Hidrografia
O Rio Paraíba do Sul é o principal rio do estado. Nasce
em Taubaté e
desemboca no Oceano Atlântico — como a maior parte dos
rios fluminenses —, na altura de São João da Barra. Seus principais afluentes, no
estado, são o Paraibuna, Pomba e
o Muriaé que
possui um importante afluente, o Carangola,
subafluente do rio Paraíba do Sul, pela margem esquerda, o Piabinha e
o Piraí pela
margem direita. Além do Paraíba
do Sul, destacam-se. de norte para sul, os rios Itabapoana,
que marca fronteira com o Espírito Santo, o Macabu,
que deságua na lagoa Feia, o Macaé,
o São João, o rio Macacu,
o Majé e
o Guandu.
O litoral fluminense
é pontilhado por numerosas lagoas, antigas baías fechadas
por cordões de areia.
As mais importantes são as lagoas Feia, a maior do estado,Saquarema, Maricá, Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas, as três últimas no município do Rio de Janeiro.
O Estado ainda conta com a maior laguna hipersalina
do mundo, a Laguna Araruama, que é chamada de lagoa pelos
leigos por um erro, pois além de ser salobra tem ligação com o mar através do Canal
do Itajuru.
Litoral
O litoral do
Rio de Janeiro é extremamente recortado. Os principais acidentes são a Baía da Ilha Grande, a Ilha Grande, a Restinga da Marambaia, a baía de Sepetiba e a baía de Guanabara, onde se destaca na paisagem a Enseada de Botafogo. Há um total de 365 ilhas
espalhadas pela costa somente na cidade de Angra
dos Reis e 65 na baía de Paraty.
Solos e relevo
De um modo geral, os solos fluminenses
são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-se
em Campos dos Goytacazes,Cantagalo, Cordeiro e
em alguns municípios do vale do rio Paraíba do Sul.
Existem no estado duas unidades
de relevo:
a Baixada Fluminense, que corresponde às terras
situadas em geral abaixo de duzentos metros de altitude e oPlanalto ou Serra
Fluminense, acima de trezentos metros.
Baixada Fluminense acompanha todo o litoral e
ocupa cerca de metade da superfície do
estado. Apresenta largura variável, bastante estreita entre as baías daIlha Grande e de Sepetiba, alargando-se progressivamente no sentido
leste, até o rio Macacu. Nesse trecho, na capital, erguem-se os maciços da Tijuca e daPedra Branca, que atingem altitudes um pouco
superiores a mil metros. Da baía da Guanabara até Cabo Frio,
a baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de duzentos
a quinhentos metros de altura, os chamados maciços litorâneos
fluminenses. A partir de Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas
extensões máximas no delta do Rio Paraíba do Sul.
O Planalto ou Serra
Fluminense ocupa o interior do estado, por isso está localizado entre
a Baixada Fluminense, ao sul e o vale do Rio Paraíba do Sul. A elevação da Serra do
Mar, ao norte da baixada, forma o seu rebordo. A Serra do Mar recebe
diversas denominações locais: serra dos Órgãos, com o Pico Maior de Friburgo(2 316 metros), a Pedra do Sino (2 263
metros) e Pedra-Açu (2 232 metros),
das Araras, da Estrela e
do Rio Preto. A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do
estado, ao norte do vale do rio Paraíba do Sul, onde é paralela à Serra do Mar.
O ponto mais alto do Rio de Janeiro, pico das Agulhas Negras (2 791 metros)
localiza-se no maciço de Itatiaia, que se ergue da serra da
Mantiqueira. Para o interior, oplanalto vai diminuindo de altitude, até chegar ao vale
do rio Paraíba do Sul, onde a média cai para 250 metros. A nordeste, observa-se
uma série de morros e colinas de
baixas altitudes.
Subdivisões
Mesorregiões, microrregiões e
municípios
Uma mesorregião é uma subdivisão
dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica
com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para
fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou
administrativa. Oficialmente, as seis mesorregiões do estado são: Baixadas, Centro Fluminense, Metropolitana do Rio de
Janeiro, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense e Sul Fluminense.[8]
Já uma microrregião é, de acordo
com a Constituição brasileira de 1988, um
agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade é integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum, definidas por lei
complementar estadual. O Rio de Janeiro é dividido em dezoito
microrregiões. São elas: Bacia de São João, Baía da Ilha Grande, Barra do Piraí, Campos dos Goytacazes, Cantagalo-Cordeiro, Itaguaí, Itaperuna, Lagos, Macacu-Caceribu, Macaé,Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, Santo Antônio de Pádua, Serrana, Três Rios, Vale do Paraíba Fluminense e Vassouras.[9] Ao
todo, o Rio de Janeiro é dividido em 92 municípios.
Economia
Grande parte da economia do estado
do Rio de Janeiro se baseia na prestação de serviços, tendo ainda uma parte
significativa de indústria e pouca influência no setor de agropecuária.
62,1% em representação do seu produto interno bruto representam a
prestação de serviços em áreas como telecomunicações, audiovisual, tecnologia da informação - TI, turismo, turismo
de negócios,ecoturismo,
seguros e comércio. A cidade do Rio de Janeiro é sede da maior parte
das operadoras de telefonia do país, como TIM, Oi, Telemar (Oi e Telemar são do
mesmo grupo), Embratel, Vésper (a Embratel e Vésper também são do mesmo grupo)
e Intelig (recentemente adquirida pelo grupo TIM). O estado também ocupa
posição de destaque no setor de vendas a varejo, sendo sede de grandes cadeias
de lojas, como Lojas Americanas, Ponto Frio e Casa
& Vídeo.
Em seguida, com 37,5% do produto
interno bruto vem a indústria - metalúrgica, siderúrgica, gás-química,
petroquímica, naval, automobilistica, audiovisual, cimenteira, salineira,
alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e celulose, de extração
mineral, extração e refino de petróleo.
A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia
fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250
laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck,
Glaxo, Roche, Arrow, Barrenne, Casa
Granado, Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt,
Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no bairro de
Manguinhos, é o maior laboratório público da América Latina e um dos maiores do
mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas
moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de inúmeros produtos de limpeza e
desinfetantes também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se
localiza um importante parque industrial, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional,
(maior complexo siderúrgico da América Latina) instalada em Volta
Redonda, PSA Peugeot Citroën, Volksvagen Caminhões e
Ônibus (maior fábrica de caminhões do Brasil), Coca-Cola (Companhia Fluminense
de Refrigerantes), Guardian do Brasil, Galvasud, Indústrias Nucleares do
Brasil, Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados,
Companhia Estanífera Brasileira, Usinas Nucleares Angra 1, 2 e 3, entre outras.
A Nissan também
irá construir uma nova fábrica no município deResende no sul do estado.[10]
No que diz respeito à indústria
do sal, a Região dos Lagos é a segunda maior região
produtora do Brasil, perdendo apenas para a região do Pólo Costa Branca, localizado no estado do Rio Grande do Norte. No município de Cabo Frio está
sediada a Refinaria Nacional de Sal,
que é uma das principais indústrias salineiras do país.
No setor de petróleo, estão
sediadas no Rio de Janeiro as maiores empresas do país, incluindo a maior
companhia brasileira, a Petrobras. Além dela, Shell, Esso,Petróleo Ipiranga e El Paso Corporation mantêm suas sedes e
centros de pesquisa no estado. Juntas, todas estas empresas produzem mais de
quatro quintos dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do país. O
governo do estado monitora a produção de petróleo e gás através do Centro
de Informações sobre o Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro.
Finalmente, respondendo por
apenas 0,4% do produto interno bruto fluminense, a agropecuária é
apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e do
Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o café, já tiveram
considerável impacto na economia fluminense.
O estado do Rio de Janeiro é a
segunda maior economia do Brasil, perdendo apenas para São Paulo,
e a quarta da América do Sul, tendo um Produto Interno Bruto superior ao do Chile, com uma
participação no produto interno bruto nacional de 15,8% (2005 – Fundação Centro de
Informações e Dados do Rio de Janeiro e Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Sua capital é frequentemente
associada à produção audio-visual. Segundo dados do Ministério da Cultura,
cerca de oitenta por cento das produtoras cinematográficas do país têm sede no
Rio de Janeiro e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação
ao total nacional. O Rio é sede da Herbert
Richers, maior empresa de tradução e dublagem do Brasil e berço e
quartel-general das Organizações Globo, maior conglomerado de empresas de
comunicações e produção cultural da América
Latina. Nominalmente, estão na cidade as sedes da Rede Globo de Televisão, da Globosat, maior
empresa de televisão geradora de conteúdo por assinatura do país, da Rádio
Globo e do jornal O Globo, primeira empresa da holding. Além da sede das
organizações Globo, no estado está presente o RecNov, complexo de estúdios e
dramaturgia da Rede Record. Também se sediou no Rio de Janeiro a Rede
Manchete, fundada em 1983 e extinta em 1999. O estado (e especificamente a
cidade do Rio de Janeiro),ultimamente tem se destacado como cenário para filmes
estrangeiros, principalmente Norte-Americanos.
Recentemente, por determinação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade do Rio foi escolhida como
cabeça de rede da TV Brasil, emissora estatal resultante da fusão da Radiobrás,
de Brasília,
com a Rede Brasil (TVE Brasil), já sediada na capital fluminense.
Cultura
A pujança cultural do estado está
espelhada principalmente na capital, a cidade do Rio de Janeiro. O município de Niterói, nos
últimos anos começou uma grande revolução nesse setor quando houve a
inauguração do Museu de Arte Contemporânea da Cidade (Obra de Oscar
Niemeyer) e em breve a inauguração do Caminho Niemeyer, projeto do mesmo
arquiteto do Museu de Arte Contemporânea, que contará com teatro, cinemas,
museu, igrejas e um centro de memória.
Em 2006, 65% da produção do
cinema nacional foi realizada por produtoras sediadas na capital fluminense,[15] que
possui, também, cerca de 180 salas de cinema, maior proporção do país entre as
capitais, e a maior proporção também de museus, (80 no total e 43 teatros).[carece de fontes]
Entre os principais museus do estado
estão o Museu Imperial de Petrópolis, Museu Nacional de Belas Artes,
o Museu Histórico Nacional, o Museu Histórico da República, o Museu da Chácara do Céu, oMuseu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro, o Museu Nacional
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Museu da Vida da Fundação
Oswaldo Cruz, o Museu de Arte Contemporânea de
Niterói, Museu da Aviação Naval - Único do
gênero no Brasil e
o do Forte de Copacabana - Museu Histórico do
Exército.
Também está em construção na capital fluminense, na Barra
da Tijuca, a Cidade da Música Roberto Marinho, um complexo que
abrigará a maior sala de concertos da América
Latina.[16
Ligações externas
§ WikiRio - Informações
práticas sobre Rio de Janeiro (formato wiki)
Pernambuco
Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está
localizado no centro-leste da região
Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser
banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98 311 km² (pouco
menor que a Coreia do Sul). Também fazem parte do seu território
os arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo. Sua
capital é a cidade do Recife e a
sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas. O
atual governador é Eduardo Campos (PSB).[6][7][8][9]
O maior aglomerado urbano de
Pernambuco é a Região Metropolitana do Recife (RMR),
um dos principais polos industriais do Brasil. Os municípios mais populosos da
metrópole pernambucana são Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho.[10] E as
cidades mais importantes fora da RMR são: Vitória de Santo Antão, Goiana, Carpina, Escada ePalmares, na Zona da
Mata; Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe, Gravatá e Belo Jardim,
no Agreste;
e Petrolina, Serra
Talhada, Araripina, Arcoverde e Salgueiro no Sertão.
Uma das primeiras regiões do
Brasil a ser ocupada pelos portugueses, Pernambuco foi também o mais importante
núcleo econômico e um dos principais núcleos políticos do período
colonial.[11] O
estado teve ativa participação em diversos episódios da história brasileira: foi palco das Batalhas dos Guararapes, decisivas na Insurreição Pernambucana e
consideradas a origem do Exército Brasileiro; e serviu de berço a
movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, como a Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolta
Praieira.[12]
Pernambuco é atualmente o décimo estado mais rico do
Brasil; e Recife a
cidade com o maior PIB per capita entre as capitais da Região
Nordeste.[13] O
estado abriga o maior parque tecnológico do Brasil, o Porto
Digital, localizado no bairro
do Recife Antigo na capital pernambucana; e o maior estaleiro do
Hemisfério Sul, o Estaleiro Atlântico Sul, situado no Complexo
Industrial de Suape, Região Metropolitana do Recife. Em Pernambuco nasceram
nomes de destaque da indústria brasileira, como Norberto Odebrecht, José Ermírio de Morais, Edson Mororó Moura e Antônio de Queiroz Galvão. O nível de
desenvolvimento social pernambucano é superior ao dos países menos avançados,
mas ainda está abaixo da média brasileira. Não obstante, Pernambuco detém o melhor
serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e Sul brasileiro segundo
o IBGE, e
apresenta a terceira melhor qualidade de
vida do Norte-Nordeste segundo aFIRJAN.[14][15][15]
Conhecido por sua ativa e rica cultura
popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o frevo e o maracatu, bem como detentor de um vasto patrimônio histórico,artístico e arquitetônico, sobretudo no que se refere
ao período colonial. Na década
de 1990, surgiu em Pernambuco o manguebeat,
amálgama do rock,
do pop, do rap e do funk com os ritmos locais. Nasceram no estado nomes de peso
no cenário internacional: Paulo
Freire, um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial e
brasileiro mais homenageado de todos os tempos; Gilberto
Freyre, um dos maiores sociólogos do século XX; Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente
da República Federativa do Brasil; entre outros. O estado também deu origem a
grandes literatos brasileiros, como Manuel
Bandeira, Nelson Rodrigues, João Cabral de Melo Neto, Joaquim
Nabuco, entre muitos outros,[9] bem
como a nomes de destaque das artes visuais edesign,
como Cícero Dias, Romero
Britto, Abelardo da Hora e Andree
Guittcis. Pernambuco deu origem ainda a grandes nomes das ciências
exatas e biológicas, como Mário
Schenberg,Leopoldo Nachbin, Paulo
Ribenboim, Correia Picanço, entre outros tantos.
Etimologia
A origem do nome Pernambuco é
controversa. Alguns estudiosos afirmam que vem do nome tupi: pa'ra'nã =
"mar" mais buka = ("furo de mar"), referência
dada aos índios no canal de Santa Cruz que cerca a toda a Ilha de Itamaracá.[17] Segundo
outros afirmam, era a denominação nas línguas indígenas locais da época do
descobrimento para o pau-brasil. Pode se originar, ainda, da palavra tupiparanãbuku,
que significa "mar comprido", através da junção dos termos paranã ("mar")
e puku ("comprido, alto").[18].
Os habitantes naturais do estado
do Pernambuco são denominados pernambucanos.[19]
Quanto à pronúncia do gentílico per.nam.bu.ca.no
(top. Pernambuco mais ano – que significa pessoa nascida ou
que vive em Pernambuco), as pronúncias aceitas, de acordo com as flexões
gramaticais, seguem os exemplos: "o pernambucano e a pernambucana; os pernambucanos e as pernambucanas".[20]
Geografia
Pernambuco é um dos menores
estados do país. Apesar disso, possui paisagens variadas: serras, planaltos, brejos, semi-aridez
no sertão e diversificadas praias na costa. O estado tem altitude crescente do
litoral ao sertão. As planícies litorâneas têm altitude de
até 200m, apresentando relevo peneplano (mamelonar), e alguns pontos do planalto da Borborema ultrapassam os
1.000m de altitude. Na margem oeste da mesorregião Agreste, há a Depressão Sertaneja, uma depressão relativa com
altitude média de 400m que se estende até a margem oriental da Chapada do Araripe. Faz divisa com Paraíba e Ceará ao
norte, Alagoas e Bahia ao sul, Piauí ao
oeste e o oceano Atlântico ao leste. Tem 187 km de
costa, excluindo a costa do arquipélago de Fernando de Noronha.
Mais da metade do estado é
localizado no Sertão, exclusivamente no oeste e região central do estado. É um
lugar onde há escassez de chuvas, e o clima é semi-desértico (semi-árido),
devido à retenção de parte das precipitações pluviais no Planalto da Borborema
e correntes de ar seco provenientes do sul da África. Está
no domínio da caatinga, com período chuvoso restrito a cerca de quatro
meses do ano, sendo que em anos periódicos as chuvas podem ficar abaixo da
média ou até mesmo acima da média. As médias de precipitações pluviométricas
variam entre 600 mm e 800 mm sendo que em trechos da região, podem
ser menor que 500 mm, mas também podem se aproximar de 1.000 mm, como
em áreas do alto pajeú e chapada do arapipe. No Agreste as precipitações são
entre 600 mm e 900 mm, principalmente em áreas consideradas como Brejos de Altitude. A Zona da Mata do estado tem
precipitações médias entre 1.500 e 2.000 mm anuais.[41]
Geologia e Relevo
O relevo é moderado: 76% do
território estão abaixo dos 600m. É formado basicamente por três tipos: (Baixada litorânea), (Planalto da Borborema) e (Depressão Sertaneja). O litoral é uma grande
planície sedimentar (Baixadas Litorâneas do Nordeste),
quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível
do mar, nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes.
A baixada litorânea no litoral
trata-se de uma grande planície costeira de origem sedimentar e
altitude que oscila entre 0 a 10 metros, apresenta feiçoes onde sobressaem praias e restingas. A
altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa, junto a Zona da
Mata tem como traço característico de sua paisagem um relevo marcado
pela predominância de morros e colinas. A Zona da
Mata é marcada por formações onduladas ou melonizadas, características
denominadas pelo geógrafo francês Pierre Deffontaines e consagrada pelo
geógrafo brasileiro Aziz
Ab'Saber, como domínio de "Mares-de-Morros",
expressão para designar o relevo das colinas.
O Planalto da Borborema é a principal
formação geológica na faixa de transição da Zona da Mata para o Agreste é
conhecido popularmente como Serra das Russas, tem altitude média de 600m,
. Há picos com 1000 m de altitude, e os planaltos tem cerca de 800 m de
altitude, com destaque para o maciço dômico de Garanhuns, com altitude média de
800m. Na Microrregião do Pajeú, próximo ao município
de Triunfo, localiza-se o Pico do Papagaiocom 1.260 metros, no
limite com o sudoeste da Paraíba.
O Agreste localiza-se sobre este
planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos
mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo
responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e
pediplanos).
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em
direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao
Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações
geomorfológicas predominantes são os inselbergues,
serras e chapadas,
estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. A Chapada do Araripe tem
altitude média de 800m.[43]
Baixada Litorânea
Distinguem-se, de leste para
oeste: praias protegidas pelos recifes; uma faixa de tabuleiros areníticos, com 40
a 60m de altura; e a faixa de terrenos cristalinos talhados em colinas, que se
alteiam suavemente para oeste até alcançarem 200m no sopé da escarpa da Borborema. Tanto a faixa de tabuleiros como a
de colinas são
cortadas transversalmente por vales largos onde se abrigam amplas várzeas,
chamadas planícies aluviais.
Fortes contrastes observam-se
entre os solos pobres
dos tabuleiros e os solos mais ricos das colinas e várzeas. Nos dois últimos
repousa a aptidão do litoral pernambucano para o cultivo da cana-de-açúcar, base de sua economia agrícola.
Planalto da Borborema Seu rebordo
oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o que
lhe confere ao topo uma altitude de 500m. Para o interior, o planalto ainda se
alteia mais e alcança média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até
atingir 600m junto ao rebordo ocidental. Há picos com 1000 m de altitude como é
o caso do Pico da Boa Vista 1 196 m e do Pico do Papagaio 1 260 m, o
primeiro localiza-se no agreste e o último no sertão. Diferem consideravelmente
as topografias da
porção oriental e da porção ocidental.
A leste, erguem-se sobre a
superfície do planalto cristas de leste para oeste, separadas por vales, que
configuram parcos relevos de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto
eleva-se o maciço dômico de Garanhuns,
que supera a altitude de 1.000m.
Depressão sertaneja
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em
direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao
Planalto da Borborema, uma área de depressão relativa. As formações
geomorfológicas predominantes são os inselbergues,
serras e chapadas,
estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. A Chapada do Araripe tem altitude média de
800m.[43]
Clima
O estado está inserido na zona intertropical, logo apresenta
predominantemente temperaturas altas, todavia o quadro climático é bem
diversificado devido à interferência do relevo e das massas de ar.
Na Zona da Mata o clima é
predominantemente pseudotropical, com fortes chuvas no outono e inverno. Já no Agreste as condições climáticas são
diversificadas por ser uma região de ecótone,
apresentando áreas mais úmidas e outras mais secas, onde predomina o clima semi-árido.
No Sertão, o clima é semi-árido quente, devido à retenção das precipitações
pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar
seco provenientes do sul da África (tépida
caalariana ou TK), entre outros fatores menos importantes.
O estado encontra-se com 89,01%
de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[47], que se
estende do extremo norte de Minas
Gerais, até o Piauí e está sujeita a secas periódicas. Essa área
corresponde a 87.317 km², ocupando as regiões do agreste e sertão. É a região com as menores e mais
irregulares precipitações pluviométricas. Com período chuvoso restrito a cerca
de quatro meses do ano, com precipitaçoes pluviométricas entre 600mm a 800mm.
No agreste e sertão aparecem
áreas de exceções - principalmente cidades com microclima de altitude, com
temperaturas que podem chegar a 8 °C durante o inverno,[48] como Triunfo, Garanhuns e Taquaritinga do Norte, que são considerados Brejos de Altitude. Outra exceção é a mesorregião do São Francisco, mais úmida
que as circundantes por conta do Rio São Francisco e a irrigação proveniente
dele.
Municípios como Triunfo, Poção, Capoeiras, Caetés, Jupi, Garanhuns, Lajedo e Saloá são
classificados como Cw'a ou Cs'a (temperatura
média do mês mais frio abaixo de 18 °C[43]).
Curiosamente, tais classificações são de clima mediterrânico, incomuns na região.
Por influência das massas de ar
úmido com ação no inverno, a Zona da Mata e o Agreste tem chuvas
concentradas durante a estação mais fria.
Vegetação e Hidrografia
A cobertura vegetal do estado é
composta por vegetação
Litorânea, floresta Tropical e Caatinga. A
vegetação Litorânea predomina em áreas muito próximas ao oceanos, por isso
apresenta, matas,manguezais e cerrados, que
recebem a denominação de (tabuleiro). Apresentam árvores com raízes de
suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural, formado por
gramíneas e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras
espécies por batiputás e mangabeiras.
A floresta
Tropical originalmente conhecida como floresta Atlântica, é encontrada apenas na faixa
leste do estado, cujo espécies se misturam com a caatinga na denominada Áreas
de Tensão ecológica(Contatos entre tipos de vegetação), na faixa de transição
entre a zona da mata e agreste. Na floresta Atlântica, as matas registram a
presença de árvores altas, sempre verdes, como a (peroba) e a(sucupira).
A caatinga,
vegetação típica do Sertão, o Agreste apresenta uma
vegetação de transição e suas características se misturam com a da Mata
Atlântica, na parte mais oriental e com a da Caatinga, na parte mais
ocidental. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com
espécies como a (baraúna), ou arbustivo representado,
entre outras espécies pelo (xique-xique) e
o (mandacaru).
É característica do litoral norte
suas formações geográficas mais variadas - ilhas fluviais como Itamaracá, diversos rios e suas desembocaduras,
bancos de areia, entre outros. A fauna é variada, destacando-se as aves migratórias
que periódicamente chegam à ilha Coroa do Avião e Fernando de Noronha. Ambas as ilhas têm
estações de pesquisa ambiental.
Quanto à hidrografia,
as grandes bacias hidrográficas de Pernambuco possuem
duas vertentes: Faz parte da bacia do Atlântico Nordeste
Oriental e da Bacia do rio São Francisco. Os rios que
escoam para o rio São Francisco formam os chamados rios interiores, cujo todos
os rios nascem em municípios limítrofes na divisa de estados da Região
nordeste, os rios que escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados rios
litorâneos, fazem parte da bacia hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental,
cujo quase todos nascem no planalto da borborema.[49]
Os três maiores reservatórios de
água de pernambuco são: Reservatório Eng. Francisco Sabóia em Ibimirim no
sertão, na bacia hidrográfica do rio
Moxotó, o Reservatório de Jucazinho, localizado na mesorregião Agreste, próximo
ao município de Surubim, na bacia do rio
capibaribe, e a represa de Itaparica, inserida sobre o rio São
Francisco, mediante o represamento das águas do Rio São Francisco, com vistas ao aproveitamento hidroelétrico do
rio através da Usina Hidrelétrica de Itaparica,
sendo uma das maiores usinas hidrelétricas do Brasil, além
desses, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o estado.
Na Região Metropolitana do Recife há
poucos lagos e reservatórios,
destaque para os reservatórios de Tapacurá e Pirapama. Na periferia do
município do Recife encontram-se dois belos cartões postais do município, a Lagoa do Araçá de Apipucos e a da Prata, sendo
o último pertencente ao Parque Dois Irmãos. Osmanguezais são
abundantes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à
urbanização (com a exceção do maior mangue urbano do Brasil, cercado por
bairros da zona sul do município do Recife, como Boa Viagem). Porém, nos anos 90, houve um
programa de re-implantação do mangue nas margens doRio
Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de volta a
vegetação ao rio por todo o município.
Rio São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão são
os rios principais. O São Francisco é de importância vital para o interior do
estado, principalmente para distribuição de umidade através de irrigação. Veja lista de rios de Pernambuco
Ecologia
Em Pernambuco, o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade administra 11 unidades de
conservação: dois parques
nacionais, uma estação ecológica, uma floresta
nacional, três áreas de proteção ambiental, uma reserva extrativista e três reservas biológicas.[50] A lei
estadual 13.787/09, de 8 de junho de 2009, instituiu o Sistema
Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), sob o qual o estado mantém
66 Unidades de
Conservação Estaduais, das quais 25 são de Proteção Integral e 41 de Uso
Sustentável. Vinte e uma das unidades estaduais pertencem às categorias
descritas pelo SEUC; trinta e três aguardam a recategorização e implantação; e
treze foram criadas para proteger os estuários pernambucanos.
As unidades de conservação
administradas pelo governo brasileiro em Pernambuco são o Parque Nacional Marinho
de Fernando de Noronha (em Fernando de Noronha), o Parque Nacional do Catimbau (em Buíque, Ibimirim, Sertânia e Tupanatinga),
a Área de Proteção
Ambiental de Fernando de Noronha (em Fernando de Noronha), a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (em Barreiros, Rio Formoso, São José da Coroa Grande e Tamandaré), a Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe (em Araripina, Bodocó, Cedro, Exu, Ipubi, Serrita, Moreilândia e Trindade), a Reserva Extrativista
Acaú-Goiana (em Goiana), a Floresta Nacional de Negreiros (em Serrita), a Estação
Ecológica de Tapacurá (em São Lourenço da Mata), a Reserva Biológica da Serra Negra (em Floresta, Inajá eTacaratu), a Reserva
Biológica de Pedra Talhada (em Lagoa
do ouro) e a Reserva Biológica de Saltinho (em Rio Formoso e Tamandaré).
Demografia
Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, a
população do estado de
Pernambuco possuía 8 796 032 habitantes,
sendo o sétimo estado mais
populoso do Brasil, representando 4,7% da população brasileira.[52] Segundo
o censo de 2010, 4 230 681 habitantes eram homens e
4 565 767 habitantes eram mulheres.[52] Ainda
segundo o mesmo censo, 7 052 210 habitantes viviam na zona urbana e
1 744 238 na zona rural.[52] Em
dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 11,2%. Em
relação ao censo de 2000, a população do
estado naquele ano era de 7 911 397 habitantes, onde
6 058 249 habitantes viviam nazona urbana e
1 860 095 na zona rural. Em relação ao ano de 1991, a população foi
contada em 7 127 855 habitantes.[52]
O maior aglomerado urbano de
Pernambuco é a Região Metropolitana do Recife, que
além da capital possui mais 13 municípios. Com 3.688.428 habitantes no ano de
2010, é a 5ª mais populosa região metropolitana do Brasil e a mais populosa do
Norte-Nordeste.[53]
A densidade demográfica no estado é de
89,47 hab./km², a sexta maior
do Brasil. Esse indicador, entretanto, apresenta contrastes pronunciados de
acordo com a região analisada, variando de 1 342,86 hab./km² na Região Metropolitana de Recife, até
o valor mínimo de 23.2 hab./km² na Região do São Francisco
Pernambucano.[54] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M)
do estado, considerado médio pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), era de 0,718 em 2005.
Considerando apenas a educação, o índice é 0,811; o índice de longevidade é 0,710 e
o índice de renda é 0,632.[55] O
município com o maior IDH é Vila dos Remédios, com um valor de 0,862;
enquanto Manari,
situado no extremo Sertão do Moxotó, tem o menor
valor (0,482), segundo dados do (PNUD) 2000.[55]
Economia
No início da dominação portuguesa Pernambuco
foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. O
estado foi, à época do Brasil
colônia, responsável por mais da metade das exportações brasileiras de
açúcar. Sua riqueza foi alvo do interesse de outras nações e, no Século
XVII, os holandeses se estabelecem no estado. A cana-de-açúcar continua
sendo o principal produto agrícola da Zona da Mata pernambucana, embora
o estado não mais seja o maior produtor do país.
Atualmente a economia de
Pernambuco tem como base a agricultura,
a indústria e
os serviços. O setor de serviços é predominante,
seguido pela indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletroeletrônica, comunicação, minerais não-metálicos, têxtil e naval).
Após ter ficado estagnada durante
a chamada "década perdida" (1985 a 1995), a economia
pernambucana vem crescendo rapidamente desde o final doséculo XX.
No final da década de 2000 a construção civil liderou o crescimento
econômico de Pernambuco, seguida pelo setor
industrial e pelo deserviços.[119]
O estado assiste a uma importante
mudança em seu perfil econômico com os recentes investimentos nos setores petroquímico, biotecnológico,farmacêutico, de informática, naval e automotivo,
que estão dando novo impulso à economia do estado, que vem crescendo acima da
média nacional.[120][121] Além
da importância crescente do setor de
informática (o Porto
Digital é o maior parque tecnológico do Brasil), do setor
terciário – sobretudo das atividades
turísticas –, e do setor industrial em torno do Porto
de Suape, merecem destaque a produção irrigada de frutas ao longo do Rio São Francisco, quase que totalmente voltada
para exportação, concentrada no município de Petrolina, em
parte devido ao aeroporto internacional com grande capacidade para aviões
cargueiros do município; e a floricultura,
que começa a ganhar espaço, com plantações de rosas, gladiolus, ecrisântemos.
Outros polos dinâmicos de desenvolvimento são: o polo gesseiro no Araripe; o
mármore, a pecuária leiteira e a indústria têxtil no Agreste; e a cana-de-açúcar e a
biomassa na Zona da Mata.
Cultura
A cultura pernambucana é
bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus.
Tendo sido uma das primeiras
áreas efetivamente colonizadas por portugueses, ainda no século
XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por
africanos trazidos como escravos, Pernambuco tem uma cultura bastante
particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é
luso-brasileira, com grandes influências africanas e ameríndias.
Produção do conhecimento
No estado de Pernambuco nasceram
personalidades de grande destaque em todas as áreas do conhecimento.
O pernambucano Paulo
Freire é considerado um dos pensadores mais notáveis da história da
pedagogia mundial. A pedagogia crítica foi fortemente
influenciada pelos trabalhos deste intelectual, o mais aclamado educador
crítico. Foi o brasileiro mais homenageado de todos os tempos: ganhou 41
títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford.[194][195][196][197]
Gilberto
Freyre, um dos mais importantes sociólogos do século XX, representa um
marco na história do Brasil devido ao seu livro Casa-Grande & Senzala, que demonstra
a importância dos escravos para a formação do país e que brancos e negros são
absolutamente iguais.
Os literatos pernambucanos são
muitos. Alguns deles: João Cabral de Melo Neto, Nelson
Rodrigues, Manuel Bandeira, Joaquim
Nabuco, Álvaro Lins, Marcos
Vilaça, Martins Júnior, Josué
de Castro, Olegário Mariano, Adelmar
Tavares, Carlos Pena Filho, Antonio
Lavareda, Luiz Felipe Pondé, Ricardo
Noblat, Marcelino Freire, Joaquim
Cardoso, Manuel Correia de Andradre, Roberto
Lira, Evaldo Cabral de Mello, José
Condé, João Carneiro de Sousa Bandeira e Antonio Herculano de Sousa Bandeira.
João Cabral de Melo Neto foi o primeiro brasileiro a ser galardoado com o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da
língua portuguesa.
Pernambucanos também alcançaram
grande destaque nas ciências
exatas e biológicas. Mário
Schenberg, considerado o físico teórico mais importante do Brasil,
instaurou os primeiros cursos de computação da USP; Leopoldo
Nachbin, considerado o mais importante matemático brasileiro, foi
cofundador do IMPA e
doCBPF; e Correia
Picanço fundou a primeira
escola de medicina do Brasil. Outros pernambucanos de grande notoriedade
nas ciências exatas e biológicas são:Paulo
Ribenboim, Norberto Odebrecht, Israel Vainsencher, Antonio Mário Antunes Sette, José Leite Lopes, Cristovam
Buarque, Fernando de Souza Barros, José Tibúrcio Pereira Magalhães, Edson Mororó Moura, Fernando Antonio
Figueiredo Cardoso da Silva, Antônio de Queiroz Galvão, João
Santos, entre outros.
Música e dança
Vários gêneros musicais e danças
surgiram no estado de Pernambuco ao longo dos anos.
O Frevo, um dos
principais gêneros musicais e danças do estado e símbolo do Carnaval Recife/Olinda, se caracteriza pelo ritmo acelerado e
pelos passos que lembram a capoeira. Esse gênero já revelou e influenciou grandes
músicos, como Alceu Valença, Elba
Ramalho, Geraldo Azevedo, Moraes
Moreira, Zé Ramalho, Armandinho, Pepeu Gomes, Antônio Nóbrega, Hermeto
Pascoal, entre muitos outros. Antes da criação da axé music na década
de 1980 o frevo era utilizado também no Carnaval de Salvador.
Nos anos 90 surgia em Pernambuco
o Manguebeat,
movimento da contracultura que mistura ritmos regionais, como o maracatu, com rock, hip hop, funk e música eletrônica.[198][199] O
movimento tem como principais críticas o abandono econômico-social do mangue, a
desigualdade de Recife (não apenas desta, sendo apenas um reflexo do descaso do Estado fora do eixo Rio-São Paulo). Apesar de ter sido
inventado já na década de 1970 pelo guitarrista Robertinho do Recife com os álbuns"Jardim
da Infância" (1977), "Robertinho no Passo" (1978)
e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979),
tem como ícone o músico Chico
Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico
Science e Nação Zumbi, idealizador do rótulo mangue e principal divulgador
das ideias, ritmos e contestações do manguebeat. Outro grande responsável pelo
crescimento desse movimento foi Fred
Zero Quatro, vocalista da banda Mundo
Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de1992, intitulado
"Caranguejos com cérebro".
O Maracatu Nação é uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana afro-brasileira.
É formada por uma percussão que acompanha um cortejo real. Como a
maioria das manifestações populares do Brasil, é uma
mistura das culturas indígena, africana e europeia.
Surgiu em meados do século XVIII. Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife nasceram da tradição do Rei do
Congo. A notícia mais remota até há pouco conhecida sobre a instituição do
Rei do Congo, em Pernambuco, data de 1711, em Olinda, e fala de
uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte
falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias
para homenagear a coroação do Rei do Congo.
O Maracatu
Rural é outra manifestação cultural de Pernambuco, na qual figuram os
conhecidos caboclos de lança. É conhecido também como Maracatu de
Baque Solto. Distingue-se do Maracatu Nação ou Maracatu de Baque
Virado em organização, personagens e ritmo. O Maracatu
Rural mais antigo é o Cambinda Brasileira. O grupo foi fundado em 1898 e a sede
permanece no mesmo lugar, no Engenho do Cumbe, Nazaré
da Mata, Zona da Mata de Pernambuco. O
Maracatu Rural significa para seus integrantes algo a mais que uma brincadeira:
é uma herança secular, motivo de muito orgulho e admiração. É formado por
pessoas simples, principalmente por trabalhadores rurais que com as mesmas mãos
que cortam cana, lavram a terra e carregam peso, também bordam golas de
caboclo, cortam fantasias, enfeitam guiadas, relhos e chapéus; dedicando-se ao
bem mais valioso que possuem: a cultura. O cortejo do Maracatu Rural
diferencia-se dos outros maracatus por suas características musicais próprias e
pela essência de sua origem refletida no sincretismo de seus personagens. A
orquestra é formada por instrumentos de percussão e sopro transmitindo sonoras
simbologias. Uma apresentação deste se constitui em um ritual magnífico. É todo
um conjunto espetacular de criatividade e beleza, que formam uma representação
simbólica notável, deixando a todos encantados.
O Baião teve como precursor o pernambucano Luiz
Gonzaga. O ritmo, ao lado de outros como xote, xaxado e côco,
faz parte do chamado forró. Vários artistas deram continuidade ao legado de Luiz
Gonzaga, como é o caso de Dominguinhos,
entre muitos outros. O baião é uma dança muito popular no interior do Nordeste
brasileiro; denomina, também, o gênero de música tocada nessas festas e um
pequeno trecho musical executado pelos cantadores de viola nos intervalos dos
improvisos de uma cantoria. O conjunto típico exigido pelo baião (baile e
música) inclui sanfona, triângulo e zabumba.
O Xaxado é uma
das principais danças típicas do sertão/agreste pernambucano. Exclusivamente
masculina, originária do sertão de Pernambuco e, segundo Luís da Câmara Cascudo (Dicionário do Folclore Brasileiro),
divulgada até regiões da Bahia pelo cangaceiro Lampião e pelos integrantes do seu
bando. Segundo o poeta Jayme Griz, Lampião não foi o inventor da dança (que já
era conhecida no sertão e agreste pernambucanos desde 1922), mas apenas seu
divulgador. A dança é um rápido e deslizado sapateado. Originalmente, não tinha
acompanhamento instrumental, os dançarinos apenas repetiam, em uníssono, a
quadra e o refrão. No caso dos cangaceiros, justificava-se a ausência da figura
feminina "porque o rifle era a dama". Posteriormente, o xaxado ganhou
acompanhamento musical - zabumba, pífano, triângulo, sanfona- e passou a
aceitar a participação de mulheres.[201]
Muito comuns em Pernambuco são as Bandas de Pífanos, além de outras
músicas e danças oriundas do estado, como a Ciranda. Também
são comuns o Pastoril, o Coco, a Embolada, entre outras manifestações.
Em Pernambuco nasceram nomes de
destaque da música brasileira, como Luiz
Gonzaga, Bezerra da Silva, Lenine, Alceu
Valença, Michael Sullivan, Chico
Science, Otto, Robertinho do Recife, Geraldo
Azevedo, Nando Cordel, Antônio Nóbrega, Dominguinhos, Fred
Zero Quatro, José Carlos Burle, Fernando
Lobo,Cynthia Zamorano, Reginaldo
Rossi, Naná Vasconcelos, João
Pernambuco, Jorge de Altinho, Capiba, entre
outros.
Turismo
O turismo no
estado de Pernambuco oferece diversas atrações históricas, naturais e
culturais. As principais localidades turísticas do estado de Pernambuco são: Fernando de Noronha, Porto
de Galinhas,Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Recife, Igarassu, Itamaracá, Gravatá, Triunfo, Garanhuns e Caruaru. A igreja
católica mais antiga do país fica localizada em Igarassu e foi construída em 1535. O Galo
da Madrugada é considerado o maior bloco carnavalesco do mundo, reunindo quase
2 milhões de pessoas.
Segundo a pesquisa "Hábitos
de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pela Vox Populi,
Pernambuco foi o segundo destino turístico preferido dos brasileiros, já que
11,9% dos turistas optaram pelo estado nas categorias pesquisadas;[224] e
segundo a International Congress And Convention Association (ICCA),
Pernambuco é o terceiro melhor polo de eventos internacionais do Brasil.[225]
O litoral é o principal atrativo.
Milhões de turistas desembarcam
todos os anos no aeroporto do Recife. Há alguns
anos o estado vem investindo intensamente na melhora da infraestrutura e
em projetos de interiorização do turismo, como no desenvolvimento do ecoturismo.
O litoral do
estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias,
zonas urbanas e locais praticamente intocados. Faz divisa ao norte com a Paraíba e
ao sul com Alagoas.
Além das praias, possui o arquipélago de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural da Humanidade,
e suas 16 praias.
Pernambuco oferece dez rotas de
turismo que vão do litoral ao interior criadas pela EMPETUR, que visam explorar
os principais pontos turísticos de cada região do estado de
acordo com suas potencialidades, que vão do turismo de sol e mar e ecoturismo ao turismo serrano e religioso.
Entre as praias mais procuradas
do estado estão: Boa Viagem, Barra de Jangada, Calhetas, Porto de Galinhas, Serrambi, Guadalupe, Praia dos
Carneiros, Maria Farinha, Nossa Senhora do Ó, Ilha de Itamaracá e a Ilhota da Coroa do Avião.
O Litoral Sul do
estado, que tem cerca de 110 km de praias, é totalmente protegido por
corais, que formam irresistíveis piscinas
naturais de águas mornas. É famoso por diversas praias conhecidas
nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas. Turistas de todo o país
se hospedam nos luxuosos hotéis eresorts do litoral sul do estado.
O Litoral Norte do
estado é mais densamente habitado que o litoral sul, quase urbanizado por
completo desde a Região Metropolitana do Recife até
a divisa com aParaíba. Tem alguns dos sítios históricos mais importantes do
Brasil, como os dos municípios de Olinda, Igarassu, Itamaracá e Goiana. Construções
do brasil-colônia, como o Forte Orange na ilha de Itamaracá e a Igreja dos
Santos Cosme e Damião em Igarassu (a mais antiga igreja do Brasil em
funcionamento), são muito visitadas por turistas que passam pela região. As
praias também são muito procuradas. O litoral norte pernambucano também é
conhecido por abrigar oVeneza Water Park, um dos maiores parques
aquáticos do Brasil,
situado na praia de Maria Farinha em Paulista.
O arquipélago de Fernando de Noronha tem destaque nacional
e mundial. Pelas ilhas é possível avistar os golfinhos saltadores.
As principais atrações do arquipélago são: Forte de
Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha, Vila dos Remédios, Praia da Conceição, Praia
do Boldró, Baía dos Porcos,Baía
do Sancho (cercada por falésias cobertas
de vegetação), Baía dos Golfinhos, Praia da Cacimba do Padre, Morro Dois Irmãos, Reduto de São Joaquim de
Fernando de Noronha, Reduto de
Santa Cruz do Morro do Pico de Fernando de Noronha e Reduto de Santana de Fernando
de Noronha. Todo o arquipélago é tombado pelo Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.
O Circuito do Frio é uma opção
para os que procuram um clima ameno. Trata-se de um evento multicultural,
realizado no mês de julho e começo de agosto em cinco cidades serranas do
interior pernambucano: Garanhuns, Triunfo, Gravatá, Pesqueira e Taquaritinga do Norte. O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG),
criado há 15 anos, foi o primeiro evento, que deu início ao costume de seguir
para o interior de Pernambuco na época mais fria do ano. O FIG apresenta uma
maratona de atrações nacionalmente conhecidas nas praças e parques. São 12
polos, espalhados por toda a cidade de Garanhuns, num evento que mistura
diversos estilos musicais –rock, MPB, blues, jazz, forró e música instrumental, para citar alguns –, teatro, cinema, circo, gastronomia,
folguedos populares e outras formas de manifestação cultural. Já se apresentaram
no Festival de Inverno de Garanhuns nomes como Skank, Paulinho
da Viola, Gal Costa, Pitty, MV Bill, Neguinho da Beija-Flor, Marcelo D2, Dominguinhos, Zélia
Duncan, Alcione, Erasmo
Carlos, Lenine, Jorge
Ben Jor, entre muitos outros. Triunfo, por sua vez, é um dos destinos mais
concorridos do circuito. Poucos municípios têm o privilégio de reunir tantos
atrativos quanto Triunfo: o clima (a cidade está a 1.004 metros de altitude)
que propicia o cultivo de flores, o casario singelo, as antigas construções, os
seculares conventos, o Cine-Teatro Guarany, os engenhos de cana-de-açúcar e a
Lagoa João Barbosa. Gravatá, localizada a 85 quilômetros do Recife, é um dos
locais mais acessíveis do evento. Andar pela cidade, tomar chocolate quente, parar
nos restaurantes tradicionais de culinária típica para comer galinha à cabidela
ou buchada de bode são programas imperdíveis. Em Gravatá, o Circuito do Frio
recebe o nome de Festa da Estação. Cidade de larga tradição rendeira, Pesqueira
realiza há cinco anos a Festa da Renascença, justamente o nome da renda feita
na região. Já a cidade das praças e das flores, Taguaritinga do Norte, comanda
a Festa das Dálias.[228][229]
Ligações externas
Espírito Santo
Espírito Santo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está
localizado na região Sudeste e tem como limites o oceano Atlântico a leste, a Bahia a norte, Minas
Gerais a oeste e noroestee o
estado do Rio de Janeiro a sul, ocupando uma área de
46 077,519 km². É o quarto menor Estado do Brasil, ficando à
frente apenas dos estados do RJ (3º), AL (2º) e SE (1º).[5]
Sua capital é o município de Vitória. Outros importantes municípios são Aracruz, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Guarapari, Linhares, São Mateus, Serra, Viana e Vila Velha.
Ogentílico do
estado é capixaba ou espírito-santense.[5]
Em 1535, quando os
colonizadores portugueses chegaram na Capitania do Espírito Santo e desembarcaram
na região da Prainha, iniciou-se o primeiro núcleo populacional, denominado Vila do
Espírito Santo. Devido aos ataques indígenas, o líder Vasco Fernandes Coutinho resolveu
fundar outra vila, desta vez em uma das ilhas, que foi chamada de Vila Nova do
Espírito Santo (Vitória), enquanto a antiga passou a ser
chamada de Vila Velha. Houve um tempo, conhecido por poucos, em que o Espírito
Santo foi anexado à Bahia, tendo portanto Salvador como capital.[6]
Atualmente, a capital Vitória é um importante porto de
exportação de minério de ferro. Na agricultura,
destaque para o café, arroz, cacau, cana-de-açúcar, feijão, frutas e milho. Na pecuária,gado de corte e leiteiro. Na indústria, produtos alimentícios, madeira, celulose, têxteis,
móveis e siderurgia.[6]
O estado também possui festas famosas,
como a Festa da Polenta em Venda Nova do Imigrante e o Festival de Arte e Música de Alegre. O Vital (carnaval fora
de época, em novembro) foi extinto.[6]
O nome do estado é uma
denominação dada pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho que ali
desembarcou em 1535,
num domingo dedicado
ao Espírito Santo.[7] Como
curiosidade dessa etimologia, merece destaque o Convento
de Nossa Senhora da Penha, símbolo da religiosidade capixaba
que abriga em seu acervo a tela mais antiga da América
Latina, a imagem de Nossa Senhora das Alegrias.[8]
Etimologia
Data de junho de 1534 a concessão
das cinquenta léguas de costa entre os rios Mucuri e Itapemirim,
feita por Dom João III ao veterano das Índias, Vasco Fernandes Coutinho, que, ao
desembarcar em terras da capitania, a 23 de maio de 1535, domingo do
Espírito Santo, dá início a fundação de uma vila, por ele denominada Vila
do Espírito Santo (hoje cidade de Vila Velha),
em lembrança do dia.[9] O
nome, ainda em 1535, passa da vila à capitania, designando posteriormente a província (1822) e o estado (1889).[10] Tal
fato ocorreu 35 anos após o Descobrimento do Brasil, conforme tenha
sido explicado que a capitania hereditária foi um dos estados mais antigos do Brasil.[9]
Capixaba (ou
espírito-santense) é o gentílico referente
ao estado do Espírito Santo. O termo deriva
das roças de milho localizadas
na ilha de Vitória, que pertenciam aos índios que
originalmente habitavam a região quando
da chegada dos portugueses. Tudo leva a crer que a referida assertiva intelectual ajuda
a evitar a confusão do nome da unidade federativa brasileira com
o nome da terceira pessoa da Santíssima Trindade.[11]
Relevo
A maior parte do estado caracteriza-se
como um planalto,
parte do maciço Atlântico.[38] A altitude média
é de seiscentos a setecentos metros, com topografia bastante
acidentada e terrenos arqueozoicos,
onde são comuns os picos isolados, denominados pontões e os pães-de-açúcar.
Na região fronteiriça com Minas Gerais, transforma-se em área
serrana, com altitudes superiores a mil metros, na região onde se eleva a
Serra do Caparaó[38] ou
da Chibata. Aí, se ergue um dos pontos culminantes do Brasil, o Pico
da Bandeira, com 2 890m.[35]
De forma mais esquemática,
pode-se compor um quadro morfológico do relevo em cinco unidades:
§ os tabuleiros areníticos, faixa de terras planas
com cerca de cinqüenta metros de altura, que se ergue ao longo da baixada e a
domina com uma escarpa abrupta, voltada para leste;[40]
§ os morros e maciços isolados,
que despontam no litoral e, em alguns locais, dão origem a costas rochosas, cujas
reentrâncias formam portos naturais, como a Baía de Vitória;[40]
§ as planícies aluviais (várzeas), ao
longo dos rios, que às vezes terminam em formações deltaicas,
de que é exemplo a embocadura do Rio Doce;[40]
§ a serra,
rebordo oriental do Planalto Brasileiro, com uma altura geral de
setecentos metros,[38] coroada
aqui e ali por maciços montanhosos, entre os quais a referida Serra do Caparaó.[40]
Ao contrário do que ocorre nos
estados do Rio de Janeiro e de São Paulo,
onde constitui um escarpamento quase contínuo, no Espírito Santo o rebordo do planalto apresenta-se
como zona montanhosamuito
recortada pelo trabalho dos rios, que, nela, abriram profundos vales. A partir do
centro do estado para norte, esses terrenos perdem altura e a transição entre as terras baixas do litoral e as
terras altas do interior vai se fazendo mais lenta, até
alcançar o topo do planalto no estado de Minas Gerais. Dessa forma, ao
norte do Rio
Doce, a serra é
substituída por uma faixa de terrenos acidentados, mas de altura reduzida, em
meio aos quais despontam picos que formam alinhamentos impropriamente
denominados serras.[41]
Clima
Ocorrem no Espírito Santo dois
tipos principais de climas, o tropical chuvoso e o mesotérmico úmido. O primeiro domina nas terras baixas e
caracterizam-se por temperaturas elevadas durante
todo o ano e
médias térmicas superiores a 22 °C.[38] O
tipo Am, das florestas pluviais, com mais de 1.250mm
anuais de chuvas[38] e
com uma estação seca pouco pronunciada, ocorre no litoral norte, no sopé da serrae na região de
Vitória; o tipo Aw, com cerca de 1.000mm de chuva[38] e
estação seca bem marcada, ocorre no resto das terras baixas.[41]
O clima mesotérmico úmido, sem estação seca,
surge na região serrana do sul do estado. Caracteriza-se
por temperaturas baixas no inverno (média
do mês mais
frio abaixo de 18 °C).[38] Observam-se,
entretanto, bruscas alterações climáticas.[42]
Vegetação e hidrografia
Na vegetação, a floresta
tropical revestiu outrora todo o território estadual.[38] Com
as sucessivas devastações que sofreu, extinguiu-se quase completamente na parte
sul do estado, área de ocupação mais antiga. Aí, a busca de solos virgens por
parte dos agricultores e a extração de lenha e de madeira
de lei determinaram a proliferação de campos de cultura, pastagens artificiais
e capoeiras. Apenas no nortedo estado, onde
ainda se desenvolve o processo de ocupação humana, podem ser encontradas
algumas reservas florestais. A serra do Caparaó, local outrora revestido pela mata
atlântica, hoje está totalmente devastada, e só apresenta vegetação campestre acima
dos mil metros de altitude.[41]
Os principais rios do estado são,
de norte para
o sul,[38] o Itaúnas,[38] o São Mateus,[38] o Doce[38] e
o Itapemirim,[38] que
correm de oeste para leste, isto é, da serra para
o litoral. O mais importante deles é o Doce,[38] que
nasce em Minas Gerais[38] e
divide o território espírito-santense em duas partes quase
iguais.[40] Em
seu delta formam-se numerosas lagoas, das quais a mais importante é a de Juparanã.[40]
Litoral
O litoral capixaba é rochoso ao
sul, com falésias de arenito, e também na parte central, com grandes morros e
afloramentos graníticos a beira mar, o litoral sul-central é muito recortado
com muitas enseadas e baias protegidas por rochas e afloramentos rochosos a
beira mar, é arenoso ao norte, com praias cobertas por uma vegetação rasteira e
extensas dunas, principalmente em Itaúnas e Conceição da Barra. A 1.140 quilômetros da
costa, em pleno Oceano Atlântico, encontram-se a Ilha da Trindade (12,5 km²) e as Ilha de Martim Vaz, situadas a 30 quilômetros de
Trindade. Essas ilhas estão sob a administração do Espírito Santo.[43]
O estado possui um litoral mais
recortado no centro-sul, e mais mar aberto no norte, o que faz a maior parte
das ilhas se concentrarem na parte central do estado, porém o estado possui
várias ilhas. Ao todo, são 73 ilhas localizadas na costa do estado, sendo 50
localizadas na capital Vitória.[43]
Ecologia
No Espírito Santo, o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
administra dezessete unidades de conservação: dois parques
nacionais, seis reservas biológicas, três reservas particulares
do patrimônio natural, duas áreas de proteção ambiental, uma estação ecológica e três florestas
nacionais.[44]
O estado também é conhecido por
possuir diversos locais que servem para armazenamento dos ovos de Tartarugas-marinhas (Cheloniidae).
No estado, o TAMAR, um projeto conservacionista brasileiro dedicado
à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção, mantém
sete bases do projeto no estado: Itaúnas, Guriri, Pontal do
Ipiranga, Povoação, Vila de Regência, Ilha
da Trindade e Anchieta. Os trabalhos de monitoramento
das praias realizados pelas equipes do TAMAR normalmente são realizados entre
os meses de setembro e março, no fim do período reprodutivo. As tartarugas
marinhas demoram até 20 anos para chegar à idade reprodutiva e de cada mil
filhotes que nascem apenas um chega à fase adulta. Ou seja, das 100 mil
tartarugas nascidas no último ano, daqui a vinte anos, provavelmente, estima-se
que apenas 100 retornem para desovar.[45]
Demografia
Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, o estado do Espírito Santo
possuía 3 512 672 habitantes,
sendo o décimo quarto estado
mais populoso do Brasil, representando 1,8% da população brasileira.[2][47] Segundo
o mesmo censo, 1 729 670 habitantes eram homens e 1 783 002
habitantes eram mulheres.[2] Ainda
segundo o mesmo censo, 2 928 993 habitantes viviam na zona urbana e
583 679 na zona rural.[2] Em
dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 13,59%.[48]
Em relação ao ano de 1991, quando a população era
de 2 598 231,[49] esses
números mostram uma taxa de crescimento anual de 2% ao
ano, inferior a do Brasil como um todo (1,6%) para o mesmo período (1991-2000).[50] Ainda
segundo o censo demográfico de 2000, o Espírito Santo
é o décimo quarto estado mais populoso do Brasil e concentra 1,82% da população brasileira.[50] Do
total da população do estado em2000, 1 562 426 habitantes são mulheres e 1 534 806 habitantes
são homens.[51] Para 2006, a estimativa é de 3 464 285 habitantes.[50]
Nos últimos anos, o crescimento
da população urbana intensificou muito, ultrapassando o total da população
rural. Segundo a estimativa de 2000, 67,78 dos habitantes viviam
em cidades.[51] Dois
municípios capixabas mantêm o pomerano como
segunda língua oficial (além do português): Vila
Pavão[52] e Santa Maria de Jetibá.[53][54] Também
foi aprovada em agosto de 2011 a PEC 11/2009, emenda constitucional que inclui no
artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana,
junto com a língua alemã, como patrimônios culturais do Estado.[55][56][57][58]
A densidade demográfica no estado, que é
uma divisão entre sua população e sua área, é de 76,23 habitantes por
quilômetro quadrado, sendo a sétima
segunda maior do Brasil e com uma densidade comparada à do país
asiático Malásia.[59] A
distribuição da população estadual é desigual,
apresentando maior concentração na região serrana, no interior. Nessa área, a densidade demográfica atinge a média de
50 hab./km² e a ultrapassa no extremo sudoeste. A
Baixada Litorânea, faixa que acompanha o litoral, apresenta quase sempre densidades inferiores
à média estadual. Apenas nas proximidades de Vitória observa-se uma pequena
área com mais de 50 hab./km². A parte norte da baixada litorânea é a menos
povoada do estado. Seis municípios (Vila
Velha, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Linhares) concentram mais
de 45% dapopulação do Espírito Santo (1975).[60]
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M)
do estado, considerado médio pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,802, sendo o sétimo maior do Brasil e
o terceiro maior da Região Sudeste.[61] Considerando
apenas a educação, o índice é 0,887 (o
brasileiro é 0,849); o índice de longevidade é 0,802 (o
brasileiro é 0,638) e o índice de renda é 0,715.[61] A renda
per capita é de 20 231 reais.[62] Entre
1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral
quanto na educação, longevidade e renda, critérios
utilizados para calcular o índice.[63] A educação foi
o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,763 em 1991 para 0,855 em 2000,
e em 2005 o valor passou a ser 0,887.[63] Depois
da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,653, passando
para 0,721 em 2000 e 0,802 em 2005.[61][63] E,
por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991 (0,653) e 2000
(0,719),[63] descendo
para 0,715 em 2005.[61]Quanto
ao IDH-M, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi
significativa, passando de 0,690 em 1991 para 0,765 em 2000, e em 2005 o valor
passou para 0,802, saindo da categoria de médio IDH e atingindo o patamar de Índice de Desenvolvimento Humano elevado.[63][61] O
município com o maior IDH é Vitória, capital do estado, com um valor
de 0,797, enquanto Água Doce do Norte, situado na Mesorregião do Noroeste
Espírito-Santense, tem o menor valor (0,563).[64]
O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,50, sendo que
1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[65] A
incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 30,88%, o limite inferior da
incidência de pobreza é de 29,04%, o superior é 32,73% e a subjetiva é 28,51%.[65]
Principais municípios
§ Vitória, a capital do estado, tem o
terceiro melhor IDH entre as capitais do Brasil.[106] Foi
construída numa ilha montanhosa,
o que também dificultou seu crescimento, mas foi fundamental para sua fundação
de 105 km². É ligada ao continente pela Ponte Florentino Avidos,[107] pela Ponte do Príncipe (Segunda Ponte)[107] e Terceira
Ponte ao sul,[107] e
pelas pontes da Passagem,[107] Ayrton
Senna[107] e
de Camburi ao norte.[107] Vitória
é a capital e
o mais importante município capixaba. Centro comercial e cultural, destaca-se
também pelos importantes portos de Tubarão[107] e Vitória.[107]A
capital forma com os municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila
Velha a Região Metropolitana de Vitória,[108] conhecida
como Grande Vitória, que abriga 1.627.651 habitantes (2005),[109] sendo
Vila Velha o município de maior população.[110]
§ Serra é o segundo município mais
populoso do estado, localizado na Grande Vitória. Nele ficam localizados o Porto de Tubarão e vários balneários
importantes, como Jacaraípe e Nova
Almeida. A cidade possui o maior polo industrial do estado, tendo em seu
território os centros industriais Civit I, Civit II e o TIMS. A ArcelorMittal Tubarão também se faz
presente no município, sendo a maior siderúrgica do estado e uma das maiores do
país.[111]
§ Vila Velha é
a cidade mais antiga e mais populosa do estado, com quase 500 mil habitantes,
localizada na Grande Vitória; tem o segundo melhor IDH do estado. A cidade vem
experimentando rápido desenvolvimento e progresso; nela fica também a principal
rodovia estadual, a Rodovia do Sol. Possuí muitas fábricas, inclusive a Chocolates
Garoto, maior fábrica de chocolate do Brasil, e dois portos, o de Capuaba e
o de Vila Velha.[112]
§ Cariacica,
localizado na Grande Vitória, é mais populosa que a capital Vitória, porém
possui o menor IDH da região, sendo uma grande periferia da capital. A maior
atividade econômica e geradora de empregos é a fábrica da Coca-Cola, a
maior da empresa no Brasil. A cidade é cortada por duas das mais importantes
rodovias do Brasil, a BR-101 e a BR-262.[113]
§ Cachoeiro de Itapemirim é o principal
centro urbano do sul do estado.[110] Além
de centralizar grande parte da produção agrícola e pecuária desta
região,[114] o
município destaca-se ainda pelo seu parque industrial.[114]
§ Linhares, na foz do rio Doce, é o
maior e principal município da região norte do estado.[115] Apresenta
notável crescimento após o início da exploração de petróleo e gás[116] e
se destaca nas áreas industrial e agrícola,[116] principalmente
por causa da fábrica da Coca-Cola e pelas plantações de eucalipto.[116]
§ Colatina,
centro econômico da
Região Noroeste capixaba,[117] com
influências até o leste mineiro juntamente com Ecoporanga, São Gabriel da Palha, Nova Venécia e Barra de São Francisco.[118]
§ São Mateus é uma das cidades do
extremo norte, sendo a segunda cidade mais antiga do estado. Seu crescimento
econômico está focado na extração de petróleo e gás natural. Na cidade está
localizada o CEUNES,
campus Norte da UFES.
Possui forte apelo turístico, principalmente de temporada. Sua principal praia, Guriri,
chega a ser conhecida nacionalmente.[119]
§ Guarapari:
cidade com um pouco mais de 100.000 habitantes, com forte vocação para o
turismo, atrai muitos turistas de todo o Brasil, por causa de suas praias e
ilhas.[120]
§ Itapemirim,
município do sul do estado, vem obtendo crescimento econômico com a produção,
manipulação e beneficiamento de pescados,[121] e
também petróleo na bacia do Espírito Santo juntamente com seus vizinhos; com os
municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Piúma e
Anchieta a região metropolitana expandida sul se consolida como uma força de
crescimento para o estado.[122]
§ Afonso
Cláudio é a mais importante e o maior município da região serrana. Com
a maior população da região, se torna o maior centro econômico e industrial da
região serrana.[123]
§ Venda Nova do Imigrante é a capital
nacional do agroturismo.[124] Segunda
maior cidade da região serrana, perdendo apenas para Afonso
Cláudio,[110] abriga
os imigrantes italianos, e tem um ótimo padrão de vida.[125] O
agroturismo é muito forte e encontram-se várias fábricas de produtos do campo.[126]
Subdivisões
Uma mesorregião é uma subdivisão dos
estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com
similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para
fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou
administrativa. Oficialmente, as quatro mesorregiões do estado são:
§ Central Espírito-Santense: é
uma mesorregião formada pela união de vinte e quatro municípios agrupados em
quatro microrregiões. Pelo fato de nela estar localizada a capital do estado, é
a mais populosa, reunindo a maioria da população capixaba. Municípios
importantes dessa mesorregião são Vitória, Vila Velha, Guarapari, Domingos Martins, Serra e Santa Maria de Jetibá. É a única mesorregião
limítrofe com todas as demais mesorregiões do Espírito Santo.[144]
§ Norte Espírito-Santense:
é a terceira mais populosa do estado, formada pela união de três microrregiões
que compartilham quinze municípios. Municípios importantes da mesorregião são Aracruz,Linhares e São Mateus;[145]
§ Noroeste Espírito-Santense:
é a menos populosa do estado, formada pela união de dezessete municípios
agrupados em três microrregiões, além de ser a única do estado onde nenhum de
seus municípios tem litoral. Municípios importantes dessa mesorregião são São Gabriel da Palha, Nova
Venécia e Barra de São Francisco.[146]
§ Sul Espírito-Santense: é a
segunda mais populosa do estado, formada pela união de 22 municípios agrupados
em três microrregiões. Municípios importantes dessa mesorregião são Marataízes,Cachoeiro do Itapemirim e Castelo.[147]
Microrregiões e municípios
Além da mesorregião, existe a microrregião,
que é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um
agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum, definidas por lei
complementar estadual. O Espírito Santo é dividido em treze
microrregiões. São elas: Vitória, Afonso Cláudio, Guarapari, Santa Teresa, Linhares, Montanha, São Mateus, Barra de São Francisco, Colatina, Nova Venécia, Alegre, Cachoeiro do Itapemirim e Itapemirim.[148]
Por último, existem os municípios (as
menores unidades autônomas da federação), que são circunscrições territoriais
dotadas de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa.[149] Em
geral, o Espírito Santo está dividido em 78 municípios, sendo a vigésima
unidade de federação com o maior número de municípios e a quarta e
última do Sudeste (atrás de Minas
Gerais, São Paulo e Rio
de Janeiro).[150] São
eles (em ordem alfabética): Afonso
Cláudio, Água Doce do Norte,Águia
Branca, Alegre, Alfredo Chaves, Alto
Rio Novo, Anchieta, Apiacá, Aracruz, Atilio Vivacqua, Baixo
Guandu, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Colatina,Conceição da Barra, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Ecoporanga, Fundão, Governador Lindenberg, Guaçuí, Guarapari, Ibatiba, Ibiraçu, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itaguaçu, Itapemirim, Itarana,Iúna, Jaguaré, Jerônimo Monteiro, João
Neiva, Laranja da Terra, Linhares, Mantenópolis, Marataízes, Marechal
Floriano, Marilândia, Mimoso
do Sul, Montanha, Mucurici, Muniz
Freire, Muqui, Nova
Venécia, Pancas, Pedro
Canário, Pinheiros, Piúma,Ponto Belo, Presidente Kennedy, Rio Bananal, Rio
Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São José do Calçado, São Mateus, São Roque do Canaã, Serra, Sooretama,Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila
Pavão, Vila Valério, Vila Velha e Vitória.[151]
Regiões administrativas
Durante a década de 2000, por
sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e
planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das
secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das
mesorregiões e microrregiões do
Espírito Santo.[152] As
onze regiões administrativas do estado são: Metropolitana (Grande Vitória),
Pólo Linhares, Litoral Sul, Pólo Afonso Cláudio (Sudoeste Serrana), Litoral
Norte, Extremo Norte, Pólo Colatina, Noroeste 1, Noroeste 2, Pólo Cachoeiro de
Itapemirim, Caparaó (Microrregião de Alegre).[152]
Ligações externas
Santa Catarina
Santa Catarina é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada
no centro da região Sul do país[5]. É o vigésimo estado
brasileiro com maior extensão territorial e o décimo primeiro mais
populoso[6] além
de ser o nono mais povoado com 293 municípios.[7] O catolicismo é
a religião predominante.[8] O
idioma oficial, assim como nas demais unidades federativas, é a língua portuguesa.[9]
As dimensões territoriais
abrangem uma área de 95.346,181 km²,[10] sendo
maior do que Portugal ou a soma dos estados brasileiros do Rio
de Janeiro e Espírito Santo com o Distrito
Federal,[11] limitadas
aos estados do Paraná (ao norte) e Rio
Grande do Sul (ao sul), ao Oceano Atlântico (a leste) e à Argentina (a
oeste).[12] A
costa oceânica tem cerca de 450 km, ou seja, aproximadamente metade da
costa continental de Portugal (943 km).[13] Sua
capital e sede de governo é a cidade de Florianópolis,[14] localizada
na Ilha de Santa Catarina.[15] Inteiramente
ao sul do trópico de Capricórnio, localizado na zona
temperada meridional do planeta, o estado possui clima
subtropical.[16] Estas
condições variam de acordo com o relevo regional, sendo que nooeste e planalto
serrano é relativamente comum a ocorrência de geadas e neve, enquanto
no litoral o clima é mais quente podendo atingir altas temperaturas durante a
temporada de verão.[17]
Em termos históricos, sua
colonização foi largamente efetuada por imigrantes europeus: os portugueses açorianos colonizaram
o litoral no século XVIII; os alemães colonizaram
o Vale do Itajaí, parte da região sul e o norte catarinense em meados
do século XIX; e os italianos colonizaram o sul do estado no final do mesmo
século.[18] O
oeste catarinense foi colonizado por gaúchos de
origem italiana e alemã na primeira metade do século XX.[19]
Os índices sociais do estado
situam-se entre os melhores do país. Santa Catarina é o sexto estado mais rico
da Federação, com uma economia diversificada e industrializada. Importante polo
exportador e consumidor, o estado é um dos responsáveis pela expansão econômica
nacional, respondendo por 4% do produto interno bruto do país.[20]
História
A região costeira do território
que constitui hoje o estado de Santa Catarina foi, desde a época do descobrimento, visitada por
navegantes de várias nacionalidades. Afora a discutida versão da presença do francês Binot Paulmier de Gonneville, que ali
teria estado durante seis meses, em 1504, não existe dúvida quanto à viagem dos
portugueses Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, que por lá passaram, em 1514,
e deram o nome de ilha dos Patos à atual ilha de Santa Catarina. No ano
seguinte, Juan Díaz de Solís passou em direção ao
Prata. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e
a eles se integraram. Esses aborígines viviam de caça e pesca, eram exímios
tecelões de redes, esteiras e cestos, e trabalhavam objetos em pedra.
Várias expedições espanholas
detiveram-se no litoral catarinense a caminho do rio da
Prata: Don Rodrigo de Acuña, em 1525, deixou dezessete tripulantes na ilha,
onde se fixaram voluntariamente. Sebastião Caboto, entre 1526 e 1527, ali se
abasteceu, seguiu para o Prata e retornou. Após Caboto, nela aportaram Diego
García e, em 1535, Gonzalo de Mendoza. Em 1541, Álvar Núñez Cabeza de Vaca partiu
da ilha de Santa Catarina para transpor a serra do
Mar e atingir por terra o Paraguai.
Mantendo sempre o propósito de tomar posse do Brasil meridional, o governo espanhol nomeou
Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o rio da Prata e povoar
também o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Com a
morte de Juan Sanabria, tomou posse seu filho Diogo. Alguns navios da expedição
lograram chegar à ilha de Santa Catarina, onde os espanhóis permaneceram dois
anos. Dividiram-se em dois grupos: um deles rumou para Assunção;
o outro, chefiado pelo piloto-mor Hernando Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco do Sul, de onde, após as maiores
privações e sempre sob a ameaça de ataque pelos silvícolas, seguiu para Assunção.
Os aborígines da região foram
catequizados, a partir de 1549, por jesuítas que
viajaram em companhia do governador-geral Tomé
de Sousa, sob a chefia do padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas empenharam-se com
ardor nessa missão, colocando-se como obstáculo às tentativas dos colonizadores
portugueses de escravizarem os índios. Não conseguiram, contudo, levar a bom
termo sua tarefa e, já em meados do século
XVII, desistiram da catequese no sul. O paulista Francisco Dias Velho, que chegou à ilha
atualmente chamada de Santa Catarina por volta de 1675, teria dado esse
nome ao lugar, onde edificou uma ermida em invocação a Santa Catarina de Alexandria, de quem,
ao que consta, uma filha dele tinha o nome. Outros atribuem a autoria a Sebastião Caboto, que teria consagrado a ilha,
quando por lá passou entre 1526 e 1527, a santa Catarina ou, antes, prestara uma homenagem à sua
mulher, Catarina Medrano. O nome do estado é um empréstimo ao da ilha.
Capitania colonial
Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, a costa catarinense
até a altura de Laguna, e mais tarde dois terços da do
Paraná, formaram a capitania de Santana, o último quinhão do sul,
doado aPero Lopes de Sousa. Nem o donatário nem seus
herdeiros providenciaram a colonização. O território, após um litígio de dois
séculos entre os herdeiros de Pero Lopes e os de seu irmão Martim Afonso de Sousa, foi, no começo do
século XVIII, comprado pela coroa, juntamente com as terras do Paraná e grande
parte de São Paulo. Ao mesmo tempo, a Espanha considerava
indiscutível seu direito a esses territórios e recomendava aos adelantados a
conquista e povoamento não só da ilha como do litoral. Na década
de 1650, Manuel Lourenço de Andrade, um português que vivia em São Vicente, fundou uma povoação no rio de
São Francisco, para onde se mudou com a família. Mais tarde foi designado
capitão-mor dessa povoação, que em 1660 foi elevada a vila com o nome de Nossa
Senhora da Graça do Rio de São Francisco, constituindo a primeira fundação
estável da costa catarinense. Pouco depois estabeleceu-se na ilha de Santa
Catarina o paulista Francisco Dias Velho, que ergueu uma igreja em
louvor de Nossa Senhora do Desterro. A ele se atribui a mudança do nome da Ilha
dos Patos para Ilha de Santa Catarina.
Laguna foi outro ponto do litoral
povoado na mesma época. Domingos de Brito Peixoto, também paulista, organizou
uma bandeira para tomar conta de terras desabitadas ao sul e, em 1676, fundou
Santo Antônio dos Anjos da Laguna. A povoação teve vida incerta e o bandeirante
despendeu nela toda sua fortuna, com o objetivo de dar-lhe estabilidade. Buscou
recursos no aprisionamento do gado nativo e na caça ao gentio e, só em 1696,
deu início à construção da matriz local. No início do século XVIII, Laguna,
pequena e pouco habitada, vivendo de uma agricultura rudimentar e da exportação
de peixe seco para Santos e Rio de Janeiro, era o mais importante
núcleo da costa catarinense. O interior não era explorado nem povoado, essa
seria mais tarde a missão de Don Luís António de Sousa Botelho
Mourão,governador da capitania de São
Paulo, interessado em garantir o domínio português sobre a região e o
escoamento do gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. Com tal finalidade,
encarregou um abastado paulista, Antônio Correia Pinto, de estabelecer povoação
na paragem denominada Lages. Em 1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a
Santa Catarina uma configuração aproximada da atual e retirando da alçada de
São Paulo toda a região chamada da serra, ou seja, o planalto.
Província imperial
Devido à precariedade das
comunicações, a notícia da independência do Brasil só chegou a
Desterro nos primeiros dias de outubro de 1822. O juiz de
fora e presidente da Câmara, Francisco José Nunes, no dia 11, fez a
aclamação do imperador.
Durante o império, a província
sofreu, como outras, os prejuízos da descontinuidade administrativa. Teve no
período mais de setenta presidentes, entre titulares e substitutos. Sob o
governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, em 1829, iniciou-se a
colonização de Santa Catarina com imigrantes alemães. Em 1831, após a abdicação
de Dom
Pedro I, o presidente da província, Miguel de Sousa Melo e Alvim,
português de nascimento, foi forçado a renunciar em consequência de um levante
da tropa. Nesse mesmo ano, em 28 de julho, foi lançado o primeiro jornal
publicado na província, com o título de "O Catharinense", dirigido
pelo capitão Jerônimo Francisco Coelho.
O movimento farroupilha teve
considerável repercussão em Santa Catarina, sobretudo na região mais próxima ao
Rio Grande do Sul. De 22 de julho a 15 de novembro de 1839, Laguna foi ocupada
pelos revolucionários, que ali proclamaram a República Juliana, aliada à de Piratini. Nessa ocasião, Ana de Jesus Ribeiro,
mais conhecida como Anita Garibaldi, uniu sua vida à de Giuseppe Garibaldi. No planalto, Lages aderiu à
revolução, mas submeteu-se no começo de 1840. Em 1845, a província, já
inteiramente pacificada, recebeu a visita de Dom Pedro
II e da imperatriz Teresa Cristina. De 1850 a 1859,
Santa Catarina foi governada por João José Coutinho, que demonstrou grande zelo
administrativo e particular interesse pela instrução e a cultura, esforçando-se
também no incentivo à atividade das colônias de imigrantes. Em 1850 foi fundada Blumenau; no
ano seguinte, Joinville; e, em 1860, Brusque.
Unidade federal
A partir de 1870 as ideias
republicanas ganharam impulso em Santa Catarina. Criaram-se clubes e jornais de
propaganda, mas os republicanos não chegaram a conseguir representação na
assembleia. Entretanto, a cidade de São Bento do Sul elegeu em 1889 a primeira
câmara de vereadores no país formada somente de elementos republicanos. A
república tomou a província de surpresa, pois em geral se esperava apenas a
queda do ministério. Confirmada a proclamação do novo regime, em 17 de
novembro, comemorou-se o acontecimento, e um triunvirato assumiu o governo. O
primeiro governador do estado de
Santa Catarina, nomeado por Deodoro da Fonseca, foi o tenente Lauro Severiano Müller. Mais tarde
confirmado pela constituinte de 1891, foi logo deposto com a saída de Deodoro.
Uma vez deflagrada, a revolução federalista do Rio Grande do Sul teve pronto
reflexo em Santa Catarina.
Seguiu-se uma época de
instabilidade política, com sérios entrechoques provocados por motivos locais
ou mesmo municipais, e agravados pelos acontecimentos no resto do país. Após a
revolta da armada, Santa Catarina foi palco de numerosos episódios da revolução
federalista, sendo Desterro proclamada capital provisória da república. Em 17
de abril de 1894, a esquadra ali aportava e ocupava a cidade. Pouco depois, o coronel Antônio Moreira César assumia o governo
do estado para exercê-lo com mão de ferro. Entre as incontáveis vítimas desse
período de violenta repressão, destaca-se o chefe do governo revolucionário,
almirante Frederico Guilherme de Lorena, fuzilado por ordem de Moreira César.
Serenados os ânimos, elegeu-se governador Hercílio
Luz. Nessa ocasião, a capital do estado passou a chamar-se Florianópolis. O
domínio político, então, não era mais exercido exclusivamente pelas famílias
tradicionais do litoral, mas dividido com figuras influentes do planalto e
descendentes de imigrantes. Durante este período ocorreu um dos conflitos mais
importantes do país, devido às suas proporções, a chamada Guerra do Contestado.
Geografia
Santa Catarina situa-se no sul do
Brasil, em uma posição estratégica na Unasul. O estado
faz fronteira com a Argentina na região Oeste. Florianópolis, a capital, está a
1.539 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 do Rio de Janeiro e 1.673 de Brasília.
Situa-se entre os paralelos 25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e
entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude Oeste. Ao
longo dolitoral,
aparecem planícies, terrenos baixos, enseadas e ilhas. Essa porção do
relevo recebe o nome de planaltos e serras de Leste-Sudeste. No
centro-leste de Santa Catarina, surge a depressão periférica. No oeste, sudeste e
centro do estado, onde as serras são mais
comuns, o compartimento de relevo são os Planaltos e Chapadas da Bacia
do Paraná.
Relevo
Com 77% de seu território acima
de 300m de altitude e
52% acima de 600m, Santa Catarina figura entre os estados brasileiros de mais
forte relevo. Quatro unidades, que se sucedem de leste
para oeste, compõem o quadro morfológico:
a baixada
litorânea, a serra do Mar, o planalto paleozoico e
o planalto basáltico.
A baixada litorânea compreende as terras situadas abaixo de 200m de altitude.
Ao norte, alarga-se bastante, penetrando no interior ao longo dos vales dos
rios que descem da serra do Mar. Para o sul, estreita-se progressivamente. A
serra do Mar domina a baixada litorânea a oeste. Salvo no norte do estado, onde
forma o rebordo escarpado de um planalto mais ou menos regular, a serra
tem caráter muito diverso do que apresenta em outros estados, como Paraná e São
Paulo. Em Santa Catarina, forma uma faixa montanhosa, de
aproximadamente mil metros de altitude, constituída por um conjunto de maciços isolados
pelos vales profundos dos rios que drenam para o oceano Atlântico.
Por trás da serra do Mar
estende-se principalmente o planalto paleozoico, cuja superfície plana
encontra-se fragmentada em compartimentos isolados pelos rios que correm para
leste. O planalto paleozoico perde altura de norte para sul; na parte
meridional do estado confunde-se com a planície litorânea,
uma vez que a serra do Mar não chega até essa parte de Santa Catarina. O
planalto basáltico ocupa a maior parte do estado. Formado por camadas de basalto (derrames
de lavas),
intercaladas com camadas de arenito, é limitado a leste por um rebordo escarpado a que se
dá o nome de serra Geral. No norte do estado, o
rebordo do planalto basáltico se encontra no interior; para o sul vai-se
aproximando gradativamente do litoral até que, no limite com o Rio Grande do
Sul, passa a cair diretamente sobre o mar. A superfície do planalto é regular e
se inclina suavemente para oeste. Os rios que correm para o rio
Paraná abriram neste planalto profundos vales.
O ponto mais alto do estado de
Santa Catarina é o Morro da Boa Vista, situado entre os municípios
de Urubici e Bom Retiro, com uma altitude de 1.827
m. O segundo ponto mais elevado do estado é o Morro
da Igreja, situado em Urubici, com 1.822 m, sendo considerado o ponto
habitado mais alto da Região Sul do Brasil.
Clima
O clima de Santa Catarina é subtropical
úmido. As temperaturas médias variam bastante de acordo com o
local: são mais baixas nas regiões serranas e mais elevadas no litoral, no
sudeste e no oeste catarinense. As chuvas são bem
distribuídas durante o ano, atingindo, em média, 1.500 mm anuais. Ao
contrário do que é observado na maior parte do território brasileiro, em Santa
Catarina as quatro estações são bem definidas. O clima do estado é úmido
mesotérmico, apresentando duas variações, Cfa e Cfb. A variação Cfa é
encontrada em praticamente todo o estado nas áreas abaixo de 800 metros de
altitude. Já o Cfb encontra-se nas áreas mais altas, acima de 800 metros. As
chuvas costumam ser bem distribuídas ao longo do ano com uma pequena diminuição
nos meses do inverno. Entretanto, o clima não é igual em todo o estado. Existem
diferenças significativas entre as regiões. Nas zonas mais elevadas do planalto
norte, o verão é fresco e o inverno frio. No litoral (devido à baixa altitude)
e no Oeste (devido à continentalidade), o verão é mais quente e prolongado. No litoral,
principalmente em Florianópolis, é comum ocorrer o vento sul, que traz
para a atmosfera a umidade oceânica, tornando oinverno úmido.
No planalto sul, devido às altitudes que variam de cerca de 800 a até 1828
metros, o frio é mais forte e dura mais tempo. Ali, é frequente a ocorrência de geadas e neve, com temperaturas
que podem atingir menos -15 °C. Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema são
os municípios mais frios do estado e estão entre os mais frios do Brasil. A menor
temperatura já registrada no país foi de -17,8 °C. no Morro
da Igreja, em 29 de junho de 1996.
No final de novembro de 2008 algumas
regiões do estado, principalmente o Vale do Itajaí, sofreram enchentes após um intenso período
de chuvas. Várias cidades ficaram isoladas e algumas foram destruídas.
Vegetação
A cobertura vegetal original
do estado compreende dois tipos de
formação: florestas e campos. As florestas, que
ocupavam 65% do território catarinense, foram bastante reduzidas por
efeito de devastação. Contudo, o plantio de árvores tem
crescido, graças aos incentivos governamentais e
ao desenvolvimento da indústria madeireira. No planalto,
apresentam-se sob a forma de florestas mistas
de coníferas(araucárias)
e latifoliadas e,
na baixada e encostas da serra do
Mar, apenas como floresta latifoliada. Os campos ocorrem
como manchas dispersas no interior da floresta mista. Os mais importantes são os
de São Joaquim, Lages, Curitibanos e Campos
Novos.
Demografia
Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Santa Catarina possui uma
população de 5.866.487 de habitantes e uma densidade populacional de 61,53
hab./km², de acordo com acontagem populacional e estimativas
realizadas em 2007.
As cidades mais
populosas de Santa Catarina são: Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Chapecó, Criciúma, Lages, Itajaí, Jaraguá
do Sul ePalhoça. De acordo com o censo de 2000, o estado de Santa
Catarina contava com 5.356.360 habitantes. Desse total, 40.63% moram no campo,
enquanto 59.37% residem nas áreas urbanas. Em relação ao ano de 1991, quando a
população era de 4.536.433 habitantes, esses números mostram uma taxa de
crescimento anual de 1,6%, inferior à do Brasil como um todo (1,9% para o ano
de 2000). Ainda segundo o censo 2000, Santa Catarina é o décimo primeiro estado
mais populoso da nação e concentra 3,15% da população brasileira. Do total da população
estadual, 2.687.049 de habitantes são mulheres e 2.669.311 de habitantes são
homens.
Em 2005, a densidade demográfica chegou a 61,53
hab./km². As maiores densidades estão localizadas na zona de mais intenso
desenvolvimento industrial (Blumenau, Joinville e Brusque), onde
colonos instalaram grandes empresas, e no sul catarinense, área de exploração
de carvão mineral. Nessas regiões a densidade atingiu
de 62,6 a 77,8 hab./km². No oeste do estado, onde se registram as mais elevadas
taxas decrescimento populacional, a densidade
varia de 25 a 70 hab./km². Nas zonas de criação de bovinos, os campos
de criação do planalto, a densidade demográfica baixa para menos de 20
hab./km². Em Lages a densidade demográfica chega a 63,7 hab./km² e em São
Joaquim, a 12,3 hab./km². Santa Catarina é, ao lado do Espírito Santo, o único estado brasileiro
em qual a capital estadual não é o município mais populoso.
Histórico
Desde 1823 a capital de Santa
Catarina é a cidade de Florianópolis.
Originalmente, a cidade tinha o nome de Nossa Senhora do Desterro, em
referência a sua padroeira. A mudança de nome seguiu-se ao fim da Revolução Federalista, em 1894, e ainda é
considerada controvertida por parte dos habitantes da cidade. O nome Florianópolis refere-se
a Floriano Peixoto, ex-presidente da
República. Deste nome deriva o apelido Floripa, pelo qual a cidade é
amplamente conhecida. Com o movimento revolucionário de 1930, iniciado no Rio
Grande do Sul, Santa Catarina foi o primeiro estado a ser invadido pelas forças
que conduziram Getúlio Vargas ao poder. Muito embora fossem
sendo vencidas as forças legais, Florianópolis resistiu ao avanço gaúcho, até
que a revolução viesse a triunfar em todo o território nacional. De 1930 a
1945, o estado foi governado por interventores federais. Ao longo desses quinze
anos, houve um breve período, de 1935 a 1937, em que o poder executivo estadual
esteve entregue a um governador eleito, Nereu Ramos,
mantido como interventor pelo Estado Novo, em 1937. Na década de 1940, uma
grande área do estado, que vivia semimarginalizada e escassamente povoada, o
meio e o extremo oeste, passou a ter importância cada vez maior. Essas glebas
foram sendo ocupadas por gente vinda do Rio Grande do Sul, colonos estrangeiros
e seus descendentes, que nelas vislumbraram um novo eldorado. Em 1966, tomou
posse o governador Ivo Silveira, eleito por voto direto. Depois, dois
governadores foram escolhidos pela Assembleia Legislativa do estado, Colombo Sales e Antônio Carlos Konder Reis; e um por um
colégio eleitoral, Jorge Bornhausen.
Subdivisões
Santa Catarina está separada em
subdivisões geográficas denominadas mesorregiões e microrregiões, e em
subdivisões administrativas denominadas municípios. As
mesorregiões compreendem as grandes regiões do estado, unidas por laços
geográficos, demográficos e culturais. Atualmente existem seis mesorregiões em
Santa Catarina, sendo elas a Grande Florianópolis, Norte Catarinense, Oeste Catarinense, Serrana, Sul Catarinense, Vale do Itajaí. As microrregiões são
formadas pelo conjunto de cidades que se engloba a uma cidade pólo. As cidades
polo estão distribuídas por todo o estado de forma descentralizada, e cada uma
possui uma Secretária de Desenvolvimento Regional. Há atualmente vinte
microrregiões, são elas a deAraranguá, Blumenau, Campos de Lages, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Curitibanos, Florianópolis, Itajaí, Ituporanga, Joaçaba, Joinville, Rio do Sul, São Bento do Sul, São Miguel do Oeste, Tabuleiro, Brusque, Tubarão, Xanxerê. Já os 293 municípios presentes no
estado são divisões administrativas que possuem relativa autonomia e concentram
um poder político local. O sistema local também funciona com três poderes,
sendo o executivo a Prefeitura, o legislativo a Câmara de Vereadores e o judiciário
o Fórum
Municipal. O maior deles é Joinville,
também sendo o mais populoso e de maior PIB do estado; sua região metropolitana possui
aproximadamente 1,1 milhão de habitantes. Alguns destes municípios formam
uma conurbação chamada deregião
metropolitana, existindo oito delas em Santa Catarina: Região Metropolitana Carbonífera,
de Chapecó, de Florianópolis, de Lages, da Foz do Rio Itajaí, do Norte/Nordeste
Catarinense, do Vale do Rio Itajaí e
de Tubarão.
Regiões
Litoral
Os 500 quilômetros de litoral são
um atrativo para quem busca belas praias e o contato com a natureza. Esta
região, colonizada por açorianos no século
XVIII, tem um relevo recortado, com baías, enseadas, manguezais, lagunas e
mais de quinhentas praias. É ainda uma das mais importantes áreas de
biodiversidade marinha do Brasil. As principais cidades são Florianópolis, São José, Palhoça,Laguna, Itajaí, Navegantes, Balneário Camboriú, Itapema, Bombinhas e Porto Belo.
A pesca e
o turismo são
atividades econômicas marcantes.
Florianópolis,
capital e centro administrativo do estado, tem o seu território situado parte
em uma ilha oceânica
com 523 quilômetros quadrados, a Ilha de Santa Catarina, e parte no
continente. É a capital brasileira que oferece melhor qualidade de vida e o
terceiro município brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros, atrás
apenas de Rio de Janeiro e São Paulo.
A porção continental do município é ligada à parte insular por três pontes.
Seus mais de 400 mil habitantes convivem com o ritmo ágil de um centro urbano
cosmopolita e com a tranquilidade dos vilarejos construídos pelos colonizadores
açorianos. As 100 praias da cidade são em sua maioria limpas e próprias para
banho.
Vale do Itajaí
Um "pedacinho da Alemanha"
encravado em Santa Catarina. Assim é o Vale
do Itajaí, situado entre a Capital e o Nordeste do estado. A herança dos
pioneiros germânicos deixou marcas na arquitetura em estilo enxaimel, na
culinária e nas festas típicas, nos jardins bem cuidados e na força da
indústria têxtil. Sua paisagem de morros, matas, rios e cachoeiras é um forte
atrativo para os ecoturistas. Os principais municípios são Itajaí, Blumenau, Gaspar, Pomerode, Indaial, Brusque, Guabiruba e Rio do Sul.
Nordeste
Com forte tradição germânica, o
Nordeste do estado concilia uma economia dinâmica com o respeito à natureza
exuberante. Indústrias do ramo eletro-metal-mecânico dividem espaço com as densas
florestas da Serra do Mar e as águas da Baía de Babitonga na cidade de São Francisco do Sul. A região tem alto poder
aquisitivo e excelente qualidade de vida. Suas principais cidades são Joinville, Jaraguá
do Sul, São Bento do Sul e São Francisco do Sul.
Planalto Norte
Nesta região, rica em florestas
nativas e provenientes de reflorestamento, concentra-se o polo florestal
catarinense - o mais expressivo da América
Latina, abrangendo indústrias madeireiras, moveleiras, de papel e de
papelão. Os principais municípios são São Bento do Sul, Rio
Negrinho, Canoinhas, Corupá, Mafra, Três
Barras e Porto União.
O frio e o turismo
rural são os grandes atrativos desta região, que tem como atividades
econômicas a pecuária e a indústria florestal. Por conta das
paisagens bucólicas e da neve que se precipita em algumas cidades, todos os anos o Planalto recebe
milhares de visitantes no inverno. A estrada da Serra do Rio do Rastro, que desce em curvas
sinuosas de uma altitude de 1.467 metros até o nível do mar, é uma atração à
parte. Os principais municípios são Lages, Curitibanos, São Joaquim, Urubici e Bom Jardim da Serra.
Sul
A presença dos descendentes de
imigrantes italianos é uma característica marcante da região.
Quem a visita pode conhecer de perto as vinícolas e apreciar a cultura italiana
em festas típicas, além da colonização alemã, existente em menor escala.
Extrativismo mineral, indústria cerâmica (Eliane, Portinari) e de derivados do plástico
(Grupo Incoplast/Copobras, Copaza, Canguru, etc) são as principais atividades
econômicas. O sul do estado tem estações hidrotermais(Gravatal e Santa Rosa de
Lima) e cânions (Lauro
Müller e Urubici), além dos famosos cânions Itaimbézinho e Malacara que fazem
parte da cidade de Praia Grande e o cânion fortaleza que faz parte da cidade de
Jacinto Machado, que são mundialmente conhecidos por suas belezas naturais,
como piscinas naturais, ricos em biodiversidade.
Suas principais cidades são Criciúma, Içara, Tubarão, Laguna, Imbituba, Araranguá, Urussanga e Braço
do Norte. O sul de Santa Catarina também tem um grande potencial turístico,
pois sedia o Circuito Mundial de Surfe (WCT) em Imbituba,
capital nacional da baleia franca. O Sul catarinense, devido a sua beleza
litorânea, recebe visitação principalmente de argentinos, paranaenses e
gaúchos.
Meio-Oeste
Nesta região de morros ondulados
localizada no centro do estado situam-se comunidades de pequeno e médio porte,
colonizadas por imigrantes italianos, alemães, austríacos e japoneses. Sua
atividade econômica está baseada na agroindústria,
criação de bovinos e produção de maçã. Também
há indústrias expressivas do polo metalomecânico e madeireiro. As principais
cidades são Joaçaba, Caçador, Videira, Fraiburgo e Campos
Novos, com destaque para Treze
Tílias e Piratuba, cidades com grande atividade turística em função
de fontes hidrominerais termais.
Oeste/Extremo-Oeste
Os campos do Oeste são o "celeiro"
de Santa Catarina, de onde sai boa parte da produção brasileira de grãos, aves
e suínos. Frigoríficos de grande e médio porte estão
associados aos produtores rurais em um modelo bem sucedido de integração: as
empresas fornecem insumos e tecnologia e compram a produção de animais. A
região também começa a explorar o potencial turístico de suas fontes
hidrotermais. Os principais municípios são Chapecó, Xaxim, Xanxerê, Concórdia, São Miguel do Oeste e Itapiranga.
Comunicações
Imprensa
Os principais jornais do estado
são A
Notícia (Joinville), o Jornal Folha do Oeste (São Miguel do Oeste), A Tribuna (Criciúma),
o Correio Lageano (Lages), a Gazeta de Joinville, o Diário Catarinense (Florianópolis),
o Diário do Iguaçu, o Diário do Litoral (Itajaí), o Diário do Sul (Tubarão), a Hora de Santa Catarina (Florianópolis),
a Jornal da Manhã (Criciúma),
o Jornal de Santa Catarina (Blumenau), O Barriga Verde (Taió), o Notisul (Tubarão), Estado (Florianópolis), O
Município (Sul Brasil), aEspinheira (Palhoça), o Expresso
da História (Tubarão), o Jornal Floripa (Florianópolis),
o Jornal Tribuna Catarinense (Balneário Camboriú), o Jornal Pomeroder
Zeitung (Pomerode),
o Jornal Notícias do Dia de Joinville (Joinville), o O
Correio do Povo(Jaraguá do Sul), o Jornal FolhaSC (Jaraguá
do Sul),Folha da Cidade (Caçador) o Jornal
do Vale (Jaraguá do Sul), o Jornal Cidadela (Joaçaba), o Jornal
Evolução (São Bento do Sul), o Jornal de Bairro (Tubarão)
e a Tribuna da Fronteira (Mafra/Rio Negro).
]
Rádio
As principais emissoras de rádio
do estado são: Rádio Caçanjurê (Caçador); Rádio
Eldorado (Criciúma); Rádio Sociedade Guarujá; Rádio Anita
Garibaldi e Rádio Santa Catarina (Florianópolis);
Rádio Difusora e Rádio Cultura (Joinville); Rádio Catarinense (Joaçaba);
Rádio Clube, Sociedade Rádio Difusora Vale do Itajaí (Itajaí); Rádio
Clube Lages (Lages);
Rádio Mirador e Radio Amanda (Rio do Sul); Rádio Nereu Ramos (Blumenau); Rede
Peperi de comunicação(São Miguel do Oeste).
Televisão
A Televisão Catarinense começou
em 1969, quando surge a TV Coligadas Canal 3 de Blumenau logo depois em
1970 surge a TV
Cultura Florianópolis canal 6 da TV Tupi. Hoje
já grupos e mais redes sendo formadas por exemplo: RBS TV, RIC TV, CBV e
outros.
As principais estações e
emissoras de televisão da capital são a TV Cultura Florianópolis (Canal 02),
a RIC TV Florianópolis (Canal 04), a Record News Florianópolis (Canal
06), a Band
SC (Canal 09), a RBS TV Florianópolis (Canal 12) e a TV Canção Nova Florianópolis (Canal
23); mas também existem emissoras distribuídas por cidades do interior, como Blumenau, Chapecó, Joaçaba, Lages, Maravilha, e Xanxerê.
No interior destacam-se a RBS
TV Blumenau, a RBS TV Centro-Oeste (Joaçaba), a RBS
TV Chapecó, a RBS
TV Criciúma, e a RBS
TV Joinville, todas afiliadas à Rede Globo de Televisão. Em Lages Grupo de
Radios e TV do SBT.
Pontos turísticos
O estado de Santa Catarina possui
um território cheio de contrastes: as serras se contrapõem ao litoral de
belas praias, baías, enseadas e
dezenas de ilhas;
na arquitetura, vários municípios mantêm as construções típicas da época da
colonização; enquanto a capital, Florianópolis,
é uma cidade de edificações modernas e sofisticadas, marcada pela forte
presença dos jovens, dos esportes náuticos e dos campeonatos de surfe. Dentre as
praias podemos destacar Bombinhas, que é considerada a capital do mergulho
brasileira, e Balneário Camboriú, uma das praias mais
populares.
Hoje, conhecer o estado de Santa
Catarina é uma oportunidade de conhecer uma peculiar combinação de nacionalidades,
que se reflete não apenas na cultura, mas também no patrimônio histórico. Ademais, existem no
estado outros grandes atrativos, como as altas temperaturas do verão, que
atraem inúmeros visitantes para suas lindas praias, espalhadas
por destinos como Balneário Camboriú,Bombinhas, Itapema, Garopaba, Joaquina, Praia Mole e praia
da vila em Imbituba onde acontece etapa do mais importante campeonato
de surf do mundo, o WCT;
e o rigoroso frio do inverno da Serra
Catarinense com fortes geadas – às
vezes acompanhado pela neve –, garantindo aconchegantes e românticos roteiros. Os
mais visitados da serra são Lages e São Joaquim. Faça frio ou faça sol, existem incontáveis
opções de passeios para o ano inteiro.
No Vale
do Itajaí - destacando-se Penha, onde há o Beto Carrero World, e Blumenau –
estão concentrados destinos onde o forte é o turismo de negócios. Já no
município de Timbó, o destaque fica por conta dos ótimos locais para a
prática de esportes radicais como o rafting, canyoning e
práticas verticais. No município de Fraiburgo, pertencente
a Rota da Amizade, o destaque está para o cultivo da maçã, podendo ser
visitadas as diversas etapas desta cultura, como a florada da maçã, a colheita
dos frutos, além de desfrutar da estrutura existente na Terra da Maçã para a
recepção dos turistas.
Conhecido como um pedaço da Europa encravado
no Sul do país, o estado de Santa Catarina tem um dos maiores índices de
desenvolvimento econômico do Brasil, baseado numa produção industrial bastante
diversificada. Uma grande atração turística é o Farol de Santa Marta, o maior das Américas e
o terceiro maior do mundo.
Tem aumentado constantemente o
fluxo turístico para
o estado,
procedente sobretudo de São Paulo e
dos países do Prata. O
principal foco de atração dos visitantes são as belas praias da ilha de Santa Catarina, bem como os
balneários de Laguna, Camboriú, Porto Belo e Itajaí. Também
é fator de atração a zona de colonização alemã, com centro em Blumenau, mas
estendendo-se, nos arredores, aPomerode e Timbó e
incluindo, mais para o norte, Joinville. Os municípios da região estimulam
a construção das tradicionais casas de enxaimel (caibros cruzados
de maneira a sustentar o barro que dá forma às paredes).
Ligações externas
Distrito Federal
O Distrito Federal é
uma das 27 unidades federativas do Brasil. Em seu
território está localizada a capital federal, Brasília.
Foi fundado em 21 de abril de 1960. O atual Distrito
Federal foi construído em três anos e dez meses, através de um projeto do
presidente Juscelino Kubitschek de mudança da
capital nacional do município do Rio de Janeiro para o centro do país.
Até a criação de Brasília, a capital federal localizava-se na cidade do Rio de
Janeiro, antecedida por Salvador.[5]
No período colonial brasileiro a
área fazia parte da Capitania de São Jorge dos Ilhéus, sob comando do donatário
Jorge Figueiredo Corrêia. Porém, com o fim das Capitanias no Brasil, surgiram
diversas cidades na Região, incluíndo Ilhéus e,
mais tarde, a própria Brasília, construída por iniciativa do Presidente Juscelino K. de Oliveira.[6]
Durante o Império, o equivalente ao Distrito Federal atual
era o município neutro, onde se situava a corte, no Rio de Janeiro. Depois da Proclamação da República o
Rio de Janeiro tornou-se a capital federal, que somente no início da década de
1960 foi transferida para o centro do Brasil, no leste do estado de Goiás. Quando de
sua transferência, o território onde se localizava a capital foi
provisoriamente o estado da Guanabara (de 1960 a 1975). O Distrito
Federal manteve inicialmente sua estrutura político-administrativa,
permanecendo até hoje com o prestígio de instituições centenárias e uma capital
com menos de meio século.[5]
Com a reordenação republicana do território brasileiro,
as províncias passaram
a estados e cada um deles passou a ser uma unidade da Federação. Quase todos os
estados surgiram das províncias de mesmos nomes, exceto o Distrito Federal e
outros estados criados pela divisão territorial, como por exemplo a divisão de
Goiás, em que o território norte passou a ser o estado doTocantins e
o sul permaneceu
Goiás.[5]
Etimologia
O topônimo Distrito Federal é
uma comparação brasileira em relação ao Distrito
de Colúmbia, nos Estados Unidos. No Brasil
Império, a cidade do Rio de Janeiro denominava-se Município Neutro da Corte a partir de 1834.[7] Após
a Proclamação da República, em
1891, quando da promulgação da Constituição Federal de 1891,
passou a se chamar Distrito Federal, mantendo a
antiga capital imperial como sede do novo regime
político.[8] Com
a mudança dos três poderes do Sudeste para o Centro-Oeste do Brasil, Brasília
passou a sediar o novo Distrito Federal propriamente dito, de acordo com a Constituição de 1946.[8]
O gentílico tanto do Distrito
Federal como de Brasília é denominado brasiliense ou candango.
Este último foi originalmente usado para se referir aos trabalhadores que, em
sua maioria proveniente do Nordeste, migravam à futura capital para
sua construção. Uma das vertentes diz que o termo "candango" era
usado pelos africanos para designar os portugueses. A denominação é derivada de
uma língua africana e significa
"ordinário, ruim",[9] embora
alguns dicionários apontem como de origem duvidosa.[10]
Geografia
O Distrito Federal é uma unidade federativa diferente das demais,
pois não é um estado, nem um município.
É, na realidade, um território autônomo dividido em regiões
administrativas. Com exceção deBrasília,
Capital Federal, as outras regiões administrativas são conhecidas como cidades-satélites e
possuem uma certa autonomia em suas administrações, pois para cada uma delas é
nomeado um administrador.[17]
Brasília, Capital Federal, é uma
cidade planejada que foi projetada por Lúcio
Costa e Oscar Niemeyer, possui o formato de um avião, o que
engloba as asas sul e norte, os
lagos sul e norte, o cruzeiro novoe velho;
e o sudoeste/octogonal são organizados de forma
que empresas de mesmo segmento econômico fiquem na mesma área da cidade. Em sua
grande maioria, os órgãos do governo federalencontram-se localizados na
asa sul, na norte e no lago sul.[17]
Relevo e hidrografia
O seu relevo é constituído por planaltos, planícies e várzeas,
características típicas do cerrado, que possui terreno bem plano ou com suaves
ondulações. Sua altitude varia de 600 m a 1.100 m acima donível
do mar, e o ponto mais alto é o Pico do Roncador com 1 341 m, localizado na
serra do Sobradinho.[17]
Em sua localização, o Distrito
Federal ocupa uma posição privilegiada, pois divide as principais bacias hidrográficas do país, que são: a bacia do Paraná, a bacia do Tocantins-Araguaia e a bacia do rio São Francisco.[17]
Clima
O clima predominantemente
é o tropical sazonal, com uma estação chuvosa e quente (verão),
normalmente compreendida entre outubro e março, e outra fria e seca (inverno),
compreendida entre abril esetembro. Os índices de umidade giram em torno de 25%
no inverno e 68% no verão, o que culmina em um clima típico do cerrado. A temperatura média
é muito agradável, na maior parte do ano, com variações que vão de 13°C até
27°C, constituindo uma temperatura média anual que gira em torno de 20°C. A
média das precipitações anuais ficam entre
1.200 mm e 1.800 mm.[17]
Vegetação
A vegetação do
Distrito Federal, caracterizada pelo cerrado, é o
resultado de um longo processo de evolução, no qual as plantas buscaram
adaptar-se às difíceis condições ambientais como: pouca água, falta de umidade
no ar e acidez no solo. Em virtude disso, as principais vegetações do Distrito
Federal são o cerrado, vegetação composta por árvores de
galhos e caules grossos e retorcidos, distribuídos de uma forma esparsa, onde
também existem gramíneas, várias espécies de capins, que se
desenvolvem embaixo das árvores e umas espécies semi-arbustivas; a mata ciliar composta
por florestas estreitas
e densas, formadas ao longo do leito dos rios e riachos, por encontrarem solos
mais férteis e com boa umidade, o que proporcionam o bom desenvolvimento dessas
espécies, e os brejos,
que são localizados nas nascentes de água onde desenvolve-se em grandes
proporções o buriti.
Entre as espécies de plantas que ficam mais em evidência, podemos destacar osipês amarelo e roxo, a pindaíba e
o óleo vermelho, o pau-santo, a gabiroba, o araçá e
a sucupira.[17]
Diferentemente de outras regiões brasileiras, durante o período dos meses
de verão, o Distrito Federal adquire uma paisagem muito verde, porém, durante
os meses de inverno, o capim seca e praticamente todas as árvores mudam suas
folhagens, cada árvore ao seu tempo, de modo que não acontece de todas as
árvores de uma mesma espécie trocarem de folhas, todas ao
mesmo tempo.[17]
Ecologia e fauna
Durante a elaboração do projeto
para a Construção de Brasília houve uma grande
preocupação e cuidado com a relaçâo ao trinômio cidade-natureza-homem, para que
nessa cidade houvesse equilíbrio ambiental entre esses três elementos,
objetivando o mantimento de um alto padrão na qualidade
de vida dos seus habitantes Isto é evidente quando observamos que a
relação área verde por habitante ê a maior do país. Desde sua construção até os
dias de hoje, há uma série de medidas adotadas para que seja mantido equilíbrio
ambiental e para que sejam preservados os recursos naturais existentes na
região. Essas medidas resultaram na criação de várias unidades de conservação ambiental,
bem como em áreas protegidas arnblentalmente e reservas ecológicas, além da
criação do Parque Nacional de Brasília. Chega a
apresentar uma fauna com mais de 60 000 espécies diferentes, destacando-se a onça-pintada, suçuarana, veado-campeiro, lobo-guará, tamanduá-bandeira e tatu-canastra.[17]
Demografia
O crescimento demográfico se situa em
2,82% anual. A densidade média é de 410,8 hab./km e a taxa de urbanização, uma das mais altas do
país, alcança 94,7% Relativamente ao desenvolvimentosocioeconômico são significativos os
valores dos seguintes indicadores: a mortalidade infantil é de 17,8‰; a taxa de analfabetismo alcança 4,7% entre
as pessoas maiores de 15 anos e o número de leitoshospitalares é
de 3 777. Além disso quase a totalidade da população tem acesso à água corrente
e à rede de esgoto.[17]
Etnias
Segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio (PNAD), a população brasiliense está composta por brancos (49,15%), negros (4,80%), pardos (44,77%), asiáticos (0,39%)
e indígenas(0,35%).[18]
Religião
Tal qual a variedade cultural
verificável no Distrito Federal, são diversas as manifestações religiosas
presentes[18].
Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica,
tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos
brasilienses declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade
dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, doislamismo, espiritismo,
entre outras.[18]
De acordo com dados do censo de
2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a população do Distrito Federal está
composta por: católicos (66,16%), protestantes (19,50%),
pessoas sem religião (8,64%), espíritas(2,69%), budistas (0,14%), muçulmanos (0,03%), umbandistas (0,15%)
e judeus (0,03%).[18]
Política
A política e a administração do
Distrito Federal distinguem-se das demais unidades da federação, em alguns
pontos particulares, conforme definido na Constituição do Brasil de 1988:[19]
§ O Distrito Federal
rege-se por lei orgânica, típica de municípios, e não por uma constituição
estadual. Acumula as competências legislativas reservadas aos estados federados
e municípios, não vedadas pela Constituição.
§ O Poder
legislativo do Distrito Federal é exercido pela câmara legislativa, com 24 deputados distritais eleitos;
§ O caráter híbrido do
Distrito Federal é observável por sua Câmara Legislativa, mistura de Câmara
Municipal (Poder Legislativo Municipal) e Assembleia Legislativa (Poder
Legislativo Estadual), sendo que o chefe do Poder Executivo é um governador,
em vez de um prefeito.
O Distrito Federal possui
autonomia para instituir e arrecadar tributos próprios aos estados, como o imposto sobre a
circulação de mercadorias e serviços (ICMS), imposto sobre a
propriedade de veículos automotores (IPVA), Imposto sobre Transmissões
Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito (ITCMD); e aos
municípios, como o imposto predial e territorial
urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISS ou ISSQN) e Imposto sobre a transmissão
de bens imóveis (ITBI).
Subdivisões
A Constituição de 1988, em seu
Art. 32, veda expressamente a divisão do Distrito Federal em municípios.[19] O
Distrito Federal é dividido em 31 regiões
administrativas, das quais apenas dezenove são reconhecidas pelo IBGE,[20] pelo
fato de as fronteiras das regiões restantes ainda não terem passado por
aprovação na Câmara Legislativa do Distrito Federal[21] A
principal é a região administrativa de Brasília.
As regiões administrativas foram,
no passado, chamadas de cidades-satélite (atualmente,
alguns ainda consideram este termo pejorativo). No Brasil, a ideia de cidade está
intimamente ligada à de sede demunicípio.
Porém, no Distrito Federal, são chamados de "cidades" os diversos
núcleos urbanos sedes das regiões administrativas. Alguns destes núcleos são
mais antigos do que a própria Brasília, comoPlanaltina, que era município de Goiás antes
de ser incorporado ao Distrito Federal, e Brazlândia,
fundada na década de 1930.
Economia
A economia do
Distrito Federal está baseada na pecuária (criação
de bovinos, suínos, equinos, asininos, muares, bubalinos, coelhos, ovinos, aves e apicultura); agricultura permanente
(plantação deabacate, banana, café, goiaba, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, tangerina, urucum e uva) e temporária (cultivo de abacaxi, algodão, alho, amendoim, arroz, batata-doce, batata-inglesa, cana-de-açúcar, cebola, feijão, mandioca, melancia, milho, soja, sorgo granífero, tomate e trigo); indústria alimentícia, pesqueira, extrativistas, de transformação, produção e distribuição elétrica e de gás, indústria de transporte e
imobiliária; comércio e serviço.[17]
Infraestrutura
Transportes
O Distrito Federal é atendido
principalmente por transporte coletivo de ônibus. O
principal ponto de saída e chegada de ônibus urbanos
no DF é a Rodoviária do Plano Piloto, que liga Brasília a
todas as outras regiões administrativas e
ao entorno.
Um novo terminal rodoviário interestadual foi
inaugurado em julho de 2010, às margens da BR-450 (também
conhecida como EPIA, Estrada Parque Indústria e Abastecimento).
Outras regiões administrativas
possuem terminais rodoviários interurbanos, como Taguatinga e Gama. A maioria, entretanto, possui apenas
terminais urbanos, que normalmente funcionam como pontos finais de linhas
urbanas, com alguma linha direta para a rodoviária do Plano Piloto.
Inaugurado em 2001, o Metrô de Brasília atende apenas algumas
localidades do Distrito Federal (Asa Sul, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia). Sua demanda vem crescendo
a cada ano.
O Distrito Federal é servido
pelas seguintes rodovias federais:
§ BR-010
§ BR-020
§ BR-040
§ BR-050
§ BR-060
§ BR-070
§ BR-080
§ BR-251
§ BR-450
Cultura
Em função da construção de Brasília e em busca de
melhores condições de vida, muitas pessoas vieram de todas as regiões do país.
Por conta disso, a cidade possui diferentes costumes, sotaques e culturas. Brasília não
possui uma cultura de características próprias, porém dessa mistura, e com o
passar do tempo surgiu sua identidade cultural. Muitas pessoas acreditam
que Brasília possui atributos misticos. Os religiosos,
por exemplo, acreditam que a capital federal é resultado de uma profecia,
mostrada a Dom Bosco em 30 de
agosto de 1883,
através de um sonho, no qual ele relata que entre os paralelos 15° e 20° havia
uma depressão bastante larga e comprida,
partindo de um ponto onde se formava um lago. Então,
repetidamente, uma voz assim falou que quando vierem escavar as minas ocultas,
no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel.
A segurança pública de Brasília é a que possui
maior efetivo e é mais moderna do país. Nessa cidade, o metro quadrado de área residencial é o mais caro do país. Como
foi uma cidade planejada, Brasília possuí um vasto patrimônio arquitetônico que
compreende desde a própria estrutura da cidade até seus prédios públicos emonumentos.
Brasília possui outros destaques, como a torre de TV com vista panorâmica, a Catedral, o Catetinho, as
feiras de artesanato, o Jardim Botânico e o Autódromo Internacional
Nelson Piquet.[25]
Particularidades
O Distrito Federal é uma unidade
atípica da Federação, com as seguintes particularidades:
§ O Distrito Federal não é
nem estado nem município, nem se divide como tal, mas possui administração
autônoma.
§ As aglomerações urbanas
fora do Plano Piloto são denominadas de regiões administrativas (ou
cidades-satélites), e sua administração é exercida através de administradores regionais, que são nomeados
pelo governador do Distrito Federal, após serem indicados pela população local
de cada região administrativa, através de um processo seletivo dos candidatos
indicados pelas entidades representativas dos diversos segmentos da sociedade.
§ É o menor território
autônomo do Brasil – com apenas 5.783 km², que equivale a 26% da área de
Sergipe, o menor estado brasileiro.
§ O Distrito Federal não
tem capital, tendo Brasília como local da sede de governo
§ O Palácio do Buriti é a sede do governo.
§ As áreas de educação, saúde e segurança pública (polícias civil e militar e o corpo de bombeiros militar) são mantidas
pela União, por meio de fundo específico, conforme art. 20, inciso XIV, da constituição[19],
denominado de Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), o qual é
regulado por legislação específica[26] infraconstitucional.
§ Apesar do Distrito
Federal ser subdividido em regiões administrativas, todo e qualquer cidadão que
seja nascido dentro dos limites distritais é Brasiliense.
Ligações externas
§ Página do Governo Distrital: Regiões
Administrativas, Datas Importantes e Legislação
Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul é
uma das 27 unidades federativas do Brasil.[5] Localizado
na Região Sul,[6] possui
como limites o estado de Santa
Catarina ao norte, o oceano Atlântico ao leste, oUruguai ao
sul e a Argentina a
oeste.[7] Sua
capital é o município de Porto
Alegre.[8] As cidades
mais populosas são: Porto
Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Canoas e Santa Maria.[9] O relevo é constituído por uma extensa baixada, dominada
ao norte por
um planalto.[10] Uruguai, Taquari, Ijuí, Jacuí, Ibicuí, Pelotas e Camacuã são
os rios principais.[10] O clima é subtropical[10] e
aeconomia do Estado se baseia na agricultura (soja, trigo, arroz e milho), na pecuária e
na indústria (de couro e calçados, alimentícia, têxtil, madeireira, metalúrgica e química).[11]
Em 1627, jesuítas espanhóis criaram missões, próximas ao rio Uruguai,
mas foram expulsos pelos portugueses, em 1680, quando a coroa
portuguesa resolveu assumir seu domínio, fundando aColônia do Sacramento. Os jesuítas
portugueses estabeleceram, em 1687, os Sete Povos das Missões. Em 1737, uma
expedição militar portuguesa tomou posse da lagoa Mirim.
Em 1742, os colonizadores fundaram a vila de Porto dos Casais, depois chamada Porto
Alegre. As lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, teve
fim em 1801, quando os próprios gaúchosdominaram
os Sete Povos, incorporando-os ao seu território. Em 1807, a área foi elevada à categoria de
capitania. Grupos de imigrantes italianos e alemães começaram
a chegar a partir de 1824. A sociedade estancieira passou
então a coexistir com a pequena propriedade agrícola, diversificando a
produção. Durante o século XIX, o Rio Grande do Sul foi palco de revoltas
federalistas, como a Guerra dos Farrapos (1835-45), e
participou da luta contra Rosas (1852)
e da Guerra do Paraguai (1864-70). As disputas
políticas locais foram acirradas no início da República e só no
governo de Getúlio Vargas (1928) o Estado foi pacificado.[12]
É o estado mais meridional do
país, conta com o quarto maior PIB[13] -
superado apenas por São Paulo, Rio
de Janeiro e Minas Gerais -, o quinto mais populoso[14] e
o quinto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
mais elevado.[4] O
estado possui papel marcante na história do Brasil, tendo sido palco da Guerra dos Farrapos, a mais longa guerra
civil do país. Sua população é em grande parte formada por
descendentes de portugueses, alemães, italianos, africanos e indígenas. Em
pequena parte por espanhóis, poloneses e franceses,
dentre outros imigrantes.[15]
Em certas regiões do estado, como
a Serra Gaúcha e a região rural da metade sul,
ainda é possível ouvir dialetos da língua
italiana (talian)
e do alemão (Hunsrückisch, Plattdeutsch).[15] Esseestado brasileiro originalmente
teve sua economia baseada na pecuária
bovina que se instalou no Sul do
Brasil durante o século
XVII com as missões jesuíticas na América, e posteriormente
expandiu-se aos setores comercial e industrial, especialmente na metade norte
do Estado.[16]
Etimologia
O nome do estado originou-se de
uma série de erros e discordâncias cartográficas, quando se acreditava que a Lagoa
dos Patos fosse a foz do Rio Grande, que já era demonstrado em mapas
neerlandeses, décadas antes da colonização portuguesa na região. Pelo que se
sabe até agora, o primeiro cartógrafo dos Países
Baixos a registrar a Lagoa dos Patos, ainda considerada o Rio
Grande, foi Frederick de Wit, em seu atlas de 1670. Já o primeiro
registro cartográfico feito por um neerlandês a mostrar o suposto rio com um
formato próximo ao que é conhecido hoje da referida lagoa foi Nikolaus
Visscher, em 1698. Apesar de ele não ter sido o primeiro a mencionar os
índios Patos que habitavam suas margens e boa parte do litoral do Rio Grande do
Sul e de Santa Catarina, foi ele quem associou o nome à
lagoa. Por volta de 1720, açorianos vindos de Laguna vieram à região de São José do Norte buscar o gado cimarrón vindo
das missões, possibilitando a posterior fundação da cidade de Rio Grande, no
ano de 1737. A
partir do nome do município, surgiu também o nome do estado do Rio Grande do
Sul.[17]
Os habitantes naturais do Rio
Grande do Sul são denominados gaúchos, rio-grandenses-do-sul ou sul-rio-grandenses.[18] O
gentílico no masculino do singular é gaúcho e no feminino do singular gaúcha.[19] É
uma palavra oriunda do espanholgaucho, um adjetivo que, aplicado a
pessoas pode signficar "nobre, valente e generosa" ou "camponês
experimentado em pecuária tradicional", ou ainda "velhaco, astuto,
dissimulado ou ardiloso experiente",[20] mas
também pode ter o sentido de "vagabundo, contrabandista, desregrado e
desprivilegiado".[21][22]
História
Na época do Descobrimento do Brasil, a região que hoje
forma o Rio Grande do Sul era habitada pelos índios minuanos, charruas e caaguaras,
que viveram há 12 mil anos a.C.[23][24] Eram
bons ceramistase,
na caça, usavam as boleadeiras, até hoje um dos instrumentos do peão gaúcho.[25][26]
Essas tribos viveram muito tempo
sem contato com os brancos colonizadores.[26] As
disputas entre Portugal e Espanha sobre
os limites de suas possessões na América fizeram
com que a região só fosse ocupada no século
XVII.[27] Os padres jesuítas espanhóis foram
os primeiros a se estabelecer no local.[26][28]
Ocupação
As peculiaridades geográficas do atual
estado do Rio Grande do Sul, dividido em 11 diferentes regiões fisiográficas,[29] influíram
para retardar a ocupação da terra, a leste, pelo conquistador europeu.[30][31]Outro
fator negativo foi o Tratado de Tordesilhas, de 1494, que dividiu a
soberania sobre os descobrimentos entre Portugal e Espanha por
um meridiano ideal.[32] No
caso do Brasil,
o meridiano estendia-se das proximidades da ilha
de Marajó até a baía da Laguna, em Santa
Catarina.[32][33][33][34]
Ante as dúvidas surgidas sobre o
ponto exato em que deveria passar a linha convencionada e achando-se o rio de
São Pedro justamente na zona cuja confrontação se discutia, nenhuma daquelas
duas nações se apressou a ocupá-lo, pelo temor de novas dificuldades
diplomáticas. Contudo, em princípios do século
XVII a Espanha penetrava na margem esquerda do Uruguai,
por intermédio dos jesuítas que, a partir do Paraguai, estabeleceram
suas reduções em vários pontos, chegando mesmo às cercanias da futura cidade de Porto
Alegre e, de modo geral, senhoreando-se de todo o oeste rio-grandense.[33][34][35]
Os paulistas,
por sua vez, não deixaram de entrar em contato com o indígena da região (tupi-guarani, jê e guaicuru),
sobretudo para garantir, através do mu, ou compadrio, o intercâmbio que se
baseava no resgate do aborígine escravizado pelas tribos rivais. Daí resultou
que habitantes de São Vicente, Santos e Piratininga, antes mesmo do aparecimento
das bandeiras, fizessem ali freqüentes penetrações.[33][35][34]
A seguir, os bandeirantes destruíram a província do Guairá, desceram à província do Tape, no coração do Rio
Grande, e à província do Uruguai, desbaratando as aldeias e aprisionando os índios,
que levavam como escravos para suas lavouras.[36] Antônio
Raposo Tavares foi um dos maiores chefes dessas expedições predatórias.[36] As
aldeias foram arrasadas, seus habitantes mortos ou aprisionados, e os
sobreviventes fugiram com os jesuítas, para o sul, onde se fixaram junto à
margem direita do rio Uruguai.[33][34]
Ao levar a catequese, o aldeamento, as estâncias e
os ervais a
uma larga faixa do território, entre 1632 e 1634 os jesuítas estabeleceram reduções no alto Ibicuí (São
Tomé, São Miguel, São José, São Cosme e São Damião). Ampliaram a área de
penetração, alcançaram a bacia do Jacuí e fixaram outras reduções, inclusive
para além da província do Tape (Santa Teresa, Santa Ana, São
Joaquim, Natividade, Jesus Maria, São Cristóvão).[33][34][35]
Nessa linha recuada, próxima às
bases de socorro do poder espanhol do Paraguai e do Rio da
Prata, não encontraram a tranqüilidade esperada.[35] Acossados
tenazmente pelos bandeirantes, não puderam consolidar suas conquistas
territoriais.[35]A
vitória alcançada contra os paulistas na batalha de Mbororé, em 1641, não foi suficiente
para permitir a fixação das reduções.[37] O
êxodo das populações indígenas -- já iniciado depois do assalto da bandeira de Raposo
Tavares, em 1637 -- se intensificou, com a transferência dos jesuítas e dos
índios para a margem direita do rio Uruguai, na fértil mesopotâmia do Paraná.[33][34][38]
Concluiu-se, por força de tais
acontecimentos, a primeira fase da civilização jesuítica
no território do atual Rio Grande do Sul, com o abandono de terras abertas aos
que primeiro chegassem para ocupá-las, aventureiros e colonizadores.[39] Somente
depois de 1680, com a fundação da Colônia do Sacramento, na margem superior do
rio da Prata, a região passou a ser objeto de disputa política por parte de portugueses e espanhóis.[33][40][41]
Geografia
O estado do Rio Grande do Sul
ocupa uma área de 281.748,538 km²[58] (cerca
de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do Equador)[59] e
com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT.[60] Todo
o seu território está abaixo do Trópico de Capricórnio.[61] No
Brasil, o estado faz parte da região Sul,[62] fazendo
fronteiras com o estado de Santa
Catarina e dois países: Uruguai e Argentina.[63] É
banhado pelo oceano Atlântico e possui duas das maiores lagoasdo Brasil: a Lagoa Mirim e
a Lagoa Mangueira, além de possuir uma das maiores lagunas do
mundo: a Lagoa dos Patos, que possui água
salobra.[63]
Sua população constitui cerca de
6% do número de habitantes do país.[59]
Geologia e relevo
O estado do Rio Grande do Sul apresenta, em
sua maior parte, relevo baixo, com setenta por cento de seu território a
menos de 300m de altitude. A única porção elevada, com mais de 600m de
altitude, nonordeste,
compreende 11% da superfície total. Podem-se descrever quatro unidades morfológicas no
estado: a planície litorânea, o planalto
dissecado de sudeste, a depressão central e o planaltobasáltico.[64]
Planície costeira
Também conhecida como planície
litorânea. Toda a fachada leste do estado é ocupada pela planície litorânea, que
consiste em terrenos arenosos com
cerca de 500 km de extensão no sentido nordeste-sudoeste e
largura muito variável. Os areais se desenvolvem tanto nas margens orientais
quanto nas ocidentais das lagoas dos Patos e Mirim.
Essas lagoas apresentam um desenho característico, com recorte lobulado, em
virtude das pontas de areia que de uma e outra margem se projetam para dentro
delas. Ao contrário do que acontece no interior das lagoas, a linha da costa
apresenta traçado regular. A planície litorânea é constituída pela justaposição
de cordões litorâneos (restingas), que às vezes deixam entre si espaços vazios
ocupados por lagoas alongadas ou banhados
Planalto Dissecado de Sudeste
Também denominado impropriamente Serras
de Sudeste, o planalto dissecado de sudeste compreende um conjunto de
ondulações cujo nível mais alto não ultrapassa 500 m. Trata-se de um planaltoantigo,
cuja superfície tabular só foi preservada entre alguns rios. Esses terrenos pré-cambrianos constituem
o chamado escudo rio-grandense e ocupam toda a porção sudeste do estado, formando uma área triangular cujos
vértices correspondem aproximadamente às cidades de Porto
Alegre, Dom Pedrito e Jaguarão.
O conjunto está dividido, pelo vale do rio
Camaquã, em duas grandes unidades, uma aonorte e outra ao sul, denominadas serras de Herval
e Tapes, respectivamente. É o domínio típico das campinas, cuja
melhor expressão é encontrada na campanha
gaúcha.[65]
Depressão Central
Constituída por terrenos da era paleozoica,
a Depressão Central forma um arco em torno
do planalto dissecado de sudeste, envolvendo-o dos lados norte, oeste e sul.
Forma um amplo corredor com aproximadamente cinquenta quilômetros de
largura média e 770 km de extensão, dos quais 450 no sentido leste-oeste, 120 no
sentido norte-sul e 200 no sentido oeste-leste. A topografia suave
e a pequena altitude em relação ao nível
do mar (menos de cem metros), permitem classificar a depressão central
como uma planície suavemente ondulada.[65
Clima
Dois tipos climáticos caracterizam
o Rio Grande do Sul: o clima subtropical úmido e o clima
oceânico.
O clima subtropical úmido possui chuvas bem
distribuídas durante o ano e verões quentes
(Cfa na escala de Köppen),
ocorrendo na maior parte do estado. Registra temperaturas médias
anuais de entre 18 °C e 20 °C. O clima clima
oceânico (Cfb) também apresenta chuvas bem distribuídas durante o ano,
mas os verões são amenos. Ocorre nas porções mais elevadas do território sul-rio-grandense, isto
é, na porção mais alta do planalto basáltico, e no Planalto
Dissecado de Sudeste, registrando temperaturas médias anuais entre 13 °C e
17 °C.[64]
Quanto ao regime pluviométrico, a
zona mais chuvosa do estado é a Serra Gaúcha, com precipitações ao redor de 1.900 mm,
enquanto que a parte onde menos chove no estado é o extremo sul, com
pluviosidade média anual em torno de 1.100 mm no município de Santa Vitória do Palmar.
Dos ventos que
sopram no estado, dois têm denominações locais: o pampeiro, vento tépido, procedente dos pampas argentinos; e
o minuano, vento frio e seco, originário dos
contrafortes da cordilheira dos Andes.[64]
A temperatura mínima registrada
no estado foi de -9,8 °C no município de Bom Jesus, em 1º
de agosto de 1955,[66] enquanto
a temperatura máxima registrada foi de 42,6 °C em Jaguarão,
no sul do estado, em 1943.[67] Municípios
comoUruguaiana, Lajeado e Campo Bom destacam-se
em recordes de temperaturas altas no verão, registrando valores que, por vezes,
chegam aos 40 °C.[68] O
estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico,
que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas
para a estação.[68]
Vegetação
Dois tipos de cobertura vegetal
ocorrem no Rio Grande do Sul: campos e florestas. Os
campos ocupam cerca de 66% da superfície do estado. De modo geral recobrem as áreas de topografia regular,
plana ou ligeiramente ondulada, ou seja, a depressão central e a maior parte do planalto basáltico.[70]
As florestas cobrem 29% do território estadual.
Aparecem na encosta e nas porções mais acidentadas no planalto basáltico, no planalto
dissecado de sudeste e, ainda, na forma de capões e matas
ciliares, dispersas pelos campos, que recobrem o resto do estado. Nas áreas
de maior altitude,
com mais de 400m, domina a chamada mata de pinheiros, uma floresta mista de latifoliadas e coníferas,
a chamada mata de pinheiros. Nas demais áreas ocorre a floresta latifoliada.[70]
Nos dois tipos de floresta está
presente a erva-mate, objeto de exploração econômica desde o início do povoamento do
estado. Em cerca de cinco por cento do território ocorre a vegetação do
tipo litorâneo,
que se desenvolve nos areais da costa.[70]
Ecologia
No Rio Grande do Sul, segundo o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade existem 40 unidades de conservação, sendo 1 área de proteção ambiental, 1 área de relevante interesse
ecológico, 2 estações ecológicas, 3 florestas
nacionais, 3 parques nacionais, 1 refúgio de vida silvestre e 29 reservas particulares do
patrimônio natural.[71][72]
As unidades de conservação
administradas pelo governo brasileiro são o Parque Nacional da Serra Geral, o Parque Nacional dos Aparados da
Serra, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe,
a Floresta Nacional de Canela, a Floresta Nacional de São Francisco de Paula, a
Floresta Nacional de Passo Fundo, a Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã, a
Área de Relevante Interesse Ecológico Pontal dos Latinos e Pontal dos Santiagos
a Estação Ecológica de Aracuri-Esmeralda, a Estação Ecológica do Taim, e o Refúgio de Vida Silvestre
da Ilha dos Lobos.[71][72]
O estado, que foi pioneiro do
movimento ecológico no Brasil,[73] hoje
enfrenta uma série de problemas ambientais graves[74][75][76][77] e
uma crônica carência de recursos materiais e humanos para a área,[78] e
ostenta uma longa lista de espécies ameaçadas.[79][80] Por
outro lado, muitos projetos do governo e iniciativas privadas estão tentando
reverter este quadro sombrio e difundir a conscientização ecológica entre a
população,[81][82][83][84][85] e
já existe expressiva legislação ambiental.
Demografia
De acordo com o Censo 2010 o Rio
Grande do Sul tinha uma polulação de 10.693.929 em 2010[87] ,
sendo mais populoso que Portugal) .
Dez anos antes , segundo o censo demográfico de 2000, o Rio Grande do
Sul tinha uma população de 10.187.798 hab. Em
1991, o estado contava com 9.127.611 hab. Esses
números mostram que a taxa decrescimento demográfico na última
década foi de 1,2% ao ano, abaixo portanto da média do país como um todo (1,33%
anuais). Em 2010, segundo cálculos do IBGE, era 5º estado mais populoso
do país, e efetivamente, o mais populosa da Região Sul —
abrigando cerca de 6% da população brasileira. Do total da população do estado,
5.488.872 habitantes pertencem ao sexo
feminino e 5.205.057 habitantes ao sexo
masculino (dados de 2010).
O Rio Grande do Sul é um estado
em que a população
urbana supera a rural. Segundo o censo demográfico de 2000, 80,8% da
população moram em cidades. Nesse mesmo ano a densidade demográfica do estado chegou a
36,14 hab./km², mais de duas vezes superior à do Brasil como um todo (19,92
hab./km²).
A área mais densamente povoada do
Rio Grande do Sul é a de Porto
Alegre e municípios vizinhos, onde se registram densidades
acima de 2.000 hab./km². Seguem-se o litoral norte
e a encosta do planalto, a leste da serra Geral e o Vale
do Taquari com densidades próximas de 50 hab./km². A zona do alto Uruguai,
a noroeste,
e as áreas centralizadas por Passo Fundo e Iraí, apresentam densidades entre 30 e 40
hab./km². No sul do
estado, as densidades raramente ultrapassam 10 hab./km². Somente em torno de Pelotas a
população aparece mais concentrada, chegando a mais de 20 hab./km². A capital do estado, é a décimacidade brasileira em população.
Situada à margem do rio Guaíba, Porto Alegre tem um movimentado porto fluvial e é o mais importante centro industrial, comercial e cultural do
Rio Grande do Sul. Forma com mais 30 municípios,
área metropolitana da Região Metropolitana de Porto
Alegre, que, com cerca de 4 milhões de habitantes, é a quarta
maior aglomeração urbana do país.
Composição étnica
Os principais imigrantes em
número foram os portugueses (em grande parte, açorianos),
seguidos dos alemães e italianos,
que vieram somar-se aos ameríndios e escravos africanos.
Também podem-se citar entre os grupos de imigrantes minoritários: espanhóis, poloneses, austríacos, russos, judeus, árabes, japoneses, argentinos, uruguaios, entre
outros. Atualmente, a população autodeclara-se da seguinte maneira quanto à
raça: 82,3% como brancos, 11,4% como pardos, 5,9% como pretos e
0,4% como amarelos ou indígenas.[89]
No estado existiu a presença de
três grandes grupos indígenas: guaranis, pampeanos e gês. Antes e mesmo
depois da chegada dos europeus, esses grupos indígenas empreenderam movimentos
migratórios característicos de seu modo de vida seminômade. Os guaranis
ocupavam as margens da Lagoa
dos Patos, o litoral norte do Rio Grande do Sul, as bacias dos rios Jacuí e
Ibicuí, incluindo a região dos Sete Povos das Missões. Apesar da variedade
de dialetos, o tupi-guarani era o tronco linguístico comum a esses
grupos indígenas. Os pampeanos constituíram um conjunto de tribos que ocupavam
o sul e o sudoeste do estado. Os gês possivelmente eram os mais antigos
habitantes da banda oriental do rio Uruguai. É
provável que essas tribos começaram a se instalar na região por volta do século
II a.C. Os gês do atual Rio Grande do Sul foram dizimados pelos bandeirantes,
guaranis missioneiros, colonizadores portugueses e ítalo-germânicos. Ainda hoje
existem pequenos grupos que vivem nas reservas de Nonoai, Iraí e Tenente
Portela, e que lutam para manter suas identidades. São eles os
mbyás-guaranis e os caingangues.[carece de fontes]
Africanos e afrodescendentes
escravizados foram levados para os territórios do atual Rio Grande do Sul desde
os momentos iniciais da ocupação luso-brasileira do litoral, no início do século
XVIII. Esse processo se acelerou com a produção de trigoe, a seguir, de charque, a partir
de 1780. A
produção pastoril e a urbana apoiaram-se também fortemente no trabalho do negro
escravizado. Inicialmente, os africanos escravizados no Rio Grande do Sul foram
trazidos, em grande número, da costa da atual Angola, em geral
desde o porto do Rio de Janeiro.[90] O
Rio Grande permaneceu sempre como capitania e província com forte população
escravizada, tendo conhecido forte exportação de cativos nascidos no Sul para
São Paulo, na segunda metade do século
XIX. Fato singular no processo demográfico do Brasil, a população
escravizada rio-grandense continuou-se expandindo, mesmo após o fim do tráfico
transatlântico de trabalhadores escravizados, em 1850. Foi também muito
forte a resistência dos trabalhadores escravizados no Rio Grande do Sul,
através de fugas sistemáticas, com destaque para o período da Guerra dos
Farrapos, formação de pequenos quilombos,
resistência ao trabalho, organização de insurreições.[91]
Economia
ntre os principais produtos
agrícolas gaúchos, destacam-se o arroz (5,2
milhões de toneladas), a soja (7 milhões de toneladas), o milho (6 milhões
de toneladas), a mandioca (1,3 milhão de toneladas), a cana-de-açúcar (1 milhão de toneladas), a laranja (2
bilhões de frutos) e o alho (24 mil toneladas).
No Rio Grande do Sul, destacam-se
os rebanhos bovino (13,6
milhões de cabeças), ovino (4,9 milhões de cabeças) e suíno (4,2 milhões de
cabeças). Além disso, a criação de galináceos chega
a 112 milhões de aves.
O estado abriga grandes reservas
de carvão mineral e de calcário.
A extração de água mineral é também importante (aproximadamente
92 milhões de litros anuais).
O parque
industrial gaúcho, em franca expansão, dedica-se principalmente aos
ramos petroquímico, tabagista, de calçados, de construção, de alimentos e automobilístico.
Graças às paisagens diversificadas,
o Rio Grande do Sul atrai turistas por diversos propósitos. Há, no extremo
norte, as praias de Torres, vizinhas ao Parque Nacional de Aparados da
Serra, que tem se destacado como importante destino de ecoturismo.
Os turismos gastronômico (na região de Bento Gonçalves, produtora de vinho) e histórico
(na região das missões jesuíticas de São Borja e São Miguel) também são dignos de menção. A
capital, Porto Alegre, além de centro cultural de relevância
nacional, tem servido de sede de grandes encontros internacionais, especialmente
para assuntos relacionados ao Mercosul.
O Rio Grande do Sul dispõe de
extensa malha ferroviária, que serve todo o seu território. Além disso,
destaca-se a rede de estradas federais e estaduais, que soma aproximadamente
152,2 milquilômetros. Porém, apenas 10,3 mil quilômetros são
pavimentados.
Indústria
O Rio Grande do Sul é um dos
estados com maior grau de industrialização no país. O principal gênero de indústria é
o de produtos alimentícios, responsável por
substancial parcela do valor da produção fabril. Seguem-se a metalurgia e as
indústrias mecânica, química, farmacêutica, de vestuário e calçado e de madeira e mobiliário.
A área industrial da região de Porto
Alegre é a mais desenvolvida do estado. Os principais produtos são carnes frigorificadas, charques, massas alimentícias e óleo
de soja. A indústria de calçados e artefatos de couro destaca-se
particularmente em Novo Hamburgo, Sapiranga e Campo Bom, e
em praticamente todos os outros municípios do Vale
dos Sinos. A indústria mecânica e metalúrgica alcançam também considerável
expressão, sobretudo em Porto Alegre, Novo
Hamburgo, São Leopoldo e Canoas, além de Gravataí, Sapucaia
do Sul, Esteio e
Sapiranga que possuem grandes empresas do ramo e que também pertencem a Região Metropolitana de Porto
Alegre. A esses centros junta-se São Jerônimo, que abriga a usina
siderúrgica de Charqueadas.
Outra área industrial é a chamada
região de colonização antiga, na qual se integram os municípios de Caxias
do Sul, Garibaldi, Bento Gonçalves, Flores
da Cunha, Farroupilha e Santa
Cruz do Sul. A atividade fabril é marcada pela produção de vinho e beneficiamento de produtos
agropastoris, tais como couro, banha, milho, trigo e fumo.
No restante do estado encontram-se diversos centros
industriais dispersos, todos ligados ao processamento de matérias-primas
agropastoris. Destacam-se nesse grupo Erechim, Passo Fundo, Santa Maria,Santana do Livramento, Rosário
do Sul, Pelotas, Rio Grande e Bagé.
Turismo
O Rio Grande do Sul é um estado
com vastas opções de turismo. O estado recebe anualmente cerca de 2,0 milhões
de turistas de fora do país. As praias do litoral norte nas cidade de Capão
da Canoa,Tramandaí e Torres são as mais conhecidas no
estado, esta última apresentando falésias.
São três pedras que ficam na beira do mar, sendo que uma delas avança mar
adentro em uma altura de 30 metros. No litoral sul destaca-se a praia
do Cassino, em Rio Grande, constante no Guiness
Book como a maior praia do mundo. Também destacam-se as praias da
Laguna dos Patos, principalmente as praias de São Lourenço do Sul, Tapes e Pelotas
(Praia do Laranjal).
As serras atraem milhares de
turistas todos os anos, no inverno e verão. As cidades de Gramado e Canela são conhecidas na época de Natal pela
decoração das cidades, juntamente com os parques natalinos. No inverno, os
turistas visitam essas cidades juntamente com Caxias
do Sul, São José dos Ausentes e Cambará
do Sul, devido às temperaturas baixas, muitas vezes negativas e com a
possibilidade de queda de neve, para a felicidade dos turistas.
Nas mesmas se encontram os
cânions de Itaimbezinho e da Fortaleza, os quais são dos maiores do Brasil. Em Gramado
acontece o Festival de Cinema. Na conhecida como
"Pequena Itália", em que se localizam as cidades de Caxias
do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi, pode-se
encontrar as melhores vinícolas do Brasil. Ainda a oeste, se encontram as Missões
Jesuíticas, nas cidade de São Miguel das Missões e arredores.
Embora com menor destaque
turístico, a região de Pelotas, reconhecida por ser o município brasileiro do doce e
por possuir grandes monumentos e prédios tradicionais e seculares, vem
alcançando destaque com a festa anual denominada Fenadoce.
Outro destaque do turismo
rio-grandense é a Oktoberfest, uma festa de cultura alemã, realizada em
várias cidades gaúchas, e a Festa da
Uva, realizada de 2 em 2 anos pela cidade de Caxias
do Sul.
Pontos turísticos
Além dos monumentos históricos e
das festas religiosas e populares, destacam-se na capital o palácio Piratini (sede do governo estadual),
a catedral metropolitana, aigreja Nossa Senhora das Dores, o parque Farroupilha, o auditório Araújo Viana, a ponte móvel da
travessia Getúlio Vargas, o morro Santa Teresa (cujo belvedere
proporciona uma visão panorâmica da cidade), o Theatro São Pedro, e o hipódromo do Cristal.
No litoral contam-se alguns
balneários conhecidos. Os principais são os de Torres,
com as praias Grande, da Guarita,
da Cal e
a Prainha; e os de Rio Grande,
com a praia do Cassino, os molhes da barra, o Navio Altair, entre outros, sem
esquecer da praia da Capilha, na Lagoa Mirim.
Em Capão da Canoa, estão localizadas as praias de Araçá, Arco-Íris, Guarani, Zona Nova, Noiva do Mar, Rainha
do Mar eCapão Novo; em Tramandaí,
as praias Jardim Atlântico, Oásis do
Sul e Jardim do Éden.
Entre os pontos de interesse
turístico da zona serrana, destacam-se as cidades de Canela, Gramado e São Francisco de Paula,
com parques e cascatas. Também na região serrana se encontram as cidades de Caxias
do Sul e Bento Gonçalves, centros de
produção vinícola.
Ligações externas
